O colunista Lauro Jardim apurou que a Saraiva foi despejada do New York City Center, anexo ao BarraShopping, localizado na Zona Oeste da capital fluminense. A decisão foi proferida pelo juiz Marco de Souza, da 4ª Vara Cível do Rio de Janeiro que acatou o pedido da Multiplan, administradora do centro comercial. Ainda de acordo com Jardim, a varejista acumula dívida de R$ 650 mil em aluguéis atrasados nesse shopping específico. Na relação de credores da Saraiva apresentada à Justiça, a Multiplan aparece com um crédito de R$ 6,4 milhões. No último relatório mensal de atividades, referente ao mês de novembro, o administrador judicial da Saraiva informou que 30 das 73 lojas sofrem ações de despejo na Justiça. Dessas, ainda de acordo com o relatório, nove tiveram seu andamento suspenso e uma está em fase de negociação. A assessoria de imprensa da Saraiva informou que a empresa não comentará o caso.

No ano passado, a Rio2C reuniu mais de 25 mil pessoas que acompanharam 415 painéis e acompanharam mais de 780 horas de conteúdo. Com esses números, se tornou um dos maiores eventos de inovação e criatividade da América Latina. A organização do evento estima a geração de negócios na ordem de R$ 250 milhões nos seis dias de eventos. Em 2020, o Rio2C acontece entre os dias 5 e 10 de maio, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro e terá uma área especialmente dedicada aos conteúdos editoriais, a StoryVillage, que quer explorar o livro além do livro. O espaço vai trazer uma programação que inclui um Fórum de Ideias, com autores, ilustradores, editoras, agências e startups, além de debates sobre as oportunidades que as novas tecnologias podem trazer para o mercado e ainda uma rodada de pitching de histórias que podem ser absorvidas pela indústria do audiovisual. O período de inscrições para as rodadas de negócios estão abertas até o próximo dia 31. Para mais informações, acesse o site do Rio2C.

Depois de ter sido suspensa em 2018, a Bienal Mineira do Livro retoma a sua programação em 2020 e chega a sua sexta edição, marcada para acontecer entre os dias 22 e 31 de maio. Realizada pela Câmara Mineira do Livro, a Bienal passa a ser organizada pelo Grupo Asas e está de endereço novo: acontecerá no BH Shopping (BR 356, nº 3049 – Belvedere – Belo Horizonte / MG). Um acordo entre a organização e a Prefeitura de Belo Horizonte e o Governo de Minas Gerais permitirá a injeção de R$ 2,2 milhões em vales-livros que serão usados pelos estudantes das respectivas redes durante a Bienal. No total, 40 mil alunos e 7,1 mil professores serão beneficiados com a iniciativa. “Até agora, não vendemos nenhum ingresso para a Bienal, mas já garantimos a distribuição de mais de 47 mil entradas na Bienal”, comemorou Marcus Ferreira, diretor do Grupo Asas. A cinco meses da sua realização, a Bienal conta com a adesão de 25 expositores, dentre os quais se destacam as editoras Aleph, Ciranda Cultural, Baobá, UFMG, Vozes, Jambô, Mazza, Paulus, Paulinas e Universo dos Livros. Clique no Leia Mais e tenha acesso a outras informações sobre a Bienal Mineira do Livro.

Giovanna Pires, a vendedora que já passou pela Livraria da Vila, Autêntica e, até o início de janeiro estava na Todavia, é a nova contratada da Primavera Editorial. Já no Quindim, a novata é Carla Haas. Nos últimos sete anos, ela trabalhou na Global, ocupando os cargos de coordenadora de conteúdo digital e de coordenadora de comunicação e marketing. Agora, Carla começa 2020 assumindo a gerência de marketing do clube de assinaturas, mas não deixará de vez a Global. Continuará como assessora de imprensa freelancer para a editora.

A Editora do Brasil, que publica livros para alunos e educadores com o objetivo de aprimorar a experiência com o material didático, está à procura de um revisor pleno. Os candidatos devem ter ensino superior completo em Letras, Comunicação Social ou áreas correlatas e experiência anterior com material didático. As funções do cargo incluem: assegurar que as correções dos textos estejam em conformidade com as regras gramaticais e ortográficas da língua portuguesa; adequá-los ao público-alvo; conferir remissões feitas no miolo do texto e garantir a qualidade dos escritos. Os interessados devem enviar currículos para o e-mail selecao.rh@editoradobrasil.com.br.

