As constantes aparições de mangás na Lista de Mais Vendidos do PublishNews e em outros rankings colocam os gênero como um segmento bastante consistente dentro do mercado editorial nacional. Na semana passada (13), a Lista teve como destaque a série Jujutsu Kaisen, do autor Gege Akutami, publicados no Brasil pela Panini. Sete títulos da saga figuraram entre os mais vendidos nas livrarias brasileiras. “O mercado de mangás é um mercado editorial dentro do mercado editorial”, explica Guilherme Kroll, gerente editorial da Panini Comics, com 15 anos de experiência no setor. O domínio da Panini se mantém presente em levantamentos mais recentes. A pedido do PublishNews, a BookInfo coletou dados de vendas de comics referentes ao intervalo entre julho de 2023 e julho de 2024 – mangás e quadrinhos estão juntos nessa categoria. Entre os 100 títulos mais vendidos do período, 71% deles são mangás – embora no top 10 os títulos da Turma da Mônica ainda sejam os destaques, com seis. Entre as editoras, a Panini aparece com 72% do share no top 100, seguida por JBC (11%), Companhia das Letrinhas (5%), Seguinte (5%) e DarkSide (3%). A Pipoca e Nanquim também aparece com um título entre os 100 mais vendidos no período. A paixão dos leitores é uma característica que as editoras destacam, e que impacta na forma como os mangás são consumidos. “Acredito que a diferença seja que os mangás tem uma rede de apoio multimidia maior, com desenhos animados (os animês), games e memorabília que ajudam bastante na divulgação e na criação de fãs", comenta Cassius Medauar, gerente editorial da Conrad. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A senadora Teresa Leitão (PT-PE) apresentou na última segunda-feira (16) para a Comissão de Educação do Senado Federal seu relatório com ajustes no texto do Projeto de Lei do Senado 49/2015, a chamada Lei Cortez. Na sessão do dia 17, o projeto teve um pedido de vistas coletivo, e, segundo o Regimento Interno, tem cinco dias para voltar à pauta. Se aprovado na Comissão, o projeto segue para a Câmara dos Deputados. "Revela-se necessária, além de alguns pequenos ajustes no texto, a apresentação de emenda substitutiva, tendo em vista que as alterações trazidas pelas emendas acatadas (e das que sugeriríamos), por si só, já alteram todo o conteúdo da proposição", diz o relatório assinado pela senadora. A medida foi tomada para facilitar a tramitação do PLS e corrigir a estrutura lógica do texto. Uma das alterações, por exemplo, propõe suprimir um artigo (art. 11 do PLS) que se sobrepõe a outro mecanismo previsto na Lei do Livro (Lei nº 10.753, de 2003) – com a mudança proposta, o art. 13 desta Lei passaria a atribuir responsabilidade quanto às ações previstas para a difusão do livro não apenas ao Poder Executivo da União, mas também ao mesmo Poder dos Estados, Municípios e Distrito Federal. "Com a aprovação do projeto de lei e manutenção de seu art. 11 [da Lei Cortez], passaríamos a ter dois dispositivos de duas diferentes leis com conteúdo quase idêntico. Como as determinações sobre a difusão do livro integram-se mais adequadamente à Lei do Livro, propomos emenda para suprimir o art. 11 da proposição e alterar o art. 13 da Lei nº 10.753, de 2003", diz o relatório. As mudanças também passam pela destinação dos recursos provenientes de possíveis multas aplicadas se alguém desrespeitar a Lei. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

