Após seis edições realizadas em Paraty com programação paralela à Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), a Festa Literária Pirata das Editoras Independentes (FLIPEI) será realizada em São Paulo, nos dias 2, 3 e 4 de agosto, na Central 1926 (Praça da Bandeira, 137), no centro histórico. Durante os três dias de evento, o público terá acesso gratuito a uma programação com mesas, entrevistas, debates komunais, feira de livros e rádio pirata. Ainda que cause um estranhamento inicial, a vinda do evento à São Paulo é vista com otimismo por muitos representantes de editoras e reforça a aposta que a Flipei pode funcionar de maneira autônoma. A cada edição, a curadoria do evento normalmente traz nomes para opinar sobre o contexto político. Em entrevista para o PublishNews, Cauê Seignemartin Ameni e Rafael Limongeli, organizadores da Flipei, não cravam uma estimativa de pessoas para o evento: "não sabemos ao certo o número, porque é a primeira edição na cidade, mas estamos batendo 240 mil contas alcançadas nas redes, das quais 43,8% são de São Paulo". A organização se pronunciou sobre a saída da Flipei de Paraty, reforçando o objetivo de ser um evento "pirata". Além de uma publicação no blog da editora Autonomia Literária, a iniciativa detalhou cronologicamente os fatos ocorridos com as edições da festa, desde a edição de 2019, e que justificaram sua saída de Paraty em 2024. A ida à São Paulo também sinaliza um movimento da Flipei de desviar da especulação imobiliária da cidade fluminense. Cauê comenta que a realização da Flipei no barco pirata, em 2018, já tinha acontecido com o intuito de fugir de aluguéis caros em Paraty. Para esse ano, ele afirma que o orçamento foi próximo da metade do necessário para realizar o evento no Rio de Janeiro. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A lista de semifinalistas do Booker Prize 2024 – um dos prêmios mais influentes do mundo para uma única obra de ficção – foi anunciada nesta terça-feira (30) no Reino Unido. A lista, composta por 13 livros – o ‘Booker Dozen’ –, foi selecionada pelo painel de jurados de 2024. O painel é presidido pelo artista e autor Edmund de Waal, e inclui a romancista premiada Sara Collins, a editora de ficção do Guardian Justine Jordan, a escritora e professora Yiyun Li, e o músico, compositor e produtor Nitin Sawhney. Pelo menos duas das obras semifinalistas serão publicadas no Brasil em breve, pela Editora Todavia: James, de Percival Everett, e Creation lake, de Rachel Kushner. A seleção do Booker Prize inclui romances cômicos e sombrios, épicos multigeracionais, meditações sobre a dor do exílio – além de um thriller de espionagem, um relato impiedoso sobre boxe feminino e uma releitura de um clássico do século XIX. A seleção dos jurados foi feita a partir de 156 livros publicados entre 1º de outubro de 2023 e 30 de setembro de 2024. O Booker está aberto a obras de ficção longas escritas em inglês por escritores de qualquer nacionalidade e publicadas no Reino Unido ou Irlanda. O anúncio do vencedor do Booker Prize 2024 será feito em uma cerimônia e jantar realizados no Old Billingsgate, em Londres, na terça-feira, 12 de novembro. O autor vencedor receberá £ 50 mil (R$ 363 mil). Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O novo episódio do Papo CBL, o podcast que traz informações sobre o mercado editorial brasileiro, já está disponível. Esse mês, o programa está em um formato diferente, com 4 convidadas, curadoras de alguns dos espaços da Bienal Internacional do Livro de São Paulo. A edição deste ano é a 27º e vai acontecer de 6 a 15 de setembro, no Distrito Anhembi, na capital paulista. Uma das participantes é Cassia Carrenho, responsável pelo espaço Papo de Mercado. O espaço também manterá assuntos importantes do setor, como estratégia comercial e best seller. Além de trazer oficinas todas as manhãs, e uma programação voltada para as mulheres do mercado editorial. Outra convidada é Solange Petrosino, à frente do Espaço Educação. Diana Passy, curadora da Arena Cultural também participa do episódio. Elisabete da Cruz, conta o que vai ter no Espaço Infâncias.Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Museu do Futebol divulgou os textos vencedores do 3º Concurso de Crônicas Esportivas do Museu do Futebol, realizado em parceria com a Revista Placar e com o apoio do Programa de Ação Cultural – ProAC, da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo. Com um número recorde de 696 inscrições válidas, 20 escritoras e escritores foram escolhidos com crônicas que tinham como tema central O Futebol na Várzea. A crônica O melhor jogador de todos os tempos, da escritora Viviane Ferreira Santiago, ficou em primeiro lugar. Ela receberá um prêmio de R$ 7mil e terá sua história publicada na edição impressa da Revista Placar. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews publica regularmente a Área Indie, espaço publieditorial que reúne informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Para saber como participar da seção, escreva para o comercial no e-mail comercial@publishnews.com.br. Essa semana a Área Indie traz duas novidades. Duas mulheres que sempre viveram em mundos completamente diferentes, cada qual com suas dores e vivências, se conectam no romance Olhares silenciosos: Além das palavras (autopublicado), de Romilda Santos. Clara é uma mulher que se comunica apenas pelo olhar. Erika, uma mulher bela, inteligente e bem-sucedida profissionalmente, enfrenta uma traição que abala sua vida. Em busca de cura para suas feridas íntimas, ela volta para suas raízes e procura refúgio nos braços de Dona Joana, uma mulher que também carrega atravessamentos cruéis. No romance Sobre rodas – um espírito em movimento (autopublicado), de Thais Pessanha, uma manhã ensolarada, porém fria, de Julho, em Escápia, foi marcada por dois eventos raros: um apagão que havia tomado todo o planeta e, no mesmo momento, o nascimento da sua mais nova cidadã – Olímpia – com uma doença rara chamada Osteogênese Imperfeita, popularmente conhecida como a doença dos “ossos de vidro”. A fragilidade óssea de sua doença a colocava longe de qualquer prática esportiva, porém seu espírito ansiava por sempre estar em movimento. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Nespe, uma empresa atuante na área editorial, com foco em treinamento de profissionais para o mercado e produção de conteúdo, procura um especialista em mídias sociais. O regime de trabalho é híbrido (2 dias por semana presenciais no Rio de Janeiro, bairro do Flamengo; 3 dias remoto), quatro horas por dia, cinco dias por semana (13h às 17h). Entre as funções, estão desenvolver e executar planos de mídia estratégicos ((Google Ads, Facebook, Instagram, X, LinkedIn, YouTube e TikTok); criar conteúdo original e envolvente para diversas plataformas; gerenciar postagens e impulsionamento de conteúdo e produzir e coordenar campanhas de e-mail marketing. São requisitos experiência em gestão de mídias sociais e campanhas pagas com foco em engajamento, crescimento de base de seguidores e conversões diretas, capacidade de analisar dados e métricas para otimização de campanhas, criatividade e habilidades organizacionais. A empresa oferece oportunidade de trabalho híbrido e oportunidades de crescimento. Interessados devem enviar currículo e portfólio para contato@nespe.com.br até 4 de agosto de 2024.

