Neste episódio do Podcast do PublishNews falamos sobre… podcasts. O leitor já sabe como esta mídia se tornou tão relevante, bem como tem ideia da importância de editoras se aproximarem cada vez mais de seus leitores, usando todos os espaços possíveis. Seja por redes socias, newsletters, produção de vídeos e, claro, áudio também. Conversamos com duas editoras, das várias que produzem seus programas no formato: a Companhia das Letras, uma das maiores do país, que criou em 2018 a Rádio Companhia. A outra editora é a Seiva, que se define como uma pequena escola, editora e comunidade criativa, onde se acredita que a arte é para todos. A empresa tem à frente o editor Daniel Lameira, que apresenta também o Clareira. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

A Câmara Brasileira do Livro (CBL) elegeu Marina Colasanti como a Personalidade Literária da 66ª edição do Prêmio Jabuti. Com mais de 70 obras publicadas, direcionadas tanto ao público infantil quanto adulto, Marina é um dos grandes nomes da literatura infantojuvenil brasileira. Além de escritora, é também jornalista, artista plástica e tradutora. Ela recebe a homenagem por sua contribuição à literatura, com livros que tratam de temas universais de maneira simples e poética, conquistando leitores de todas as idades. Ao longo de sua trajetória, Marina recebeu um total de nove estatuetas do Prêmio Jabuti referentes à indicação ao Melhor Livro Infantil. Marina Colasanti nasceu em 1937, na cidade de Asmara, capital da Eritreia. Posteriormente, viveu em Trípoli, na Líbia, e na Itália, mudando-se em 1948 com a família para o Brasil, onde reside até hoje, no Rio de Janeiro. Antes de consolidar-se como uma das grandes escritoras do país, Marina construiu uma carreira multifacetada em diversas áreas. Seu primeiro livro, Eu sozinha (Global), foi publicado em 1968. Desde então, Marina não parou de escrever. Seus livros são objeto de inúmeras teses e trabalhos acadêmicos e foram publicados em países como Estados Unidos, Espanha, Argentina, Colômbia e Cuba. Aos 80 anos, recebeu no México, em 2017, o Prêmio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil, um dos mais importantes da área, já concedido anteriormente a Bartolomeu Campos de Queirós e Ana Maria Machado, entre autores brasileiros. Além do Prêmio Jabuti, Marina foi agraciada com o Prêmio Machado de Assis, tornou-se hors-concours da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) e, em 2024, foi finalista do Hans Christian Andersen, considerado o Nobel da literatura infantil. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No próximo dia 3 de dezembro, a Drummond Livraria (Conjunto Nacional, Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP) recebe novamente o mercado editorial para um fim de tarde especial com a 2ª edição do Happy Hour do Mercado, idealizado pela livraria e produzido por Cassia Carrenho. O evento, que acontecerá das 18h às 22h, tem como objetivo celebrar as conquistas de 2024 e promover um momento de confraternização e networking entre profissionais do setor. A entrada é gratuita, aberta para todos os interessados — basta aparecer e aproveitar. Inspirado pelo sucesso da primeira edição, que reuniu mais de 600 pessoas no ano passado, o evento deste ano promete ainda mais atrações. Haverá chopp artesanal, comidinhas, o sorvete americano – que foi um sucesso em 2023 –, e ainda pontos para tirar fotos instagramáveis. Entre os patrocinadores que já confirmaram presença estão empresas como Editora Gente, Citadel Grupo Editorial, Bookwire, Centauro Comunicações, Planeta, Companhia das Letras, Sextante, MVB Brasil, Chambril, Matrix, Tecpel, Nova Onda, Ciranda Cultural, Literare Books, Faro Editorial, Distribuidora Loyola, Grupo Ler Editorial e CBL. Empresas interessadas em apoiar o evento ainda têm chance de garantir uma cota de patrocínio, entrando em contato pelo e-mail carrenhocassia@gmail.com ou Douglas no whatsapp 11 94626-3925.

