Nessa sexta-feira (21) marca a última edição do PublishNews em 2018. Logo depois entraremos em férias coletivas. Mas, antes, resolvemos fazer uma retrospectiva do que foi o ano. Começamos puxando uma sardinha para a nossa própria brasa. Compartilhamos com nossos assinantes um resumão do que foi o nosso 2018. Resolvemos contar. Foram 236 newsletters que, juntas, totalizarão até amanhã 2.950 notícias! Mas mais do que números, o ano foi de conquistas para o PublishNews. Ganhamos nosso irmão que nasceu "hablando español", demos início a projetos como o Podcast do PublishNews, que nos garantiu mais visibilidade e possibilidade de conversas mais aprofundadas com convidados especialíssimos, e o encontro UmLivro com PublishNews, que nas suas oito edições realizadas no ano recebeu profissionais para falarem sobre os bastidores dessa indústria que viveu um dos seus piores momentos em 2018. Tivemos novidades de peso, mas também conseguimos manter projetos já vencedores, como é o caso dos prêmios Avena PublishNews e Jovens Talentos; do InterLivro, que pela primeira vez foi realizado dentro da programação da Bienal Internacional do Livro de São Paulo; do PubLivro, que chegou a sua segunda edição em parceria com a Feira do Livro de Porto Alegre; e a Casa do PublishNews em Paraty, que já se consolidou como um ponto de encontro do mercado durante a Flip. Esses são algumas das nossas conquistas. Clique no Leia Mais e confira como o 2018 do PublishNews.

Antes de 2018 acabar, a Editora JBC faz mais um lançamento, desta vez não é um novo mangá, e sim a sua primeira loja de rua. A JaporamaStore (Rua Machado Bitencourt, 291 - Vila Mariana, São Paulo - SP) foi aberta no dia 17 de dezembro, em São Paulo, ainda em fase de testes, vendendo os mangás e livros da JBC. Mas não vai parar por aí. Em breve, a loja também comercializará outros produtos – inclusive mangás de outras editoras. “A ideia é sermos uma loja conceito de cultura japonesa, por isso logo deveremos ter mangás de concorrentes como os das editoras Newpop, Devir, entre outros, além de livros japoneses e até mangás independentes brasileiros”, explica Cassius Medauar, Gerente de Conteúdo da JBC e colunista do PublishNews. O novo empreendimento é uma resposta à atual crise que o segmento vem enfrentando, adianta Marina Shoji, CEO da editora. “Em um momento tão difícil, achamos que ter uma oferta de títulos de outras editoras, livros e produtos sobre a cultura japonesa ajudaria a transformar a JaporamaStore em um ponto de encontro, onde os fãs conseguiriam encontrar tudo o que procuram num só lugar”, declarou. Nesse período de testes, a JaporamaStore abre de segunda à sexta das 10h às 18h e, excepcionalmente neste fim de semana (22 e 23/12) estará aberta das 10h às 17h.

Referência no mundo dos quadrinhos quando o assunto é esportes, a série Slam Dunk será reunida em um box que estará à venda com exclusividade pela loja virtual da Panini por R$ 161,10. O box reúne os dois primeiros arcos da série e traz as nove primeiras edições do mangá. São cerca de duas mil páginas escritas e ilustradas por Takehiko Inoue. Slam Dunk conta a história do time de basquete Shohoku e do estudante Hanamichi Sakuragi. O colegial delinquente, cansado de tomar fora das garotas que preferem os esportistas, é convidado a entrar para o time de basquete da escola, quando se apaixona por Haruko. Sakuragi consegue fazer parte do time e começa a encarar muitos desafios com a equipe do colégio no campeonato nacional.

Estão abertas as inscrições a partir desta quinta-feira (20) para o curso Quadrinhos de Autor, que será conduzido por Lourenço Mutarelli em fevereiro, na Biblioteca de São Paulo (Av. Cruzeiro do Sul, 2630 - Santana, São Paulo / SP). Nas aulas, o autor apresenta o processo de produção e execução de uma história em quadrinhos ou uma graphic novel. Os participantes sairão do curso com noções de roteiro, desenvolvimento em imagem e narrativa, enquadramento, plano, composição de página e espelho. As aulas acontecem de 5 a 28 de fevereiro, sempre às terças e quintas, das 14h30 às 17h30, com entrada franca. Para inscrições, clique aqui.

A Associação Nacional de Livrarias (ANL) confirmou a data da realização da Convenção Nacional de Livrarias do ano que vem. Ela acontecerá entre 28 e 29 de agosto, no Rio de Janeiro. O tema escolhido pela organização será A livraria sustentável. Para a programação, a entidade promete “palestras surpreendentes, debates polêmicos, cases emblemáticos de inovação” para ampliar o “acesso a recursos que possibilitem a formulação de ações destinadas a enriquecer a experiência de compra do leitor”.

A Biblioteca Pública do Paraná publicou o livro Os editores (180 pp, R$ 20), que reúne 11 entrevistas com profissionais do mercado editorial brasileiro. Os bate-papos, originalmente publicados no jornal literário Cândido entre 2017 e 2018, focam nas transformações ocorridas no setor nas últimas quatro décadas. Além de comentar essas mudanças, os entrevistados relembram fatos marcantes em suas trajetórias e outros assuntos instigantes, como educação, literatura brasileira e hábitos de leitura. Veteranos como Jacó Guinsburg (Perspectiva) — entrevistado alguns meses antes de morrer —, Luiz Schwarcz (Companhia das Letras), Ivan Pinheiro Machado (L&PM) e Jiro Takahashi (Global) dialogam com profissionais mais jovens, como o independente Eduardo Lacerda (Patuá). Editores “fora do eixo” também marcam presença, como é o caso de Roberto Gomes, romancista que esteve à frente da Criar Edições nos anos 1980 em Curitiba. Além das entrevistas, o livro também traz imagens dos editores feitas por um time de fotógrafos, o que valoriza ainda mais essa obra que registra o que de melhor aconteceu nas últimas décadas em termos de edição.

