Um cartaz (ou a falta de um letreiro) na frente do número 901 da Avenida Paulista chamou a atenção de quem passava pela rua que é um símbolo da maior cidade do país no último domingo (16). O cartaz grudado em uma porta fechada informava que a Fnac estava atendendo normalmente no www.fnac.com.br ou www.livrariacultura.com.br. O fechamento da unidade da Av. Paulista veio na sequência do encerramento das atividades de quatro lojas da rede confirmado pela Livraria Cultura, que controla as operações da marca no Brasil desde o ano passado, no início da semana passada. Com isso, Goiânia é a única praça onde ainda há loja da Fnac no País. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

Nem todo mundo sabe como funciona o mercado dos livros importados, como são feitas as compras, as vendas e o estudo por trás de tudo isso. Para tirar essas dúvidas e esclarecer várias outras, o Podcast do PublishNews dessa semana recebeu Beatriz Alves, gerente de vendas internacionais da HarperCollins Publishers. Na nossa conversa, Bia, como é conhecida no mercado, traçou uma linha do tempo contando como entrou no mercado de livros importados, como ele funcionava anos atrás e como ele se comporta nos dias atuais, além disso comentou junto com nossa equipe as principais notícias da última semana. Ela comentou ainda sobre outros mercados da América Latina onde atua e deu um panorama geral da venda de livros importados nos países que compõem a região. Além disso, Bia e a equipe do PN comentaram aquilo que foi notícia na semana passada. O resultado do oitavo Painel das Vendas de Livros no Brasil, o fechamento de quatro lojas da Fnac, a primeira reunião do GT da crise do mercado livreiro, o novo local e data da Bienal de SP 2020, a reforma da lei dos direitos autorais na Europa e a lista dos mais vendidos da semana estavam na pauta. Para ouvir o podcast na íntegra é só clicar no Leia Mais.

Alice Mello, editora de aquisições da HarperCollins e que teve passagem pelo Grupo Editorial Record, estará no programa de “Fellowship” da Feira do Livro de Frankfurt. A iniciativa, que completa 20 anos em 2018, foi criada com o objetivo de promover o diálogo internacional entre jovens editores que atuam na indústria global do livro. Nesse ano, o programa recebeu inscrições de 105 candidatos vindos de 42 países diferentes. Além de Alice, foram selecionados outros 15 profissionais dos seguintes países: Alemanha, Argentina, Armênia, Austrália, Bélgica, Canadá, China, Eslovênia, Espanha, EUA, França, Holanda, Itália e Singapura, sendo que é a primeira vez que a Armênia e Singapura aparecem na lista de selecionados. A agenda dos “fellows” inclui reuniões com players internacionais e eventos em Berlim, Colônia, além de, é claro, Frankfurt, onde participarão da 70ª edição da Feira que acontecerá entre os dias 10 e 14 de outubro. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

A Bolsa de Valores de Estocolmo concordou que a Storytel, plataforma sueca de audiolivros, levantasse no mercado meio milhão de coroas suecas (US$ 55,8 milhões) através da venda de 4.348.000 ações da companhia. Em comunicado, Jonas Tellander (na foto ao lado), CEO da Storytel, disse que, com esse dinheiro, a empresa quer expandir geograficamente seus negócios, em especial na América Latina e na Ásia. A empresa está de olho no Brasil, como já foi adiantado pela Folha de S.Paulo e, de acordo com o The New Publishing Standard, veículo novo que tem acompanhado o mercado editorial mundial, a plataforma está de olho ainda no México, Argentina e Colômbia. A reação dos investidores, de acordo com o portal sueco DiGITAL, foi de calmaria com a notícia. Segundo o portal, no dia seguinte ao anúncio da colocação de ações no mercado, poucos investidores se interessaram pelos papeis e o preço das ações se manteve estável.

