A Feira Internacional do Livro de Bolonha que se encerrou na última quinta (11) marca a estreia da LVB&Co. na maior feira de literatura infantojuvenil do mundo. Estreia da nova agência, diga-se, após mudança de nome que aconteceu ano passado, e do Miguel, que nunca tinha vindo nem a Bolonha, nem a essa feira. No meu caso, Anna, foi reestreia, pois vim ao evento em 2014 com Luciana e novamente em 2015, sozinha e apenas por um dia. A experiência completa de Bolonha, mesmo, não tinha há dez anos. E desta vez foi – está sendo, pois ficamos aqui até o fim do mês – integral.

De todas as feiras a que já fui, Bolonha é de longe a mais gostosa. Não só pela cidade, que é linda e (ainda) menos turística do que a maior parte do restante da Itália, e pela comida, realmente um patrimônio nacional assim como no restante do país, mas também pela feira propriamente. Os pavilhões do espaço onde ocorre o evento são amplos, arejados e naturalmente iluminados por janelões que vão do chão ao teto em várias partes dos halls em que ficam os estandes das editoras, ligados por pátios, internos e externos, alguns com bancos e plantas, outros com mesas, cadeiras e foodtrucks, onde se pode sentar, pegar um ar e um sol, descansar, bater um papo, almoçar.

Por ser voltada à literatura infantojuvenil, a feira de Bolonha é também mais lúdica que as outras, literalmente ilustrada. As atenções são igualmente divididas entre autores e ilustradores, e passear por seus corredores é um deleite. Muito interessante também ver de perto o que se está publicando para pequenos e jovens leitores ao redor do mundo, e impressas as muitas jóias literárias que até então só tínhamos visto em PDF. Não é a mesma coisa. Livros ilustrados podem ser verdadeiras obras de arte plástica, e a literatura infantil se beneficia demais da possibilidade de ver e tocar os livros.

A forte presença brasileira também foi notável este ano, com mais de 40 editoras expondo em estandes coletivos ou individuais, com a participação de editores de praticamente todas as casas editoriais brasileiras. Agentes, éramos poucos, apenas nós e a querida Mia Roman, a quem deixamos aqui um agradecimento especial pela mesa emprestada para algumas reuniões e várias recargas no celular. Providencial!
Como sempre em todas as feiras, o happy hour do estande do Brasil foi concorridíssimo, com seu já tradicional open bar de caipirinhas e música brasileira ao vivo. Ponto de encontro certeiro dos amigos e colegas conterrâneos, e também dos amigos e colegas estrangeiros bastante conscientes de que por melhores que sejam os italianos, quem sabe mesmo fazer festa é brasileiro. Mas como bons brasileiros na Itália, celebramos também nossa cultura com prazer e orgulho, e saímos de lá com nossos amigos e clientes Vito di Battista e Marco Nardiny, da agência bolonhesa Otago, diretamente para uma antica trattoria italiana, pois afinal é de pasta e vino que se vive aqui.







