Em uma live realizada nesta terça-feira (29), o Itaú Social revelou os dois títulos escolhidos para a campanha Leia para uma Criança de 2020: Com que roupa irei para a festa do rei (Editora do Brasil), de Tino Freitas e Ionit Zilberman, e A visita (Claro Enigma), de Antje Damm. Os livros começam a ser distribuídos gratuitamente a partir desta quinta-feira (1º). Além dos livros físicos, a coleção ganha ainda mais dois títulos digitais que foram inspirados a partir de dois textos de alunos vencedores da 6ª edição da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro: Da janela de Minas, de Nicole Rodrigues Florentino, e O apanhador da acalantos, de Beatriz Pereira Rodrigues. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota.

A HarperCollins Brasil abriu uma vaga para gerente editorial de livros nacionais em seu escritório em São Paulo. Os requisitos para o cargo são formação superior completa em Letras, Produção Editorial, Jornalismo ou áreas relacionadas, inglês fluente e vasta experiência profissional, incluindo sólida experiência no mercado editorial ou em áreas correlatas. Também é necessário experiência com gerenciamento de equipe, organização, criatividade e ótima capacidade de relacionamento. Dentre as principais tarefas estão a aquisições de autores de língua portuguesa, gerenciamento da edição e produção editorial de livros de autores nacionais e lusófonos e controle e acompanhamento de contratos e gastos editoriais. Os interessados devem enviar currículos para o e-mail oportunidadesrh@harpercollins.com.br até o dia 22 de outubro.

A Feira do Livro de Frankfurt, como se sabe, foi para o digital em 2020. Neste processo abriu a oportunidade para que editores, agentes, escritores independentes ou qualquer ator da indústria editorial global abra o seu estande virtual gratuitamente. A ideia é poder expor e divulgar a sua marca mundialmente e criar uma rede de contatos. O expositor pode criar um perfil com fotos, documentos, vídeos e todo conteúdo que achar relevante para o negócio e ainda criar um calendário de eventos e divulgá-lo junto com a sua marca. Além disso, a Feira criou a plataforma Frankfurt Rights pela qual é possível negociar a compra ou a venda direitos autorais. O processo para se tornar expositor digital é simples. Clicando aqui, o interessado tem acesso ao formulário que deve ser preenchido e enviado para o e-mail digital@buchmesse.de. Mas, atenção: o prazo é até esta quarta-feira (30).

A escritora e jornalista chilena Isabel Allende foi escolhida como vencedora do Prêmio Liber 2020. Ao anunciá-la como vencedora, o conselho de administração da Federação dos Grêmios de Editoras da Espanha destacou a sua extensa trajetória literária e o seu esforço para atingir leitores de todo o mundo, independente da idade. Com mais de 74 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, Allende tornou-se uma das autoras latino-americanas mais lidas no globo. Suas 24 obras já foram traduzidas para mais de 40 idiomas e receberam a aclamação da crítica. O reconhecimento mundial chegou a ela em 1982 com a publicação de seu primeiro romance, A casa dos espíritos, que começou como uma carta de despedida ao seu avô, prestes a morrer. Desde então, conseguiu atrair inúmeros leitores. Seus trabalhos incluem: Filha da Fortuna, O amante japonês, Paula, e mais recentemente Longa pétala de mar. No Brasil, Isabel Allende é publicada pela Bertrand. A entrega do Prêmio Liber será no dia 27 de outubro, em Barcelona, dentro da programação da Liber 2020, que será virtual.

Um vídeo de um casal queimando livros de Paulo Coelho fez o nome do autor chegar aos assuntos mais comentados no Twitter na última terça (29). O motivo? As críticas feitas por Paulo à administração do governo atual. No vídeo, o casal cita uma postagem feita pelo autor em que ele incentivou o boicote a produtos brasileiros no exterior e que foi apagado tempos depois. Na rede social, Paulo fez algumas postagens em resposta ao vídeo. “Primeiro compraram, depois queimaram. E o bigodinho do cara não deixa esconder a origem da ideia...”, disse, comparando mais tarde, a queima de livros com o regime nazista que se reunia para destruir livros de oposição cultural, religiosa e política. Com a atitude do casal - que afirma no vídeo já ter queimado dez livros de Paulo - diversos leitores saíram em defesa do autor, divulgando ainda mais suas obras. "Aproveitando que Paulo Coelho está nos trends só para mostrar minha coleção de livros!", comentou um deles, sendo repostado pelo autor.

A cidade mineira de Tiradentes prevê para outubro, de 8 a 11, a primeira edição da Fliti, feira literária que carrega o nome da cidade histórica. Com uma edição física, a proposta do evento é incentivar a leitura e o hábito de ler através do contato com autores, programações lúdicas e atividades artísticas literárias. O tema desta primeira edição será a diversidade cultural mineira: A herança deixada pelos africanos e indígenas. A dança, a culinária e a arte barroca também serão destaque na programação com participação de escritores locais e nacionais, editoras e livreiros. Dentre os destaques da programação está o lançamento da edição comemorativa de 40 anos do Menino Maluquinho. A nova edição vem acompanhada de conteúdo extra, com textos sobre o livro, fotos curiosas de Ziraldo, e uma linha do tempo do livro destacando as traduções e os títulos mais engraçados. A maior parte das atividades, todas gratuitas, será realizada na praça principal da cidade de Tiradentes. Por conta da pandemia do novo coronavírus, a Fliti avisa que está seguindo todos os protocolos de segurança baseado no Minas Consciente, ação do governo mineiro destinada a orientar de forma responsável a flexibilização das medidas de isolamento social. A programação será disponibilizada em breve nas redes sociais do evento.

