Em entrevista concedida à Folha de S.Paulo, Florencia Ferrari, diretora editorial da Cosac Naify, disse o catálogo da editora deve ir para outras casas editoriais. Florencia foi designada por Charles Cosac, que anunciou na última segunda-feira o fechamento da editora, para comandar o processo de transição do catálogo para outras editoras. A matéria diz que a editora não poderá vender – sem a anuência dos titulares dos direitos autorais das obras que editou – os direitos de livros que não estejam em domínio público, mas pode vender suas traduções e projetos gráficos de obras já em domínio público. Clique no Leia Mais e tenha atualizações sobre as demissões e sobre a queima do estoque da editora.

A lista dos 100 melhores livros do ano do jornal americano The New York Times traz o nome de uma escritora naturalizada brasileira. Ninguém mais, ninguém menos que Clarice Lispector (1920-1977) figura na relação. A escolha é fruto de uma votação entre os editores do literário da publicação. O livro de Clarice the complete stories (New Directions), editado pelo biógrafo americano Benjamin Moser integra os títulos de ficção – a seleção do jornal ainda inclui obras não-ficcionais. O título reúne, pela primeira vez, todos os contos da autora. Resenhada por Terrence Rafferty, um dos editores do "NYT", a obra foi classificada como "perigosa". O nome da escritora aparece ao lado de autores como Jonathan Franzen (Purity) e Michel Houellebecq (Submission).

Está no "prelo" da e-Galaxia Nenhum olho me verá, conto inédito de Estevão Azevedo, autor eleito com o Melhor Livro do Ano pelo Prêmio São Paulo de Literatura. O livro, que sai exclusivamente em formato digital, será lançado ainda esse ano pelo selo Jota, coordenado por Noemi Jaffe.

Lygia Fagundes Telles venceu o Prêmio Fundação Conrado Wessel 2015 na categoria Cultura, e ganhou R$ 300 mil. A cerimônia de entrega deve ocorrer em meados de 2016. Nascida em São Paulo, em 1923, Lygia foi uma das primeiras mulheres a se formar em Direito no Largo São Francisco. Entre suas obras, destaque para Ciranda de pedra, As meninas e Antes do baile verde. Imortal da Academia Brasileira de Letras e da Academia Paulista de Letras, onde foi homenageada em 12 de novembro, ela ganhou, em 2005, o Prêmio Camões – o mais prestigioso concedido a um autor de língua portuguesa. Criada em 1994, após a morte do fotógrafo Ubaldo Augusto Conrado Wessel, para fomentar e apoiar atividades culturais, artísticas e científicas, a fundação já premiou, entre outros, Fernanda Montenegro, Paulo Vanzolini, Nelson Pereira dos Santos, Antonio Nóbrega, Ariano Suassuna, Ruth Rocha, Fábio Lucas, Affonso Ávila, Lya Luft e Ferreira Gullar.

Editores independentes e blogueiros têm dois encontros marcados dentro da programação da Primavera Literária, que começa nesta quinta-feira (3) e segue até o próximo domingo (6). Na sexta-feira (4), das 15h10 às 16h30, blogueiros vão falar o que eles esperam dos editores na mesa A gente não quer só livro - como entender e utilizar os blogs para seu negócio, com a presença das blogueiras Crystal Spinelli e Lygia Pina Barbosa. No sábado (5), das 14h às 15h, acontece a mesa Blogs em tempos de crise que mostrará como autores e editores estão usando blogs como ferramenta de marketing nesse momento desafiador. Para isso, foram convidados representantes de editoras associadas à Liga Brasileira de Editoras (Libre), que organiza o evento. Dividem a mesa Simone Mateus (Giz Editorial), Marcelo Fraga (Valentina) e Camila Perlingeiro (Memória Visual e Mundo Ovo). As duas mesas foram organizadas pelo PublishNews e terá como mediador Sérgio Pavarini.

Já há alguns meses, o editor Silvio Alexandre, um entusiasta da cultura pop, da literatura fantástica e dos quadrinhos, tem colaborado com o PublishNews como articulista. Já escreveu alguns artigos de boa repercussão entre editores e leitores desses gêneros. Isso -- somado à sua história como criador do simpósio de literatura fantástica Fantasticon e como membro da comissão organizadora do Troféu HQMIX -- credenciou o Silvio a fazer parte do nosso time de colunistas. Nessa sua primeira colaboração oficialmente como colunista, Silvio fala sobre a Comic Con Experience (CCXP), que começa nessa quinta-feira (3). Além de comentar sobre alguns destaques da programação, Silvio promete contar tudo o que viu e o que chamou a sua atenção no evento que segue até o próximo domingo. Em 2014, a CCXP reuniu 97 mil pessoas e as principais empresas e artistas do mercado, tornando-se o maior evento do gênero na América Latina e Silvio estará atento às tendências e aos desafios dos ambientes de negócios da cultura pop e do entretenimento no Brasil.