Como descobrimos um livro? O que há por trás de uma resenha, de uma entrevista com um autor, de um debate, de um anúncio publicitário ou de um post sobre uma obra literária? Pode a divulgação tornar um escritor referência? De que maneiras as editoras tomam decisões com base na interação com leitores? O curso Processos de Comunicação Editorial, realizado pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc-SP a partir desta quarta-feira (15), vai buscar dar respostas a todas essas perguntas. O curso tem no seu quadro de docentes os profissionais Ana Yumi Kajiki (Boitempo), Kim Doria (Boitempo), Luciana Fracchetta (Editora Aleph e Antofágica). As aulas vão até o dia 12 de fevereiro e os encontros acontecem sempre às quartas-feiras, das 10h às 13h. Para se inscrever e obter outras informações, clique aqui.

O livro Essa República vale uma nota (Máquina de Livros, 160 pp, R$ 44,90) traz um olhar inédito sobre a história política do país. Fatos saborosos, muitas vezes desprezados pelo ensino acadêmicos, são narrados em pequenas notas, redigidas por um sagaz e maldoso e matusalênico colunista de jornal, que atravessa incólume os 130 anos da República. Em sua missão de destrinchar e traduzir o Brasil, ele conta com a ajuda de uma vidente, capaz de revolver o futuro para antecipar o presente e vice-versa. Mas se o colunista é um personagem fictício contando histórias reais, os autores do livro são dois nomes conhecidos da televisão: Octavio Guedes, jornalista e comentarista de política da Globonews e da Rede Globo, e Daniel Sousa, economista e também comentarista da Globonews. O prefácio é assinado pela jornalista Maria Beltrão, apresentadora do programa “Estúdio I”, da Globonews.

As eleições municipais de 2020 se aproximam e a discussão sobre os últimos episódios políticos marcantes, incluindo da Operação Lava Jato às reformas propostas pelo governo federal, voltam a ficar em evidência. Em um cenário de polarização política cada vez mais acentuada e claras tendências de redução dos direitos construídos desde o retorno à democracia, assim como de desmonte das políticas setoriais, a investigação do contexto que direcionou o país para o momento atual se torna essencial. É o que propõe o livro As políticas da política – Desigualdades e inclusão nos governos do PSDB e do PT (Editora Unesp, 487 pp, R$ 78), organizado por Marta Arretche, Eduardo Marques e Carlos Aurélio Pimenta de Faria. Na obra, questões como aquelas ligadas à agenda de proteção social de diferentes partidos, a efetividade das políticas de redistribuição de renda adotadas, a questão tributária e sua relação com a desigualdade social e econômica, a estruturação do orçamento federal, entre outras, são abordadas a partir de dados empíricos e com o devido rigor científico.

O romance M, o filho do século (Intrínseca, 816 pp, R$ 79,90 – Trad.: Marcello Lino) conta a história de Benito Mussolini e sua ascensão de agitador político a líder do fascismo sob a perspectiva do ditador e de seus íntimos, durante o período de 1919 até 1925. Valendo-se de vasta base documental, Antonio Scurati traz uma narrativa totalmente calcada na realidade, porém elaborada com os recursos que fazem com que o leitor entre na mente dos grandes personagens da ascensão do fascismo, compreenda todo o clima da época e assista a tudo como se lá estivesse. Ao aproximar o leitor de um dos maiores ditadores do século XX, mostrando também seus percalços, mazelas e habilidades, Scurati revela como a história é definida por pessoas em última análise comuns, com o consentimento — ou ignorância — de pessoas comuns. O livro foi o vencedor da 73ª edição do Prêmio Strega, o mais respeitado da literatura italiana.

Em O romance de formação (Todavia, 416 pp, R$ 74,90 - Trad.: Natasha Belfort Palmeira), Franco Moretti analisa o surgimento, o auge e a decadência do romance de formação, “forma simbólica” de uma modernidade fascinante e perigosa, na qual os representantes nada heroicos da nova classe média europeia buscam responder a uma questão fundamental: é possível uma vida feliz e com sentido? Sob o impacto da Revolução Francesa, Goethe e Austen buscam o equilíbrio entre a liberdade individual e os constrangimentos da sociedade. As guerras napoleônicas abrem novos rumos para a prosa do mundo, e Moretti mostra ao leitor que os heróis de Stendhal e Púchkin já não se adaptam aos ideais da “normalidade”. Quando as ilusões são perdidas, os heróis de Balzac aprendem em Paris as duras regras do jogo do mercado. O livro ainda analisa outros autores e personagens do século de ouro da formação europeia.