Marcus Teles, sócio-diretor da rede Leitura, é um homem atento aos números. Em diversos encontros que teve com o PublishNews cantou vários deles, de cabeça. Quando o assunto era e-commerce, sempre concluía dizendo que os números eram negativos e que os players operavam no vermelho. Foi com essa base que ele resolveu, em 2013, retirar a sua loja virtual do ar. Mas isso está prestes a mudar. A Leitura deve lançar até o fim do ano o seu e-commerce. O anúncio veio junto com a notícia da abertura de uma nova loja, desta vez no Shopping Plaza Anchieta (Rua Francisco Deslandes, 900, Anchieta - Belo Horizonte / BH). Essa é a loja de número 67 da rede. Além dessa, a Leitura abrirá até o final de 2018 outras sete unidades, em Minas, São Paulo e Rio de Janeiro. A unidade inaugura um novo modelo de negócios, com a estrutura da Leitura em conjunto com a D+ Casa & Presentes. Inspirado no modelo store in store, o espaço tem como principal diferencial o formato, que permite maior interação entre o consumidor e as diversas opções de produtos, organizados em dez segmentos: brinquedos, decoração e presentes, utilidades do lar, papelaria, informática, conveniência, eletrônicos e o espaço cama, mesa e banho. Outra novidade do grupo foi o lançamento, em março, do Clube Leitura, clube de assinatura de livros com formato pioneiro, ao abarcar todas as faixas etárias por meio das categorias Clube Leitura Kids & Teens, Clube Leitura Adulto e Clube Leitura Família.

Nunca a frase que dá título a essa nota fez tanto sentido quanto fará em 2018. É que a Feira do Livro de Frankfurt (10 a 14/10), onde editores, agentes e outras figuras da indústria global do livro passam cinco dias tendo reuniões a cada 30 minutos, reunirá esses mesmos maratonistas dos negócios em uma corrida de cinco quilômetros. A prova acontece no domingo (7) que antecede a abertura da feira e percorrerá o rio Main que corta a cidade alemã. A Buchmesse Kickoff Run é organizada pelo escritório da Feira em Nova York em parceria, é claro, com a Feira em si e com a mediacampus frankfurt, uma espécie de Escola do Livro de lá. A inscrição é gratuita e pode ser feita pelo e-mail rikystock@book-fair.com, mas os participantes são convidados a doarem pequenas quantias para a Room to Read, organização sem fins lucrativos que realiza programas de alfabetização de garotas. Com US$ 10, o participante doa dez livros para a entidade. Com US$ 25 completa uma prateleira de livros.

Dizem que a Flip é o carnaval do mercado editorial, então, nada mais justo do que fazer um bloco durante a Festa Literária em Paraty (25 a 29/07). Iniciativa do nosso colunista, Volnei Canônica e Raquel Menezes (Oficina Raquel / Libre), com o apoio de Cassia Carrenho (LabPub) e da Poeme-se, o bloco sairá no dia 27 de julho às 21h30 da Casa Santa Rita da Cassia (Rua Dr. Pereira, 396) e terminará na Casa da Libre (Rua da Lapa, 8) com um baile de carnaval. O bloco é aberto ao público, mas para participar do baile, será cobrado R$ 52, que dará direito a uma camiseta exclusiva da Poeme-se, ilustrada por Roger Mello, open bar de cerveja, salgadinho e muita animação no salão. O bloco terá o nome escolhido pelo público, e para votar, é só clicar aqui. A votação segue até domingo (1º/07) e todos os que votarem no nome do bloco, participarão de um sorteio de uma camiseta do bloco. Os ingressos limitados começam a ser vendidos na segunda (2) pela página da Casa Santa Rita da Cassia.

A editora Alta Books abriu duas vagas para auxiliar de vendas para atuar no Rio de Janeiro. Os contratados serão responsáveis pela gestão e planejamento de ações comerciais, prospecção de novos clientes, atendimento a clientes corporativos, e por identificar oportunidades de negócio. Pede-se que os candidatos tenham domínio do pacote office, vivência no processo de venda e consignação de livros e no processo de emissão de notas fiscais; e experiência no comercial de editora de livros. Interessados devem enviar currículos com pretensão salarial para o e-mail rh@altabooks.com.br informando disponibilidade para início.

Um estudo divulgado na última semana pela University College London (UCL) em colaboração com a Audible, empresa sueca de audiolivros, descobriu que os audiolivros são mais envolventes emocionalmente do que cinema ou TV. Os cientistas dizem ter comprovado que o "leitor" de audiolivros consegue se emocionar mais com a adaptação em áudio de um romance do que o equivalente no Netflix. O estudo, que levou mais de um ano para ficar pronto, explica que as pessoas experimentam reações fisiológicas aumentadas, com respostas mais fortes do coração e do cérebro, quando ouvem audiolivros. Para isso, os cientistas mediram as reações físicas (frequência cardíaca, temperatura corporal e atividade eletrodérmica) de 102 indivíduos com idade entre 18 e 67 anos quando ouviam audiolivros e quando assistiam cenas de livros como A guerra dos tronos, A garota no trem, Orgulho e preconceito, O silêncio dos inocentes, O código Da Vinci, O cão dos Baskervilles e Alien. O curioso é que quando terminavam o estudo clínico, os participantes passavam por uma entrevista. Nesta fase da pesquisa, boa parte dos participantes dizia que o suporte audiovisual era mais envolvente. No entanto, as reações corporais mostravam exatamente o contrário. A frequência cardíaca e a temperatura corporal aumentaram enquanto ouviam o livro. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta nota.