A Elo Editora abriu vagas para dois profissionais de design, um gráfico e outro editorial. Na vaga para designer gráfico, o candidato vai criar materiais para campanhas institucionais, comerciais e projetos especiais; e desenvolver e criar materiais gráficos para campanhas de marketing, incluindo anúncios, flyers, manuais, banners, e-mails, entre outras funções. É necessária a formação em Design gráfico ou campo relacionado; experiência comprovada em design gráfico, de preferência em uma função similar (produção de materiais de divulgação); e domínio do pacote adobe: Abode Illustrator, Photoshop, InDesign e Acrobat. Já o designer editorial vai atuar na diagramação dos livros e criação de projeto gráfico; no tratamento de imagens e proposição de layouts / identidades gráficas, e fechamento de arquivo para gráfica. Entre os requisitos, estão graduação em Design Gráfico, Publicidade ou Produção Editorial e experiência no segmento editorial de livros. Interessados devem enviar currículos e portfólio para curriculos@eloeditora.com.br.

O Grupo Novo Século está contratando um Editor Pedagógico. Entre as funções, estão prestar assistência pedagógica às áreas Editorial, Marketing e Comercial; e prestar orientações sobre os conteúdos dos livros e criar junto ao editorial, conteúdos para projetos. É preciso ter ensino superior completo em Pedagogia ou Letras; experiência anterior com assessoria pedagógica em editoras de livros; disponibilidade para atuar em híbrido. Local: Alphaville (SP). Os interessados enviar currículos para o e-mail rh@gruponovoseculo.com.br colocando no assunto o nome da vaga: Editor Pedagógico.

O Radar de Licitações – seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra, confecção de livros e demais serviços editoriais – traz mais dois novos editais, para livros didáticos e técnicos. O primeiro visa a aquisição de livros de apoio para a prática pedagógica, com valor que ultrapassa os R$ 57 milhões. Já o segundo edital tem como objeto registro de preço para eventual fornecimento de livros para educação em diferentes níveis. O valor também ultrapassa os R$ 300 milhões. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

No livro A mulher de dois esqueletos (Dublinense, 160 pp, R$ 69,90), uma mulher se aproxima dos quarenta anos e se depara com questões que definirão seu futuro. Entre elas, um dilema fundamental: haverá espaço numa só vida para se dedicar de verdade à criação de um filho e à criação artística? Neste romance híbrido, Julia Dantas constrói um jogo duplo, no qual a ideia de ter um filho interfere nas ambições artísticas de uma escritora ao mesmo tempo em que o desejo de viver da arte afeta suas possíveis ambições maternas. Entre dilemas existenciais e conflitos da vida prática, adentramos o espaço mental de uma narradora que é às vezes marcado pelo delírio e às vezes resultado de afiada lucidez. Nascida em 1985, em Porto Alegre, Julia Dantas é escritora, tradutora e doutora em Escrita Criativa. Seu livro de estreia, Ruína y leveza (Não Editora), foi finalista do Prêmio São Paulo de Literatura, do Prêmio Açorianos de Criação Literária e do Prêmio AGES, além de ter tido um capítulo selecionado para a revista Machado de Assis, da Biblioteca Nacional. Ela se chama Rodolfo (DBA), por sua vez, foi vencedor do Prêmio AGES e do prêmio da Academia Rio-Grandense de Letras.