Abrindo alas para as comemorações dos 200 anos da Independência do Brasil, que acontece em 2022, o escritor Eduardo Bueno lança o Dicionário da Independência: 200 anos em 200 verbetes (Piu, 144 pp, R$ 53 – Ilustração: Paula Taitebaum). Um livro ilustrado e colorido que nasce como uma obra infantojuvenil e traz diversas informações a respeito do que aconteceu antes, durante e depois do Grito do Ipiranga. Entre personagens famosos e outros nem tanto, os verbetes começam em Abdicação e terminam em Zodíaco. Como o próprio autor escreve em sua introdução “É um livro bem direto – e um tanto diferente também, porque em geral a história não é contada desse jeito. Mas faz sentido contá-la assim, pois, no fim das contas, o turbulento processo que resultou na separação do Brasil de Portugal pode ter se dado por meio de ações, mas se concretizou por meio de palavras. No caso, duas palavras bem poderosas e que ainda ressoam com toda a força: 'Independência ou morte!'”.

Em 1939, a revista Diretrizes lançou um desafio aos escritores da época: contar a história da República, que completava 50 anos, aos pequenos leitores. Graciliano Ramos atendeu ao chamado; escreveu Pequena história da República (Record, 240 pp, R$ 39,90), mas não chegou a inscrevê-lo no concurso. O texto saiu depois, em Alexandre e outros heróis, livro póstumo, lançado em 1962. Pequena história da República aborda a queda do Império e a evolução da chamada República Velha, em um formato que se aproxima da crônica histórica. O tom irreverente, acentuado na primeira parte, é muito semelhante ao do famoso relatório do prefeito de Palmeira dos Índios, dirigido ao governador do estado de Alagoas, que iria possibilitar a descoberta, pelo editor Augusto Frederico Schmidt, do escritor Graciliano Ramos.

Volume final da trilogia Winternight, O inverno da bruxa (Fábrica 231, 368 pp, R$ 74,90 – Trad.: Elisa Nazarian) traça um panorama da Rússia medieval, então um país fragmentado e convulsionado por perpétuos conflitos bélicos. A autora, Katherine Arden, põe em foco o confronto final de Vasya (ou Vasilisa) com integrantes da Igreja Ortodoxa que desejavam exterminá-la alegando ser ela uma bruxa, quando na verdade desejavam apenas reforçar seu controle sobre a população crédula e ignorante. Na época, as mulheres viviam em uma posição totalmente subalterna, e até mesmo as nobres tinham mobilidade reduzida, vivendo longe dos olhares masculinos e da convivência urbana nos chamados “terem”: torres que constituíam uma espécie de prisão. Vasya só consegue escapar desta sina pelo fato de ser uma simples camponesa e, principalmente, por se disfarçar de homem, mas é implacavelmente condenada quando sua impostura é descoberta. Por sorte, ela conta com a ajuda de seu cavalo mágico e do Rei do Inverno, com quem vive um improvável romance que evidencia sua condição sobre-humana e permite que ela reate o contato com as próprias origens e supere os obstáculos colocados em seu caminho.

Carne, sangue e osso. Hoje, é isso o que somos. A força de nossa identidade física está nesses três elementos. Porém, a ciência avança a toda velocidade. Chegará o momento em que não temeremos doença alguma. Chegará o momento em que poderemos ser o que quisermos. Um mundo totalmente tecnológico, sem regras para as modificações genéticas que desejamos. Seremos mais saudáveis, mais inteligentes, mais bonitos. O futuro nos reserva a perfeição. No entanto, quando formos cientificamente perfeitos, ainda seremos humanos? Premiado internacionalmente, Mais fortes, mais velozes, mais belos (Plataforma21, 360 pp, R$ 54,90 – Trad.: Edmundo Barreiros), de Arwen Elys Dayton, traz seis histórias interligadas que tratam de um futuro maravilhoso e, ao mesmo tempo, aterrorizante – um tempo em que a religião, a ciência e a humanidade são levadas ao limite.

Você sabe como funciona a vida em nosso planeta? Os bastidores do incrível planeta Terra (Blucher, 128 pp, R$ 69,90), da autora Rachel Ignotofsky, leva o leitor por uma viagem ao redor do mundo, explorando suas principais características e curiosidades. A obra parte do princípio de que “todos os seres vivos dependem uns dos outros e dos recursos limitados do planeta para sobreviver. Para ver o quanto estamos conectados, precisamos entender os ecossistemas da Terra”. Para isso, a autora se propõe a explicar como funcionam alguns dos maiores – e menores – biomas e como o mundo natural se combina para sustentar a vida no nosso planeta. Com ilustrações, mapas e infográficos, a obra parte dos níveis de organização ecológica e da classificação dos seres vivos e se dedica a destrinchar os biomas das Américas, da Europa, da Ásia, da África, da Australásia e das calotas polares, além de explorar os ecossistemas aquáticos e explicar os ciclos da natureza. Por fim, o livro também apresenta a relação entre os seres humanos e o planeta, destacando principalmente os impactos da humanidade na natureza e os efeitos da mudança climática no equilíbrio da Terra.