Uma reflexão sobre identidade e pertencimento
PublishNews, Redação, 26/11/2018
Em ‘Ritmo louco’, duas amigas de infância apaixonadas por dança seguem caminhos diferentes

Duas garotas de ascendência negra sonham em ser dançarinas — mas apenas uma delas, Tracey, tem talento. A outra, a narradora, tem ideias: sobre ritmo e identidade, sobre música e raça, sobre o que torna uma pessoa verdadeiramente livre. É uma amizade próxima, mas complicada, que termina abruptamente por volta dos vinte e poucos anos, para nunca mais ser revisitada, mas também nunca esquecida. Ritmo louco (Companhia das Letras, 528 pp, R$ 79,90 – Trad.: Daniel Galera) começa com a narradora voltando a Londres após ser demitida de seu emprego como assistente pessoal de uma cantora pop mundialmente famosa. Ao perambular pela cidade, a história do passado vai sendo revelada — e Tracey tem papel fundamental nela. Alternando entre estes dois tempos, o do presente e os anos 1980 e 1990, Zadie Smith cria um romance de formação que coloca em movimento reflexões profundas e atuais sobre cor, raça, gênero e, sobretudo, pertencimento.

[26/11/2018 07:00:00]