Símbolo de intelectual progressista na luta contra a censura que o regime militar impôs ao país, Alceu Amoroso de Lima foi a voz da denúncia contra injustiças, participando ativamente dos movimentos sociais e políticos brasileiros no conturbado contexto histórico e cultural dos anos 30 e imprimindo marca decisiva nos documentos pontifícios sobre a justiça no mundo. É sobre ele que se debruça Candido Mendes em Dr. Alceu: da ‘persona’ à pessoa (Paulinas, 600 pp., R$ 60). O livro, que será lançado na próxima quinta-feira (26/3), a partir das 17h, na ABL (Av. Presidente Wilson, 203 – Centro – RJ - Informações e inscrições: tel: 21-2240-1217), descreve a vida de um pensador que assegurou a maturação da crítica literária no Brasil. Como Tristão de Athayde, pseudônimo que adotara para distinguir a atividade industrial da literária jornalista e crítico literário, Alceu publicou diversas obras em que expôs seu pensamento, como Idade, Sexo e Tempo, Introdução à Economia Moderna, Preparação à Sociologia, No limiar da Idade Nova e O espírito e o mundo. Nascido no bairro do Cosme Velho, no Rio, Alceu – Tristão tornou-se, em 1935, diretor da Ação Católica Brasileira e foi eleito para a cadeira de número 40 da Academia Brasileira de Letras.
