Em 2014, de acordo com dados da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro realizada pela Fipe a pedido da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), no Brasil, foram lançados ou relançados 60.829 títulos. Nesse universo, 19.285 de novos ISBNs. Essa abundância, na opinião do editor francês Gilles Colleu, não representa diversidade. Gilles foi um dos convidados internacionais da Primavera Literária que a Liga Brasileiras de Editores (Libre) realizou no último final de semana, no Rio de Janeiro. “Bibliodiversidade não é lançar muitos livros. Na Europa sofremos de abundância. Bibliodiversidade não é lançar 500 livros de vampiros”, exemplificou o francês. Além de Gilles, o chileno Paulo Slachevsky e o argentino Guido Indij discutiram o tema, sob mediação de Mariana Warth. Para Paulo, os editores independentes estão preocupados só com o equilíbrio financeiros de suas empresas, mas também com os conteúdos que publicam. Ele defendeu que as obras publicadas por editores independentes devem trazer uma outra visão e uma outra voz para além do discurso padronizado dos grandes grupos editoriais. “Temos que resistir à lógica da concentração”, decretou. Clique no Leia Mais e veja como foi o debate.

“Todo editor é um burguês, já dizia Bourdieu”, declarou o editor francês Gilles Colleu em sua participação na última Primavera dos Livros, que aconteceu no último final de semana no Rio de Janeiro. A frase me bateu em um momento de reflexão pessoal/profissional. Eu andava me questionando o que é ser editor nestes dias sinistros, em termos financeiros e culturais, quando livrarias e editoras vêm fechando as portas. Na virada do milênio eu estava entre os que conspiravam uma “Liga” de editoras “Independentes”. O que vinha a ser “independente” não estava claro, mas tinha alguma coisa a ver com não estar comprometido com grandes grupos econômicos e, justamente por isso, não conseguir um lugar no mercado. Outra consequência de não estar ligada a grupos econômicos era o permanente aperto no caixa das editoras da Libre, a exceção de uma: Cosac & Naify. A Cosac foi fundada no mesmo ano em que abrimos a Casa da Palavra, mas dizer que andaram em paralelo é tripudiar da geometria. A Casa da Palavra começou com capital zero, a Cosac Naify tinha pontos-de-equilíbrio inexpugnáveis. Hoje a Casa da Palavra está incorporada no grupo LeYa, e a Cosac Naify acaba de anunciar seu encerramento. Charles Cosac desanca Bourdieu: é o editor anti-burguês. Da burguesia seria, se tanto, o épatteur. Acho que o que faz de nós editores é a certeza de seguir, por cima da lógica financeira, por cima da penúria cultural vigente. Enfrentar e seguir em frente. Com o ímpeto de um cossaco, com a fé de um naïf. Clique no Leia Mais e veja a íntegra da coluna de hoje.

A Amazon acaba de lançar o Fire HD 8 Reader’s Edition, que combina o modelo de tablet já existente com um ano de acesso Kindle Unlimited , disponibilizando mais de um milhão de livros para leitura em streaming. Essa edição limitada custará US$ 250. O Reader’s Edition também inclui o Blue Shade, uma nova ferramenta que diminui a exposição à luz azul antes de ir dormir. “Com um design leve, o Fire HD Readers Edition proporciona uma experiência melhor para a leitura do que qualquer outro tablete”, diz Charlie Tristhcler vice-presidente da Amazon.

Estão abertas as inscrições para o curso Estratégias para um livro de sucesso, que a Casa Educação (Rua Paulistânia, 551, Vila Madalena, São Paulo/SP) promove, com apoio do PublishNews, no final de semana dos dias 30 e 31 de janeiro. O objetivo da atividade é que os escritores entendam o mercado editorial e aumentem as chances de sucesso de sua obra, facilitando o caminho para que cada autor finalize seu livro da maneira mais interessante para o mercado e encontre uma editora que o publique. Os encontros serão conduzidos por Laura Bacellar, que atua no mercado editorial desde 1983, já tendo ocupado todas as funções editoriais. As aulas acontecem das 9h às 18h. Até o dia 31 de dezembro, o curso tem desconto e sai de R$ 495 por R$ 390. Mais informações, pelo site da Casa Educação.

Os organizadores do 1º Encontro Mundial da Invenção Literária (Emil), que aconteceu em São Paulo entre 11 e 15 de novembro desse ano, se reuniram para fazer um balanço da primeira edição e anunciar a realização da segunda edição do evento, que acontecerá em novembro de 2016. Neste ano, a programação contou com mais de 200 horas de eventos gratuitos e para todos os públicos. Ao todo, foram 35 livrarias e espaços culturais da cidade de São Paulo, com o envolvimento de 120 escritores, 13 deles internacionais. A proposta é tornar o evento anual e inseri-lo no calendário cultural da cidade. O Emil é uma iniciativa comum da Academia Paulista de Letras (APL), Câmara Brasileira do Livro (CBL) e Associação Nacional de Livrarias (ANL), com apoio da Abrelivros e Prefeitura de São Paulo.

