Entre os dias 16 de julho e 12 de agosto, o faturamento com a venda de livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento cresceu 8,47% na comparação com igual período de 2017. Saltou de R$ 123.247.037,66 para R$ 133.684.745,22. Em volume, o crescimento foi de 11,45%, saindo de 3 milhões de exemplares vendidos em 2017 para 3,4 milhões agora. Com isso, o varejo de livros volta a crescer acima da inflação, como vinha desempenhando desde fevereiro do ano passado e até o fim de maio passado, quando sentiu os efeitos da greve dos caminhoneiros e da Copa do Mundo. De acordo com a Nielsen, que realiza junto com o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) o Painel das Vendas de Livros no Brasil – de onde foram retirados estes dados –, esse crescimento tem a ver com eventos sazonais do período, como Dia dos Pais, as campanhas de volta às aulas do segundo semestre e ainda a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que aconteceu entre os dias 3 e 12 de agosto. Clique no Leia Mais para ver outros detalhes e a íntegra do relatório.

A União Brasileira de Escritores (UBE) concedeu o prêmio Juca Pato de 2018 ao escritor Milton Hatoum. A escolha se deu pelo romance A noite da espera (Companhia das Letras), que segundo Durval de Noronha Goyos Jr, presidente da UBE, “é de altíssima qualidade e de leitura obrigatória”, e ainda acrescentou “Hatoum é um dos maiores escritores de todos os tempos”. O escritor formou-se arquiteto, já foi professor – tanto de arquitetura quanto de literatura – e sempre gostou de ler e escrever. Como escritor, obteve reconhecimento por meio de prêmios, traduções, adaptações, teses, pesquisas e fidelidade de seus leitores. A entrega do prêmio acontece na próxima terça (18), às 19h, na Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94 – São Paulo / SP).

E chegamos à reta final das eleições de amplo alcance no Brasil. Elegeremos deputados estaduais, governadores, deputados federais, senadores e o presidente da República. Isso num país continental feito o nosso, que sem dúvida nos torna uma das maiores democracias do mundo, e possivelmente única, nesta dimensão, com voto direto e por via eletrônica. Logo, preciso reconhecer que não é pouco, não é nada pouco. Pois nessas eleições o que está em jogo, além do tradicional e necessário rodízio de nomes no poder, ou melhor, nos poderes, além da manutenção da periodicidade como marco democrático, está o debate de fundo sobre a importância do estado, do aparelho estatal e burocrático para o país. Sim, é fácil se enganar, nomes, homens fazendo mãozinha a atirar em inocentes, gente maluca aproveitando os milésimos de segundo de fama, general aposentado dando pitaco, tudo termina por turvar o que realmente importa e o que realmente vem como moldura principal do debate: afinal, queremos um estado mínimo para alguns e máximo para outros, ou queremos um estado mais atuante e promotor da economia que beneficie uma ampla maioria? Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra dessa coluna.

Na semana passada realizamos na Unibes Cultural o quinto encontro UmLivro com PublishNews e recebemos os editores Nathália Dimambro (Seguinte / Companhia das Letras) e Thiago Mlaker (Verus / Record) para falarem sobre a literatura para jovens adultos. Com a sala cheia, os dois contaram como entraram para o mercado de livros, como surgiu a ideia de criar os selos voltados para esse nicho em cada editora, como funciona o processo de encontrar novos títulos, deram suas opiniões sobre como veem o crescimento dos autores nacionais, a importância dos eventos como Bienal e Flipop e também conversaram sobre vários outros temas. Para quem não pôde conferir o bate-papo ao vivo, nós disponibilizamos o áudio na íntegra que você pode conferir clicando no Leia Mais.

O MinC resolveu prorrogar em seis dias o prazo de inscrição para o edital para realização de feiras literárias, que originalmente acabava hoje. Com o edital, o órgão vai selecionar 17 projetos. Dez deles vão receber R$ 125 mil cada; quatro, R$ 250 mil e três, R$ 500 mil, totalizando R$ 3,75 milhões. O novo prazo vai até a próxima segunda-feira (17).

Lançado na 25ª Bienal de São Paulo, em agosto, o Guia para Livrarias Independentes contou com a participação de Alexandre Martins Fontes, da Livraria Martins Fontes, Bernardo Gurbanov, presidente da ANL, Gerson Ramos, diretor comercial da Planeta, Bruno Mendes, do #coisadelivreiro, e Waldiney Azevedo, consultor de varejo e ex-gerente de compras da Livraria Saraiva. O projeto tem como objetivo incentivar empreendedores a iniciar o negócio, mostrar todas as necessidades e o passo-a-passo para a montagem de uma livraria. Foi elaborado com o intuito de ajudar a criar um novo negócio a partir de insumos de pesquisas obtidas em diversas fontes, dentre as quais livrarias independentes de sucesso: desde a escolha da localização ideal, passando pela definição do acervo, o plano de negócios, controle financeiro e de estoque, entre outros aspectos. Agora, o guia está disponível para download clicando aqui.

Com livros publicados em mais de 20 países e importante reconhecimento internacional, o autor ilustrador Gusti Rosemffet, premiado com o Bologna Ragazzi Award chega no Brasil em outubro e na Bahia tem três importantes missões: participar da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica), lançar em Salvador seu livro Não somos anjinhos e realizar uma imersão em ilustração junto com a escritora e ilustradora brasileira Ciça Fittipaldi, no Hotel Vale de Jiquiriçá (Rodovia BR-420, s/n - Cachoeira dos Prazeres, Jiquiriçá - BA). Realizada pela editora baiana Solisluna e voltada para profissionais de ilustração e artistas visuais, a imersão propõe investigar linguagens e modos de produzir imagens, narratividade e força de expressão autoral, a partir de vivências e oficinas conduzidas pelos dois artistas. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas clicando aqui.