O Grupo Editorial Letramento e a Casa do Direito abriram as inscrições para sua segunda "Temporada de Originais", para descobrir novos talentos e dar luz às histórias que precisam sair da gaveta. Com a iniciativa, as editoras querem encontrar novos talentos. Pela Letramento serão aceitas obras de ficção e não ficção, livros-reportagem, obras acadêmicas (teses, dissertações, monografias), poesia, crônicas e contos, dramaturgia. Não serão aceitos livros infantis que já não estejam ilustrados. Já pela Casa do Direito, o selo jurídico do Grupo, serão aceitas obras acadêmicas (teses, dissertações, monografias), compilados de artigos, obras organizadas, obras individuais. O envio dos originais é feito de forma on-line e é permitido o envio de até dois originais por autor. Os originais recebidos serão analisados pela equipe editorial até 31 de janeiro 2019 e a decisão de sua publicação será informada aos autores via e-mail. Mais informações sobre o envio de originais para a Letramento você encontra aqui, e para a Casa do Direito, aqui.

Transitando entre o gótico, o horror e o terror — mas sem se afiliar a nenhuma dessas categorias com exclusividade —, os 19 textos de Contos clássicos de terror (Companhia das Letras, 408 pp, R$ 59,90) reúnem o melhor das histórias de medo. De Machado de Assis e João do Rio a Lygia Fagundes Telles; de Edgar Allan Poe e Robert Louis Stevenson a Stephen King, grandes nomes da literatura mostram ao leitor toda a potência do gênero. Com seleção e introdução de Julio Jeha, esta antologia traz uma história de H. P. Lovecraft inédita no Brasil, além de uma nova tradução do conto A loteria, de Shirley Jackson. Em Contos clássicos de terror, o mal absoluto, o sofrimento de ocasião e até a maldade disfarçada de bem revelam personagens complexos e narrativas impressionantes.

Um homem acorda gravemente ferido no meio de um lixão. Ao que parece, tentaram matá-lo, mas ele não se recorda dos fatos que o levaram até ali. Muito menos de seu passado recente. Seria dado como desaparecido, se houvesse alguém para sentir sua falta. Essa dolorosa ausência imperceptível é a brecha para dar vazão à sua revolta com o mundo contemporâneo e começar uma nova vida. Adota uma nova identidade, falsificada. Entre seus planos: executar criminosos intocados pela Justiça e escrever um best-seller. Mas uma paixão verdadeira e arrebatadora coloca tudo em xeque. Em Cinza, carvão, fumaça e quatro pedras de gelo (Globo Livros, 212 pp, R$ 44,90), o jornalista Luis Erlanger leva o leitor a assistir a uma luta irracional contra os obstáculos no caminho que leva à felicidade individual e social no mundo em que vivemos. Elementos a partir dos quais tudo começa e onde tudo se acaba.

Em seu novo livro, Prisioneiros da mente (HarperCollins, 320 pp, R$ 34,90), Augusto Cury conta a história de Theo Fester, um poderoso empresário do Vale do Silício, filho de um sobrevivente do Holocausto. Apesar de ser mundialmente conhecido e de ter se tornado um dos homens mais ricos do mundo, sua família está falida emocionalmente. Ao assistir a uma entrevista do cientista e psiquiatra Marco Polo, Theo descobre que todas as pessoas têm seus presídios mentais, que sustentam egos inflados, depressivos e ansiosos. Logo, ele se dá conta de que sua família é um exemplo perfeito disso, pois são mendigos emocionais. Apesar de serem aplaudidos por suas conquistas, vivem uma farsa. As palavras de Marco Polo mudaram a vida de Theo. Ao saber que está à beira da morte, ele reúne seus filhos Peterson, Brenda e Calebe para contar que tem pouco mais de três meses de vida. No encontro, anuncia que vai investir quase toda a sua fortuna em um projeto chamado “Prisioneiros da Mente”. Ao longo do livro, Cury disseca os cárceres mentais comuns a quase todas as pessoas, mas que dificilmente são verbalizados. O autor revela traços da personalidade dos filhos de Theo e mostra que o empresário está disposto a fazer de tudo para torná-los pessoas melhores e libertá-los de seus cárceres mentais antes de morrer.

Cidadã de segunda classe (Dublinense, 256 pp, R$ 49,90), livro de Buchi Emecheta, se passa na Nigéria, país natal da autora, dos anos 1960, quando Adah precisa lutar contra todo tipo de opressão cultural que recai sobre as mulheres. Nesse cenário, a estratégia para conquistar uma vida mais independente para si e seus filhos é a imigração para Londres. O que ela não esperava era encontrar, em um país visto por muitos nigerianos como uma espécie de terra prometida, novos obstáculos tão desafiadores quanto os da terra natal. Além do racismo e da xenofobia que Adah até então não sabia existir, ela se depara com uma recepção nada acolhedora de seus próprios compatriotas, enfrenta a dominação do marido e a violência doméstica e aprende que, dos cidadãos de segunda classe, espera-se apenas submissão.