Há três semanas, o Shopping da Moda Verão, de Guaratuba, cidade do litoral paranaense, ganhou uma livraria no mínimo curiosa. É que a TopLivros, distribuidora conhecida por oferecer livros a “preços acessíveis a todas as camadas sociais”, abriu um espaço no centro comercial para vender livros, mas sem vendedores ou seguranças. Funciona assim: o cliente escolhe os livros (todos vendidos ao preço fixo de dois por R$ 10) de sua preferência, deposita o valor numa caixa, pega a sua própria sacola, embala os produtos e vai embora. Marcelo Gonzaga, diretor da empresa, disse ao PublishNews que nessas três semanas, detectou “apenas” 15% de perdas. A loja, de 25 m², abriga um acervo de mil títulos. Clique no Leia Mais e leia a íntegra desta nota.

A Nova Fronteira anunciou esta semana que lançará algumas das principais obras da autora parisiense Simone de Beauvoir. Ícone do pensamento filosófico feminista e uma das principais representantes do movimento existencialista francês do século XX, Simone completaria 110 anos em 2018. Em uma parceria exclusiva com a Amazon, a editora lança em abril um box com a trilogia autobiográfica da autora e filósofa, Memórias, que inclui as obras Memórias de uma moça bem-comportada, A força da idade e A força das coisas. O primeiro volume da autobiografia de Simone é um relato vívido de sua criação dentro de uma família burguesa respeitável no começo do século XX. Já o livro A força da idade - que em fevereiro também ganha edição especial pela Coleção Clássicos de Ouro, compreende um período particularmente fecundo da trajetória de Simone, de 1929 a 1944, constituindo-se num relato dos anos decisivos na sua formação literária, filosófica e política. A terceira parte de suas memórias, A força das coisas, inicia-se na Paris da Libertação, com a abordagem de acontecimentos políticos, relatos de viagens, pessoas e filmes que marcaram sua vida.

A Intrínseca comprou recentemente os direitos de Bad Man, do autor americano Dathan Auerbach. A obra conta história de Ben que não descansará até encontrar seu irmão perdido. Já a Faro Editorial adquiriu os direitos do novo livro de Charlie Donlea (na foto ao lado), autor de A garota do lago, também publicado pela casa. No suspense Don’t believe it, a cineasta Sidney ajuda a libertar Grace, acusada dez anos atrás de ter assassinado o namorado Julian. Mas quando Sidney convence o mundo de que Grace é inocente ela recebe uma carta que a faz se perguntar se ajudou a libertar uma assassina. Agora, ela terá que encontrar a verdade mesmo arriscando sua carreira e até a própria vida. O negócio foi intermediado pela Bookcase. A DarkSide também adquiriu os títulos da duologia Dance of Thieves, de Mary Pearson, que têm como personagem principal uma ex-ladra que é enviada pela rainha de Venda para investigar os planos de uma terra distante. O negócio ocorreu pela agência Intercontinental.

A Casa Educação está com inscrições abertas para o curso de Formação do editor de livros. Com um corpo docente formado integralmente por profissionais atuantes no mercado – responsáveis por colocar centenas de livros na lista dos mais vendidos, criar editoras e ocupar posições executivas em algumas das maiores editoras do Brasil – o curso oferecido na modalidade de Educação a Distância (EaD) ao vivo funciona como um guia para auxiliar o aluno no mundo dos livros. Todas as partes mais importantes da cadeia do livro serão abordadas: a prospecção de originais, a edição de texto, a negociação com autores e agentes, marketing e vendas, acompanhamento financeiro, além de quatro novos módulos: Produção de livros digitais, Print on demand (POD), o empreendedor de sucesso e o editor do futuro, ministrados respectivamente por Marina Pastore, Anselmo José Bortolin, Gustavo Lembert e Carlo Carrenho. O curso ainda conta com nomes como Jiro Takahashi, Daniel Lameira, Rubens Lima, Cassiano Elek Machado (na foto ao lado), entre outros. As aulas têm início no dia 16 de janeiro e acontecem as terças e quintas, das 19h às 21h10. Para comprar o curso basta acessar o link e clicar na PayPal à direita.

