Duas obras que fazem parte do Clube do Livro Prioli Karnal – projeto da advogada e apresentadora Gabriela Prioli e do historiador Leandro Karnal – entraram na Lista de Mais Vendidos do PublishNews desta semana: Doze contos peregrinos (Record), ficção de Gabriel García Márquez, e Não se esqueça! (Record), de Mario Sérgio Cortella. O Clube chega neste ano à sua quinta edição e celebrou em abril uma parceria com o Grupo Editorial Record – todos os livros desta temporada são publicados pelos selos da Record. O livro de García Márquez teve sua primeira edição brasileira em 1992, com tradução de Eric Nepomuceno, e reúne histórias de personagens latino-americanos na Europa, peregrinos que não deixam de sonhar com a terra natal. Já o livro de Mario Sergio Cortella, educador e filósofo, compartilha lições de gestão que abordam temas como diversidade e inclusão, liderança empática, autodesenvolvimento, mediação de conflitos, comunicação, foco, ética e persistência. A Literare Books também emplacou dois novos títulos na Lista da semana. A HarperCollins domina o pódio geral da Lista com três livros da coleção Bobbie Goods, e ocupa a terceira posição no ranking das editoras, com oito títulos nas diferentes categorias. Quem lidera é a Sextante, com 21 títulos, e em segundo lugar está o Grupo Record, com 13 títulos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Bienal do Livro Rio (13 a 22/06) realizou na quinta-feira (8) uma coletiva de imprensa, no Santuário Cristo Redentor, para divulgar sua programação completa. No ano em que a cidade do Rio é a Capital Mundial do Livro, título concedido pela UNESCO, a Bienal terá o tema Todos na mesma página, e contará com mais de 300 participantes e 200 horas de conteúdo. O homenageado desta edição é o escritor e jornalista Ruy Castro, que lançará dois livros durante o evento. Os ingressos já estão disponíveis para compra há cerca de dois meses, e a organização informa que as vendas dos primeiros dias superaram em 80% os primeiros dias das vendas em 2023 – na edição anterior, os ingressos começaram a ser vendidos apenas com a divulgação da programação completa. Segundo a organização, o foco central dessa edição será levar aos leitores novas experiências com o objetivo de trazer uma programação diversa e transversal que coloque o livro no centro de tudo. Entre os autores confirmados e anunciados na coletiva estão nomes como Ailton Krenak, Conceição Evaristo, Marcelo Rubens Paiva, Drauzio Varella, Pedro Bial, Miriam Leitão, Mario Sergio Cortella, Leandro Karnal, Gabriela Prioli, Itamar Vieira Junior, Raphael Montes, Aline Bei, Jeferson Tenório, entre outros. Na cena internacional, nomes como a nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, a cubana Teresa Cárdenas, o mangaká japonês Nagabe, o sul-coreano Kim Ho-yeon, o português Afonso Cruz, a britânica Cara Hunter, as italianas Dacia Maraini e Antonella Lattanzi, a chilena Lina Meruane, os norte-americanos GT Karber, Lynn Painter e Alexene Farol Follmuth, e a canadense Brynne Weaver também estão confirmados. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Um estudante morto pela ditadura militar pode entrar para o livro de Heróis da Pátria, de acordo com reportagem da Agência Brasil. O estudante Edson Luís foi assassinado em março de 1968, após policiais militares invadirem o Restaurante Central dos Estudantes, conhecido como Calabouço, no centro do Rio, onde ocorria uma manifestação estudantil. Ainda sobre o tema da Ditadura Militar no país, o Brasil de Fato repercutiu o lançamento do livro Quando a notícia pode salvar vidas – Quatro décadas do Prêmio de Direitos Humanos de Jornalismo (Já), que conta como o jornalismo pode salvar vidas ao revisitar quatro décadas de reportagens premiadas. No jornal O Globo, a repercussão da Feira do Livro de Buenos Aires, em que diversos lançamentos de livros e palestras buscar estudar o fenômeno político do presidente Milei, da ultradireita argentina. Foi lá também que a coluna de Lauro Jardim contou sobre o livro de cabeceira de Lula em sua viagem para Moscou. A coluna Painel das Letras noticiou que autores estão com receio de deixar os Estados Unidos por conta das políticas adotadas pelo presidente Donald Trump. O fato afeta atrações da Bienal do Livro Rio e da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que voltaram atrás em convites positivos. E a CNN Brasil listou as bibliotecas históricas localizadas no Rio de Janeiro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Luiza sangra em silêncio. Casada com um homem que aprendeu com a dureza a confundir controle com cuidado, filha de pais que repetem, sem pensar, o mantra da obediência como salvação, ela vive enclausurada numa bolha sem nome, feita de deveres, aparências e silêncios herdados. Mas é no corpo, esse território de guerra e revelação, que a primeira rachadura se anuncia. A infertilidade, palavra que nunca coube bem na boca das mulheres, desaba sobre ela como sentença, como falha, como culpa que não é sua, mas que todos querem que seja. A partir daqui, Gisele Fortes escreve com lâmina e afeto. Em O filho que eu quero ter, a autora não entrega apenas uma narrativa sobre maternidade: ela rasga o véu da idealização para revelar a mulher atravessada por ela. Luiza encontra em Dudu, menino de olhos vivos e riso largo, a faísca de um amor que não precisa nascer do útero para ser visceral. E é nesse encontro, abrupto e cheio de ternura, que a protagonista desce do mundo como o conhecia. Porque amar um filho negro, em um mundo ainda tão branco e estruturalmente racista, é também declarar guerra a esse racismo que habita dentro e fora de casa. Porque escolher a maternidade fora da rota biológica é afirmar que o sangue não basta, e que o amor é, sim, um ato político. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta coluna.

