A 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, realizada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e organizada pela RX, já tem data para acontecer: de 6 a 15 de setembro de 2024. O evento também tem um novo local e será realizado no Distrito Anhembi, localizado na zona Norte de São Paulo. O endereço é Av. Olavo Fontoura, 1209 - Santana, São Paulo / SP. Outra novidade é que os visitantes que adquirirem ingressos para o evento receberão benefícios para a compra de livros. "Escolhemos o Distrito Anhembi como a sede da 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo devido a uma série de fatores cruciais", explica a presidente da CBL, Sevani Matos. "Primeiramente, o tamanho e espaço disponível são impressionantes, com cerca de 75 mil metros quadrados à nossa disposição, o que nos permitirá criar um ambiente verdadeiramente espetacular para os amantes da literatura. Além disso, a flexibilidade na configuração da planta do evento é essencial para atender às variadas necessidades de expositores e visitantes". Para os interessados em participar como expositores, as vendas de espaços estão oficialmente abertas. Editoras, livrarias, distribuidoras e autores independentes estão convidados a garantir seu espaço. Para mais informações: comercial@bienaldolivrosp.com.br. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A Lista Nielsen PublishNews – que apura os autores brasileiros mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no país – trouxe quatro novidades no total na relação divulgada nesta terça-feira (31). No período de 11 de setembro a 8 de outubro, a obra Uma dieta além da moda (WMF Martins Fontes), de José Carlos Souto, conseguiu garantir o quarto lugar na lista de Não Ficção. A segunda estreia de Não Ficção está na nona posição: Manifesto antimaternalista (Zahar), de Vera Iaconelli. A terceira estreia da lista, na 11ª posição é Talvez a sua jornada agora seja só sobre você (Outro Planeta), de Iandê Albuquerque. Em Ficção, a única estreia do mês foi a nova edição de Diário de Pilar na Amazônia: Urgente (Pequena Zahar). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Antes da chegada da internet, o fluxo de consumo de conteúdo era uma mão única: alguém produzia e alguém consumia. Ou seja, havia pouca (ou nenhuma) interferência de quem consumia o conteúdo – fosse ele em qual formato fosse – sobre quem o produzia. Até tinham aquelas reportagens do Fantástico dizendo que o Manoel Carlos ouviu "o clamor popular" e matou o personagem X da novela das nove. Muito mais como uma forma de ampliar a conversa sobre o tema e aumentar o Ibope da novela do que qualquer real interação entre criador e consumidor. Mas aí chegou a internet, esse lugar que mudou radicalmente duas mecânicas no mundo do conteúdo: a proximidade e a criação. (...) Mas o fato é que existe um terceiro elemento, que vem transformando não só o consumo do conteúdo, mas a sua criação e a influência que quem consome tem sobre quem cria: comunidade. Clique no Leia mais para acessar a íntegra deste artigo.

