A assembleia em que os credores definiriam o futuro da Saraiva foi novamente suspensa e adiada para o dia 24 de novembro. Uma nova versão do plano de recuperação judicial deverá ser apresentada até o dia 16 de novembro para que os credores tenham tempo de analisá-lo antes do conclave. Enquanto isso, o juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, em decisão proferida nesta quinta-feira (15), autorizou a venda de itens que faziam parte do mobiliário de lojas já fechadas ou lojas com fechamento previsto para os próximos dias. Alguns credores – entre eles a Editora Madras e a Brasil Franchising – se manifestaram contrários à venda, mas o juiz entendeu que os bens não são mais úteis à atividade da Saraiva e que há um custo para armazená-los. A Saraiva já havia fechado um contrato de intenção de vendas com a Via Varejo. Ao juiz, a varejista informou que usará parte dos recursos apurados com a venda dos objetos para cumprir o plano de recuperação judicial e outra parte será usada como capital de giro.

Como os leitores de e-books descobrem novos títulos? Como as ofertas de mídia digital se classificam em comparação com as ofertas analógicas? Os audiolivros, podcasts e e-books estão se canibalizando ou estimulando uns aos outros? E qual o perfil dos usuários de publicações digitais? O relatório Listen & Read: The battle for attention responde a essas e a muitas outras perguntas. O documento foi apresentado durante a Frankfurt Conference – que, nesta quinta-feira (15), foi dedicada ao Áudio – por Videl Bar-Kar, diretor global de áudio da Bookwire. O relatório é atualmente a pesquisa de mercado mais atualizada e abrangente e deu um total de 12 ideias sobre o comportamento do consumidor de conteúdos editoriais em formatos digitais. Para o estudo, foram ouvidas 2.335 pessoas com idades entre 16 e 65 durante os meses de agosto e setembro de 2020 em toda a Alemanha. Mil usuários de e-books, audiolivros ou podcasts receberam perguntas mais detalhadas sobre seu comportamento de uso. Clique no Leia Mais e confira os nove tópicos mais relevantes sobre o estudo.

Nessa semana, a Lista dos Mais Vendidos do PublishNews apresentou crescimento de 26% frente aos números apurados na semana passada. Muito desse crescimento se deve aos dois primeiros colocados do Ranking Geral: Cresça, apareça e enriqueça (MAP / Luz da Serra), de Tiago Fonseca, que teve 6.639 cópias vendidas, e Sonhe, acredite e faça (Única), de Edmar Castelo com seus filhos Leandro e Leonardo Castelo, com 3.003. Os títulos estreantes encabeçam respectivamente as categorias Autoajuda e Negócios. Em comum, além de reunirem três verbos na sequência, os livros falam de sucesso. Se o primeiro promete um “encurtar o caminho”, o segundo conta a longa trajetória dos Castelo, desde o início, vendendo produtos de limpeza numa Kombi velha, até a construção da Ecoville, empresa que já conta com centenas de lojas franqueadas pelo Brasil. A sutil arte de ligar o f*da-se (Intrínseca), que há tempos não frequentava o pódio dos mais vendidos, reapareceu essa semana, ocupando a terceira posição, com 2.071 exemplares vendidos. Além dos dois primeiros colocados no Ranking Geral, a Lista trouxe outras sete novidades. Três delas em Não Ficção: Brincar é fundamental (Gente), de Luciana Brites, ocupando a oitava posição, com 317; A república das milícias (Todavia), de Bruno Paes Manso, na 13ª, com 204 e Todas as cartas de Clarice Lispector (Rocco), na 19ª, com 145. Clique no Leia Mais para conferir outros destaques da lista dessa semana.

Todos os anos, a Internationale Jugendbibliothek (IJB), maior biblioteca de literatura infantil e juvenil do mundo, localizada em Munique, apresenta na Feira do Livro de Frankfurt a White Ravens, lista que serve como referência mundial na indicação das melhores obras publicadas no ano. Nesta edição, a seleção avaliou 200 livros em 36 idiomas e publicados em 56 países. Este ano, as cinco obras brasileiras selecionadas no catálogo foram: Além da chuva (FTD Educação), de Michel Gorski e ilustrações de Fernando Vilela; Histórias guardadas pelo rio (Edições SM), de Lúcia Hiratsuka; Nós: uma antologia de literatura indígena (Companhia das Letrinhas), de Mauricio Negro; Donana e Titonho (Paulinas), de Ninfa Parreiras, com ilustrações de André Neves; e Blimundo: O maior boi do mundo (Rocco Jovens Leitores), de Celso Sisto, com ilustrações de Elma. Clique no Leia Mais para conferir detalhes das obras selecionadas e ter acesso ao catálogo completo.