A Saraiva divulgou a lista dos livros mais votados para os Destaques do Ano. Na ação, o público pôde escolher seus títulos e autores favoritos do ano de 2017 em nove categorias. Na categoria Livro do ano, It – A Coisa, de Stephen King, foi o título mais votado pelo público. Em Melhor adaptação para o cinema, o livro Extraordinário ficou com a primeira posição (31,47%), seguido por A cabana (26,27%) e It – A Coisa (26,16%). O título eleito como Melhor edição foi Harry Potter e A pedra filosofal, de J.K. Rowling, com 41,45% dos votos. A categoria de Melhor autor e autora de não-ficção foi bastante disputada. Na primeira posição, com 27,49% dos votos, ficaram John Douglas e Mark Olshaker, de Mindhunter – o primeiro, seguido pelo escritor Mario Sérgio Cortella, com o livro Viver em paz para morrer em paz, que recebeu 24,26% dos votos. A votação para a categoria Melhor autor e autora de ficção também foi acirrada. A vencedora foi a escritora brasileira Carina Rissi, pelo livro Quando a noite cai, que recebeu 31,87% dos votos, seguida por Neil Gaiman, com Mitologia nórdica (31,25%). Na categoria Autor revelação, o brasileiro Lázaro Ramos foi o mais votado pelo público com o livro Na minha pele, com 30,72% dos votos. Para conferir a lista completa dos livros mais votados é só clicar aqui.

No ano em que celebrou seus 31 anos ininterruptos de realização, o Sempre um Papo, projeto idealizado por Afonso Borges (na foto ao lado), fechou 2017 com números positivos. Foram 64 encontros realizados com escritores e intelectuais para lançamento de seus livros e encontro com o público. Cerca de 10 mil pessoas estiveram nos eventos, que aconteceram nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo, e também no interior de Minas Gerais, incluindo Araxá, Sete Lagoas, Diamantina, Teófilo Otoni, Montes Claros e Três Pontas. “Tivemos mais um ano difícil para o setor cultural. No entanto, mantivemos nosso objetivo e atuamos em parceria com autores, editoras e parceiros para manter o projeto ativo”, declarou Afonso. As atividades começaram em fevereiro, com o escritor Marcelo Rubens Paiva, seguindo até dezembro. Durante o ano, o projeto recebeu os autores Amyr Klink, Marina Bandeira, Cristovão Tezza, Milton Hatoum, Frei Betto, Lira Neto, Mario Sergio Cortella, Marcelo Tas, Silviano Santiago, João Anzanello Carrascoza, Raphael Montes, Lilia Schwarcz, Santiago Nazarian e muitos outros.

A próxima terça-feira (16) marcará a abertura da exposição Tempo de ausência: 30 anos sem Josué Guimarães, que ocupará o Espaço Memória da Cultura (Rua dos Andradas, 1.234 – Sala 1003), em Porto Alegre. Josué foi uma das figuras mais atuantes no jornalismo gaúcho no século XX, tendo trabalhado como repórter, editor, correspondente internacional, ilustrador e colunista em jornais influentes como o Diário de Notícias, A Hora, Folha da Tarde, Zero Hora e Folha de S.Paulo. Na literatura, descoberta por ele apenas no fim dos anos 1960, Josué compôs, por meio de livros como Camilo Mortágua, Tambores silenciosos e Dona Anja e da trilogia inacabada A ferro e fogo, um fiel retrato da sociedade da qual foi observador implacável. A exposição foi montada originalmente em 2016, na Universidade de Passo Fundo, que sedia a cada dois anos, a Jornada Literária de Passo Fundo, da qual Josué foi um dos principais colaboradores. Na mostra, estão, por exemplo, a máquina de escrever de Josué Guimarães e os originais de A ferro e fogo, É tarde para saber e As muralhas de Jericó. O primeiro livro do autor, Os ladrões, e o esboço da capa da obra Um corpo estranho entre nós dois também fazem parte da exposição. Além disso, há preciosidades, como cartas trocadas entre Josué e o escritor Érico Veríssimo.

A Livraria Cultura oferece, a partir deste mês, em São Paulo, vários cursos para crianças a partir de quatro anos. São atividades que atiçam a imaginação e a curiosidade, realizadas pela escola Engineering For Kids. Cursos como o Camp Kelvin, que utiliza engenharia em projetos para explorar a natureza; Engenharia civil Jr.; Robótica: Olimpíadas; e Workshop de Luta de robôs fazem parte da programação. Os cursos acontecem na Livraria Cultura do Shopping Iguatemi (Av. Brg. Faria Lima, 2232 – São Paulo / SP), e para mais informações e preços é só clicar aqui.

O objetivo de catalogar a produção de design de mobiliário brasileiro no período moderno em uma obra de referência foi o mote para a publicação do livro Móvel moderno brasileiro (Editora Olhares, 484 pp, R$ 340). O extenso ensaio fotográfico, de autoria de André Nazareth e Felipe Varanda, com algumas outras contribuições, permite vislumbrar a dimensão criativa da obra dessa geração de ouro do design nacional. Foram selecionados os 15 nomes mais representativos dessa produção ocorrida entre os anos 1940 e 1970, entre eles: Lina Bo Bardi, Joaquim Tenreiro, José Zanine Caldas, Sergio Rodrigues e Jorge Zalszupin. A extensão da amostragem permite perceber detalhes do raciocínio criativo e as variações de solução construtiva e estética empregadas por cada um dos designers abordados. Além disso, há também perfis biográficos de cada um dos principais autores e dois capítulos extras, um sobre contribuições de arquitetos para o design moderno de mobiliário e o capítulo final sobre outras contribuições, deixando clara a extensão da produção no período.