Começa nesta terça-feira (31) a terceira edição do Festival Literário Internacional de Itabira (Flitabira), que vai até o dia 5 de novembro, domingo, no Centro Histórico de Itabira, Minas Gerais, com o tema “Arte, Literatura e Correspondências”. A curadoria é de Afonso Borges e Sérgio Abranches. Todas as atividades do Festival são gratuitas. Uma das novidades do ano foi que pesquisadores da engenharia da Unifei sintetizaram as vozes de Carlos Drummond de Andrade e de Candido Portinari – as vozes lerão, na abertura do evento, cartas trocadas pelos dois artistas. O PublishNews adianta com exclusividade como ficou o experimento. Além disso, mais de 100 autores vão se deslocar até a cidade mineira para participar da programação. Um ponto alto do Festival será no dia 4, sábado, às 21h, quando a escritora Conceição Evaristo receberá o Prêmio Juca Pato de Intelectual do Ano, outorgado pela UBE – União Brasileira de Escritores –, seguido de mesa de debate com a ministra Cármen Lúcia. O Festival começa neste dia 31 de outubro, aniversário de 121 anos de Carlos Drummond de Andrade, com exibição no YouTube do Flitabira da sessão de leituras de cartas do poeta feitas por atores, atrizes e escritores. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A Feira do Livro de Londres (LBF) anunciou nesta segunda-feira (30) a programação Authors of the Day para o evento de 2024, que contará com o autor de best-sellers e apresentador de TV Richard Osman; Taylor Jenkins Reid, autora de Os sete maridos de Evelyn Hugo (Paralela); Joseph Coelho, laureado com o Waterstones Children's Laureate, e a vencedora do Prêmio Klaus Flugge, Flavia Z Drago, como Ilustradora da Feira. Os Autores do Dia e a Ilustradora participarão de eventos "Em Conversa" em dias diferentes durante a Feira do Livro de Londres. A Feira do Livro de Londres (LBF) é o maior evento de negócios e publicação de livros do primeiro semestre no mundo e retornará à sua sede. no Olympia London, de 12 a 14 de março de 2024. O programa completo para a Feira do Livro de Londres 2024 será anunciado no início do próximo ano. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A editora Todavia anunciou nesta segunda-feira (30) a vencedora da terceira edição do Prêmio Todavia de Não Ficção, que teve 228 projetos de biografia e perfil biográfico inscritos entre setembro do ano passado e abril deste ano: é a jornalista e pesquisadora Cibele Tenório. A personagem-tema do projeto de biografia é a mulher, negra, nordestina, jornalista, datilógrafa, militante feminista, sindicalista, poeta e musicista Almerinda Gama (1899-1999). Na linha de frente do movimento sufragista brasileiro nos anos 1930, Almerinda foi pioneira entre as mulheres negras na política. O projeto de Cibele Tenório narra a trajetória de Almerinda a partir de suas memórias, de sua participação na construção da emancipação feminina e de sua experiência sendo uma mulher negra na sociedade brasileira pós-abolição. "Foi por causa da história da Almerinda Farias Gama que eu virei pesquisadora. O fato de ninguém saber sobre a vida dela, esse silenciamento, tem a ver com o racismo. Há no Brasil já algumas excelentes pesquisas sobre os projetos sufragistas, mas nada sobre Almerinda. Apesar de ela fazer parte desse grupo, destoava por ser negra, por não ter um sobrenome influente, por ser assalariada", conta a vencedora do prêmio. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A União Brasileira de Escritores (UBE) divulgou os dez finalistas do Prêmio Claudio Willer de Poesia 2023. A premiação tem como objetivos homenagear o poeta Cláudio Willer e promover a poesia brasileira. O ganhador será revelado no dia 16 de novembro, às 18h, na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, (Rua Henrique Schaumann, 777 – São Paulo / SP). Nesse mesmo evento será revelado o ganhador do Prêmio Anna Maria Martins, concurso que tem como objetivo selecionar, premiar e divulgar textos literários inéditos no gênero conto, escritos por autores brasileiros, em língua portuguesa. O prêmio de poesia homenageia o poeta Claudio Willer. Para concorrer, os inscritos tiveram de apresentar livros de poesia inéditos, escritos em língua portuguesa, com o número mínimo de 60 páginas. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra e conhecer os finalistas.

Já está no ar o novo episódio do podcast Papo CBL, que nesta edição traz uma entrevista de Luciano Monteiro, vice-presidente da Câmara Brasileira do Livro. Na conversa, o executivo fala sobre a relevância da sustentabilidade e dos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança) na indústria editorial. Ele destaca que a agenda da sustentabilidade é essencialmente uma agenda civilizatória, que vai além das questões ambientais e engloba aspectos sociais e de governança. Luciano explica ainda como esses pilares estão interligados e discute as ações da CBL para promover práticas ESG no mercado editorial, incluindo a participação em eventos nacionais e internacionais e a promoção da diversidade e inclusão. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A CCXP23 confirmou a participação dos dez autores que compõem o projeto Narrativas Periféricas no Artists’ Valley by Bis. Criado pela Editora Mino em parceria com PerifaCon e Chiaroscuro Studios, o projeto surgiu com o intuito de formar e inserir autores da periferia de São Paulo no cenário de histórias em quadrinhos do Brasil, num esforço de diversificar as vozes que formam a cena. Em sua segunda edição, o Narrativas volta ao festival, agora com ainda mais autores, vindos das mais diversas regiões periféricas de SP. A CCXP23 ocorre entre os dias 30 de novembro e 3 de dezembro de 2023, no São Paulo Expo (Rodovia dos Imigrantes, 1,5km – São Paulo / SP). Para comprar ingressos para o evento, basta acessar o link. "Buscamos tornar cada vez mais inclusivo o mercado editorial de quadrinhos no Brasil e o Narrativas Periféricas é um passo importantíssimo para isso. Neste ano, conseguimos captar diversos talentos que estão iniciando suas carreiras e proporcionamos visibilidade para eles dentro do maior festival de cultura pop do mundo. Só tenho a agradecer a Editora Mino e a PerifaCon pela parceria e participação em mais uma edição", afirma Ivan Costa, sóciofundador do evento, curador da programação. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Os afetos, os laços – feitos, desfeitos e os jamais construídos –, assim como a vida, a morte e a sobrevida em condições precárias e absurdamente naturalizadas, são motivos para estes contos, narrados ora em primeira, ora em terceira pessoa, ambientados em espaços que podem variar da intimidade de simpáticas casas da classe média baixa aos lamaçais de crimes ambientais escandalosos, onde as violências, micro e macro, mostram a cara o tempo todo. Há variação também nos níveis de frieza e lirismo com que uma morte e um amor, por humanos ou animais, podem ser narrados. Em Causas não naturais (Autêntica Contemporânea, 144 pp, R$ 54,90), Ana Elisa Ribeiro compõe cenas que fascinam tanto quanto enojam e surpreende o leitor com viradas comoventes ou aterradoras. O volume reúne 16 contos permeados pelo tema da violência e da morte. A capa foi feita sobre arte de Hiroki Kawanabe (Japão), com design de Diogo Droschi.

