Na semana passada, a organização da Feira do Livro Bolonha anunciou a decisão de realizar o evento somente no digital. O motivo, pelo segundo ano seguido, é a pandemia do novo coronavírus. Menos de uma semana depois, nesta quinta (15), a Feira do Livro de Londres seguiu pelo mesmo caminho e confirmou que realizará somente uma edição digital. Antes marcada para acontecer de 29 de junho a 1º de julho, a Feira já sofria a pressão de grandes editoras dizendo que não compareceriam em um evento presencial. Agora, na edição digital, a LBF planeja uma série de eventos dinâmicos, começando com conferências a partir do dia 7 de junho. O restante da programação acontecerá ainda de 29 de junho a 1º de julho, dando a oportunidade aos profissionais da indústria do livro de poderem fazer negócio de maneira flexível, fazer contatos, aprender e compartilhar ideias. Já os expositores não terão a opção de reembolso. Em vez disso, poderão optar por colocar parte do seu investimento na participação on-line deste ano, ou transferir todo o investimento para o evento de 2022, que acredita-se, será presencial e acontecerá de 5 a 7 de abril.

Saber o que vem por aí e se adiantar é um dos grandes desafios para os livreiros. Poder saber, antes da concorrência, o que estará disponível para compras e já adiantar os pedidos pode ser determinante no sucesso ou não das vendas. Por isso, o PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, fechou parceria com a MVB / Metabooks para criar o Próximo Capítulo, serviço semanal em que vamos apresentar livros que estão no prelo das editoras e que chegarão às livrarias só daqui a dois meses. Clique aqui e confira os títulos que serão disponíveis nas livrarias entre os dias 13 e 19 de junho. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve, o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações e o Apanhadão Diário. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

O Reboot, projeto criado pelo consultor austríaco Rüdiger Wischenbart; Carlo Carrenho, fundador do PublishNews, e pelo consultor alemão Klaus-Peter Stegen, continua na sua missão de reunir importantes nomes do mercado do internacional do livro para trocar ideias e experiências. Em fevereiro, o Reboot começou sua programação de 2021 com o objetivo de avaliar os danos provocados pela covid-19 e identificar as principais lições para o futuro. Na próxima quarta (21), às 9h (horário de Brasília), o segundo workshop do ano terá o tema Como consertar o que está quebrado e quem pode oferecer as melhores ferramentas para isso. "A ideia é trazer gente interessante para uma conversa participativa, de preferência sem power point e sem apresentações chatas. E fazer isto de uma maneira mais informal e com espírito de comunidade”, explica Carrenho. Esse "encontro" informal terá três mesas interativas que discutirão as ferramentas e habilidades necessárias para aumentar a eficiência e versatilidade em um ambiente de publicação multiformato e multicanal; como chegar melhor ao consumidor final e fazer com que líderes inovadores se destaquem e cresçam mesmo durante a pandemia e a importância das redes próprias dos agentes, das micro feiras e plataformas digitais de direitos na busca das melhores práticas para ter sucesso num mercado virtual e descentralizado de direitos. Participam das mesas nomes como Jesús Badenes (Planeta), Matt Turner (Turner Industrial Data), Gerd Robertz (BoD), Jason Spanos (KNK), Peta Nightingale (Bookouture), Julie MacKay (Scribd), Anna-Soler Pont (Pontas Agency), Jon Malinowski (Pubmatch) e Kris Kliemann (Global Rights Expert). Para se inscrever no evento, é só clicar aqui. Assinantes do PublishNews têm desconto usando o código PNBrazil-Reboot21.

A Ediouro que abriga as marcas Ediouro Educação, Nova Fronteira, Petra, Pixel, Coquetel e Agir, abriu três vagas para os cargos de editor, produtor editorial sênior e analista de mídias sociais sênior. Para a primeira delas é necessário graduação em Letras ou Comunicação social, ter experiência em projetos editoriais e bons conhecimentos do Pacote Office. As funções do cargo incluem a prospecção de novos títulos para publicação, desenvolvimento de projetos editoriais, contato com autores e agentes, acompanhamento dos processos de contratação das obras e interface com outras áreas da editora. Para a vaga de produtor editorial sênior é preciso ter graduação em Produção Editorial, Jornalismo ou Letras e conhecimentos de e-books é considerado diferencial. Entre as funções do cargo estão o receber os novos livros dos editores, avaliar o material, dividir os livros entre os produtores editoriais e acompanhar o trabalho deles, conferir cronogramas de produção e supervisionar a produção de e-books. E para a vaga de analista de mídias sociais, a editora pede graduação na área de Marketing ou Publicidade e Propaganda e experiência em geração de conteúdo. O contratado será responsável por criar um plano de ação mensal por selo e mensurar resultados, interagir com os leitores e acompanhar a comunicação nas mídias sociais, manter contato com criadores de conteúdo e programar postagens. Os interessados devem enviar currículos para o e-mail recursoshumanos@ediouro.com.br informando no assunto o cargo desejado. As informações completas de cada cargo estão nos links correspondentes.

A Novo Século está à procura de um estagiário para a área de assessoria de imprensa. O contratado irá trabalhar em Barueri e será responsável, dentre outras coisas, por conseguir entrevistas para autores, administrar os parceiros NS, entrar em contato com influencers, enviar releases, produzir e enviar e-mail marketing, captar contatos para mailing e releases, captar parcerias para divulgação de cada lançamento, criar parcerias para sorteios e outras estratégias para captação de lead, divulgar os livros para a imprensa e participar de lives com autores da editora. A editora pede que os candidatos tenham boa escrita e comunicação e que estejam cursando a partir do 5º semestre de Jornalismo ou Relações Públicas. Conhecimento em inglês é considerado um diferencial. Os interessados devem enviar currículo para o e-mail rh@gruponovoseculo.com.br até o dia 30 de abril. No assunto usar Estagiário assessoria de imprensa.