A edição de maio do jornal Cândido é dedicada à tradução literária – tema da reportagem de capa, de Isa Honório. A repórter conversa com profissionais que contam sobre os prazeres e dificuldades de trabalhar no mercado de tradução no Brasil. O texto também revela a demanda da categoria por maior reconhecimento e faz um apanhado sobre o cenário nacional da tradução. Ainda sobre o assunto, a retranca traz indicações de livros traduzidos de línguas estrangeiras para o português para incluir na prateleira. A edição nº 161 segue com a série especial Outras Palavras, que apresenta entrevistas curtas com as participantes das mesas de conversa do evento “Ocupação Mulheres Arquivadas”, realizado durante o mês de março na Biblioteca Pública do Paraná. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A GDB Editorial (Gato Amarelo) está em busca de um executivo de vendas para o Estado de São Paulo. É preciso ter experiência comprovada na área comercial do mercado editorial; habilidade em negociação e fechamento de vendas; conhecimento sobre distribuição e comercialização de livros; e disponibilidade para viagens. As atribuições do cargo incluem gerenciar e expandir a carteira de clientes (livrarias, distribuidores, canais alternativos); identificar novas oportunidades de negócios e parcerias; negociar contratos e condições comerciais; acompanhar tendências do mercado editorial e propor estratégias de vendas; trabalhar em conjunto com as equipes de marketing e editorial para promover lançamentos; e coordenar eventos e feiras nas quais a editora participe. Interessados devem encaminhar currículos para jrussio@gdbeditorial.com.br com o assunto “Executivo de vendas”.

A escritora Juliana Leite é a convidada do próximo Encontro de Leituras, no dia 13 de maio, às 18h do Brasil e 22h de Portugal. A autora e os participantes discutirão o romance Humanos exemplares (Companhia das Letras), publicado em 2022 no Brasil e neste ano em Portugal. Humanos exemplares é o segundo livro da autora, ganhadora do prêmio Sesc de Literatura pelo seu primeiro romance Magdalena usa as mãos (Record). Os melhores momentos são publicados no podcast Encontro de Leituras. No livro, Leite retrata os últimos dias de vida de Natália, uma idosa prestes a completar cem anos que passa os dias isolada em seu apartamento, no aguardo de um telefonema da filha que mora em outro país. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Viagens podem originar boas conversas entre amigos e familiares. Nas mãos de um escritor as histórias viram livro. Foi o que aconteceu com a viagem que a escritora Cléo Busatto fez à Patagônia em 2006. Passando por Punta Tombo, Cléo visitou a maior colônia de Pinguins de Magalhães do mundo. A reserva fica localizada numa península e possibilita ao visitante ver os bichinhos bem de perto, por meio de passarelas que atravessam seu habitat. Cléo também observou que não são todos os visitantes que respeitam o espaço deles. Isso provocou reflexões que sugeriram uma história linda perpassada por emoções e sentimentos, como saudade, coragem, tristeza e, principalmente, amor. Em A primeira viagem de Pinguim Tombin (CLB Produções, 56 pp, R$ 74), Pinguim Tombin vivia uma vida tranquila no litoral Sul da América do Sul, até que um bando de estranhos animais aparece causando pânico entre os pinguins. Durante a confusão, a família de Tombin é obrigada a fugir e faz uma pequena viagem pelas águas da praia, até que se separam de mamãe Tombin. Acompanhados pelas ilustrações sensíveis de Verônica Fukuda, criadas em aquarela digital, os pequenos leitores passeiam pelos espaços onde vivem os pinguins e compartilham com o pequeno Tombin, o medo e a esperança de reencontrar a mãe.

