Marcada para acontecer de 03 a 11 de setembro, em Poços de Caldas, a 17ª edição do Flipoços realizará em parceria com o Camões Brasil, a 2ª Residência Literária Flipoços Camões de forma presencial. O autor convidado é Afonso Reis Cabral, trineto de Eça de Queiroz, que pela primeira vez participará de um festival literário brasileiro. Afonso passará a semana na cidade sul-mineira onde fará uma imersão pela história do local, conhecerá personalidades, escritores e pontos turísticos culturais, além de cumprir um roteiro gastronômico. O resultado dessa imersão será um romance ou conto de 15 páginas que será lançado no final desse ano em formato e-book e publicado no site do Flipoços. No ano passado, o Flipoços realizou a 1ª. Residência Literária Flipoços Camões em formato virtual e os autores convidados foram Teolinda Gersão e Joel Neto, que participaram de cinco webinares onde puderam conhecer locais históricos e literários da cidade. O resultado desse trabalho pode ser visto na página que o DNA PublishNews construiu para o projeto e também na playlist do canal do Flipoços no YouTube. Já o e-book da primeira edição pode ser baixado clicando aqui. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Embora as inscrições comecem apenas em 05 de setembro, a Amazon já anunciou a 2ª edição do Prêmio Geek de Literatura, realizado junto com a editora Pipoca & Nanquim e que vem com algumas novidades. Mais uma vez, escritores de ficção científica, fantasia, terror e também quadrinistas podem participar do prêmio feito exclusivamente para o público geek, que escolherá o vencedor por votação popular. Nesta segunda edição, há mais prêmios em jogo. Os primeiros colocados em cada categoria – Livros e Quadrinhos –, receberão um prêmio em dinheiro de R$ 10 mil e um contrato de edição para uma versão impressa de seu livro ou história em quadrinhos pela editora Pipoca & Nanquim. E nesta edição, o 2º e 3º colocados de cada categoria também receberão prêmios em dinheiro, de R$ 5 mil e R$ 2 mil, respectivamente. Para participar do Prêmio Geek de Literatura, os autores podem enviar seus trabalhos por meio do KDP, de 05 de setembro a 05 de novembro de 2022. Os autores de livros e quadrinhos devem incluir a hashtag #PrêmioGeek no campo de metadados de palavras-chave durante o processo de autopublicação e registrá-lo na categoria Ficção Científica, Fantasia e Horror ou Quadrinhos. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Abrelivros (Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais) tem uma nova diretora executiva: Renata Müller, que soma 20 anos de experiência no mercado editorial e em educação. Ela assume o cargo e as funções de Beatriz Grellet [foto], que, em comum acordo com a diretoria, se despede da associação depois de 26 anos à frente da gerência executiva. Ao longo da sua gestão, Beatriz contribuiu para o fortalecimento da associação como entidade representativa das editoras de livros escolares e protagonista no debate sobre os desafios da educação no Brasil. A profissional encerra seu ciclo deixando como legado o reposicionamento estratégico da Abrelivros, o qual abarca novos nome (Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais), logomarca e site, o lançamento de uma newsletter e o primeiro Anuário Abrelivros. Para apoiar o processo de transição, a executiva continuará na associação até o final de junho. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A editora Todavia abriu uma vaga para coordenador financeiro. Além de superior ou tecnólogo concluído em administração ou afins, é preciso ter experiência em contas a pagar e a receber, câmbio, conciliação bancária, produtos bancários, relacionamento com bancos e parceiros, gestão de contabilidade terceirizada, e análises e apresentações financeiras. A pessoa contratada será responsável pelo contas a pagar – inclusive câmbio – e contas a receber; cuidará da movimentação bancária; da escrituração contábil e fiscal e das análises e apresentações. Entre os benefícios da vaga está o auxílio home office. Interessados devem encaminhar currículos para fernando@todavialivros.com.br até 03 de junho.

Com o objetivo de possibilitar a participação de autores de todo o Brasil na sua 36ª edição, o Comitê Gestor da Feira do Livro de Brasília (FeLiB) – marcada para acontecer de 17 a 26 de junho – lançou o Edital 1, de Lançamentos de Livros e Sessões de Autógrafos que fará parte programação oficial dos Espaços do Autor. As inscrições vão até 08 de junho e podem ser feitas por escritores(as), quadrinistas, cordelistas e ilustradores. Serão selecionadas 130 pessoas para compor a programação. O edital completo está disponível clicando aqui e o resultado será divulgado nas redes sociais da 36ª FeLiB e no site do Sindicato dos Escritores do DF. O edital deixa claro que não prevê o custeio de cachês, deslocamento, estadia e alimentação de escritores(as), quadrinistas, cordelistas e ilustradores(as) e para participar, os interessados devem devem encaminhar preenchida a Ficha de Inscrição acompanhada de portfólio contendo biografia, capa do livro em alta definição e foto do(a) autor(a). Nesta edição, os espaços Lucília Garcez e Santiago Naud – onde serão realizados os lançamentos e sessões de autógrafos – contarão com estrutura de som e mobiliário, dando oportunidade aos autores de falarem sobre suas obras. O tema deste ano “O Quadradinho, o quadrinho e a leitura… Sempre em frente” propõe um olhar amoroso sobre “o ser brasiliense”, ao mesmo tempo em que desperta o sentimento esperançoso em meio ao enfrentamento da pandemia. Neste sentido, o evento irá homenagear dois grandes escritores que partiram durante a pandemia: Lucília Garcez (em 23 de setembro de 2021, aos 71 anos) e Santiago Naud (em 20 de julho de 2020, aos 89 anos).

