No dia 9 de dezembro, a Secretaria Municipal de Educação (SME) de São Paulo abriu pregão eletrônico para a compra de mais de 1,5 milhão de exemplares para compor acervos de unidades educacionais do Ensino Fundamental e da Educação Infantil. Ao todo, foram selecionados 647 títulos de editoras de todos os portes. O edital previa a realização da compra em três lotes, cada um contendo diferentes títulos, de diferentes editoras. Esta modalidade foi uma novidade. Em pregões anteriores, a SME negociou individualmente com os detentores dos direitos autorais de cada obra selecionada. Editores ouvidos pelo PublishNews apontaram que o mais razoável neste caso seria que distribuidoras assumissem a venda. No dia seguinte ao da abertura do pregão, a SME publicou um comunicado em que informava: “será considerado, como desconto mínimo inicial, o percentual de 37% do valor calculado sob o valor de capa cheio, sem desconto algum”. Seguindo a linha do tempo dos fatos, no dia 14, a empresa GM Quality, com sede em Recife, enviou e-mail aos editores listados no certame informando que os livros seriam fornecidos tendo por base uma ata da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE). O documento, datado de 30 de dezembro de 2019 tem por objeto “o registro de preços para aquisição de acervos bibliográficos, destinados aos alunos, professores e servidores das escolas da rede pública, diretorias de ensino e demais órgãos da Educação no âmbito do estado de São Paulo”. Pela ata, a GM Quality se compromete a oferecer desconto “fixo e irreajustável” de 38% no prazo de 12 meses, ou seja, o vencimento da ata se dará no próximo dia 30. O pregão foi revogado nesta quinta-feira (17). O PublishNews procurou a assessoria de imprensa da SME por e-mail questionando o motivo do cancelamento do pregão. Até o fechamento desta edição, não obteve resposta. A empresa MG Quality também foi procurada, mas também não se manifestou até o momento. Clique no Leia Mais e confira a íntegra desta nota.

Nesta quarta-feira (16), a Feira do Livro de Frankfurt anunciou que concluiu o seu processo de reestruturação anunciado em novembro. A empresa informa que as estruturas corporativas foram simplificadas – o escritório da Feira em Nova York, por exemplo, foi fechado – e a redução do quadro de funcionários foi praticamente concluída. Juergen Boos, diretor geral da feira, diz em comunicado que foram “mudanças dolorosas e de longo alcance”. Agora, a Feira quer pensar o futuro. Em discussões com cerca de 200 expositores não só da Alemanha, mas de todo o mundo, a Feira concluiu que a versão física deve ocorrer tão logo seja possível. Os expositores apontaram que a Feira deve se concentrar no básico: ser um espaço para compra e venda de direitos e licenciamentos internacionais e promover o networking da indústria internacional do livro. Expositores internacionais pediram uma ferramenta de matchmaking melhorada enquanto que os alemães querem mais interações entre seus autores e o público. No comunicado, a Feira informou que vai aprimorar as suas ferramentas digitais e com isso ampliará a feira para além do espaço de exposição. “O feedback dos expositores mostra que a Feira do Livro de Frankfurt deve servir a interesses diferentes e, em alguns casos, contraditórios. Ainda assim, a Feira é conhecida por responder a essa diversidade”, concluiu Boos. Nas próximas semanas, a Frankfurt deve apresentar o seu novo conceito para a edição de 2021.

Na semana passada, o PublishNews noticiou que A Página inaugurou a sua primeira loja em São Paulo, ocupando o espaço deixado pela Saraiva no SP Market. Agora, a rede de livrarias do Paraná abocanhou mais uma loja deixada pela varejista que está em recuperação judicial. Na última terça-feira (15), Eunice Berton Cosmo e os irmãos Murilo e Gilmar Cosmo Jr. inauguraram unidade no Boulevard Londrina Shopping (Av. Theodoro Victorelli, 150 - Carlota, Londrina / PR). Essa é a segunda loja em Londrina e a décima loja da rede que agora tem operação no Paraná, em Santa Catarina e em São Paulo. A nova unidade tem 730m². Para 2021, a rede prevê pelo menos mais quatro unidades: Itaguaçu, Umuarama, Pato Branco e ParkShopping Boulevard em Curitiba.

No próximo domingo (20), a Biblioteca Parque Villa-Lobos completa seis anos e para comemorar, preparou uma programação especial para o fim de semana, com atividades presenciais na unidade e um sarau on-line. No sábado (19), a biblioteca será palco de duas apresentações: A Mágica Biblioteca, com Arô Ribeiro interpretando no formato teatro de objetos o texto de José Roberto Torero, e uma Hora do Conto, com a Cia do Tok Tok interpretando o conto O Rouxinol e o Imperador da China, de Hans Christian Andersen. No domingo, data do aniversário da BVL, é a vez de a Cia. Truks apresentar o espetáculo Divertistórias, com histórias que estimulam a criatividade. Além disso, o poeta, cordelista e contador de histórias Jonas Samaúma ministra a oficina O despertar do poeta interior. Ainda no domingo, haverá também o Sarau Parada Poética, com o rapper Renan Inquérito. As inscrições podem ser feitas clicando aqui.