A Disal abriu uma vaga para o cargo de analista de produtos para ensino de idiomas. Os interessados devem residir em São Paulo, cursar ou ter cursado letras ou pedagogia, ser fluente em inglês e francês, ter disponibilidade para viagens, experiência na área comercial e conhecimento do Pacote Office. O contratado será responsável, dentre outras coisas, pelo atendimento aos clientes externos e internos. Os currículos devem ser enviados para o e-mail suporte.rh@disal.com.br.

Stephen King captura o leitor desde as primeiras páginas, sem oferecer qualquer chance para que recupere o fôlego antes do final devastador. Em Celular (Suma, 384 pp, R$ 59,90 – Trad.: Fabiano Morais), o autor leva o medo da tecnologia e do terrorismo digital às últimas consequências. De uma hora para outra, telefones celulares se tornam os responsáveis pelo apocalipse, ao apagar do cérebro de milhões de pessoas qualquer traço de humanidade, deixando no lugar apenas violência e impulsos destrutivos. Aqueles que não possuem um celular, como o artista gráfico Clayton Riddell e seu pequeno grupo de normies — pessoas que não sofreram o ataque —, agora lutam por sobrevivência. Enquanto batalha para chegar a um lugar seguro e reencontrar sua família, Riddell se vê cada vez mais rodeado por caos, carnificina e uma horda terrível de humanos que foram reduzidos aos instintos mais básicos, mas que parecem estar começando a evoluir.

Edie Kramer vive infeliz no colégio: extremamente inteligente, ela vive sendo humilhada pelos colegas por não ser bonita o suficiente. Continuar na escola passa a ser um sofrimento maior do que ela consegue enfrentar. Em cima de uma ponte, instantes antes de se suicidar, Edie conhece Kian, que a convence de que ela tem o poder de fazer com que as pessoas paguem por sua crueldade. O acordo é: três favores para Edie em troca de três favores à empresa para a qual Kian trabalha. Mas o pacto leva a jovem a um mundo de segredos e demônios, onde o preço da vingança se mostra maior do que esperado, alto demais a se pagar. Primeiro da trilogia Jogos imortais, Perigo mortal (Fantástica Rocco, 368 pp, R$ 49,90 - Trad.: Natalie Gerhardt), de Ann Aguirre, combina ciência, terror e romance numa trama assustadoramente eletrizante.

A boa filha (HarperCollins, 464 pp, R$ 54,90 - Trad.: Zé Oliboni), livro de Karin Slaughter, conta a história de Charlotte e Samantha, duas irmãs que sofreram um trauma quando ainda eram adolescentes. Elas viram sua casa ser invadida por homens que procuravam seu pai, mas acabaram assassinando a mãe das meninas. Após presenciar a morte brutal de Gamma, as adolescentes também foram ameaçadas pelos criminosos. Charlotte conseguiu fugir, mas Samantha levou um tiro na cabeça e foi enterrada viva. O pai das meninas, Rusty Quinn, um famoso advogado da cidade de Pikeville, era conhecido por defender os piores criminosos da região. Após o ocorrido, a família acaba se separando. Vinte e oito anos depois, Charlotte, que agora atende pelo nome de Charlie, se tornou uma advogada, mas faz questão de ressaltar que não trabalha da mesma forma que o pai. Quando outro caso de violência assombra Pikeville, Charlie acaba embarcando em um pesadelo que a obriga a olhar para trás e reviver o passado. Para isso, ela precisará reencontrar sua irmã, Samantha, para lidar com o julgamento do caso.

Em Não confie em ninguém (Faro, 352 pp, RE$ 49,90 – Trad.: Carlos Slzlak), novo livro de Charlie Donlea, o destino de Grace Sebold toma um rumo inesperado durante uma tranquila viagem com o namorado. O rapaz é assassinado e ela é condenada pelo crime. Depois de dez anos na prisão, surge a chance de Grace provar sua inocência ao conhecer a cineasta Sidney. Em um documentário que exibe as falhas do processo, a cineasta questiona se a condenação foi fruto de incompetência policial ou se a jovem foi vítima de uma conspiração. Antes do término das filmagens, o clamor popular leva o caso ser reaberto, mas um novo fato provoca uma reviravolta: Sidney recebe uma carta anônima afirmando que ela está sendo enganada pela assassina. A cineasta então começa a investigar o passado de Grace e quanto mais se aprofunda na história, mais dúvidas aparecem. No entanto, agora, o que está em jogo não é apenas a repentina fama e carreira, mas sua própria vida.

Em 1985, um homem é condenado à prisão por estupro numa pequena cidade em Winsconsin, nos EUA. Dezoito anos depois, o verdadeiro criminoso é encontrado – e são reveladas também uma série de irregularidades na investigação e no julgamento – e descobre-se que ele era inocente. Mas sua inocência não dura muito, já que, em 2005, é novamente acusado, desta vez de estupro e assassinato, em outro inquérito cheio de controvérsias. O protagonista desta história é Steven Avery, cujo caso ficou famosos graças à série documental Making a murderer, vencedora de quatro Emmys e exibida pela Netflix desde 2015. Jerome F. Buting foi um dos advogados de defesa de Avery durante o segundo processo. Em Ilusão de justiça (BestSeller, 316 pp, R$ 44,90 – Trad.: Patricia Azeredo) ele narra os bastidores do caso e conta como ele mudou sua forma de enxergar a justiça e o sistema penal dos EUA.