Em 2012, Isa Pessoa, depois de cumprir sua missão de reestruturar a Objetiva, fundou a sua própria editora, a Foz. Na Foz, publicou obras de grandes figurões da literatura lusófona como José Eduardo Agualusa, Gonçalo M. Tavares, Chico Buarque, Marcelo Rubens Paiva, Mario Prata, Paulo Scott, Ruy Castro e Tatiana Salem Levy. No fim do ano passado, no entanto, Isa – diante do cenário conturbado que a economia brasileira viveu (e tem vivido) – resolveu jogar a toalha e encerrar as atividades da Foz. Ao mesmo tempo, surgiu o convite para assumir a direção editorial da Tordesilhas, o selo mais literário do Grupo Alaúde, de Antonio Cestaro. Na nova empresa, Isa ganhou a missão de reformular o catálogo do selo, que passará a ter mais reforço de livros de não ficção e daqueles de ficção mais de entretenimento. Já como resultado desse novo posicionamento da Tordesilhas, está no prelo do selo um livro sobre Sérgio Cabral, escrito pelo jornalista Tom Cardoso e outro que traz depoimentos de Ney Matogrosso organizado por Ramon Nunes Mello. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta nota.

Desde o último mês, o Google Shopping passou a mostrar as informações sobre o estoque das lojas on-line parceiras, fazendo uma conexão entre os anúncios e o estoque físico dos varejistas. O objetivo da iniciativa é facilitar a vida dos usuários ao revelar se um determinado produto está disponível em uma unidade do estabelecimento. Para isso, os varejistas só precisam atualizar o sistema pelo menos uma vez ao dia, e seus produtos podem ser classificados em três categorias: Em estoque, Estoque limitado e Sem estoque. Até agora, a Saraiva e a Livraria Cultura já usam a nova ferramenta e a expectativa é que essa lista deve aumentar agora no começo do ano.

A Thieme Revinter está à procura por um assistente de produção editorial para atuar no Rio de Janeiro. A empresa pede que o candidato tenha domínio de Indesign e Word para preparação e diagramação de livros científicos; experiência comprovada em todas as etapas de produção de livros científicos e conhecimentos de inglês. Os interessados devem enviar currículos para recrutamento@thieme.com.br até o dia 20 de janeiro.

A Ciranda Cultural abriu uma vaga para promotor. O profissional deverá atuar nas livrarias da Grande São Paulo para repor e expor os livros, estreitar o relacionamento entre editora e livraria, treinar os vendedores das lojas em relação ao conteúdo do livro, contribuir para o aumento das vendas e conhecer a necessidade do consumidor e reportar para a Editora. Pede-se que os candidatos tenham experiência no ramo livreiro. Os interessados devem mandar e-mail para grupo.rh@cirandacultural.com.br.

A prosadora e poeta Hilda Hilst deixou um vasto legado composto ao longo de quatro décadas. Reconhecida pela sua invenção linguística frenética e anárquica, a homenageada da Flip 2018 abordou em sua obra temas como a "expectativa metafísica" das paixões vividas lado a lado da falência, do excesso, e da morte, restando talvez, como saída, a própria escrita, a criação radical, a especulação narrativa - ainda que, paradoxalmente, muitas vezes à custa da própria existência. Para abordar a prosa tardia e o rico legado de Hilst para a posteridade, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo / SP) realiza de 9 a 30 de janeiro, sempre às terças, das 18h30 às 20h30, um curso ministrado pelo jornalista Flávio Aquistapace. As aulas terão foco em quatro de seus títulos - Contos d'escárnio. Textos grotescos, O caderno rosa de Lori Lamby, Cartas de um sedutor e Rútilo nada. O investimento é de R$ 50 e as inscrições podem ser feitas clicando aqui.

Os interessados em literatura policial terão um novo evento para colocarem na agenda. É que Búzios terá este ano um encontro anual de autores de literatura policial, o Búzios Noir. Idealizado por Mário Paz, o projeto que já foi aprovado na Lei Rouanet, vai contar com a participação de autores da América Latina e terá curadoria de Raphael Montes, autor de Jantar secreto (Companhia das Letras).