Para celebrar a realização da Comic Con Experience no Brasil, a Amazon colocou no ar no início da semana uma promoção onde é possível comprar mais de 60 mil quadrinhos nacionais e importados, nos formatos impresso e digital. Até o domingo (6), quando se encerra o evento em São Paulo, na compra de quatro quadrinhos impressos, o de menor valor é grátis. A promoção conta com mais de 30 mil títulos impressos nacionais e importados.

Depois de ter sido homenageado na primeira edição brasileira do Comic Con Experiente (CCXP), em 2014, Mauricio de Souza retorna a programação do evento, que abre nesta quinta-feira e segue até domingo (6), em São Paulo. Na sexta-feira (4), ele participa de uma palestra no local. O desenhista também participa no domingo de uma sessão de autógrafos. Mônica Sousa, diretora comercial da Mauricio de Sousa Produções (MSP) e filha do desenhista que serviu de inspiração para a personagem Mônica, estará no evento nesta quinta-feira (3). Os fãs da Turma da Mônica ainda poderão encontrar no estande da MSP produtos exclusivos, um estúdio ao vivo com os artistas da empresa.

A Banca Tatuí, espaço de publicações independentes, completa um ano neste sábado (5) com uma festa na calçada da rua Barão de Tatuí, 275, no centro de São Paulo. O encontro também comemora o aniversário de três anos da Lote 42, editora responsável pelo espaço, e o lançamento do livro Lululux, do Gustavo Piqueira. João Varella, que está por trás tanto da Lote 42 quanto da Banca Tatuí, foi um dos vencedores do Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro de 2015. A festa será embalada pelos músicos da banda Zé Pereira que fará um show no teto da Banca Tatuí. A programação inicia às 16h20, com entrada franca.

O casal de escritores Ruy Castro e Heloisa Seixas são os convidados do último Sempre um Papo de 2015. No encontro, os autores debatem e o lançam seus livros A noite do meu bem: a história e as histórias do samba-canção (Ccompanhia das Letras) e O oitavo selo (Cosac Naify), respectivamente. O encontro acontece no próximo dia 14, às 19h30, no auditório da CEMIG (Avenida Barbacena, 1200, Santo Agostinho, Belo Horizonte/MG), com entrada franca. Em 2015, o projeto, que tem a missão de incentivar o hábito da leitura, somou 50 encontros, com a presença de 9 mil pessoas. Em 2016, o Sempre Um Papo prepara a comemoração dos seus 30 anos.

Para marcar o aniversário de 80 anos da morte do poeta Fernando Pessoa, o Consulado Geral de Portugal em São Paulo (Rua Canadá, 324, Jardim América, São Paulo/SP) realiza a leitura das obras do escritor pelo ator português Luis Lima Barreto. O encontro acontece nesta quinta-feira (3), às 18h, com entrada franca. É necessário confirmar presença pelos telefones (11) 3084-1859 ou (11) 3084-1869 ou através do e-mail gabineteeg@spaulo.dgaccp.pt.

No segundo painel do I Encontro Internacional de Políticas Públicas – Território Leitor, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC) e iniciado nesta segunda-feira (30), a Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura (DLLLB/MinC) apresentou suas ações em curso aos agentes políticos, escritores e gestores de planos de livro e leitura presentes. Volnei Canônica, titular da DLLLB, reforçou o anúncio feito pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, na abertura do encontro, de uma grande campanha de mobilização e valorização da leitura, que será realizada em 2016. Outro destaque foi a apresentação do novo mapa de cadastro nacional das bibliotecas do Brasil. O projeto já tem 6.102 bibliotecas públicas e aproximadamente 800 bibliotecas comunitárias pré-cadastradas. O Território Leitor encerra nesta quarta-feira em Brasília.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) vai eleger, nesta quinta-feira (3), sua diretoria para o ano de 2016, em sessão acadêmica ordinária, com início às 16h, no Petit Trianon (Avenida Presidente Wilson, 203, Castelo, Rio de Janeiro/RJ). A chapa é formada pelos acadêmicos: Domício Proença Filho (presidente), Nélida Piñon (secretária-geral), Ana Maria Machado (primeira-secretária), Merval Pereira (segundo-secretário) e Marco Lucchesi (tesoureiro). A posse está marcada para o dia 17 de dezembro, às 17h, também no Petit Trianon.

A Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), na Bahia, anunciou um novo curador-geral para a edição de 2016. O escolhido é o jornalista e crítico literário e cultural paulistano Mario Mendes, que iniciou sua atividade profissional em 1978. Mediador de duas mesas na Flica 2015 (Em trânsito, com Sapphire e Lívia Natália; e Sobre palavras e princesas, com Meg Cabot e Paula Pimenta), Mario vê possibilidades de transformações na Flica capazes de torná-la cada vez mais um referencial de inovação e qualidade no debate. Após cinco edições, o historiador e conselheiro estadual de cultura Aurélio Schommer deixa a curadoria do evento.

Em setembro de 1933, o editor Charles Prentice escreveu a Samuel Beckett dizendo que publicaria o livro de contos More pricks than kicks e pedindo mais um conto. O escritor concordou, embora tivesse matado o protagonista ao final do livro. Ossos de Eco (Biblioteca Azul / Globo Livros; 149 pp; R$ 44,90 Trad.: Caetano W. Galindo e Rogerio W. Galindo) narra o que acontece a Belacqua após sua morte, em uma região etérea na qual encontra personagens como a prostituta Zaborovna Privet, o gigante Gall D’Artemísia e o violador de sepulturas Mick Doyle. Recusado pelo editor, o conto permaneceu inédito por mais de 80 anos e chega agora ao Brasil. Além de anotações e comentários sobre o texto, a edição brasileira inclui cartas de Charles Prentice a Beckett durante a edição de More Pricks Than Kicks.

Moby Dick e pelo conto Bartleby, o escrevente: uma história de Wall Street, publicado pela primeira vez em 1853. Agora, a Autêntica lança a sua versão do clássico Bartleby, o escrevente (152 pp; R$ 47) com tradução de Tomaz Tadeu. O texto de Melville retrata a história de um escrevente que deixa de escrever. Narrado por seu patrão, um bem-sucedido e prudente advogado de Nova York, relata como Bartleby passa a se recusar a fazer tudo o que ele pede. Encarregado de fazer cópias de documentos burocráticos, Bartleby entra no escritório dia após dia, não conversa com ninguém, esconde-se no seu canto, imperturbável, e recusa-se a fazer tarefas com um desconcertante “Preferiria não”. O chefe do escritório se esforça para perscrutar a misteriosa e impenetrável personalidade do estranho funcionário. Com um estilo narrativo contínuo, Melville faz reflexões acerca da natureza humana e propõe um homem transcendentalmente moral.

Uma reflexão sobre a figura paterna dá o mote ao romance O pai morto (Rocco; 240 pp; R$ 34,50; e-book: 24,50 – Trad: Daniel Pellizzari), do norte-americano Donald Barthelme. Publicado originalmente em 1975, e lançado agora pela primeira vez no Brasil, o livro trata sobre a morte do seu protagonista. O fio condutor do enredo é a saga dos filhos para enterrar o Pai Morto, uma figura gigantesca, que não está totalmente convencido sobre o fim de sua existência. Transportado para o local de sepultamento, ele conversa com os filhos, questionando o fato de que sua morte física já aconteceu. É clara a sua esperança de que permaneça no mundo e que a dificuldade de enfrentar a separação da família é semelhante à tristeza que os filhos experimentam por sua ausência.

Uma mulher de meia-idade decide passar um fim de semana na antiga casa de praia da família para se despedir do local onde passou a infância. Vagando pelos cômodos vazios, ela transita entre passado e presente. Relembra amizades perdidas, tragédias familiares e problemas antes incompreensíveis. Ao mesmo tempo, reflete sobre seu casamento frustrante, seu emprego sem graça e a perda de seu único filho. No abismo do Alto da Vigia, de onde seu irmão se atirou anos antes, o som das ondas do mar soa como um convite. A trama de Não é meia-noite quem quer (Alfaguara; 480 pp; R$ 59,90), assinada por António Lobo Antunes trata sobre a história de uma família marcada pela dor.

Nesta quinta-feira (3), às 19h, a Saraiva do Shopping Eldorado (Av. Rebouças, 3970, Pinheiros, São Paulo/SP) recebe o lançamento do livro O duplo em busca do outro (Minha Editora; 248 pp; R$ 39), de Carlos R. Briganti. No enredo, surge a história de Baruch da Silva e Andréa, personagens duplas, que narram suas vidas entrelaçadas em linguagem direta e sob os codinomes de Marte e Babilônia, respectivamente. O fio condutor da narrativa é a sexualidade como necessidade e desejo, e a busca do divino de cada um deles.