A décima Lista Nielsen PublishNews de 2018 dá as boas-vindas ao rapper Emicida, que emplacou Amoras (Companhia das Letrinhas), o seu primeiro livro infantil na lista que apura os livros de autores nacionais mais vendidos em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento de todo o Brasil. O livro ilustrado por Aldo Fabrini aparece na posição de número 15 da categoria Ficção. Ainda em Ficção, chama a atenção o novo livro da franquia AuthenticGames, do menino Marco Túlio. Figurinha repetida na Lista Nielsen PublishNews, Marco Túlio lançou AuthenticGames – Namorada perfeita (Astral Cultural), que conquistou a posição de número três. Bom lembrar que o nome do garoto aparece outras quatro vezes na lista. Não Ficção foi a categoria com mais estreantes. Cinco no total. O imbecil coletivo (Record), de Olavo de Carvalho, conquistou a posição de número 7. Crença inabalável (Buzz), do CEO da Hinode, ficou na 11ª; Se não eu, quem vai fazer você feliz? (Paralela / Grupo Companhia das Letras), de Graziela Gonçalves, ex-mulher do músico Chorão, na 12ª; Você acredita em amor à primeira vista (Outro Planeta / Planeta), de Fabi Santina, em 14º e Zé Dirceu (Geração), do ex-ministro José Dirceu, completa o time de estreantes ocupando o 16º lugar da lista. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

O Prêmio São Paulo de Literatura divulgou na noite da última segunda (5) os vencedores de sua edição de 2018. Este ano, três mulheres foram premiadas, começando com carioca Ana Paula Maia que com o romance Assim na terra como embaixo da terra (Record) venceu na categoria Melhor Livro do Ano. A obra fala sobre uma colônia penal que se torna um campo de extermínio. Segundo o júri, o livro “propõe uma poderosa metáfora para muitas situações vividas no momento atual e, ao mesmo tempo, faz uma provocação para que se olhe de forma questionadora para o nosso passado enterrado em tantas 'colônias' esquecidas e invisíveis aos olhos da maioria de nós”. Ana Paula levou para casa o prêmio no valor de R$ 200 mil. Na categoria Melhor Livro do Ano – Autores Estreantes com menos de 40 anos, a vencedora foi Aline Bei com O peso do pássaro morto (Nós) e na categoria dos Autores Estreantes com mais de 40 anos de idade, a escolhida foi Cristina Judar, com o livro Oito do sete (Reformatório).

A Associação Brasileira de Editoras Universitárias (Abeu) entregou, na noite desta segunda-feira (05) os troféus do Prêmio Abeu 2018. Entre os ganhadores, estão livros como Dicionário da Língua de Sinais no Brasil: A Libras em suas mãos (Edusp), de Fernando César Capovilla, Walkiria Duarte Raphael, Janice Gonçalves Temoteo e Antonielle Cantarelli Martins, que levou o primeiro lugar em Ciências Humanas; Mendel: Das leis da hereditariedade à engenharia genética (Embrapa), de Francisco José Lima Aragão e José Roberto de Alencar Moreira, vencedor na categoria Ciências Naturais e Matemáticas; O arquivo e o lugar: Custódia arquivística e a responsabilidade pela proteção aos arquivos (Eduff), de Margareth da Silva que levou na categoria Ciências Sociais Aplicadas; Alzheimer - A doença e seus cuidados (Editora Unesp), de Alessandro Ferrari Jacinto e Marisa Folgato, que ficou em primeiro lugar na categoria Ciências da Vida e A erótica japonesa na pintura & na escritura dos séculos XVII a XIX (Edusp), de Madalena Natsuko Hashimoto Cordaro que levou na categoria Linguística, Letras e Artes. A noite marcou ainda o lançamento da obra Um livro: do autor ao leitor, de Carlos Alberto Gianotti e Gabriel Magadan, publicada pela Abeu com editoração da EDUFBA. Clique no Leia Mais e confira a lista completa de ganhadores.

Nas últimas semanas, começaram a surgir as primeiras notícias mais concretas da queda anunciada do mercado editorial brasileiro, pelo menos da forma como o conhecemos. A Livraria Cultura, segunda maior rede de livros do país, pediu concordata e entrou no período judicial em que precisa apresentar uma proposta de pagamento aos credores para não ser liquidada. A Saraiva, que já vinha renegociando pagamentos com as editoras, depois de um período de inadimplência, cortou 20 da sua centena de lojas num processo de reestruturação que deve estar longe de terminar. A Companhia das Letras, editora com um dos maiores catálogos do país, teve seu capital vendido para a Penguin Random House, que já era sócia minoritária e tem mais cacife para segurar as contas. É o fim do livro? Não, é um novo começo. Entre as editoras, existe a tendência da concentração, para que as empresas possam ganhar com a chamada cauda longa - vendas de muitos títulos, agregadas, dão alguma receita. E aumenta a importância da publicação digital, ou da autopublicação, que deixa de ser a alternativa de quem foi rejeitado pelas editoras, para aos poucos tomar o lugar do mainstream. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desse artigo.

A editora Morro Branco abriu uma vaga para analista administrativo. A empresa pede que os candidatos tenham experiência mínima de três anos em função similar em editoras de livros, conhecimento do sistema Winbooks e pacote Office e inglês avançado. O contratado será responsável pelo controle de toda a parte administrativa da editora e pelo suporte às áreas comercial, marketing e financeira. Os interessados devem enviar currículos para o e-mail contato@editoramorrobranco.com.br.

