Entre setembro de 2020 e janeiro de 2021, expiraram os contratos de publicação de livros firmados entre Olavo de Carvalho e o Grupo Editorial Record e a editora da família Machado resolveu não renová-los por entender que o autor, apontado como guru do bolsonarismo, tem “posicionamentos antidemocráticos”. A decisão foi antecipada pelo colunista Guilherme Amado, no portal Metrópoles.
Em comunicado, a Record defendeu que “a pluralidade e o incentivo ao debate de ideias são compromissos que norteiam e seguirão norteando as decisões editoriais da Record”. E que a editora seguirá “publicando autores que representam as mais variadas correntes de pensamento, tanto do campo conservador quanto do progressista, com a convicção de que desta forma contribui para o debate público”.
Ao Globo, Rodrigo Lacerda, editor-executivo do Grupo, declarou: “Nosso problema não é publicar um autor mais à esquerda ou mais à direita. O importante é que todos sejam democráticos em seus modos de atuar. A editora pede aos seus autores que tenham o espírito democrático de conviver com vozes diferentes. O posicionamento do Olavo hoje é de uma convivência péssima com as vozes discordantes, para dizer o mínimo”.
O Painel Analítico do PublishNews+ registra a venda de 70 mil exemplares de O imbecil coletivo e O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota, de 2013 para cá, como mostra o gráfico abaixo.

Leia abaixo a íntegra do comunicado da Record
"O Grupo Editorial Record optou por não renovar os contratos dos dois livros de Olavo de Carvalho publicados pela Editora Record, que venceram em 07/01/21 e 24/09/20.
O Grupo, que completa oito décadas em 2022, segue publicando autores que representam as mais variadas correntes de pensamento, tanto do campo conservador quanto do progressista, com a convicção de que desta forma contribui para o debate público.
A pluralidade e o incentivo ao debate de ideias são compromissos que norteiam e seguirão norteando as decisões editoriais da Record."