O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz nessa semana dois registros de processos competitivos. A cidade mineira de Pouso Alegre abriu pregão para seleção de microempresa (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP) para prestação de serviço de diagramação, revisão e edição de livros. Já Cachoeirinha, no interior gaúcho, abriu pregão para a compra de livros infantis atrelada à presença de autores que farão parte do projeto Livro Lido. O Radar de Licitações é um serviço do PublishNews+, área exclusiva de assinantes do PublishNews, em parceria com Natália Vieira. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A Abrelivros, em parceria com a Unibes Cultural, realiza nesta quinta (25), às 16h, uma live para discutir a implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e do novo Ensino Médio. O encontro contará com a participação de Vitor de Ângelo (presidente da Consed), Mozart Neves Ramos (membro do CNE) e João Quaresma (consultor do MEC). Com moderação de Solange Petrosino, diretora Acadêmica da Editora Moderna, o bate-papo abordará os desafios e oportunidades trazidos por essa mudança, uma das maiores feitas na educação brasileira nas últimas décadas. Além disso, será analisada ainda a importância da formação dos professores e dos materiais didáticos adequados à implementação da BNCC e do novo modelo de Ensino Médio. A abertura do evento - que será transmitido pela página da Unibes no Facebook - ficará à cargo do presidente da Abrelivros, José Ângelo Xavier de Oliveira.

A Mobile Time, portal de notícias e análises sobre a indústria de telefonia móvel, realiza no dia 2 de março, a primeira edição do MobiEditorial, seminário corporativo dedicado a debater o mercado de conteúdo editorial em formato digital, como e-books, audiolivros, jornais e revistas. Para isso, o evento reunirá representantes de editoras e de plataformas agregadoras e distribuidoras de conteúdo para discutir tendências, oportunidades, desafios e modelos de negócios desse setor no Brasil. O primeiro painel, às 9h, discutirá o assunto sob a visão dos agredadores com João Leal, cofundador e CEO da Árvore; Renato Marcondes, diretor de desenvolvimento de negócios da Verisoft e Rodrigo Meinberg, CEO e cofundador do Skeelo. No segundo painel, às 11h, será a vez das editoras darem sua visão. Participam do debate Marina Pastore, gerente de projetos digitais da Companhia das Letras; Mauro Palermo, diretor da Globo Livros; Roberta Machado, vice-presidente do Grupo Editorial Record; Lizandra Magon, vice-presidente da Libre e sócia-fundadora da editora Jandaíra e Luciana Cardoso, CPO do Estadão. O investimento é de R$ 250 e os interessados podem se inscrever clicando aqui.

A Labrador, editora premium de autopublicação, está à procura de um designer. As funções do cargo incluem elaborar capas para diferentes públicos; criar projetos gráficos, diagramar e fechar arquivos para a gráfica; criar e tratar imagens em geral de acordo com as solicitações; dar suporte para a equipe editorial no processo de impressão dos livros; e dar suporte na criação de peças para a equipe de marketing. A editora pede que os candidatos tenham experiência em Design Gráfico ou Design Editorial de livros; domínio no pacote Adobe, principalmente InDesign, Photoshop e Illustrator; criatividade para trabalhar com diferentes tipos de público; organização e atenção aos detalhes; espírito de equipe e facilidade para execução de tarefas simultâneas. Os interessados devem enviar currículos para o e-mail editorial@editoralabrador.com.br.

A Festa Internacional de Literatura da Mantiqueira (Flima), evento que fez o livro e a literatura circularem pela cidade paulista de Santo Antônio do Pinhal nos últimos anos, teve sua edição de 2020 cancelada por conta da pandemia e para compensar, resolveu realizar este ano, duas edições. A primeira delas acontece de 18 a 21 de março e será totalmente virtual e gratuita. Serão 12 mesas de debate com escritores, poetas, jornalistas, acadêmicos e músicos sob a curadoria do livreiro Roberto Guimarães, jornalista e idealizador da Flima. Paralelamente ao evento principal, a Fliminha realizará também dez atividades para crianças, famílias e educadores e terá curadoria de Cristiane Tavares, mestre em Literatura e Crítica Literária, coordenadora do curso de especialização Literatura para crianças e jovens, no Instituto Vera Cruz (SP). Antes do evento – que terá a programação divulgada em breve – acontecem as oficinas de criação de capas de livros, com Tereza Bettinardi, e de contação de histórias, com Vanderléia Barboza, ambas com início no dia 1º de março. A segunda edição da Flima, que pode acontecer num formato híbrido, está marcada para acontecer de 19 a 22 de agosto.

A Biblioteca Parque Villa-Lobos (BVL) abriu as inscrições para o Clube de Escrita com Aline Bei. A atividade presencial e gratuita está marcada para os dias 2, 9 e 16 de março. Nessa imersão na escrita criativa, os participantes vão desenvolver suas ideias literárias, guiados por três palavras-chave: medo, memória e casa. Exercícios e compartilhamento de conteúdos produzidos durante as aulas irão aprofundar os conhecimentos sobre literatura, além de integrar o grupo. A ideia é que todos desenvolvam uma rotina semanal de escrita e leitura nas atividades conduzidas por Aline. Formada em Letras pela PUC-SP, ela é autora de O peso do pássaro morto (Nós), obra vencedora do Prêmio São Paulo de Literatura 2018, na categoria de autores estreantes com menos de 40 anos. As inscrições podem ser feitas no site da BVL e os encontros serão realizados sempre das 14h às 16h.