Neste final de semana, a coluna da Babel adiantou que Jorge Schwartz será o patrono do Flipoços 2019. Marcado para acontecer de 27 de abril a 5 de maio, o evento terá como tema a "Literatura sem fronteiras", com o objetivo de redescobrir parte da nossa origem cultural na literatura latino-americano. Além disso, a exposição A biblioteca à noite, inspirada no livro de Alberto Manguel chega a São Paulo no dia 3 de outubro. A mostra vai permitir aos visitantes um passeio em realidade virtual por dez bibliotecas reais ou imaginárias e fica em cartaz no Sesc Avenida Paulista até 10 de fevereiro. Já a Painel das Letras noticiou que, com a transferência dos direitos da obra de J. R. R. Tolkien para HarperCollins, a WMF Martins Fontes estaria precisando queimar o estoque remanescente de obras do autor que tem consigo dando grandes descontos nas obras. O Hobbit, por exemplo, que custava R$ 54,90 é vendido agora a R$ 17,90. A editora rebate e diz que já há alguns meses, desde que recebeu uma mensagem oficial da HarperCollins, suspendeu as vendas do livro. Sobre o título citado pela coluna, a WMF Martins Fontes diz que em outubro de 2017 foi procurada pela Saraiva para quem ofereceu um lote em condições especiais e que, desde o final do ano passado, a Saraiva vem praticando descontos grandes nesse título. Clique no Leia Mais e confira outros destaques do que foi notícia no fim de semana.

Em 2008, a jornalista Valéria Martins deixou seu cargo no departamento de marketing do Grupo Editorial Record e abriu sua própria empresa: uma agencia literária especializada no agenciamento de escritores para feiras de livros. O negócio cresceu e hoje a Oasys Cultural faz agenciamento literário tradicional, marketing do autor e do livro, cursos online e continua atuando junto às feiras de livros. Para celebrar o 10º aniversário, nesta terça (18), acontece um evento no mezanino da Livraria da Travessa do Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290 - loja 205 A - Leblon, Rio de Janeiro – RJ), a partir das 19h. Na ocasião, Valéria vai comandar a mesa redonda Como o escritor deve trabalhar por si e sua obra. A entrada é franca.

A poeta e tradutora Angélica Freitas é a convidada de setembro do projeto Um Escritor na Biblioteca. O bate-papo, mediado pelo jornalista Omar Godoy, acontece nesta terça-feira (18), às 19h30, no auditório da Biblioteca Pública do Paraná (BPP - Rua Cândido Lopes, 133 – Curitiba / PR). Durante a conversa, a convidada fala, entre outros assuntos, sobre a sua relação com livros e bibliotecas. Gaúcha de Pelotas, Angélica é formada em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Estreou com os poemas de Rilke shake (Cosac Naify) e já foi publicada em antologias de vários países. Seu livro mais recente é Um útero é do tamanho de um punho (Companhia das Letras), pelo qual levou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Suas obras já foram traduzidas na Argentina, Espanha, México, EUA, Alemanha e França. Até novembro, outros três autores participam do projeto. A entrada é gratuita.

Considerado um dos três Grandes contos dos dias antigos, A queda de Gondolin (HarperCollins, 288 pp, R$ 59,90 – Trad.: Reinaldo José Lopes) encerra a trilogia sobre o surgimento do universo criado por J.R.R.Tolkien, que também influi Os filhos de Húrin e Beren e Lúthien. O livro narra a jornada de Tuor rumo à cidade secreta de Gondolin, refúgio élfico do povo do Rei Turgon. Contra a bela cidade, levanta-se Morgoth, o Inimigo Sombrio, com seu exército de seres malévolos. A história d'A queda de Gondolin começou a ser escrita em 1916 e agora ganha vida graças ao trabalho editorial de Christopher Tolkien, filho e executor legal das obras de Tolkien. Dessa forma cumprem-se duas sinas: a dos Elfos noldorin na Primeira Era do mundo e a do autor, ao conseguir publicar individualmente os três Grandes Contos dos Dias Antigos. Fechando a mitologia da Terra-média, o livro, assim como os outros da trilogia foi ricamente ilustrada pelo artista britânico Alan Lee, que retrata a fantasia de Tolkien há mais de 30 anos.

Arrebatado pelo mar (Bertrand, 336 pp, R$ 39,90 – Trad.: Renato Motta), primeiro volume da série Gratidão, de Nora Roberts, acompanha Cameron, filho adotivo mais velho de Raymond e Stella Quinn. Ele, Ethan e Philipp foram adotados quando ainda eram jovens problemáticos, sem nenhuma noção de amor. Terem um lar adotivo foi a primeira experiência dos três rapazes com o conceito de família. Mas depois de adultos, cada irmão segue o seu próprio rumo. Cameron é apaixonado por velocidade e vive uma vida repleta de luxo enquanto percorre o mundo disputando corridas de barco. Quando descobre que o seu pai adotivo morreu em um acidente de carro, Cam é forçado a voltar para casa. Lá, ele descobre que pouco antes do desastre, seu pai havia adotado mais um menino. Agora Cam precisa reaprender a conviver com os irmãos para que juntos possam oferecer a Seth o mesmo lar estável que tiveram quando foram acolhidos.

