Os totalitarismos na visão de Jünger
, Redação, 28/11/2008

A Cosac Naify apresenta ao leitor brasileiro um autor alemão ainda desconhecido em nosso País. Ernst Jünger, autor do breve romance Nos penhascos de mármore (200 pp., R$ 49, trad. Tércio Redondo). O livro representa uma guinada ideológica na obra de um dos artífices teóricos do nazismo, que ao testemunhar os horrores da ascensão de Hitler fez da literatura uma trincheira para denunciar os totalitarismos (leia texto sobre Jünger e entrevista com o tradutor). O romance permite diversas leituras e interpretações políticas, mas elas não ofuscam sua riqueza literária – uma “admirável arquitetura de palavras”, como diz Antonio Candido, na apresentação. O livro narra em prosa elevada a aproximação do mal vista por dois eruditos, o narrador e seu irmão Otho, que vivem retirados em um eremitério, no alto de um despenhadeiro de mármore, protegidos por serpentes venenosas que fazem as vezes de animais de estimação. Jünger sempre preferiu relacionar o livro à denúncia de todos os totalitarismos, de todos os tempos e espaços e na apresentação do livro. A obra foi escolhida pela Associação Brasileira de Encadernação e Restauro (ABER) para ser utilizada no V Concurso de Encadernação Artística, que terá sua apresentação na próxima segunda-feira, dia 1º, às 19h30, no auditório do Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974 – São Paulo/SP. Tel.: 11-3296-7000).

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