Começa nesta terça-feira, no Cais do Valongo (Rio de Janeiro / RJ), local que foi a porta de entrada dos africanos escravizados nas Américas e Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco, a sétima edição da Festa Literária das Periferias (Flup). Até o dia 11 deste mês o evento irá homenagear a escritora Maria Firmina dos Reis e o músico Martinho da Vila e terá uma programação que vai privilegiar autores negros e mulheres. Serão, ao todo, mais de 80 autores convidados que participarão de conversas, palestras e sessões de poesia. Dentre os convidados confirmados estão nomes como Geovani Martins, que participa da mesa Meu Machado, no dia 7, às 14h; Gilberto Gil e Liniker, que estarão no evento no dia 8, às 16h, Heloisa Buarque de Hollanda, Giovani Xavie, Felwine Sarr (Senegal) e Paola Anacoana (França). A programação completa você confere clicando aqui.

O Prêmio AEILIJ, concedido pela Associação de Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil, abriu as inscrições para sua edição de 2018. O prêmio tem como objetivo dar visibilidade à produção intelectual e literária nacional e incentivar a apreciação de livros bem escritos e ilustrados. Serão avaliadas obras lançadas em 2017 e 2018, de autores associados ou não. Os autores associados que estiverem em dia com a anuidade estarão isentos da taxa de inscrição de R$ 60 por obra. Os premiados receberão um troféu e um selo de excelência que poderá ser aplicado no livro. Os associados da AEILIJ votarão nos três livros premiados e o que tiver mais votos receberá também o selo de Livro do Ano da AEILIJ. As inscrições poderão ser realizadas até o dia 10 de janeiro de 2019 e o resultado será divulgado no Dia do Livro Infantil, em 18 de abril. O edital está disponível clicando aqui.

Uma performance durante a Feira do Livro de Sharjah chamou a atenção dos seus frequentadores no último fim de semana. É que a Kalimat, um dos principais grupos editoriais dos Emirados Árabes Unidos, reuniu uma turma de atrizes vestidas com a capa vermelha e toucas brancas para marcar o lançamento de O conto da aia, livro de enorme sucesso mundial escrito por Margareth Atwood que acaba de receber tradução para o árabe. A distopia feminista ganhou versão em vídeo na série Handmaids tale. O livro foi publicado pelo selo Rewayat.

Com apenas dois anos de existência, o Choque de Cultura é um fenômeno da internet, com direito a muitos memes e bordões espalhados pela rede. O formato é simples: uma websérie em que quatro típicos motoristas de van fazem crítica de cinema de um modo bem peculiar. Agora os maiores nomes do transporte alternativo nacional chegam à literatura com 79 filmes para assistir enquanto dirige (Galera, 240 pp, R$ 37,90). O livro é uma coletânea de 79 críticas hilárias, além de perfis dos quatro motoristas escritos pelos próprios e um glossário de termos cinematográficos explicados por Maurílio. Caíto Mainier, Leandro Ramos, Daniel Furlan e Raul Chequer – intérpretes, respectivamente, de Rogerinho do Ingá, Julinho da Van, Renan e Maurílio dos Anjos – assinam os textos ao lado dos outros quatro integrantes da equipe do Choque: Juliano Enrico, Pedro Leite, David Benincá e Fernando Fraiha. O livro será lançado hoje, às 19h, na Livraria Saraiva do Shopping Pátio Paulista. No dia 8, o lançamento será em Recife, na Livraria Leitura do Tacaruna Shopping. Os autores ainda passarão por Curitiba (PR) no dia 13, Vitória (ES), no dia 22 e Rio de Janeiro, no dia 24.

Um estudo de 2017 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico coloca o Brasil em penúltimo lugar no ranking de educação, numa lista de 36 países, à frente apenas do México. Um dos maiores e mais graves problemas estruturais do país, a Educação é passada em revista por Frei Betto em Por uma educação crítica e participativa (Anfiteatro / Rocco, 288 pp, R$ 39,50). No livro, ele aborda temas como família e educação; mídia e cidadania; o papel da universidade e a educação das classes populares, fazendo sugestões viáveis para iniciar uma mudança imediata de paradigma, sem necessidade de criação de novos órgãos ou programas governamentais.

Sônia Bridi e Paulo Zero são correspondentes internacionais da TV Globo em Paris desde janeiro de 2007. Em 2005 e 2006, foram pioneiros na cobertura latino-americana na China. Em Laowai (Matrix, 392 pp, R$ 64), Sônia Bridi conta a vida do casal na China com o filho Pedro – que tinha apenas três anos quando chegaram ao país –, durante os dois anos em que permaneceram no outro lado do planeta. O cotidiano, o choque cultural, os bastidores das reportagens, as paisagens, as mudanças aceleradas por que passa o país... O livro é uma mistura de uma grande reportagem – com análises sofisticadas, mas didáticas e em linguagem popular, sobre política, economia, educação, meio ambiente, tecnologia, trabalho, energia, agricultura, saúde, costumes, tradições, culinária, burocracia, censura, consumo, hábitos de higiene – com um diário de viagem.