A Associação Estadual de Livrarias do Rio de Janeiro (AEL/RJ) realiza hoje (8) sua confraternização de fim de ano. Na ocasião, Vanna Piracinni, fundadora da Livraria Leonardo da Vinci, que sai do ramo livreiro em dezembro depois de 63 anos, será homenageada. No evento, que acontece no Museu da República (Rua do Catete, 153, Rio de Janeiro/RJ), também será homenageada a jornalista e escritora Leda Nagle, apresentadora do programa Sem Censura, da TV Brasil, com o título Amiga do Livro. A festa acontece das 19h às 21h30.

A Casa do Saber (Rua Dr. Mario Ferraz, 414, São Paulo/SP) realiza nos próximos dias 9, 11 e 16 de dezembro o curso Obras e Autores - Guimarães Rosa. Em três encontros, das 20h às 22h, o curso discute textos fundamentais de Guimarães Rosa, realizando uma introdução à obra do escritor. Os encontros tratam a partir de cada texto de questões críticas e sensíveis a ele e à cultura brasileira, como a dos níveis de sentido da representação do sertão, a da superação da literatura regionalista brasileira e, sobretudo, a de pressupostos filosóficos, antropológicos, políticos, linguísticos e artísticos da sua arte. A condução será do especialista João Adolfo Hansen. O investimento é de 3 vezes de R$ 160.

Para marcar seus 11 anos, a Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura (Avenida Paulista, 37, São Paulo/SP) realiza, no próximo sábado (12), uma maratona de oficinas poéticas. Durante oito horas, serão ministradas oficinas de produção textual e de extroversão para todos os gostos e com um time de profissionais de peso. Os cursos serão oferecidos por nomes como Claudio Daniel (haicai), Marcelino Freire (microconto), Frederico Barbosa (rima), Reynaldo Damazio, Roberta Estrela D’Alva, Marco Pezão (declamação), Daniel Minchoni (performance), Ana Basaglia (fanzine), Kleber Gutierrez, Lau Siqueira, Rodolfo Mata e Júlio Mendonça. Para participar das oficinas, os interessados podem se inscrever no dia do evento. Confira a programação completa aqui.

Depois de uma passagem pela Primavera Literária, Flávia Iriarte, da equipe Carreira Literária, se prepara para ministrar uma palestra online sobre a personagem no texto literário. “O foco da discussão será as diferenças entre a personagem arquetípica dos textos da Antiguidade, a personagem psicológica do romance moderno e a personagem conceitual das narrativas contemporâneas”, explicou ao PublishNews. O encontro virtual começa às 20h, com acesso gratuito. Para participar basta acessar aqui.

O visitante da 17ª Festa do Livro da USP (Av. Professor Mello Moraes, travessa C, Butantã, São Paulo/SP), que acontece entre esta quarta (9) e a sexta-feira (11), na Cidade Universitária, em São Paulo, terá a oportunidade de comprar títulos da Editora Unesp com 50% de desconto. São mais de 500 títulos que abrangem obras nas áreas de Filosofia, Ciências Humanas, Educação, Economia, Engenharia, Religião, Psicologia, entre outras. “Esta será uma oportunidade para atualizar a biblioteca ou escolher ótimos presentes de Natal, com preços acessíveis”, explica o gerente comercial da Editora, José Emílio Eloys. A Festa acontece desde 1999 e, nesse ano, ocupará uma área de 3,6 mil m².

Dizem que a história aconteceu nos anos 1970, no Antonio's, saudoso bar que ficava na esquina da Bartolomeu Mitre com a Ataulfo de Paiva. Num fim de noite, quando os últimos clientes tomavam a saideira, bandidos invadiram o local e prenderam todos no banheiro. De lá, alguém gritou: "Levem as penduras!". Nessa hora, Manolo, o proprietário, se desesperou: podia até perder o dinheiro do dia, mas nunca o débito dos biriteiros. O causo é contado no recém-lançado Memória afetiva do botequim carioca (José Olympio, 256 pp; R$ 65), que faz parte da Biblioteca Rio450, dos jornalistas Paulo Thiago de Mello e Zé Octávio Sebadelhe, ao lado das histórias de 30 botequins que marcaram o Rio de maneira indelével. Estão lá, por exemplo, o Bar 20 de novembro (o mais antigo de Ipanema, do final do século XIX), o Zicartola (boteco de Dona Zica e Cartola, de 1963) e o Barbas (que tinha dois ex-presos políticos entre seus sócios, de 1981).