Depois do sucesso da campanha de financiamento coletivo de seu novo livro, Jefferson Costa, vencedor do Prêmio Jabuti com a HQ Jeremias – Pele (personagem de Mauricio de Sousa), está de volta ao Catarse para a pré-venda de Anansi, o livro ilustrado que foi produzido graças ao apoio de mais de 700 pessoas durante o segundo semestre de 2020. Com texto de Lucas Benetti, escritor, roteirista vencedor do Prêmio Off Flip de Literatura e indicado ao 29º Troféu HQMIX, e prefácio de Emicida, músico vencedor do Grammy, Anansi é um livro ilustrado que conta a jornada desse deus africano em busca de todas as histórias que existem, pois, para ele, um mundo sem histórias é um lugar triste e sem esperança, e Anansi não queria que as pessoas vivessem num lugar tão perigoso assim. Elogiado pelo editor Sidney Gusman e por Marcelo D'Salete, quadrinista vencedor do Prêmio Eisner, o livro ficará em pré-venda no Catarse até às 23h59 desta quinta (15). A opção de realizar a pré-venda na plataforma tem como objetivo fazer com que a obra chegue nas mãos de mais pessoas e de maneira mais rápida e segura. Até o momento, 257 pessoas adquiriram a obra na pré-venda. Para adquirir o livro e saber mais sobre a história, clique aqui.

A obra e a vida de Carolina Maria de Jesus (1914-1977) foram o ponto de partida do processo de formação pela Flup – Festa Literária das Periferias – das 180 mulheres que escrevem Carolinas (Bazar do Tempo, 560 pp, R$ 60 – Ilustração: Thais Linhares). Inspiradas na autora de Quarto de despejo, a primeira mulher negra brasileira a fazer sucesso internacional no meio literário, trilharam os caminhos do conto, da crônica, do diário e do relato autobiográfico em busca de suas próprias vozes como escritoras. O resultado é um conjunto de textos que surpreende pela diversidade e riqueza de temas, vocabulários, estilos e, sobretudo, pela força da escrita dessas mulheres – catadoras, professoras, estudantes, advogadas, produtoras, mães e, agora também, escritoras negras de uma nova geração que deixará a sua marca na literatura brasileira. A obra foi organizada por Julio Ludemir e as escritoras contaram com orientações de: Ana Paula Lisboa, Cristiane Costa, Eduardo Coelho, Alexandre Faria, Eliana Alves Cruz, Fred Coelho, Itamar Vieira Junior e Milena Britto.

Em Quatro histórias (Kapulana, 52 pp, R$ 16,90), conjunto de quatro contos, o escritor e historiador moçambicano João Paulo Borges Coelho conduz o leitor por caminhos, tempos e situações diversas. Ora estamos no Congo, ora em Moçambique, ora na China. A história da África, particularmente de Moçambique, aparece nesse cenário desde os inícios do século XIX. São histórias que emocionam por destacar personagens exploradas, sofredoras e resistentes. Fazem parte da obra os contos Maria Ernestina e as quatro senhoras, Pau Macau, Anjo voador e Mares, o mar. Em formato de livro de bolso, Quatros histórias é a terceira obra de João Paulo que a Kapulana publica no Brasil.

Um guarda-florestal salta de um arco de 200 metros de altura. Um artista tenta construir sua obra-prima em um castelo. Uma professora procura o filho desaparecido seguindo rastros de um estêncil manchado de tinta. Um jovem e seu ex-técnico de futebol americano viajam para sequestrar uma garota. Os personagens de Daqui até o Mar Amarelo e outros contos (Intrínseca, 304 pp, R$ 54,90 – Trad.: Alexandre Raposo) são pessoas comuns, mas a narrativa de suas jornadas nada usuais se aprofunda nas incertezas da existência humana, sem, no entanto, tentar desvendá-la. Em uma viagem por 11 histórias que visitam lugares e realidades às vezes muito distantes, o leitor é apresentado a uma miríade de experiências universais: memória e desejo, saudade e perda, um mergulho na realidade crua dos relacionamentos humanos. O escritor americano Nic Pizzolatto explora os limites tênues entre o bem e o mal, o certo e o errado, enquanto seus personagens tentam transpor os abismos entre eles e os outros, entre o passado e o presente e, às vezes, os abismos ainda maiores que os separam de si mesmos.

A entomologia é o ramo da zoologia que se dedica ao estudo dos insetos e tem diversas aplicações, incluindo a investigação de crimes. Insetos também podem causar pavor ou encanto. Em alguma medida, somos parecidos com eles. Não fabricamos mel como as abelhas, mas nos organizamos numa sociedade de operárias e rainhas; não somos tão encantadores como um vaga-lume, mas somos capazes de ser ternos, amáveis. Essas contradições forjam os dez contos desse Caderno de entomologia (Moinhos, 100 pp, R$ 45 – Trad.: Fernando Miranda), do colombiano Humberto Ballesteros. Cada um deles remete a um inseto, que corporifica nossas idiossincrasias. Uma libélula pairando sobre as águas da ambição, uma mariposa antecedendo a mudança, um vaga-lume e a luminescência do deslocamento, um louva-deus prestes a decepar a cabeça de seu inimigo, uma borboleta perseguida com obstinação e até uma barata assombrando os sonhos de uma poeta em sua clausura. Os insetos brotam, rondam e escondem-se. Confundem-se, ora em metamorfoses (como em Kafka), ora em confusão e delírio (como em Orwell), e nesse trânsito Ballesteros constrói com introspecção e beleza um retrato de quem somos.