Em um sonho, o personagem da obra De onde nascem as perguntas? (Melhoramentos, 64 pp, R$ 59,90 – Ilustrações: Jonathas Martins) volta a ser o menino que fora um dia. Ele é levado por um percurso, instigado pela pergunta que dá nome ao livro. Estreia de Alexandre Coimbra Amaral como autor para as infâncias, o livro conversa com o leitor, estimulando-o a também fazer uma viagem de descobertas por suas próprias inquietações. "De onde nascem as perguntas? é um convite para escutar do nosso coração de criança o que não deve ser esquecido: perguntar é se permitir nascer de novo para si mesmo e para o mundo, a qualquer momento. E responder é brincar de tatear quem já somos, desde sempre”, comenta a psicóloga Daniela Leal na orelha da obra.

Em Batriq, o pinguim perdido (Tabla, 32 pp, R$ 56 – Trad.: Michel Sleiman e Thariq Osman), Batriq, o pinguim, perdeu-se de sua casa na Antártica. Em busca do caminho de volta, ele surfa em blocos de gelo, mergulha em águas desconhecidas, atravessa cidades movimentadas e até faz amigos inesperados pelo caminho. Mas nenhum desses lugares é como a Antártica. Perdido pelo mundo, Batriq precisa descobrir como retornar para o seu lar — e talvez os leitores possam ajudá-lo nessa jornada. Por trás da leveza da história e da musicalidade das rimas, aborda temas profundos e muito atuais: a experiência de refugiados, que deixam seus lares sem garantia de retorno, e os impactos da crise climática, que altera ecossistemas e desloca espécies. O livro convida pequenos leitores a ajudarem Batriq em sua jornada — escrevendo, desenhando ou até enviando um e-mail —, tornando a leitura uma experiência interativa e propondo que as crianças imaginem soluções e exercitem empatia. A obra foi publicada originalmente em árabe pelo Tamer Institute, uma organização palestina dedicada à literatura e à educação infantil,

"Minha mãe conta um mar de histórias sobre sua família no Haiti, país onde ela cresceu e nasceu." É com essa frase que Paty Wolff começa a obra Azul Haiti (Companhia das Letrinhas, 36 pp, R$ 59,90), resgatando uma dessas histórias para falar com as infâncias sobre a imigração haitiana para o Brasil, motivada por desastres climáticos e más condições socioeconômicas. O terremoto traz a enchente que leva tudo. Depois, vêm a violência, a fome e a fuga. Por fim, surge uma nova vida em um país diferente, com outros desafios. Por meio de uma escrita poética que recupera com delicadeza as lembranças de uma crise, é contada uma narrativa da imigração haitiana. As ilustrações e os recortes feitos sobre papelão acrescentam profundidade ao retrato da fuga, complementando o texto e proporcionando novas possibilidades de leitura. Uma obra essencial para entender a importância da resistência e da preservação da memória. Indicado para leitores a partir de seis anos.

A Campanha do Abril Azul foi estabelecida em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU) a fim de promover, proteger e conscientizar a população sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). São inúmeras dificuldades a serem enfrentadas após o diagnóstico, como o preconceito, a falta de profissionais capacitados e o bullying escolar. Essa realidade é retratada no livro infantojuvenil Anjo, Nunca! (PeraBook, 36 pp, R$ 56), de Flávia Reis, por meio da história de uma protagonista que se vê envolvida em uma confusão na escola, tornando-se alvo de registros e exposições cruéis nas redes sociais. Dentre os desafios que se apresentam em relação à neurodivergência bem como ao autismo (um dos tipos desta condição), o ambiente escolar se destaca como um dos mais complexos. A escola pode ser um espaço desafiador para todos, mas torna-se ainda mais difícil para estudantes que apresentam algum tipo de neurodivergência.