A escritora Marcia Esteves Agostinho, pesquisadora nas áreas da ciência da complexidade e história das emoções, é a vencedora da segunda edição do concurso literário Escritores Admiráveis, promovido por Lilian Cardoso, CEO da LC – Agência de Comunicação. Como premiação, Marcia terá o livro Gerir como cientista: Tirando proveito da complexidade publicado pela Matrix Editora. Nele, a autora aplica os conceitos da ciência da complexidade para auxiliar gestores a enfrentarem problemas em seus negócios que não podem ser resolvidos por abordagens gerenciais convencionais. “Gerir como cientista chamou-me a atenção pelo diferencial conceitual da obra. Acho que a autora encontrou um ponto forte para mostrar que existem outras formas de ser inovador na condução de uma empresa e de equipes, de enxergar e resolver problemas. Todos os outros finalistas, aliás, tinham bons diferenciais e bons textos, o que me surpreendeu positivamente. Estou agora ansioso pela publicação, porque acredito que teremos um livro de relevância para o mercado”, comenta o fundador e editor da Matrix, Paulo Tadeu. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Entre as diversas novidades programadas para a semana entre os dias 4 e 11 de novembro – com as editoras já de olho nas promoções de fim de ano e vendas de Natal –, estão o novo romance do prêmio Nobel de Literatura, Mario Vargas Llosa, Dedico a você meu silêncio (Alfaguara); a continuação da série de sucesso da escritora norte-americana Lynn Painter, Não é como nos filmes (Intrínseca); e o romance de estreia do criador de conteúdo literário e amante de carteirinha de mistérios Tiago Valente, Expresso fantasma (Galera). Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

De passagem pelo Brasil, Leonardo Padura, autor cubano reconhecido por unir fatos históricos e ficção, realiza nesta quinta-feira (19), às 19h, sessão de autógrafos de sua obra Pessoas decentes (Boitempo), na Livraria da Vila Fradique (Rua Fradique Coutinho - Vila Madalena, São Paulo / SP). A obra marca o retorno do detetive Mario Conde, herói da série policial do autor, e tem como cenário Cuba, em 2016, com diversos acontecimentos como a visita de Barack Obama, um show da banda Rolling Stones e um desfile da grife francesa Chanel. A convite do Clube de Leitura Centro Cultural Banco do Brasil Rio e da Boitempo, Padura volta ao Brasil para uma série de atividades, entre elas o FliMUJ, festival literário promovido pelo Museu Judaico de São Paulo. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O Grupo HarperCollins Brasil abriu vaga de analista de tesouraria, para trabalhar no Rio de Janeiro (RJ). A editora busca um profissional com experiência anterior na área de tesouraria e crédito/cobrança, com graduação completa em Administração, Ciências Contábeis, Economia ou áreas relacionadas, além de conhecimento intermediário em Excel. Experiência no ERP JDE e inglês são diferenciais. O analista ficará responsável por atividades como fechamento de câmbios; conciliação bancária; controle e renovação das apólices de seguros; análise de créditos; atendimento a clientes internos e externos; e cobrança ativa. Os interessados podem se inscrever clicando aqui.

A editora Astral Cultural está à procura de um vendedor interno. A contratação é no modelo PJ e 100% presencial. É preciso ter graduação completa em Administração, Marketing ou Publicidade; experiência prévia na área; conhecimento do Pacote Office; gosto por vendas; e disponibilidade para início imediato. As atividades da vaga incluem dar suporte e atendimento à toda rotina da carteira já existente; prospecção, abertura e ativação de novos pontos de vendas, canais e clientes; planejamento de ações, objetivos e estratégias de captação de novas vendas; análise de desempenho de vendas por cliente; elaboração e execução das ações comerciais para aumento da performance; treinamento de clientes sobre catálogo e lançamentos; controle de consignações; apresentação de resultados à gestão; e suporte à gestão da área. Interessados devem enviar currículos com pretensão salarial para rh@astralcultural.com.br.

A nVersos Editora está à procura de um supervisor comercial e de um revisor e preparador. Para a primeira vaga é preciso ter experiência mínima de cinco anos no setor comercial do mercado editorial; conhecimento no Pacote Office; ter disponibilidade para viagens; e conhecimento e técnicas de vendas no mercado editorial. As funções incluem atendimento e manutenção da carteira de clientes da editora; prospecção de novos clientes; controle e cobrança do mapa de consignação; participação nos planejamentos de campanhas para PDVs junto ao departamento de marketing; suporte e acompanhamento dos pedidos de clientes; apresentação dos lançamentos/pré-vendas e colocação no mercado; entre outras funções. Interessados devem encaminhar currículos para financeiro@nversos.com.br. Para a vaga de revisor e preparador, a editora precisa de um profissional freelancer para a função e pede que os candidatos tenham experiência na função; ensino superior completo; cursos de aprimoramento; comprometimento com prazos; e que consigam nota para pagamento. Currículos podem ser enviados para editorial@nversos.com.br.