Nesta quarta (1º), às 19h, o Selo Emília e a Solisluna Editora realizam o evento on-line Imaginários barulhentos: conversas sobre literatura e juventudes, com Freddy Gonçalves da Silva e Sara Bertrand, autores de dois livros publicados pela parceria entre as duas editoras e que discutem a relação entre os jovens e a leitura. O debate terá a mediação do tradutor das obras, Cícero Oliveira, e será transmitido ao vivo no canal da Solisluna Editora no YouTube. Em Nostalgia do vazio: a leitura como espaço de pertencimento dos adolescentes, Freddy Gonçalves da Silva apresenta um conjunto de ensaios que refletem sobre o leitor na fase de transição entre a infância e a idade adulta, procurando entender como nela os adolescentes se relacionam com a leitura, com a ficção e com a palavra. É resultado de um diálogo contínuo do autor com esse público em clubes de leitura na Venezuela, Colômbia e Espanha. Já o livro Patos e lobos-marinhos: conversas sobre literatura e juventude, lançado em 2021, reúne ensaios com reflexões feitas por Sara Bertrand a partir de conversas e encontros sobre literatura e juventude, boa parte deles ocorridos no Brasil.

Entre 31 de maio e 1º de junho de 1921, um número ainda hoje desconhecido de moradores negros do próspero distrito de Tulsa foi executado e enterrado em valas comuns por cidadãos brancos. O ataque sem precedentes contra civis negros contou com a conivência da polícia local, ocupada apenas em proteger as casas que faziam parte do cinturão branco da região. O estopim do massacre foi a divulgação falaciosa de que um jovem negro havia agredido uma ascensorista branca. Ignorado pela imprensa, o morticínio, assim como a responsabilização dos agressores, caiu no esquecimento. A fim de recuperar essa memória escondida por 100 anos, a obra A nação precisa acordar (Fósforo, 152 pp, R$ 59,90) parte do relato de Mary Parrish e apresenta suas entrevistas com os sobreviventes, bem como o posfácio de sua neta, Anneliese M. Bruner. O livro é um esforço para dar visibilidade ao massacre, inserindo-o na história dos EUA e das relações raciais mundo afora.

Durante muito tempo fez parte da mitologia nacional a ideia de que o Brasil, forjado a partir de um caldeirão multicultural, não era racista. Mais recentemente, uma série de intelectuais – grande parte deles negros e egressos dos movimentos sociais – nos ensinou o quão risível (e perversa) é essa ideia. Racismo brasileiro (Todavia, 336 pp, R$ 79,90), livro da doutora em história social Ynaê Lopes dos Santos, apresenta uma jornada pela história do Brasil através do traço definidor da nossa sociedade ao longo dos séculos (do período colonial aos nossos dias): o racismo. Tendo entre os personagens figuras como Luiz Gama, Monteiro Lobato, Getúlio Vargas e Marielle Franco, este é um livro fundamental para uma compreensão mais profunda da nossa formação. Como resume a autora: “A história do racismo no país é a própria história do Brasil”.

Resultado da reunião de historiadores renomados, o livro A passos lentos (Almedina, 284 pp, R$ 119), pode ser definido como uma nova referência para estudiosos e curiosos. A leitura é indicada para aqueles que desejam entender a dinâmica de desenvolvimento do país ao longo dos séculos a partir das políticas econômicas adotadas durante o domínio da monarquia. O livro aborda as dinâmicas econômicas da época, baseadas sumariamente no escravagismo, o PIB das regiões habitadas, os dilemas que envolviam a posse e divisão de terras, as relações trabalhistas e como a capital se mantinha. Os historiadores também apresentam a relação entre o Brasil Império e a Economia mundial, destrinchando as políticas de comércio exterior, exportações, importações e dívida externa. Marcelo de Paiva Abreu, doutor em Economia pela Universidade de Cambridge; Luiz Aranha Correa do Lago, doutor em Economia pela Universidade Harvard; e André Arruda Villela, doutor em História Econômica pela Universidade de Londres assinam a obra.

Mais de 70 anos após o final da Segunda Guerra Mundial, a ideologia nazista ainda teima em ressurgir nos países ocidentais, ameaçando vidas e democracias. Neste momento, em que radicalismos florescem, revela-se mais que oportuno um debate sobre como o ideário nazista se infiltra na sociedade e ainda ganha adeptos é mais necessário do que nunca. O livro Nazismo: Como isso pôde acontecer (Jandaíra, 256 pp, R$ 63,90), de Eduardo Szklarz, configura um importante referencial teórico para identificar os pontos em comum com o que já aconteceu no século passado e evitar que a história se repita. Ao discutir a realidade europeia do século 20, a obra apresenta uma abordagem do nazismo que não apenas reúne os fatos históricos mais difundidos, mas também se aprofunda na trajetória de Hitler como artista, militar e político, e em seu poder de persuasão – fundamental para que ele chegasse ao topo do poder. O livro ainda demonstra como as pessoas comuns foram contaminadas por essas ideias, aceitando as atitudes violentas e discriminatórias que culminaram nos campos de extermínio e no Holocausto. O autor contrapõe a ideologia vigente na Alemanha nazista com histórias de pessoas que se opuseram ao regime hitlerista, mostrando que, apesar da adesão de boa parte da população, houve focos de resistência e indignação ao longo de todo o período.