(Curadoria) de A a Z (Cobogó, 100 pp, R$ 35 – Trad.: João Sette Camara) apresenta um painel do desenvolvimento da curadoria de artes visuais nas últimas décadas pelos olhos do costa-riquenho Jens Hoffmann. Nesta publicação, cada letra do alfabeto remete a uma palavra do mundo das artes — da tentativa de definir o que é arte, num momento em que tudo pode ser arte e a arte pode ser tudo, passando por termos como bienal, cubo branco, museu e retrospectiva. Hoffmann cria um abecedário com a transparência e idiossincrasia que também revela em seus trabalhos, sem deixar de citar os mitos que contribuíram para a construção do papel do curador. Entre eles, Harald Szeemann, um dos curadores mais importantes do século XX, e Hans Ulrich Obrist, considerado o nome de maior influência nas artes contemporâneas.

A maneira de identificar, pensar e fazer Geografia são objetos de estudo do professor Paulo Cesar da Costa. No livro Quadros geográficos (Bertrand / Record, 160 pp, R$ 39,90), ele conduz os leitores a uma viagem intelectual que mostra as diversas visões do pensamento geográfico, desde a Antiguidade até os dias de hoje. Paulo Cesar ancora sua reflexão na história das ideias e no desenvolvimento científico, fazendo associações inéditas entre os pensamentos de personagens célebres como Ptolomeu, Kant e Humboldt. Em seguida, ele estrutura sua argumentação sobre o olhar geográfico a partir da noção de “quadro”, que é definido como uma forma de pensamento que prioriza o desenho e o traçado quando são consideradas as localizações das coisas, pessoas e fenômenos. O autor destaca que explicar por que as coisas estão ali onde estão e por que são diferentes quando aparecem em outros lugares envolve um raciocínio bastante sofisticado.

Quem nunca olhou para o céu numa noite estrelada e se perguntou: que lugar ocupo no espaço? O que tudo isso significa? Como funciona? Em Astrofísica para apressados (Planeta, 192 pp, R$ 39,90), o aclamado astrofísico e pesquisador Neil deGrasse Tyson responde a essas e outras perguntas que certamente todos já fizeram sobre o universo. De forma clara e sucinta, Tyson traduz o cosmos numa obra organizada em capítulos enxutos, escritos para quem tem Pressa, mas que oferecem conhecimentos fundamentais sobre todas as principais ideias e descobertas relacionadas ao universo. Um guia para todos aqueles que apreciam ciência, astrofísica e se interessam pelos mistérios do espaço universal, tão bem revelado ao público por este autor best-seller.

Escrito por um dos maiores divulgadores de ciência do século XX, Cosmos (Companhia das Letras, 560 pp, R$ 64,90 – Trad.: Paulo Geiger) retraça 14 bilhões de anos de evolução cósmica, explorando tópicos como a origem da vida, o cérebro humano, hieróglifos egípcios, missões espaciais, a morte do sol, a evolução das galáxias e as forças e indivíduos que ajudaram a moldar a ciência moderna. Numa prosa transparente, Carl Sagan revela os segredos do planeta azul habitado por uma forma de vida que apenas começa a descobrir sua própria identidade e a se aventurar no vasto oceano do espaço sideral. No livro, o tratamento dos temas científicos está sempre imbricado com outros campos de estudo tradicionais, como história, antropologia, arte e filosofia. Publicado pela primeira vez em 1980, Cosmos reúne alguns dos conhecimentos mais avançados da época sobre a natureza, a vida e o Universo - e se mantém até hoje como uma das mais importantes obras de divulgação científica da história.

Na região amazônica, com seus cinco milhões de km², existem centenas de pequenas emissoras de TV que, durante algumas horas do dia, têm permissão legal para exibir suas próprias produções. É comum encontrar cidades pequenas com duas ou mais TVs com logomarca, estúdio, apresentadores, repórteres e dinheiro entrando no caixa pela venda de anúncios. Entre 2015 e 2016, a jornalista Elvira Lobato realizou expedições ao interior dos estados do Mato Grosso, Maranhão, Tocantins e Pará para registrar esse fenômeno tão singular. Os protagonistas de Antenas da floresta (Objetiva, 360 pp, R$ 59,90) são os repórteres, apresentadores e cinegrafistas que, diariamente, abastecem seu público com notícias de um Brasil que não aparece nas telas das grandes redes. O livro apresenta ainda essa realidade complexa, que desafia as teorias sobre o monopólio da mídia, tão amplamente difundida nos grandes centros urbanos.