O German Book Prize – um dos mais importantes da Alemanha – anunciou os seis finalistas da sua edição de 2024. Os escolhidos foram: Martina Hefter: Hey guten Morgen, wie geht es dir? (Olá, bom dia, como você está? / Klett-Cotta); Maren Kames: Hasenprosa (Suhrkamp Verlag); Clemens Meyer: Die Projektoren (Os projetos / S. Fischer Verlag); Ronya Othmann: Vierundsiebzig (Setenta e quatro / Rowohlt Verlag); Markus Thielemann: Von Norden rollt ein Donner (Verlag C.H.Beck); e Iris Wolff: Lichtungen (Clareiras / Klett-Cotta). Nenhum dos autores tem obras publicadas no Brasil. O vencedor será anunciado no dia 14 de outubro, segunda-feira anterior à abertura da Feira do Livro de Frankfurt (16 a 20 de outubro), e receberá o prêmio no valor de € 25 mil (aproximadamente R$ 150,7 mil). Em 2023, o vencedor foi Tonio Schachinger por seu romance Echtzeitalter (Idade real), publicado pela Rowohlt Verlag de Holtzbrinck.

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) – entidade vinculada ao Ministério da Cultura (MinC) – e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) iniciam nesta sexta-feira (20), a partir das 10h, uma série de seminários online sobre Inteligência Artificial. A temática abordada no primeiro seminário será o uso de chatbots e assistentes virtuais em bibliotecas. O evento será transmitido ao vivo pelo canal da FBN no YouTube. A mesa de abertura contará com a participação do presidente da FBN, Marco Lucchesi (por meio de vídeo gravado), e do diretor do Ibict, Tiago Emmanuel Nunes Braga. Em seguida, o professor e pesquisador Bruno Costa (IFRJ/ Ibict) abordará a implementação e o uso de chatbots e assistentes virtuais baseados em IA para melhorar o atendimento ao usuário em bibliotecas. Serão debatidos os benefícios, desafios e melhores práticas para a adoção dessas tecnologias. “A Biblioteca Nacional vem desenvolvendo uma série de ações ligadas ao enriquecimento das tecnologias da informação, dentro do âmbito de seu compromisso institucional na difusão do conhecimento, na produção de dados e no acesso ao acervo. Nessa exata perspectiva, nossa parceria com o Ibict mostra-se ao mesmo tempo tão necessária quanto natural, no aprimoramento do processo da difusão da informação. Essa série de seminários representa o acordo que as duas instituições estão firmando, no aperfeiçoamento dos instrumentos de consulta, através da Inteligência Artificial, em benefício do leitor, da pesquisa, do conhecimento e da cidadania”, afirma o presidente da FBN, Marco Lucchesi. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

E se te contassem que o espaguete à carbonara não nasceu na Itália? Que as pizzarias são uma invenção americana e que o verdadeiro queijo parmesão só pode ser encontrado em Wisconsin, nos EUA? Ou que a culinária italiana que imaginamos tradicional não tem nem 50 anos de existência? As mentiras da nonna (Todavia, 208 pp, R$ 79,90 – Trad.: Alessandra Siedschlag) desafia as percepções estabelecidas sobre a origem da culinária italiana. Através de uma pesquisa meticulosa, o autor Alberto Grandi refuta mitos e revela, com uma boa pitada de humor, como a identidade alimentar do país foi construída ao longo dos anos. Os exemplos levantados por Grandi podem desconcertar muitos amantes das cantinas, pizzarias e trattorias: até a década de 1970, a pizza, na Itália, era tão exótica quanto o sushi. O espaguete à carbonara foi inventado pelas tropas americanas estacionadas na Itália durante a Segunda Guerra, e por aí vai. Aqui, o autor questiona o conceito de tradição para desmascarar os mitos mais famosos daquilo que conhecemos como “cozinha italiana”.

