Nos últimos anos, o mercado editorial como um todo tem se aperfeiçoado quando o assunto é a gestão de metadados e acompanhamento dos seus produtos. Ter ferramentas que auxiliem em todas as etapas do setor e facilitem processos se tornou indispensável. Foi partindo da ideia de facilitar o dia a dia de editoras e livrarias e de criar um ecossistema de produtos de tecnologia, que a Bookinfo – empresa que oferece soluções de inteligência de negócios e ferramentas de apoio à gestão de editoras, distribuidoras e livrarias no País – comprou o MercadoEditorial.org, plataforma gratuita de gestão de metadados criada por Eduardo Blucher. Com a aquisição, a Bookinfo vira um hub de serviços abrangendo grande parte do mercado editorial. Para se ter uma ideia, o MercadoEditorial conta com 800 editoras, enquanto a Bookinfo tem como clientes 65 editoras e em torno de 350 livrarias. Com essa integração, espera-se que as livrarias da Bookinfo migrem para a plataforma de gestão de metadados. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Eny Marisa Maia, sócia e fundadora das editoras infantojuvenis Biruta e Gaivota, faleceu no fim da tarde desta segunda (03), aos 82 anos. A causa da morte não foi divulgada. Eny nasceu em 1940, no Rio de Janeiro. Formou-se em pedagogia e, desde cedo, dedicou-se à educação, área na qual fez mestrado e doutorado. Foi professora alfabetizadora, coordenadora pedagógica, pesquisadora e consultora da área educacional e Secretária de Educação do Município de São Paulo. Em 2000, em parceria com sua filha Mônica Maluf, fundou a Editora Biruta. Nas redes sociais, a editora Biruta homenageou sua fundadora e destacou que, ao longo dos últimos 22 anos, Eny selecionou e publicou textos de autores consagrados, mas especialmente abriu espaço para novos autores e ilustradores, publicando obras que conquistaram leitores e foram reconhecidas com inúmeros prêmios. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Com sua edição de 2022 marcada para ocorrer de 10 a 15 de novembro, no Centro de Convenções Salvador (Av. Octávio Mangabeira, 5.490 - Boca do Rio, Salvador / BA), a Bienal do Livro Bahia recebeu um investimento de pouco mais de R$ 5 milhões e a expectativa é de que 80 mil pessoas circulem pela área de exposição e participem da programação. Organizada pela GL Events – a mesma organizadora da Bienal do Livro Rio – a Bienal Bahia conta com mais de 150 marcas expositoras e stakeholders do mercado editorial. Já a programação, montada para todos os públicos, terá três espaços diferentes: o Café Literário, a Arena Jovem e o Espaço Infantil, que recebem curadorias, respectivamente, dos jornalistas Josélia Aguiar, Schneider Carpeggiani e Mira Silva. A programação terá ainda mais de 70 horas de conteúdo produzido pelos mais de 100 autores e personalidades convidados. A partir dessa retomada – a última edição da Bienal do Livro Bahia ocorreu há quase dez anos – o anseio é o de consolidar novamente o evento, cuja primeira edição ocorreu em 1996, no calendário cultural da região. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Festa Literária de Maricá – um dos festivais literários mais importantes da região – realiza sua sétima edição de 14 a 26 outubro. Ocupando o espaço externo da Subprefeitura de Maricá em Itaipuaçu (Rua Van Lerbergue, 249 – Itaipuaçu, Maricá / RJ), a Flim 2022 acontecerá com Darcy Ribeiro como patrono e terá a escritora Conceição Evaristo como homenageada. Com curadoria da editora Raquel Menezes, o evento terá o tema sustentabilidade e pretende trazer para o público uma programação que pense no legado que será deixado para as próximas gerações. O que começou como uma iniciativa pequena, ganhou corpo e estrutura, e a feira traz anualmente uma programação variada, focada em literatura, mas que leva acesso à música, ao teatro, promove ações de incentivo a escrita, a dança e conta ainda com sessões de contação de história, shows, palestras e oficinas, além de abrir espaço para escritores da região mostrarem seus trabalhos. Este ano mais de 80 editoras participarão da festa, que em breve, vai anunciar sua programação cultural. As informações completas serão disponibilizadas no site da Flim. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Escritores da periferia do Distrito Federal tiveram suas obras inéditas selecionadas para lançamento na 5ª Bienal Internacional do Livro de Brasília (Bilb). O resultado foi divulgado nesta segunda-feira (03). O evento, que tem entrada gratuita a partir de um ingresso eletrônico que deve ser retirado no site da Bilb, será realizado de 21 a 30 de outubro, no Pavilhão do Parque da Cidade. No total, o público da Bienal terá acesso a uma programação com mais de 60 escritores nacionais e internacionais. Os livros deles disputaram as vagas entre 71 obras inscritas no edital que visa incentivar ainda mais a criação literária, depois de serem produzidas e registradas durante a pandemia. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Em outubro, a Biblioteca de São Paulo celebra o Dia Nacional da Leitura e o Dia da Criança. Neste mês, haverá oficinas com temática sobre literatura e gastronomia, empreendedorismo, tecnologia para +60, xadrez e clubes de leitura. Os destaques de temas presenciais vão para o encontro com a escritora Kiusam de Oliveira, autora referência em Literatura Negro-Brasileira do Encantamento Infantil e Juvenil nesta terça (04), das 15h às 16h; as aulas de Tecnologia Dia a Dia – Oficina de Smartphone +60, de 05 de outubro a 04 de novembro, das 10h às 12h; e a Viagem Gastronômica, que irá comemorar o aniversário do escritor modernista Mário de Andrade e acontecerá no dia 08 de outubro das 15h às 17h. As inscrições para os eventos podem ser feitas pelo site da biblioteca. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 - 4º andar, Bela Vista - São Paulo / SP) realiza nesta quinta (05), das 19h30 às 21h30, o curso presencial gratuito sobre o livro Independência do Brasil: As mulheres que estavam lá, publicado pela editora Bazar do Tempo. O encontro pretende destacar a atuação das mulheres que, mesmo diante de interdição para participar da vida política, ocuparam a cena pública e tomaram corajosamente parte nesses combates independentistas por meio de diferentes estratégias. Seja escrevendo panfletos anticoloniais, conspirando nos bastidores do poder ou mesmo liderando revoltas e lutando no front, sete mulheres que desempenharam papéis chave nesse momento decisivo são trazidas à tona no livro: Hipólita Jacinta Teixeira de Melo, Bárbara de Alencar, Urânia Vanério, Maria Felipa de Oliveira, Maria Quitéria de Jesus, Maria Leopoldina da Áustria e Ana Lins. Assinada por historiadoras e escritoras, como Antonia Pellegrino, Cidinha da Silva, Heloisa Starling, Marcela Telles, Patrícia Valim, Socorro Acioli e Virgínia Siqueira Starling, a obra põe em evidência essas heroínas que, com justiça, participam das celebrações dos 200 anos da Independência do país. As inscrições podem ser feitas a partir do link do site. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A finalista do Jabuti 2015, Silvana Salerno, ministrará o curso on-line da Universidade do Livro "Os textos que vendem o livro: da orelha aos metadados". Nas aulas, ela apresentará textos que compõem a capa de um livro: título, quarta capa, biografia e orelhas. Além disso, serão trabalhados os textos produzidos sobre o livro para sites, livrarias on-line, divulgação e imprensa. O curso é destinado a todos os interessados pelo mercado editorial, de iniciantes a profissionais em busca de atualização, editores, assistentes editoriais, jornalistas, estudantes de comunicação, editoração, jornalismo e letras, assim como qualquer pessoa que queira aprimorar sua comunicação e sua escrita. As aulas acontecem de 07 de outubro a 02 de dezembro. O investimento é de R$ 346 (valor com 15% de desconto). A cada semana é disponibilizada uma nova aula na plataforma, é preciso comparecer a 70% das aulas e ter nota igual ou superior a sete para emissão do certificado. Confira outras informações e as inscrições online aqui.