No mês de julho, a Casa das Rosas (Av. Paulista, 37 – São Paulo / SP) preparou uma programação gratuita com diversos cursos e oficinas. Literatura, fotografia e edição de livros artesanais são alguns dos temas das atividades que começam na próxima terça (3). Na oficina Cartonera, Marco Pezão e Alai Garcia Diniz, do movimento cartonero, que publica livros de qualidade literária a baixo custo, ensinam os participantes a criarem a capa de seus livros, costurarem o miolo à capa e produzirem a partir desse conceito. O encontro acontece nos dias 21 de julho e 15 de setembro, às 15h. Na oficina Deslocamentos: poesia e multiplicidade, os participantes têm como sala de aula as ruas de São Paulo, buscando a poesia na cidade. Os encontros com Reynaldo Damazio e Tarso de Melo acontecem de 3 a 14 de julho, terças-feiras às 19h e sábados às 10h30. A programação terá ainda a palestra sobre poesia concreta Antiliteratura e política em Augusto de Campos, no dia 31; a oficina Escrita não-original, que acontece de julho a setembro; e o bate-papo Crônicas futebolísticas, que reunirá Marcelo Mendez, Marina Galeano e Vladir Lemos no dia 13 de julho. As inscrições podem ser feitas no site do museu.

Criada no começo do ano pela jornalista Fernanda Bastos e pelo professor Luiz Maurício Azevedo, a Figura de Linguagem é uma editora independente, com sede em Porto Alegre (RS), idealizada e dirigida por pessoas negras. A editora tem como vocação a publicação de obras das áreas de comunicação, literatura, filosofia, sociologia, crítica literária, psicanálise e teatro. Uma das características da casa é a preocupação com a diversidade e, por isso, ela decidiu implantar uma política interna de cotas para pessoas brancas. “Estabelecemos uma política interna de ação afirmativa para grupos de autores que eventualmente não se sintam contemplados com a identidade cultural da Figura de Linguagem. A cada cinco autores negros publicados, a editora vai viabilizar a edição de uma obra produzida por um autor autodeclarado branco, heterossexual, com renda familiar superior a 40 salários mínimos”, explica Luiz Maurício Azevedo, editor-executivo da casa. “A ideia é priorizar que pessoas negras e mulheres especialmente tenham espaço, já que o mercado editorial ainda carece de representatividade diversa”, comenta a editora-geral, Fernanda Bastos. As primeiras obras da casa, Dessa Cor (60 pp, R$ 30) e Pequeno Espólio do Mal (70 pp, R$ 40), de autoria dos sócios, foram lançadas este mês. Interessados em submeter originais podem escrever para editorafiguradelinguagem@gmail.com.

No próximo sábado (30), a livraria NoveSete (Rua França Pinto, 97 – São Paulo / SP) recebe o lançamento da coleção Lendas africanas dos orixás (Solisluna), da artista soteropolitana Edsoleda Santos. Mestre em Artes pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia, Edsoleda estudou temas das religiões afro-baianas procurando sempre mostrar a inter-relação entre arte, candomblé e natureza. O resultado pode ser visto na série, que reconta os mitos de das divindades. A série é composta por quatro livros, cada um dedicado a um orixá: Obaluaê, Nanã, Iemanjá, Xangô e Ibejis. O lançamento acontece a partir das 15h, com a participação do Grupo Ayinla Cultural, que fará projeções de imagens da Nigéria e dos orixás ilustrados pela artista. Além disso, haverá contação de histórias e oficina de bonecas Abayomi.

A Editora do Brasil voltou com a série de bate-papos ao vivo com os seus autores sobre literatura, educação, desafios, carreira, entre outros temas. A iniciativa faz parte das comemorações dos 75 anos da Editora do Brasil. O Bate-papo com os Autores pode ser acompanhado pelo Facebook da Editora do Brasil. “As lives são perfeitas para tirar dúvidas, discutir temas e ampliar o assunto abordado nas obras”, diz Helena Poças Leitão, gerente de Marketing e Inteligência de Mercado da casa. “Também dão um sentimento de colaboração e aprofundamento do conteúdo da própria obra”, completa. Entre as próximas atrações, está o bate-papo com a autora Maria Helena Webster, que acontece logo mais, às 18h. Maria falará sobre o livro Práticas comentadas para inspirar. Organizado em dez capítulos, seguidos de uma reflexão importante sobre a prática pedagógica na Educação Infantil, a obra traz comentários a respeito de práticas reais apoiando-se nos cinco campos de experiência apontados na Base Nacional Comum Curricular. Os próximos encontros acontecem nos dias 5 e 7 de julho, com os autores Wellington Santos e Márcia Hipólide, respectivamente. Todas as lives poderão ser acessadas e revistas clicando aqui.