Em A história do tarô para quem tem pressa (Valentina, 200 pp, R$ 49,90), o tarólogo, astrólogo, professor de yoga e escritor Kao Kazlauckas mergulha na história e nos mistérios de uma das mais tradicionais e longevas artes divinatórias de que se tem notícia. O livro é o 16º da coleção História para quem tem pressa, que reúne obras nacionais e estrangeiras sobre os mais variados temas. Segundo Kazlauckas, o tarô não é apenas uma arte adivinhatória ou divinatória, mas uma poderosa ferramenta de autoconhecimento e contato com o divino, ou o eu superior de cada um. O livro reúne desde informações sobre as origens históricas do tarô, suas diferentes linhas e suas ligações com outras tradições e áreas do pensamento, como a mitologia greco-romana, a astrologia, o misticismo judaico-cristão, a filosofia e outras, até os diversos sistemas, formas de utilização e métodos de leitura. Além de uma rica interpretação da simbologia de cada uma das cartas. Tudo isso conjugando o conhecimento aprofundado do autor sobre o tema com uma linguagem fluida e coloquial, como destaca Waldemar Falcão, que assina a apresentação do livro. Porta de entrada para quem deseja começar a conhecer esse fascinante universo, A história do tarô para quem tem pressa é igualmente enriquecedor para aqueles que já são familiarizados com o assunto.

Em Apenas uma mulher latino-americana (Rocco, 280 pp, R$ 69,90), a jornalista Bruna Ramos da Fonte convida o leitor para uma viagem através da chamada música de protesto (ou revolucionária, como preferia chamar o compositor e ativista chileno Victor Jara) produzida no Brasil e nos países da América Espanhola durante o período da Guerra Fria. Com prefácio assinado pela cantora e compositora chilena Tita Parra, neta de Violeta Parra, a narrativa focaliza a um só tempo a trajetória da autora e a da canção engajada no continente, que tanto marcou as décadas de 1960 e 1970. Com a intenção de resgatar o contexto histórico, político e social em que surgiu o cancioneiro dessa época – principalmente a Nueva Canción Latinoamericana –, há mais de dez anos a autora iniciou uma série de entrevistas, pesquisas e viagens pela América Latina e Caribe. Ao longo dos anos, entrevistou nomes fundamentais para a cultura e a história latino-americana da segunda metade do século XX, a fim de refletir e questionar sobre as questões sociais e históricas do nosso continente. Em uma cativante autobiografia musical de uma mulher latino-americana, nascida no coração do ABC paulista, berço do movimento sindical brasileiro, Bruna Ramos da Fonte realiza de forma magistral seu objetivo de compor um “manifesto de alguém que acredita na arte e na cultura como as grandes ferramentas da revolução”.

Zaida Muxí Martínez repassa na obra Mulheres, casas e cidades (Olhares, 316 pp, R$ 99) o papel histórico das mulheres na produção e no pensamento da arquitetura e do urbanismo. E reflete sobre como essa presença – e sobretudo, a ausência recorrente da perspectiva feminina – impacta nos espaços em que vivemos. Do desenho à política urbana e habitacional e ao debate de novas ideias, o livro trata a casa e a cidade como representações das esferas privada e pública. A casa como metáfora da arquitetura, a cidade como síntese das ações humanas. Discutir sob o ponto de vista feminino implica a desconstrução da historiografia oficial, desvendando a falsa universalidade da transmissão de conhecimentos e da construção de relatos históricos. Como em outros âmbitos do saber, das artes, da ciência e da política, as mulheres não se encontram em condição de igualdade, nem sequer representadas em ordem de igualdade por mérito. Por isso, é necessário revisitar a história da arquitetura e das cidades para reescrevê-la, agora com seu protagonismo definitivo.