São poucas as mudanças na Lista Nielsen PublishNews divulgada nesta terça-feira (13), o que é boa notícia para a dupla Gabriel Dearo e Manu Digilio e para a editora Planeta: As aventuras de Mike 3: mudando de casa continua no topo da lista de Ficção pelo terceiro mês seguido e outros três títulos da coleção também aparecem na relação. O selo Outro Planeta também fez voltar à lista, depois de uma última aparição em julho, o livro O diário de uma princesa desastrada, de Maidy Lacerda. Com mais três livros na categoria Não ficção – Especialista em pessoas (Academia), de Tiago Brunet; Quantos eus que não são meus? (Planeta do Brasil), do Pe. Fábio de Melo e A gente mira no amor e acerta na solidão (Paidós), de Ana Suy – o Grupo Planeta emplacou oito títulos na Lista Nielsen e assumiu pela primeira vez no ano a liderança entre as editoras. Os dados divulgados hoje dizem respeito às vendas de autores brasileiros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento no período entre 10 de outubro e 6 de novembro. Torto Arado (Todavia), de Itamar Vieira Junior, e Tudo é rio (Record), de Carla Madeira, completam o pódio da lista de Ficção, consolidando seus lugares de grandes best-sellers da literatura brasileira no ano. Após liderar os seis primeiros meses de 2022 na categoria Não ficção, o livro Do mil ao milhão (HarperCollins), de Thiago Nigro, volta agora ao topo. A lista Nielsen-PublishNews de autores nacionais baseia-se nos dados da solução Nielsen Bookscan, em que são consolidadas mensalmente as vendas de livros nacionais na base de livrarias e varejistas. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Em continuidade aos episódios extras do Podcasts do PublishNews com as mesas da programação da Casa PN na Flip 2022, nesta terça (13) divulgamos uma conversa que debateu um assunto da maior importância na nossa sociedade: a diversidade de vozes – e de como o mercado editorial pode ser um agente ativo nesse tema. Nomeado "O mercado do livro como agente de inclusão e diversidade", o painel discutiu com autores e editoras como tornar os livros mais diversos e como fazer com que isso chegue até os leitores. A conversa tem a participação de: Alê Garcia (autor de Negros gigantes; Latitude); Pedro Rhuas (autor de Enquanto eu não te encontro; Seguinte); Larissa Caldin (diretora-executiva da Primavera Editorial); Raquel Menezes (editora da Oficina Raquel) e Haroldo Ceravolo Sereza (doutor em Literatura pela USP e editor da Alameda Editorial). A mediação é de Talita Facchini, editora-assistente do PublishNews. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet, e da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

A Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional São Paulo (Abigraf- SP) realizou na última quinta-feira (8) a cerimônia de posse das Diretorias Executiva e Seccionais e do Conselho Fiscal, eleitas para o triênio 2022-2025. Foram empossados João Scortecci, como presidente; Fábio Gabriel dos Santos, como 1º vice-presidente; Levi Ceregato, como 2º vice-presidente; Carlos Roberto Jacomine da Silva, como diretor administrativo; Beatriz Duckur Binardi como diretora administrativa adjunta; Flávio Tomaz Medeiros como diretor financeiro e Ricardo Cafaro Sutto é o novo diretor financeiro adjunto. “O trabalho para essa gestão será a comunicação com o associado, presença e diálogo. A integração com todas as entidades do livro, papel e embalagem. Que venha – então – o futuro, com alma e espírito de Gutenberg”, destacou João Scortecci em seu discurso de posse. Além deles, também tomaram posse os escolhidos para as Diretorias Executiva, Conselho Fiscal, Diretor Técnico, Diretor Institucional, Diretor de Interiorização e Presidentes da Seccional Ribeirão Preto e Bauru. Clique no Leia mais para conferir a lista completa dos eleitos.

A Melhoramentos vai inaugurar uma biblioteca na cidade de Camanducaia (MG) em homenagem aos seus 80 anos de presença na região. A biblioteca comunitária terá o nome de “Alfried Theodor Weiszflog”, e será aberta no próximo dia 15 de dezembro. Com mais de 5 mil títulos à disposição da comunidade, a biblioteca funcionará todos os dias da semana das 13h às 16h e apenas às terças-feiras das 8h às 11h. O nome da biblioteca é uma homenagem a um dos sócios fundadores da empresa. A Fazenda Levantina, localizada em Camanducaia e maior operação da empresa, foi comprada em 24 de dezembro de 1942, como a realização de sua visão. Segundo Karin Neves, Diretora de Sustentabilidade, Pessoas e Jurídico da Melhoramentos, “a biblioteca vai trazer à comunidade mais acesso à cultura, incentivar a leitura, além de servir de apoio à Escola Rural Particular Alice Weiszflog, inaugurada em 1948, criada e mantida pela Melhoramentos. Desde 1999, a escola mantém parceria com a Prefeitura Municipal de Camanducaia, promovendo o atendimento de todas as séries da Educação Infantil e Ensino Fundamental, da pré-escola até o 9º ano. A escola já formou mais de 10 mil crianças desde sua inauguração é referência em educação de qualidade em Camanducaia”.