O Itaú Cultural anunciou nesta quarta (16), os projetos selecionados pelo Rumos Itaú Cultural, programa do instituto para o fomento à produção artística e cultural brasileira. Em sua 19ª edição, o programa recebeu 11.246 projetos de todo o Brasil e selecionou 91, contemplando todas as regiões do país. Por conta da pandemia, o Rumos Cultural foi adiado por alguns meses e passou por uma adaptação tanto no seu modo de operar quanto no de analisar os projetos. Na última edição, o programa teve investimento de R$ 15 milhões e nesta, o valor ficou em torno de R$ 12 milhões. “Porque parte da energia foi consumida no Arte como respiro e no Palco virtual”, explicou Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural durante coletiva de imprensa nesta quarta. “Ampliamos os investimentos para os chamamentos públicos e no total o investimento ficou em torno de R$ 20 milhões”, acrescentou. Nesta edição, foi levado em conta a preocupação com as recomendações sanitárias impostas pela pandemia, por isso, a comissão do Rumos Cultural procurou contemplar projetos que se adequassem às atuais exigências decorrentes do surto pandêmico. Destaque para os projetos sobre negritude e questões indígenas que são temas de 40% dos selecionados, além disso, quase 70% deles têm origem nas capitais e mais de 27% vieram de outras cidades. Com exceção do Amapá, todos os estados brasileiros e o Distrito Federal tiveram propostas contempladas. A lista completa dos projetos selecionados está disponível no site do Itaú Cultural. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota.

A Seguinte anunciou que irá lançar em 2021, a versão impressa da webcomic Arlindo, da ilustradora Luiza de Souza (@ilustralu), fenômeno no Instagram. Arlindo conta a história de um menino do interior, cheio de sonhos, dúvidas e vontade de achar seu lugar no mundo. A obra conta ainda com uma estratégia inédita: é a primeira vez que um livro do Grupo Companhia das Letras entra em financiamento coletivo. No entanto, a Seguinte deixou claro que a campanha no Catarse não é para viabilizar a tiragem – já que a obra sairá de qualquer maneira – e sim para atender aos fãs do personagem e promover uma pré-venda especial e entrega antecipada do livro aos que contribuírem com a campanha. Os brindes incluem wallpapers, material extra em e-book, cupons de desconto na loja da autora, imã, postal, ecobags e jogos. Em menos de 24h, a campanha bateu os 100% da meta e até o fechamento desta edição, contava com 1455 apoiadores. Perguntada pelo PublishNews, a Seguinte disse ainda que, por enquanto, não há planos de usar a mesma estratégia com outros lançamentos.

Durante a crise da covid-19, o papa Francisco percebeu a crueldade e a desigualdade de nosso mundo de forma mais vívida do que nunca. Mas viu também a resiliência, a generosidade e a criatividade de tantas pessoas: uma constatação de que podemos resgatar nossa sociedade, nossa economia e nosso planeta de inúmeras formas. Essa reflexão serviu como ponto de partida para as posteriores conversas dele com o jornalista e seu biógrafo, Austen Ivereigh. O resultado está no livro Vamos sonhar juntos (Intrínseca, 144 pp, R$ 34,90 – Trad.: Manuel Losa SJ). No livro, o pontífice faz uma análise do que esta crise pode nos ensinar sobre a maneira como lidamos com turbulências de qualquer tipo em nossas vidas e no mundo. Segundo ele, será um grande erro se tentarmos voltar para um estado anterior à pandemia. Se tivermos coragem de mudar, no entanto, sairemos melhores dessa situação.

A Ateliê Editorial e a Editora Mnēma lançam Os Evangelhos – Uma tradução (512 pp, R$ 125), de Marcelo Musa Cavallari. Em edição bilíngue, a nova tradução, da leitura do original grego, analisa, por meio da apresentação e notas, os antigos escritos e seu aspecto literário. Os textos clássicos de Mateus, Marcos, Lucas e João são analisados por Cavallari como obras de arte, sinalizando a importância da leitura desses escritos no pensamento e na cultura do Ocidente. A nova tradução traz os textos sem divisões em capítulos e versículos, retornando à forma de leitura de como o Evangelho foi escrito há quase dois mil anos, fornecendo uma narrativa contínua da vida e dos ditos de Jesus de Nazaré. O volume integra a Coleção Clássicos Comentados.

A devoção à Nossa Senhora se manifesta sob os mais diversos títulos: são mais de mil invocações que surgiram por meio de aparições de Nossa Senhora, além dos que derivam de dogmas definidos pela Igreja. Em 21 Nossas Senhoras que inspiram o Brasil (Planeta, 264 pp, R$ 49,90), Bell Kranz selecionou as devoções mais veneradas no país, que amparam os fiéis em diversos momentos, desde a Nossa Senhora do Bom Parto, protetora do nascimento, passando pela Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, até Nossa Senhora da Boa Morte, que trata de uma das maiores angústias do homem. Enquanto apresenta a origem da veneração e os relatos das aparições e dos milagres, a jornalista reconstrói diversas passagens da história do Brasil e de outros países ligados ao culto de cada título da mãe de Jesus, tratando de guerras, pestes, colonização e transformações econômicas e sociais para mostrar o papel de Maria no mundo ocidental.

Como a igreja pode ser relevante diante da realidade das grandes metrópoles em pleno século 21? Quais são as oportunidades que a pluralidade cultural e religiosa cria para as comunidades de fé? Com o intuito de trazer respostas a essas e outras perguntas, a editora Mundo Cristão reuniu alguns dos mais prestigiados nomes da teologia cristã no Brasil no livro Missão urbana (224 pp, R$ 39,90). Organizado pelos professores Estevan Kirschner e Bernardo Cho, o livro percorre todo o conjunto de disciplinas necessárias para uma apresentação bíblica, equilibrada e integrada acerca da ação da igreja no contexto urbano, geralmente marcado por desigualdade, maldade, solidão, estresse e pecado. Dividido em áreas temáticas e em 11 capítulos, cada qual escrito por um especialista, a obra trabalha tópicos que variam entre comunicação, espiritualidade, oração, ética, escatologia e questões pastorais, como dilemas da juventude e o custo da vocação para as lideranças.