Mesclando a análise da evolução das capas com a história do desenvolvimento do livro, dos editores e dos capistas, Ubiratan Machado oferece, em A capa do livro brasileiro (Sesi – SP, 664 pp, R$ 320), uma visão ampla e consistente da história do livro brasileiro do ponto de vista de suas capas. O autor costura a história das capas na trajetória das principais escolas literárias do período em tela, ressaltando as interações entre forma e conteúdo. Dessa forma, passamos pelo romantismo, pelo naturalismo, pelo simbolismo e vemos um grande quadro do modernismo. A alguns dos grandes artistas da capa são reservados capítulos inteiros: J. U. Campos, Di Cavalcanti, Belmonte, Dorca e, talvez aquele que seja pintado com as cores mais belas, Santa Rosa. Naturalmente, há todo um capítulo dedicado à obra infantil de Monteiro Lobato, artista de talentos múltiplos, cuja biografia se confunde com a história do livro na primeira metade do século XX.

Em Porque ética é mais importante do que religião (HarperCollins, 144 pp, R$ 29,90), o 14º Dalai Lama afirma, de forma provocadora, que não serão as religiões a dar uma resposta para a humanidade, mas sim a superação e a aceitação de uma ética diferente por parte do ser humano. Em um discurso claro, por muitas vezes direto e rígido, o autor defende que a humanidade precisa respeitar o próximo e aceitar o diferente, inclusive quando se trata de lidar com outras religiões. A obra é resultado de uma entrevista que Dalai Lama concedeu ao jornalista alemão Franz Alt, que é coautor do livro. Dalai Lama mostra que as religiões estão muito intolerantes, o que acaba gerando, em alguns momentos, a violência. Por isso, a necessidade de união, de acordo com o autor, nunca foi tão urgente, já que as crises que a humanidade enfrenta são cada vez mais globais. O livro conta com diversos ensinamentos e um pedido de paz entre as diferentes religiões.

Caminhando nos Himalaias (Gryphus, 120 pp, R$ 34,90) não é somente um guia de viagem, mas sobretudo um registro de momentos especiais da peregrinação interna do autor, Alcio Braz. O médico psiquiatra juntou-se ao Nomads Clinic, um grupo de voluntários coordenado pela Dra. Joan Halifax, mestra zen-budista que leva às regiões mais remotas dos Himalaias ajuda médica, dentária e humanitária. E em setembro de 2013, partiu para uma viagem de 25 dias com os voluntários. O diário acompanha o dia a dia do grupo, as árduas trilhas, as subidas e descidas, os medos, desconfortos, as intempéries climáticas, os acidentes, as alegrias e a simplicidade de uma população que vive isolada nas montanhas. Na obra, Alcio relembra sua vida, com as perdas, as idas e vindas internas e como conseguiu lidar com tudo o que vivenciou nas montanhas. Ao final, reflete sobre as transformações pelas quais passou.

Em Quando (Objetiva, 248 pp, R$ 44,90), Daniel H. Pink desvenda os segredos do timing perfeito para a vida pessoal e profissional. Nossa vida é uma sucessão de decisões relacionadas a “quando”: quando abrir um negócio, quando fazer um curso, quando namorar alguém. No entanto, tomamos essas decisões com base em intuição e suposições. Normalmente, acreditamos que saber o momento certo de fazer as coisas certas é uma arte. Na obra, Daniel Pink revela que, na verdade, é uma ciência. Com base em pesquisas da psicologia, biologia e economia, Pink explica como podemos usar padrões ocultos do dia a dia para construir a agenda ideal. Por que devemos evitar ir ao hospital durante a tarde? Qual é o momento ideal para largar um emprego, mudar de carreira e se casar? Pink reúne os dados mais recentes sobre o timing perfeito e os resume em uma narrativa fascinante repleta de histórias irresistíveis e lições práticas de como viver melhor.

Infecções, diabetes, depressão, cardiopatias. Seja qual for a doença, a rotina é a mesma: após exames e consultas, a maioria dos médicos se restringe a receitar um remédio ao paciente sem se preocupar com medidas preventivas. O resultado: milhares de vidas são perdidas prematuramente em virtude de doenças que poderiam ter sido evitadas ou revertidas. Mas não precisa ser assim. Escrito pelo médico Michael Greger, Comer para não morrer (Intrínseca, 496 pp, R$ 49,90) trata de um estilo de alimentação capaz de prevenir, controlar e até reverter muitas das principais causas de morte da atualidade: a dieta à base de vegetais, tendência global conhecida também como plant-based diet. Com uma linguagem clara e bem fundamentado em estudos acadêmicos, o livro oferece dicas práticas sobre o que comer, quando e em que quantidade, e ensina como ter uma relação mais saudável com os alimentos para garantir uma vida mais duradoura e com mais qualidade.