O canal Arte1 exibirá nesta quarta-feira (14), às 23h, o documentário José Saramago: 100 Anos de um Contemporâneo. A produção é exclusiva do canal e homenageia o centenário do autor com artistas que refletem sobre a formação e a atualidade da obra do único escritor da língua portuguesa premiado com o Nobel de Literatura. "Meu pai era serralheiro civil", recorda a filha de Saramago, Violante Saramago Matos, que também seguiu a carreira de escritora. Ela ressaltou a importância da origem e da persistência do pai para moldarem sua visão social e seu sucesso, iniciado ao final dos anos 1970, quando ele estava próximo dos 60 anos de idade e decidiu se dedicar apenas à escrita. Escrita esta que Saramago construiu de forma única, desconcertando até mesmo escritores, como disseram ao documentário Ignácio de Loyola Brandão (Prêmio Jabuti 2008 e membro da Academia Paulista de Letras) e Andréa del Fuego (Prêmio José Saramago 2011). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Nesta quarta (14), às 19h30, o Sempre Um Papo, em parceria com o Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141 – São Paulo / SP), recebe Silvio Almeida, para falar sobre o seu livro Racismo estrutural (Jandaíra). A obra integra a coleção Feminismos Plurais, coordenada por Djamila Ribeiro e é estruturada com dados estatísticos, além de discutir como o racismo está na estrutura social, política e econômica da sociedade brasileira. Silvio Luiz de Almeida é um dos mais reconhecidos intelectuais brasileiros da atualidade. É jurista, consultor, advogado, palestrante há duas décadas, Doutor e Pós-Doutor em Filosofia e Teoria Geral do Direito pela USP. A mediação será do jornalista Chico Pinheiro. O evento é gratuito e a retirada dos ingressos pode ser feita pelo Portal Sesc SP ou nas bilheterias do Sesc SP.

A Rede LEQT – Leitura e Escrita de Qualidade para Todos e o Itaú Social lançaram no último mês o curso Planos de Leitura em ação nos territórios. O curso tem como objetivo democratizar o conhecimento sobre como são construídos e implementados os Planos de Leitura nos Estados e Municípios, além de amplificar a mobilização nos territórios para o avanço das políticas públicas do livro e leitura para o País. A formação é voltada especialmente para educadores, mediadores de leitura, bibliotecários, gestores públicos, profissionais de organizações da sociedade civil e todas as pessoas interessadas no tema e que desejam organizar ações para iniciar essa discussão em suas cidades. O curso é on-line, oferecido na modalidade autoformativa e com duração de 20 horas. A iniciativa é gratuita e oferece certificado para quem completar todas as atividades. Clique no Leia mais para conferir os docentes do curso e a íntegra desta nota.

O BibliON, aplicativo de biblioteca gratuita do Estado de São Paulo, preparou uma agenda cultural para o mês de dezembro. Entre os programas disponíveis, duas atividades são destaques: um bate-papo literário com a autora da série As mais, Patrícia Barboza, que acontece no dia 19 de dezembro às 10h, e uma Oficina Online de Jornalismo para os interessados no tema sentirem na prática o dia a dia dessa profissão, com três turmas disponíveis. Os encontros serão online, gratuitos e necessitam de inscrição prévia, que pode ser feita neste link. O primeiro evento, um encontro com a autora Patrícia Barboza, será realizado em parceria com a Editora Record. Nele, serão discutidas as tramas da série As mais, que narra o dia a dia e as aventuras de quatro amigas. As quatro obras que formam a série estão disponíveis para a leitura no app. Já a Oficina Online de Jornalismo será ministrada por João Varella, fundador da editora Lote 42 e da Banca Tatuí, espaço de publicações independentes em São Paulo. As atividades são indicadas para adolescentes que desejam ter uma vivência no jornalismo durante as férias escolares. Serão oferecidas três turmas, com diferentes datas, mas sempre no horário das 16h às 17h30. As disponibilidades de vagas podem ser consultadas aqui.

Cintia Barreto, escritora, professora e empreendedora com enfoque no mercado editorial, abriu as inscrições para a 3ª edição de sua oficina de Empreendedorismo Literário: ideias e criação para 2023. As inscrições estão abertas até sexta-feira (16) e a oficina acontecerá no sábado (17), das 10h às 13h, pela plataforma Zoom. O investimento para a atividade é de R$ 120. O foco da edição é ajudar os inscritos criarem conteúdo, desenvolverem projetos e elaborarem produtos em parcerias com as editoras. As edições passadas conseguiram auxiliar os participantes a escreveram seus primeiros livros e organizaram antologias literárias e de artigos e ensaios, trabalharem melhor seus marketings pessoais, atuarem mais ativamente nas redes e estabelecerem parcerias de incentivo à leitura. Para mais informações e inscrições, contate o número (21) 9898-56232.