A pesquisa Flup de Hábitos Literários, realizada pela Festa Literária das Periferias (Flup) e divulgada pelo jornal O Globo, revela uma demanda reprimida por livros nas periferias do Rio de Janeiro. O levantamento foi feito entre oito comunidades na capital carioca entre pessoas de diferentes idades e demonstra que "27,6% garantiram ser verdadeiros “devoradores” de livros, com hábito frequente de leitura. Outros 46,4% também se definiram como próximos da prática, embora digam não ler publicações há algum tempo. O restante, correspondente a 26,1%, afirmou não ter os títulos literários como hobby", afirma a pesquisa. A Folha de S. Paulo também produziu uma reportagem em que fala mais sobre a repercussão da programação do evento e como um festival literário pode se posicionar politicamente.O Painel das Letras produziu um vídeo em que detalha o novo lançamento de Jeferson Tenório, De onde eles vêm (Companhia das Letras). O Estadão publicou uma atualização sobre a "corrida" para a ocupar a cadeira de Antonio Cicero na ABL: Tom Farias e Edgard Telles Ribeiro estão entre os principais candidatos. O veículo também fez uma reportagem sobre a escritora Joan Didion, considerada uma das maiores escritoras do século XX e que ainda é figura "misteriosa" no meio literário. O The Guardian publicou uma entrevista com o autor Emmanuel Carrère. No jornal Extra, detalhes do livro Salgueiro o Quilombo moderno que conta do impacto da Agremiação da Salgueiro para a história do Carnaval brasileiro. E o podcast Papo Tatuí recebeu o editor e fundador da ÔZé Editora, Zeco Montes. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo anunciou os finalistas do Prêmio Governador do Estado para as Artes 2024, que reconhece as principais iniciativas culturais de 2023. A entrega do prêmio ocorrerá nesta terça (12), às 19h, no Palácio dos Bandeirantes (Avenida dos Bandeirantes, 4500 – São Paulo / SP), onde os vencedores receberão um troféu e uma premiação de R$ 35,5 mil, exceto na categoria "Instituição Cultural", que não conta com prêmio em dinheiro. Ao todo, são 13 categorias contempladas: Arte para Crianças, Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Incentivo à Leitura, Iniciativas Culturais – Setor Público, Iniciativas Culturais – Terceiro Setor, Museus e Centros Culturais, Música, Teatro, Valorização do Patrimônio Cultural e Instituição Cultural. Além da categoria de Incentivo à leitura, iniciativas literárias estão entre finalistas na categoria de Museus e Centros Culturais. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Associação de Pesquisadores em Arte Sequencial (Aspas), a mais antiga sociedade científica dedicada ao estudo acadêmico dos quadrinhos na América Latina, estreia sua nova editora com o livro Imagens negras nos quadrinhos: Uma história visual, do pesquisador sueco Fredrik Strömberg. O livro foi lançado, com a presença de Strömberg, durante o 1° Encontro Internacional da Aspas, evento acadêmico realizado na Universidade do Estado do Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, na semana passada. A edição brasileira ainda conta com prefácio do roteirista Rafael Calça e um texto complementar do pesquisador Elbert Agostinho. A ASPAS produz e-books acadêmicos desde 2015, de forma esporádica, disponibilizando-os em seu site. A partir de agora, porém, esta produção se tornará constante, desenvolvida formalmente com um comitê editorial formado por membros da associação. A coordenação editorial está a cargo do jornalista e pesquisador Lucio Luiz, editor da Marsupial Editora e membro da diretoria da Aspas. Além de manter a divulgação gratuita no formato digital (parte do objetivo de difusão cultural da associação), os livros da Editora da Aspas passarão a também ser vendidos sob demanda em livrarias on-line como a Amazon. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A CCXP24 divulgou nomes dos artistas confirmados no Artists' Valley by Bis, espaço que é considerado o coração do evento. Este ano, 378 artistas foram aprovados, juntando-se a 44 convidados e 30 talentos da Chiaroscuro Studios, formando um line-up de mais de 450 quadrinistas. Todas as informações sobre o espaço estão no link. A edição deste ano traz uma forte representatividade de mulheres, artistas não-brancos e pessoas LGBTQIAPN+ e artistas de diferentes regiões do Brasil, criando um line up repleto de estilos, culturas e histórias, reflexo da riqueza cultural que o Brasil tem a oferecer, com artistas que trazem diferentes perspectivas e experiências para suas criações. Na edição de 2024, o Artists' Valley terá 36 artistas do Nordeste estarão presentes. Além disso, 133 mulheres participam do espaço e os artistas que se identificam dentro da sigla LGBTQIAPN+ representam 43% do total de participantes do Artists' Valley da CCXP24. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro (UBE-RJ) divulgou a lista da diretoria (2023-2024) com os títulos dos 35 melhores livros do período segundo seus critérios de análise e seleção, que incluem: projeto de edição, conteúdo criativo, excelência literária, entre outros quesitos. Além do imortal Godofredo de Oliveira Neto, por seu O desenho extraviado de Hieronymus Bosch (Minotauro), outros dois autores de romance entraram para a lista neste gênero: José Leonídio e seu A raposa do cerrado (Autografia) e David Oscar Vaz com Trem do Atlântico - Dezessete partes para um todo incompleto (Calêndula). Para o escritor José Leonídio, este é um reconhecimento importante na carreira literária de um autor independente que vem se dedicando a tornar-se conhecido dos leitores e investindo na sua carreira de forma sistemática. Entre outros autores com livros indicados na lista estão nomes como Heloisa Starling, Jessé de Souza, Bernardo Esteves, Marcio Catunda, Regina Souza Vieira e Julio Emilio Braz. A cerimônia de premiação da União Brasileira dos Escritores do Rio de Janeiro vai ser realizada no próximo dia 9/12, na sede da Sociedade Nacional de Agricultura, no Centro da cidade. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No meio do livro (Ed. Laranja Original) é a obra de estreia de Teresa Tavares de Miranda – ao menos em livros impressos, já que a autora tem uma trajetória de leitura de textos seus, crônicas e poesia em prosa, em espaços tão diversos quanto estações de metrô e a Casa das Rosas, espaço importante de disseminação de literatura em São Paulo. O livro terá lançamento nesta segunda-feira (11), no Bar Balcão (Rua Dr. Mello Alves, 150 – São Paulo / SP), a partir das 19h30. O livro trata da história de um professor universitário que se depara com a chegada da aposentadoria. A interrupção da rotina de trabalho o obriga a estar em casa e encarar a solidão em período integral. Como ir adiante? Há dois caminhos: ir à janela ou ir à rua. De alguma forma, ele escolhe as duas vias, o que o leva a uma aventura inesperada, que começa por seguir uma mulher desconhecida e continua por desbravar sua biografia, seus espaços, sua história. A história de Teresa Tavares de Miranda talvez explique a maturidade da obra. A literatura está em sua genética por ambos os lados: o do pai, jornalista, poeta e cronista de mão cheia, e o do tio materno, poeta, tradutor, ensaísta e presidente da Academia Paulista de Letras, entidade concebida na casa do avô dela, em 1909. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Do título até a última página, nos versos, cores e ilustrações, a obra Poesia da terra (Feminas, 72 pp, R$ 69) fala da terra, de certa terra indígena Kariri, impressa na memória da autora, Bárbara Matias Kariri, e ficou classificado em primeiro lugar na categoria Poesia do ProAc-SP de 2023. Nascida em 1993 na comunidade do Mareco/Aldeia Marrecas, em Lavras de Mangabeira, interior do Ceará, onde viveu até os seis anos, a autora busca revitalizar em sua escrita a cultura tradicional do povo Kariri, enquanto reflete também sobre seu “apagamento”, o colonialismo e a sabedoria herdada dos seus ancestrais, a condição feminina, o Nordeste brasileiro. O livro reúne poemas escritos desde a infância da autora. A edição tem acabamento artístico, com páginas coloridas e ilustrações assinadas por artista também indígena.

De quantas amarras precisamos nos libertar para admitir em alto e bom som aquilo que vivemos dentro da gente? Sem desculpas, pudor ou arrependimentos? Criadora de conteúdo e podcaster, Luana Carvalho diz que é principalmente na escrita o lugar em que ela consegue encontrar um escape para a intensidade dos seus sentimentos. Em O amor não mora na urgência do outro (Academia, 208 pp, R$ 52,90), a autora compartilha textos sensíveis sobre dores, amores, ancestralidade e afetos, entendendo que sentir é um direito e que, muitas vezes, somente é preciso desaguar. Luana Carvalho é uma mulher negra que nasceu em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, e vive no Rio de Janeiro. Criada na casa dos avós e com a mãe, sua escrita é cheia de afeto, o que reflete sua criação. É criadora de conteúdo, podcaster e escritora. Compartilha sua vivência como uma mulher que não tem medo de sentir o que sente porque acredita que não ter medo dos próprios sentimentos é um ato de coragem.