A Editora Brasiliense, no início da década de 1980, sob o comando de Caio Graco Prado, promoveu uma revolução no mercado de livros no Brasil lançando coleções de livros pequenos voltados para público universitário em crescente expansão naquele momento. Grandes sucessos, os volumes das coleções Primeiros Passos, Tudo é História, Cantadas Literárias, Encanto Radical e outras passaram a fazer parte das estantes dos jovens universitários. Os jovens brasileiros, vivendo em um país em processo de redemocratização, buscavam o conhecimento como uma forma de poder participar do novo país em construção. Os números são expressivos: só da coleção Primeiros Passos foram comercializados, entre 1980 e 1989, cinco milhões de exemplares vendidos. Além de contar com a presença marcante do editor Luiz Schwarcz, que trabalhou na editora de 1978 a 1986, foi Caio Graco da Silva Prado, diretor-presidente da editora Brasiliense desde 1975, o responsável por estas coleções. A obra Caio Graco e a Editora Brasiliense (Publicações BBM, 120 pp, disponível gratuitamente), organizada por Sandra Reimão e Gisela Creni, com textos de Marcello Rollemberg, Flamarion Maués, João Elias Nery e outros, conta a história de Graco enquanto editor à frente da Brasiliense.

Escritor, editor, co-fundador e CEO da Companhia das Letras, Luiz Schwarcz já deixou seu nome na história do mercado editorial brasileiro e mundial – em 2017 recebeu o International Excellence Awards da Feira do Livro de Londres – mas por trás de uma carreira de sucesso, carrega consigo a história de uma família que abandonou tudo para fugir ao terror nazista. O pai, húngaro, conseguiu escapar, sozinho, de um trem a caminho do campo de extermínio, deixando Láios, seu pai, no vagão que acabou por levá-lo à morte. A mãe, croata, teve de decorar aos três anos um novo nome, falso, para embarcar com a família num périplo que os levou primeiro à Itália e depois ao outro lado do Atlântico. Os dois, André e Mirta, se encontraram no Brasil, com as lembranças dolorosas do passado trágico a pesarem sobre a nova vida. Filho único, Luiz, ainda jovem, entendeu ser responsável por expurgar as culpas que André carregava por não ter podido evitar o fim extremo do próprio pai – avô do autor –, e se via como o elo a manter estável o casamento de André e Mirta, união cheia de silêncio, dor e incompatibilidade. Ao recuperar com franqueza estas memórias, Schwarcz constrói em O ar que me falta (Companhia das Letras, 200 pp, R$ 59,90) um sensível e detalhado relato de como a depressão e os traumas, próprios e de terceiros, podem tirar o fôlego de qualquer um e permanecer latentes em existências por fora marcadas pela aparência do sucesso.

Filha de uma cientista emigrada da Índia e de um professor de economia de origem jamaicana, Kamala Harris percorreu um caminho pouco convencional até a Casa Branca. Da infância na segregada Califórnia às conquistas na política, passando por sua formação e dias de ativismo na Universidade Howard, Kamala Harris: a vida da primeira mulher vice-presidente dos Estados Unidos (Agir, 320 pp, R$ 49,90 - Trad.: Adalgisa Campos da Silva e Maria Luiza X. de A. Borges) narra a sua jornada, mostrando como ela se tornou a líder e estrategista que o mundo conhece hoje. Na obra, o jornalista Dan Morain revela os detalhes da vida de Harris, que deu seus primeiros passos na vida profissional, como promotora do Condado de Alameda; trabalhou como promotora pública de São Francisco implementando maneiras inovadoras de combater a evasão escolar; assumiu o cargo de procuradora-geral da Califórnia, feito que nenhuma outra mulher negra havia alcançado até então, e ainda lutou para viabilizar no estado o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A obra entra ainda nos bastidores da frustrada candidatura de Harris à presidência e de sua campanha para conseguir um espaço na chapa de Joe Biden.

Virginia Hall poderia ter escolhido uma vida em segurança ao lado da família nos EUA, mas ao acompanhar a onda nacionalista tomar conta da Europa e Adolf Hitler ascender na Alemanha, ela encontrou seu lugar na luta contra o nazismo atuando como espiã do Ministério da Guerra britânico e, posteriormente, dos EUA. Chamada pelos alemães de “a dama que manca”, Virginia, que possuía uma prótese de madeira na perna esquerda, nunca foi capturada por eles. Para enganá-los, usava maquiagem, peruca e outros subterfúgios tipicamente femininos. A mulher civil mais condecorada da Segunda Guerra permaneceu um enigma no período e por um longo tempo depois. Após três anos de muito trabalho para rastrear informações, Sonia Purnell integra o grupo de autoras interessadas no resgate de mulheres fundamentais para a historiografia e lança Uma mulher sem importância (Planeta, 416 pp, R$ 72,90 - Trad.: Petê Rissatti), biografia narrada como um thriller de ficção.