Nas primeiras horas da manhã do dia 24 de março de 2003, o juiz Alexandre Martins de Castro Filho, 32 anos, é assassinado numa emboscada quando se dirigia a sua academia de ginástica, em Vila Velha, cidade vizinha a Vitória, no Espírito Santo. A morte choca o país, chamando atenção para a força do crime organizado e sua proximidade com o poder. Dois anos antes, Alexandre e o colega Carlos Eduardo Ribeiro Lemos haviam descoberto que seu superior hierárquico, juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP) do estado, integrava uma quadrilha especializada em mortes por encomenda, entre outros crimes. Faziam parte do grupo vários nomes de vulto da segurança pública estadual. Baseado numa história real, com trama e personagens cinematográficos, Espírito Santo (Objetiva, 240 pp., R$ 36,90), de Carlos Eduardo Ribeiro Lemos, Luiz Eduardo Soares e Rodney Rocha Miranda, revela como a criminalidade colocou um estado de joelhos. Os autores narram, no livro, a luta travada contra o crime organizado capixaba, desde a descoberta de seu modus operandi à prisão dos carrascos de Alexandre.