Há 20 anos ela não existia. Cinco anos atrás, já era a segunda editora mais admirada do País, superada apenas pela Companhia das Letras, na avaliação de uma enquete realizada pelo jornal Valor. Daqui a quatro semanas a Cosac Naify fechará suas portas. O ocaso da Cosac Naify foi o mais recente desastre deste ano especialmente aziago para nossa cultura. Projetos com a ousada excelência da Cosac Naify apostam num Brasil em tudo o oposto do que aí está, em adiantado estado de putrefação moral e espiritual. Falindo ou não, seu fechamento há muito parecia iminente. Não bastasse, em nossa “pátria educadora” pouca gente adquiriu o hábito de ler e comprar livros. Criamos editoras, podemos até editar livros a mancheia, mas não criamos leitores. Com 14 milhões de analfabetos, o Brasil é o oitavo no ranking mundial da ignorância. A mais recente pesquisa da CBL registra uma média de 4,7 livros por ano, contando os de leitura obrigatória. Os de leitura espontânea não passam de 1,3. Só fazemos piorar. Cinco anos atrás, a média nacional era de 1,9 livro por ano. Já perdíamos, na América Latina, para Colômbia (2,5), Chile (3) e Argentina (5).

Uma agente de organização escolar de 52 anos morreu após ser atingida pela prateleira de uma estante de livros na Escola Estadual Professor Fernando Magalhães, em Caconde (SP), na tarde desta sexta-feira (4). As causas ainda são investigadas. O acidente aconteceu por volta das 12h30 e, de acordo com a Polícia Militar, Vera Lúcia Carvalho dos Santos estava colocando livros na prateleira de madeira da estante na biblioteca. A estante, que era presa na parede, se soltou, tombou e a prateleira prensou o pescoço da funcionária que estava em pé em cima de uma cadeira. Os funcionários da escola perceberam a ausência dela e a encontraram morta no local.

Em Frank Sinatra – O homem, o mito, a voz (Seoman, 192 pp.; R$ 29,90), a nova biografia em homenagem aos 100 anos do nascimento do intérprete, o jornalista Pete Hamill baseia-se em suas experiências pessoais relacionadas à figura do homem e de sua música para evocar a essência de Sinatra. O cantor marcou a história da música com suas interpretações, deixando um legado após sua morte em 1998 que soma quase 200 álbuns de estúdio, mais de 60 filmes, ganhando vários prêmios Grammy e Oscars ao longo de sua vida. Hamill lança uma luz sobre a arte e a lenda do cantor conhecido como "The Voice" (A Voz), sob o ponto de vista de um confidente e de um fã, mostrando por que Sinatra é relevante até os dias de hoje.

O cantor Ed Sheeran se juntou a Phillip Butah, artista visual e seu amigo de infância, para criar Ed Sheeran: Uma jornada visual (BestSeller, 208 pp; R$ 92 – Trad.: Guilherme Bernardo Fernandes Vieira). Repleto de histórias que apresentam os bastidores de seu processo de criação e de sua trajetória para alcançar o sucesso, além de fotografias e ilustrações dos principais momentos da vida do cantor, o livro é resultado da relação de amizade de Butah com Ed e toda sua família, documentando em ilustrações o crescimento pessoal e profissional do músico.

A história da mitologia para quem tem pressa (Valentina, 200 pp., R$ 29,90) é o terceiro lançamento da editora no segmento. Escrito por Mark Daniels, formado em Clássicos e Linguística pela Universidade de Cambridge, o livro retrata o surgimento, a evolução e curiosidades sobre mitos, divindades, heróis, antigas civilizações e signos que permaneceram entre nós após séculos. Destaca, por exemplo, a vida dos aborígenes australianos, a origem dos sumérios na Mesopotâmia 4 mil anos A. C., egípcios, a simbologia do Ano Novo e Horóscopo Chineses, as sociedades constituídas por índios norte-americanos, maias, astecas, incas, gregos, vikings e romanos. O leitor conhecerá os significados por trás da árvore genealógica dos deuses, dos 12 Trabalhos de Héracles (Hércules), a formação dos signos do zodíaco, por exemplo.

O anel de Nibelungo é uma das mais importante óperas de Richard Wagner. Sua história forma uma teia das várias lendas dos povos do norte da Europa, que foram sendo construídas ao longo de milênios e se emaranham com outras lendas ocidentais. No livro O anel do Nibelungo (Edições de Janeiro; 104 pp.;R$ 34,90), Gabriel Lacerda propõe uma adaptação dessa obra para jovens, costurando histórias e personagens que fazem parte do universo popular. Com as ilustrações de Arthur Rackham, o leitor encontrará um universo que dialoga com contos de fada, lendas e literatura fantástica tão conhecidos, como O Senhor dos Anéis, A Bela Adormecida e as Moiras.

Jornalista, fotógrafo e romancista Felix Richter lança hoje (8), a partir das 19h, na Livraria Argumento (Rua Dias Ferreira, 417, Leblon, Rio de Janeiro/RJ), o livro A razão do universo (Céu Azul de Copacabana, 240 pp, R$ 29,80). O título relata duas histórias em paralelo, a relação do casal Teo e Josephine e a trajetória de Teo por um universo misterioso, onde passa por diversos desafios que o fazem crescer espiritualmente. O leitor é convidado a refletir sobre como a bagagem pessoal acaba por diminuir o encanto que existe no início de uma relação. Richter, que é conhecido por seu trabalho na fotografia e participou de exposições no Brasil e no exterior, agora faz sua quarta incursão na literatura com o romance. A capa do livro tem a assinatura do ilustrador e stylist Cláudio Parreiras.