A poesia cura (7Letras, 280 pp, R$ 49,90) é uma carta de amor escrita por Raul de Taunay. Ele não dedica a obra a uma pessoa, mas aos versos que tanto contribuíram para transformar o mundo durante o decorrer da história. Utilizado como uma ferramenta de luta, resistência e força em diferentes contextos, o texto poético ganha uma homenagem extensa neste lançamento que percorre desde milênios antes de Cristo até a contemporaneidade para retratar o poder das palavras. Com outros 13 livros publicados, o autor defende uma ideia primordial: a poesia, independentemente da época, é capaz de cuidar do espírito e salvar populações de conflitos. Para ilustrar essa perspectiva, ele relaciona fatos do passado com a escrita, como o surgimento de produções clássicas durante a Guerra dos 100 Anos e o trabalho do José de Anchieta na elaboração de uma gramática tupi durante a colonização do Brasil. Dividido como uma trilogia em edição única, o livro convida o leitor a percorrer um caminho trilhado previamente pelo escritor. Na primeira parte, nomeada de A poesia cura, há uma cronologia sobre os diferentes períodos em que a poesia foi importante para a humanidade. A segunda é “Fragmentos Medicinais”, que reúne trechos filosóficos-existenciais sobre a riqueza espiritual dos versos e seu papel na renovação das esperanças. A leitura se encerra em “Poemas Hodiernos”, conjunto de textos sobre as relações emocionais do eu-lírico com a arte.

A obra Ninguém morreu naquele outono (Telaranha, 86 pp, R$ 50), de Manoella Valadares, traz poemas de caráter irresoluto. Marli, Alba e Gilda são personagens que aparecem e desaparecem, por vezes conversando entre si ou com um desconhecido. Uma das características essenciais do livro é justamente a incompletude. “O livro é um quebra-cabeça com peças perdidas. E se há uma peça que caberia naquele espaço, ela nunca vai se encaixar, porque está carcomida, pendente, fragmentada”, diz Valadares. Ao mesmo tempo, os poemas inconclusos conversam com temáticas como pertencimento, processos imigratórios, feminismo e questões de gênero, sendo a obra completa, inclusive, considerada pela autora como um livro queer. Sobre as personagens que aparecem no livro, a escritora Marcella Faria escreve no posfácio: “São bruxas íntimas, amigas e amantes; são mulheres, traços da voz no papel”. Outro aspecto marcante em Ninguém morreu naquele outono é o diálogo quase constante com temas “marítimos”. Vivendo há quase dez anos em Londres, uma capital sem mar, Valadares traz o oceano em seus poemas reforçando a conexão com o Recife, onde o mar é muito significativo.

Telhado craniano e a queda do pensamento (Caravana, 60 pp, R$ 60) é uma obra poética que apresenta o teatral traumatismo feito por ideias e sonhos tão grandes que se ejetam para fora da caixa craniana, na procura de serem infinitos. “O livro nasceu da tentativa de dar voz poética à fluidez do pensamento humano. A 'queda do pensamento' se apresenta como uma metáfora para os momentos em que agimos de forma irracional, movidos por sentimentos como ódio, inveja e paixões platônicas — e como esse impacto com a realidade (o chão) pode nos ferir", revela o autor Lucas Lossel. O personagem da capa foi criado e ilustrado pelo autor. A colmeia simboliza o tumulto mental, enquanto a abelha representa o pensamento que escapa, desconectando o eu lírico do mundo crítico e consistente. “Carrego sobre o pescoço uma colmeia, observo como tentar ler-me e acabarei ferroando-te com minhas ideias”. Lucas Lossel, nascido em Araxá, Minas Gerais, nos anos 2000, é um jovem escritor e estudante de Letras pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Desde os 14 anos, ele tem escrito diversos fragmentos de composições e histórias.