"A vida é muito efêmera, às vezes você não tem outro remédio a não ser fazer tudo ao mesmo tempo, se quiser tirar algum proveito dela". Esta é a reunião, em única edição, da estreia do cineasta espanhol Pedro Almodóvar na literatura. A primeira parte do livro, formada por crônicas publicadas pelo autor ao longo dos anos 1980 na revista La Luna de Madrid, traz as memórias despudoradas de Patty Diphusa, uma estrela pornô que pertence, segundo ela mesma, a esse tipo de mulheres que protagonizam a época em que vivem. Já em Fogo nas entranhas, somos apresentados a uma história protagonizada por um excêntrico grupo de mulheres, cujas vidas se cruzam pelo mútuo envolvimento com um chinês sentimental, dono de uma fábrica de absorventes íntimos e que, de tanto ser traído, se transforma no vilão da história. Marca registrada do autor, as narrativas presentes em Patty Diphusa e Fogo nas entranhas (Tusquets, 160 pp, R$ 56,90 – Trad.: Eric Nepomuceno) são, ao mesmo tempo, instigantes, hilárias, repulsivas e empolgantes, com um olhar único e profundo sobre a vida humana.

Neiva é um escritor irônico. Criando, ficcionalizando, ele parece dar rasteiras seguidas em suas próprias diatribes lógicas de professor, em que se pressentia, um meticuloso designer da razão. Corações Gentis (Lacre, 164 pp, R$ 55,00) é muito que bem outra coisa. Erudito que se diverte com a própria erudição, Neiva vai buscar no leit-motiv medieval e pós-medieval do cuore gentile de Dante em Vita Nuova a centelha para estes seis contos em torno da experiência amorosa, seja em seus matizes benignos, seja no que também convoca algo de “dantesco”. É essa convocação que parece irônica, por interpelar o leitor a que partilhe um sentido segundo da letra. A ironia, de fato, só se faz na escuta. Com Neiva, porém, o objeto ironizado não é exatamente o saber letrado, mas a própria letra do saber, ou o discurso em que algo se transmite. É uma escrita autoconsciente no sentido de que reflete, sem pretensões de metalinguagem, sobre procedimentos narrativos, limites da ficção, isto é, os limites do real e do imaginário.

Em A sordidez das pequenas coisas (Dublinense, 164 pp, R$ 69,90), experiências triviais de pessoas comuns são transformadas em eventos singulares pela força da prosa de Alê Garcia. Com uma narrativa sensível e por vezes brutal, o autor parte das dores e conquistas dos personagens, suas misérias, vitórias e desencantos, para construir uma voz narrativa muito própria, capaz de levar este livro de estreia ao posto de finalista do prêmio Jabuti e um dos vencedores do Prêmio Fundação Biblioteca Nacional. Esta nova edição acrescenta aos vinte contos originais uma apresentação do autor e um prefácio de Stefano Volp. Escritor, criador de conteúdo, palestrante, apresentador e publicitário, Alê Garcia é um dos 20 creators negros mais inovadores do país, segundo a revista Forbes. Com seu livro de estreia, A sordidez das pequenas coisas, foi finalista do Prêmio Jabuti, em 2011, e um dos vencedores do Prêmio Fundação Biblioteca Nacional.