O jurista e professor Tiago Pavinatto lança nesta quinta (06), às 18h, o livro Declaração universal dos direitos da pessoa humana fora do armário (Almedina) em noite de autógrafos na Drummond Livraria do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2.073 – São Paulo / SP). A obra é prefaciada pelo historiador Leandro Karnal e faz pensar sobre o estatuto do humano, independente de rótulos, gavetas e armários. De maneira reiterada na história, sociedades distintas enfrentaram a necessidade de luta contra a opressão, culminando na ampliação do conceito de cidadão e, em seu ápice, da própria noção de pessoa humana. Na obra, Pavinatto aponta que a igualdade deriva de uma necessidade civilizacional e jurídica. "Se só posso ser integralmente sendo quem sou, o armário não é um velamento social, mas a negação do ser. A chave da decifração é a pessoa humana em si", diz o autor.

Em 1946, o país passava por um processo de redemocratização após a ditadura do Estado Novo e tentava enfrentar suas fraturas mais evidentes. Decorridos mais de 70 anos, é doloroso notar como elas se aprofundaram. Em 2022, 33 milhões de pessoas ainda passam no fome no país. Josué de Castro denuncia no livro Geografia da fome: o dilema brasileiro: pão ou aço (Todavia, 400, R$ 84,90) a fome coletiva como um fenômeno social presente em todos os continentes. Com foco no Brasil, defende que ela é decorrente dos sistemas econômicos e sociais, não de condições climáticas, argumento que amplia o escopo do debate sobre as raízes do subdesenvolvimento. Considerando como regiões de fome aquelas em que ao menos metade da população apresenta carências de nutrição evidentes, o autor divide o país em cinco áreas definidas por seus hábitos alimentares, identificando as que vivem em estado de fome crônica — endêmica ou epidêmica — e as que apresentam quadro de subnutrição. O escritor é referência no tema de nutrição e já foi presidente da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), deputado federal por Pernambuco em duas legislaturas e mais de uma vez cotado para o prêmio Nobel, teve seus direitos políticos cassados pela ditadura militar, em 1964.

Marcado pela experiência do exílio, Antropologia estrutural zero (Bertrand, 322 pp, R$ 89,90 - Trad.: Ivone Benedetti) testemunha um momento ao mesmo tempo biográfico e histórico durante o qual – como muitos artistas e estudiosos judeus europeus – Claude Lévi-Strauss se refugiou em Nova York. Escritos entre 1941 e 1947, quando ele ainda não havia abandonado suas reflexões políticas, os 17 capítulos deste livro restauram a pré-história da antropologia estrutural. “Se alguém ainda quiser aprender antropologia, que comece por este livro”, sugere Mércio Gomes, antropólogo e ex-presidente da FUNAI. Antropologia estrutural zero apresenta textos pouco conhecidos, publicados, na sua maioria, inicialmente em inglês e em revistas variadas, textos que para muitos se tornaram até certo ponto inacessíveis. Boa parte é sobre a América do Sul, em que Lévi-Strauss era especialista, e sobre os indígenas do Brasil, país onde Lévi-Strauss foi professor, lecionando na Universidade de São Paulo. Hoje é notório que a publicação de Antropologia estrutural constituiu uma etapa crucial para a divulgação e a expansão do estruturalismo. O livro pôs em destaque o caráter inovador da reflexão e da ambição teórica de um projeto baseado em dados etnográficos muito precisos, aberto tanto para outras disciplinas (linguística, história, psicanálise…), quanto para trabalhos de língua inglesa. A capa é ilustrada com uma fotografia de Sebastião Salgado feita na terra indígena do Vale do Javari (AM).

Juliana Monteiro e Jamil Chade, jornalistas internacionais residentes da Europa – ele em Genebra, ela em Roma –, costuram uma narrativa sobre o possível futuro do Brasil nas cartas que trocaram de setembro de 2021 a julho de 2022. Com um futuro eleitoral ainda incerto, Ao Brasil, com amor (Autêntica, 136 pp, R$ 38,90) compartilha impressões sobre temas que vão das injustiças e contradições da sociedade à preocupação com a situação sociopolítica do país e do mundo. As cartas mostram as inquietações, expectativas e incertezas do momento histórico de transição em que vivemos e refletem ainda sobre o que é viver fora do seu país de origem e sobre o orgulho da brasilidade. Ao Brasil, com amor é um convite à luta, ao retorno das utopias e à construção coletiva de respostas que deem conta de um mundo transformado por tantos acontecimentos. É também um chamado à delicadeza, à liberdade e ao amor, afinal, “falar de amor num tempo de ódio é prioritário”, como escreve Renato Janine Ribeiro, que assina o texto de apresentação.

Nem de direita, nem de esquerda, o liberalismo é uma prática política em evolução que defende a necessidade e a possibilidade de uma reforma social (imperfeitamente) igualitária e uma tolerância ainda maior da diferença humana por meio de conversas, manifestações e debates fundamentados e livres. É o que explica o escritor Adam Gopnik em seu novo livro Milhares de pequenas sanidades (Alta Cult, 256 pp, R$ 58 – Trad.: Jana Araujo). Para o autor, desde o início do século XX, o liberalismo e os liberais nunca estiveram sob um ataque tão implacável. A crise da democracia gerou uma crise de confiança nas instituições e no pensamento liberal. Em defesa do conceito, a obra busca humanizar o liberalismo para a nova geração, trazendo exemplos e resgatando os ideais que estão longe de produzir uma doutrina severa, fragmentadora e sem emoção. De Montaigne a Mill e de Middlemarch ao movimento dos direitos civis, Gopnik argumenta que essa prática política não é uma forma de centrismo, nem outra palavra para “livre mercado” ou apenas um termo que denota um conjunto de direitos. O liberalismo é uma filosofia de "prioridade ao fato" com uma história de "prioridade aos sentimentos".