Que o brasileiro gosta de apreciar sua cervejinha todo mundo sabe. O que nem todos sabem, porém, é a história dessa bebida, revelada em Larousse da cerveja (Larousse do Brasil, 357 pp., R$ 119), de Ronaldo Morado. Presente em todas as rodas de conversa, a cerveja se confunde com a história da humanidade e deixou vários sinais de sua importância social. Há indícios de que na época em que o homem começou a construir cidades, 6000 a.C, a fabricação da cerveja já era uma atividade organizada e servia até mesmo como moeda de troca. No Império Mesopotâmico, o código de Hamurábi previa, em um de seus artigos, a morte do cervejeiro em sua própria bebida, caso ela fosse intragável. Na Idade Média os alquimistas acreditavam que a cerveja era uma combinação do sol e da Terra e também dos quatro elementos. No Brasil ela chegou apenas no século XVIII, trazida pela Companhia das Índias Orientais. O autor, Ronaldo Morado, um “cervejólogo” confesso e pesquisador obsessivo, divide com prazer o fruto dessa paixão antiga com o leitor e conta com a colaboração de renomados especialistas, como a mestre cervejeira Cilene Saorin, que prefacia o livro, Paulo Schiaveto e Marco Antonio Falcone.
