Narrativa sobre memória, identidade e segredos de família
PublishNews, Redação, 20/05/2025
Isabel Allende constrói em 'Retrato em sépia' uma narrativa que transita entre o romance histórico e a ficção psicológica

No Chile do século XIX, Aurora del Valle sofre um trauma brutal que apaga de sua memória os primeiros cinco anos de vida. Criada por sua poderosa e ambiciosa avó, Paulina del Valle, ela cresce em um ambiente privilegiado, livre das restrições que oprimem as mulheres de sua época, mas atormentada por pesadelos terríveis. Quando precisa enfrentar a traição do homem que ama e a solidão, Aurora decide explorar o mistério de seu passado. Enquanto Aurora tenta reconstruir sua história, ela se depara com segredos familiares que atravessam gerações e moldam seu destino. Sua busca pela verdade a conduz às paixões e tragédias de seus antepassados, revelando intrigas, vinganças e amores proibidos que ecoam na própria formação do Chile. Entre a rigidez das convenções sociais e a luta silenciosa das mulheres por autonomia, Aurora encontra na fotografia um refúgio e uma forma de capturar e compreender o mundo ao seu redor, transformando sua jornada em um profundo processo de redenção e autodescoberta. Isabel Allende constrói em Retrato em sépia (Bertrand Brasil, 353 pp, R$ 69,90 – Trad.: Mario Pontes) uma narrativa que transita entre o romance histórico e a ficção psicológica, entrelaçando os dilemas individuais de Aurora com os grandes movimentos da história.

[20/05/2025 07:00:00]