A compreensão da vergonha em diferentes épocas
PublishNews, Redação, 10/08/2023
O autor Frédéric Gros propõe uma saída do recrudescimento que paralisa o sujeito e uma virada em direção à partilha coletiva com potencial revolucionário

O que significa sentir vergonha? Quais as suas diferentes expressões? O que fazer com esse sentimento e o que ele tem de revolucionário? Essas são algumas das perguntas-chave de A vergonha é um sentimento revolucionário (Ubu, 176 pp, R$ 59,90 – Trad.: Walmir Gois), livro do filósofo francês Frédéric Gros. Com referências a obras literárias, casos públicos e relatos pessoais, a obra traça um panorama ao mesmo tempo histórico e conceitual desse sentimento que produz sofrimento e pode culminar na destruição da honra de uma família, no assassinato em série ou na fundação da república romana. Gros expõe a dinâmica mortal da vergonha nas sociedades de honra medievais e sua transformação no seio da família vitoriana; repassa o sentido de aprendizagem que os filósofos clássicos lhe atribuem; investiga sua relação com a intimidade e a culpa por um viés psicanalítico; e expõe suas complexas expressões contemporâneas na era digital. Com menções a Annie Ernaux, James Baldwin, Sócrates, Primo Levi e Jean Genet, o filósofo propõe uma nova atitude diante da vergonha, uma saída do recrudescimento que paralisa o sujeito e uma virada em direção à partilha coletiva com potencial revolucionário.

Tags: psicanálise, Ubu
[10/08/2023 07:00:00]