Em meados dos anos 1920, Gittel vive em Haia com sua mãe e seu pai, um desafortunado homem de negócios. Após uma acalorada briga com o marido, a mãe de Gittel se refugia na casa de seus pais na Antuérpia, levando a filha a reboque. E é lá que a menina se aproxima da família Mardell, que lhe permite praticar música em um belo piano Steinway. Quando as amizades cultivadas se revelam uma mera ilusão, Gittel aprende sua primeira lição sobre confiança e traição. A segunda vem logo em seguida, quando seu pai, cujos talentos para os negócios deixam muito a desejar, tenta enriquecer rapidamente em Berlim, às vésperas da Grande Depressão. Em Uma virgem tola (Alfaguara, 144 pp, R$ 44,90 – Trad.: Cristiano Zwiesele do Amaral) de maneira leve e ao mesmo tempo determinada, a jovem Gittel relata as circunstâncias difíceis que enfrenta enquanto tenta construir sua vida. Com uma linguagem fluida, Ida Simons constrói o retrato íntimo dos conflitos de uma família vivendo no período entre guerras, à sombra do Holocausto.

Buttercup é uma camponesa que se apaixona perdidamente por Westley, o jovem humilde que trabalha na fazenda do pai dela. Juntos, eles descobrem o amor verdadeiro, mas um trágico acidente envolvendo um navio pirata os separa. Em poucos anos, Buttercup se torna a mulher mais bonita de todos os reinos e acaba sendo pedida em casamento pelo sádico príncipe Humperdinck. Mas nada, nem um poderoso príncipe amante da caça, é capaz de separar esse amor, e o destemido Westley volta para resgatar sua princesa que foi prometida a outro. Em uma paródia aos épicos clássicos, William Goldman escreve um divertido romance com direito a tudo que o gênero tem a oferecer: piratas, duelo de esgrima, traições, tramas políticas da realeza e um romance apaixonante. Esta edição de luxo em capa dura de A princesa prometida (Intrínseca, 416 pp, R$ 54,90 – Trad.: Alice Mello) traz os textos extras que William Goldman escreveu para as edições comemorativas de 25 e 30 anos da obra original — que misturam ficção e realidade e ajudam a compor o universo emblemático que transformou a obra em um fenômeno.

“O problema da ficção (…) é que ela faz muito sentido. A realidade nunca faz sentido.” Com essas palavras, o personagem e narrador John Rivers inicia O gênio e a deusa (Biblioteca Azul, 122 pp, R$ 34,90 – Trad.: Fábio Bonillo), um dos últimos romances de Aldous Huxley. Há 30 anos, êxtase e tormento tomaram esse jovem e inexperiente cientista - educado pela mãe viúva dentro de rígidos princípios morais e religiosos -, arrancando-o da “imbecilidade da candura para algo que lembrava melhor a forma humana”. Na época, ele era pupilo de Henri Maartens, o gênio: físico ilustre, prêmio Nobel, dotado ao mesmo tempo de uma personalidade infantil e de um temperamento explosivo que o tornam completamente dependente de sua esposa, Katy. Esta, que para o brilhante físico era também mãe e amante, para o jovem cientista era uma deusa, a quem amava de modo metafísico, quase teológico. Agora, na noite de Natal, enquanto seu neto dorme no andar de cima, John Rivers corrige a “ficção oficial” sobre a vida de Henri Maartens, ao contar sua versão da época em que viveu na casa de seu mentor e conviveu com sua família.

Em O jardim dos anjos (7 Letras, 136 pp, R$ 49), novo livro de José Guilherme Vereza, os cenários e personagens são velhos conhecidos dos leitores. Em um Brasil agreste, a menina Delfina sofre nas mãos de uma avó, que é o próprio diabo, e por isso, resolve fugir. Vai parar na cidade Morro do Convento e se depara com uma realidade ainda mais infernal: enfrenta padres pedófilos, interesses escusos, estupros, abortos, amores proibidos e claustros sombrios. Buscando a verdade, Delfina tenta digerir e suportar tanto quanto lhe é possível, mas existe um limite que não pode ultrapassar. Quanto terror alguém é capaz de suportar?