Nesta semana, quando a Amazon realizou o seu “Prime Day”, campanha de altos descontos para os clientes que pagam pelo serviço de fidelidade da gigante de Seattle, seis livrarias independentes nos EUA surgiram vestidas para a guerra como parte da campanha #BoxedOut, encabeçada pela American Booksellers Association (ABA). As vitrines das livrarias foram adesivadas com dizeres como “Books curated by real people not a creepy algorithm” (“Livros curados por pessoas reais e não por algoritmos assustadores”); “Buy books from people who want to sell books, not colonize the moon” (“Compre livros de pessoas que querem vender livros, não colonizar a lua”) ou, indo mais direto ao ponto, “Amazon, please, leave the dystopia to Orwell” (Amazon, por favor, deixe a distopia para Orwell”). Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota.

Aproveitando a campanha do Outubro rosa – sobre a conscientização da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama – e para celebrar a produção editorial feminina, a Primavera Editorial dá início, na próxima segunda (19), à primeira edição da Feira de Livros Rita Lobato. Até o dia 31 de outubro, o evento irá reunir players do mercado editorial brasileiro como Jandaíra, Grupo Autêntica, Grupo Editorial Pensamento, Quintal Edições, Dita, Blucher e Luas Editora com uma ampla programação de rodas de conversa, abordando temas como gênero e as diversas normas sociais que validam essas construções. “Vamos abordar temas como a saúde mental feminina, gordofobia na ginecologia, saúde sexual holística, tecnologias como ferramenta para combater o preconceito na medicina, entre outros. Não são temas triviais ou fáceis, mas são muito relevantes para elevar a régua desse debate que precisamos fazer sobre as diferentes formas de preconceito contra as mulheres”, explica Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial. A feira é uma homenagem à primeira mulher formada em medicina no Brasil, que se especializou em obstetrícia pela Universidade Federal da Bahia, em outubro de 1887. A programação completa você confere clicando aqui e as conversas serão transmitidas pelo canal da Primavera no YouTube.

Publicado pela primeira vez em 1964, Ou isto ou aquilo (Global, 66 pp, R$ 55), de Cecília Meireles, é um livro que imprimiu sua marca na memória afetiva de gerações de leitores e ocupa posto de destaque na literatura infatojuvenil. Brincando com as palavras, a autora cria um universo encantador com a borboleta no jardim, a bela bola que rola, a casa da avó, a água da chuva e a lua, que aparece depois da chuva, e pinta outras cenas que somente a sensibilidade de Cecília Meireles tem o dom de revelar. No livro, a autora faz uso desses recursos. Explora a sonoridade, o ritmo, as rimas, as repetições, a musicalidade. Para comemorar o Dia das Crianças, a Global publicou uma nova edição de Ou isto ou aquilo em capa dura. A obra ganhou ilustrações de Odilon Moraes.

É a regra da vida: tudo passa… E com as casas que habitamos não poderia ser diferente. As casas e seus moradores constroem memórias; cada parede erguida, cada retoque, cada flor plantada no jardim é uma marca, uma lembrança afetiva de uma vida bem vivida. Mas como acontece com tudo, nada dura para sempre e quando os ocupantes de uma casa precisam seguir em frente, as paredes devem se abrir para que outros venham e comecem tudo de novo. Em Atrás do tapume (Editora do Brasil, 40 pp, R$ 52,50), livro de imagens criado por Mariângela Haddad, o leitor vai encontrar uma reflexão sobre o tempo, sobre a história e sobre tantos lares, doces lares.

Nos olhos de quem vê (Escrita Fina, 56 pp, R$ 39,90 – Ilustração: Fernanda Morais), a autora Angélica Lopes busca mostrar como tudo é uma questão de perspectiva. Muitas vezes uma coisa não é o que parece ser. Olhos cegos de paixão, por exemplo, podem transformar em príncipe um bobão. Os de criança arteira só enxergam brincadeira. Os de mãe acham que é anjo seu pimpolho. Quem tem olho grande nunca se satisfaz. Assim, o livro lança mão da velha máxima de que “tudo depende dos olhos de quem vê” para chamar a atenção dos leitores para um tema tão caro aos nossos dias: as diferenças nas formas como todos enxergamos o mundo. Nos olhos de quem vê se aproxima de temas complexos como perspectiva e alteridade, preconceito e diversidade.

Quantas pessoas cabem em um único carro? Já imaginou aglomerar um montão de novos amigos e sair se aventurando por aí? Escrito e ilustrado por Guilherme Karsten, Carona (Companhia das Letrinhas, 32 pp, R$ 49,90) convida o leitor a um passeio divertido na companhia de uma trupe inusitada. Escrito no gênero conto cumulativo, Karsten utiliza rima, ritmo e repetições para construir uma narrativa em movimento, que dialoga com o desejo, cada vez mais presente, de sair por aí. Carona possui linguagem e estética ideais para leitores iniciantes, entre três e seis anos, que estão se familiarizando com a narrativa verbal e já foi publicado em francês, espanhol, inglês, chinês e coreano.