O filósofo, gramático e linguista Evanildo Bechara lança o terceiro e último livro da série intitulada Uma vida entre palavras, com artigos escritos ao longo de seus quase 75 anos de dedicação à língua portuguesa. Em Mestres da língua (Nova Fronteira, 272 pp, R$ 69,90), o autor apresenta o trabalho de linguistas como Herculano de Carvalho e Eugenio Coseriu, e de literatos como Machado de Assis e Camões, e discute como cada um deles contribuiu com os estudos da língua. Depois de reflexões sobre a história, os usos e a evolução da língua portuguesa em Fatos e dúvidas de linguagem, e sobre suas idiossincrasias em Análise e história da língua portuguesa, Bechara fecha a série com uma homenagem a todos aqueles que embasaram sua trajetória no mundo acadêmico.

Graciliano Ramos é, sem dúvida, um dos autores mais completos da literatura brasileira. O porta-voz da realidade do sertão nordestino, mais conhecido pela sua obra Vidas secas e Angústia. Em nova edição do livro Cartas (Record, 352 pp, R$ 64,90), os acontecimentos cruciais da vida deste alagoano são acompanhados através de relatos a amigos e familiares. Viabilizado pela colaboração de pessoas que conviveram com o escritor, principalmente sua viúva Heloísa Ramos, a publicação reúne cartas enviadas por Graciliano desde 1910, quando morou em Palmeira dos Índios, no agreste de Alagoas, numa casa comercial de seu pai, até a viagem que fez em 1952, passando pela União Soviética, Tchecoslováquia, França e Portugal. Além de curiosidades sobre a vida deste ilustre escritor, a obra traz referências históricas do Brasil que são citadas em muitas de suas correspondências. Não se pode esquecer que, entre 1928 e 1930, Graciliano Ramos foi prefeito de Palmeira dos Índios e, em 1930, ocupou o cargo de diretor da Imprensa Oficial de Alagoas.

São muitos os agentes que, de alguma forma, interferem no processo de produção dos livros. No circuito editorial da Europa moderna, o texto do autor materializado em obra só chegava às mãos do leitor após passar por diversos intermediários: censores, copistas, editores, impressores, revisores etc. Sabendo disso, o historiador Roger Chartier examina o problema da mobilidade das obras do ponto de vista da tradução dos textos entre os séculos XVI e XVIII, o que dá origem ao livro Editar e traduzir: mobilidade e materialidade dos textos (séculos XVI-XVIII) (Editora Unesp, 408 pp, R$ 88 – Trad.: Mariana Echalar). O sentido da investigação levada a cabo pelo autor é abrangente: ele aborda tradução com significado não apenas de passagem das palavras de uma língua a outra, mas também de translação, isto é, qualquer tipo de mudança verificada nos textos (e, por conseguinte, nas obras) ao longo de suas sucessivas versões, até mesmo no registro de uma única língua. Ao longo de oito eixos, Chartier analisa casos notáveis de mobilidade em traduções de autores como Castiglione, Cervantes, Shakespeare, Gracián e Molière, sempre demonstrando vasta erudição no que tange às fontes primárias.

Um dos maiores estudiosos do marxismo no Brasil, José Paulo Netto lança seu livro Da Erótica: muito além do obsceno (Boitempo, 272 pp, R$ 75). Na obra, além de selecionar e organizar o material, ele apresenta ao leitor, em um alentado ensaio, o universo da vida e da arte de Manuel Maria Barbosa du Bocage, autor português do século XVIII. Sua seleção e comentários destacam o aspecto libertino do controvertido poeta, sem deixar de ressaltar sua qualidade literária, cada vez mais reconhecida, que lhe garante lugar seguro entre os clássicos da literatura portuguesa. A apresentação consiste em um ensaio que estabelece uma linha histórica da literatura portuguesa da época, situando nela o poeta, sua vida e sua obra. Complementam a edição uma cronologia relativa ao poeta português, referências bibliográficas e um útil índice onomástico. “A compilação que José Paulo Netto organizou oferece os textos quiçá mais relevantes desse caminho, incluindo obras maiores da poética bocagiana, também alguns dos seus atrevimentos pícaros, discutindo nuns casos a autoria, noutros garantindo a origem, sempre comentando e ilustrando aqueles versos com notas detalhadas, sem as quais nos perderíamos no labirinto de alusões e diversões do poeta”, escreve Francisco Louçã no prefácio da obra.