Com o pai à iminência da morte, é para a sua casa de infância que Marcelo, protagonista de Amanhã tardará (Tusquets, 320 pp, R$ 64,90) se vê obrigado a retornar – trajeto árduo que, como numa peregrinação, precisa terminar a pé. Quando chega à fria e remota Ourives, no entanto, ele descobre que sua vila natal é tão pouco convidativa quanto sua história familiar pregressa: Inês, sua irmã, o recebe com um gesto de violência e de medo, forçando-o a navegar pelo contrafluxo da memória na tentativa de revisitar as razões que levaram ao rompimento de sua relação. Pedro Jucá nasceu em Fortaleza, Ceará, em 1989, e atualmente mora em Curitiba com seus três gatos, Willow, Hopper e Nimbus. Formado em Direito pela Universidade Federal do Ceará, atua como Procurador do Estado do Paraná. Além do papel de estudioso da Psicanálise, dedica-se à literatura como ofício e profissão: agenciado pela Agência Riff, escreve crônicas para o Curitiba Cult e, em 2022, lançou o livro de contos Coisa amor (Urutau). É pós-graduado em Escrita Criativa pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e pós-graduando em Psicanálise, Arte e Literatura pelo Instituto ESPE. Já foi contemplado com prêmios como o Prêmio Ideal Clube de Literatura, Prêmio Off Flip e Prêmio de Literatura UNIFOR.

Ontem à noite (Harlequin Books, 380 pp, R$ 59,90 – Trad.: Nathália Capuchinho), de Mhairi McFarlane, conta a história de Eve, Justin, Susie, e Ed são amigos desde a adolescência. Agora na casa dos 30 anos, suas histórias estão cada vez mais interligada, os encontros de quinta-feira são sagrados, Eve e Susie se falam todos os dias, a língua de Justin está mais afiada do que nunca e Eve ainda é secretamente apaixonada por Ed. Talvez ela devesse ter seguido em frente, mas não consegue parar de imaginar o que poderia ter sido. E sabe que Ed também pensa nisso. Mas, de repente, tudo o que Eve dava como certo acaba. Depois de uma noite trágica, Eve não só vai ter que aprender a lidar com um buraco em seu peito do tamanho de sua pessoa favorita, mas também, à medida que os segredos do grupo são revelados, vai começar a questionar se realmente conhece seus amigos tão bem assim. Para desatar o nó de ressentimentos e mágoas, ela talvez tenha que embarcar numa busca em companhia de alguém com quem nunca esperava contar.

Da mesma forma como correm rios submersos sob o cimento de São Paulo, o passado também corre sob o presente, às vezes sob a forma de água e outras sob a forma de pedra. Em Soroca (Urutau, 320 pp, R$ 60), romance inaugural de Angela Marsiaj, o passado violento do país emerge e submerge como onda, em meio a um presente que apenas em aparência superou os traumas antigos. Romance escrito em dois tempos, com personagens, tramas e linguagem distintos, Soroca — “fenda no solo em razão de infiltração de água” — mostra ao leitor de que forma nosso passado é inescapável, mesmo quando pensamos tê-lo superado. Nesse novelo narrativo, questões indígenas originárias são mescladas a um relacionamento complexo e atual entre mãe e filha, trazendo à tona tanto problemas subjetivos e afetivos quanto o debate ecológico. Marsiaj confere singularidade a cada uma das vozes que compõem este romance polifônico, e, por isso, as relações que se estabelecem são sempre complexas e autênticas, tanto no presente quanto no passado.

Em 2004, a série de TV "Os sonhadores" tinha tudo: um elenco de jovens aparentemente inocentes cantando com toda a emoção, índices de audiência astronômicos e uma química invejável entre os protagonistas, que inflamava fóruns de fanfic pela internet. Até que, durante a transmissão ao vivo do episódio final da segunda temporada, tudo ruiu. Após o desastre que levou ao cancelamento da atração, os quatro protagonistas seguiram caminhos muito diferentes. Kat se tornou advogada. Liana virou o estereótipo da esposa entediada de atleta. Noah, o garoto de ouro, foi o único que saiu ileso e pronto para estourar em Hollywood apesar de tudo. E Summer se transformou no maior exemplo dos danos causados pela fama adolescente. Agora, em Os sonhadores (Arqueiro, 320 pp, R$ 59,90 – Trad.: Carolina Rodrigues), de Laura Hankin, 13 anos depois, os fãs imploram por um reencontro com o final que nunca tiveram. E os quatro têm motivações muito pessoais para voltar: a busca por perdão, ou por vingança, ou por uma segunda chance com o primeiro amor. Enquanto eles aos poucos redescobrem a magia da série original, segredos antigos ameaçam ressurgir – inclusive a verdade por trás de sua queda.