A edição de janeiro de 2018 do jornal Cândido, editado mensalmente pela Biblioteca Pública do Paraná, traz como destaque os escritores que fizeram parte das antologias de contos Geração 90 - Manuscritos de computador (2001) e Geração 90 - Os transgressores (2003). Os livros causaram rebuliço no meio literário brasileiro, provocando reações de amor e ódio entre críticos e leitores. Hoje, mais de 15 anos após os lançamentos das coletâneas, o Cândido traz um balanço dessa geração. O ensaísta, escritor e crítico Luís Augusto Fischer traçou um panorama sobre os autores que figuraram nas ousadas coletâneas organizadas por Nelson de Oliveira. Em um primeiro texto, Fischer mostra como esses prosadores aos poucos passaram de apostas a realidades concretas da literatura nacional, e em um segundo texto, faz uma análise da produção da Geração 90. Já Nelson de Oliveira, em texto memorialístico, conta os bastidores do projeto editorial que deu visibilidade a novos autores brasileiros. O embrião das antologias, escreve Oliveira, surgiu a partir de encontros promovidos pelos escritores Marcelino Freire e Evandro Affonso Ferreira em um café de São Paulo. A edição 78 do Cândido traz também o registro da participação de Paulo Lins no projeto Um Escritor na Biblioteca, em novembro passado; e a terceira entrevista da série Os editores, com Jacó Guinsburg.

Nos dias 29, 30 e 31 deste mês, das 19h às 22h, a Revista Emília realiza seu primeiro curso de 2018: Clássicos infantis, os sempre fora de lugar, que será ministrado pela professora argentina Marcela Carranza, no auditório da Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 – São Paulo / SP). Em três encontros, serão tratadas questões como a natureza dos clássicos, os clássicos e a contemporaneidade e o dilema: ler ou não ler os clássicos no Brasil. O curso será dirigido a professores, pesquisadores e demais interessados no tema. As inscrições podem ser feitas clicando aqui e o investimento é de R$ 400 (ou R$ 300 para professores da rede pública).

Na nova edição de Amar e ser livre (HarperCollins / Editora Dummar, 176 pp, R$ 24,90) - com capa que faz alusão à festa indiana Holi, conhecida como o festival das cores - o mestre espiritual sri Prem Baba fala sobre como relacionamentos saudáveis podem melhorar o mundo. De acordo com o autor, o maior desafio do ser humano é encontrar um caminho para viver e se relacionar de maneira mais leve, plena e feliz. Ele afirma que, se cultivássemos relações amorosas construtivas, certamente não haveria tanta maldade no mundo, nem tantas guerras, corrupção e miséria. O mestre espiritual reflete também sobre a forma como os relacionamentos em todos os níveis são elaborados, compreendidos e nutridos e aborda a questão da liberdade que, segundo ele, deve andar lado a lado com o amor. De acordo com o autor, o objetivo do livro é ressignificar o conceito de casamento e, consequentemente, o de família, o que pode promover grandes mudanças na sociedade.

Apesar de separação ser um tema que em geral evoca sentimentos de dor e tristeza, esse é um guia extremamente amoroso e otimista, dedicado não só a quem está pensando em se divorciar, mas também a quem está prestes a se casar e deseja saber quais são as opções legais disponíveis para evitar possíveis problemas no futuro. Fugindo de termos jurídicos que soam estrangeiros para quem não é do ramo, Manual do bom divórcio (Principium / Globo Livros, 144 pp, R$ 29,90) usa uma linguagem simples e objetiva, sempre levando em conta que, além da parte jurídica e burocrática, há uma família envolvida em todo o processo, com suas personalidades, anseios, frustrações e esperanças. A autora, Diana Poppe, uma das maiores especialistas em Direito de Família do Brasil, usa exemplos de casos que acompanhou ao longo de seus anos de prática como advogada de família e dá dicas de filmes, músicas, livros e poemas que podem ajudar quem está enfrentando uma separação. O leitor também encontrará um guia para avaliar se o divórcio é mesmo o melhor caminho para determinadas relações e que opções legais os novos casais têm à sua disposição para legitimar sua união.

Por que nos sentimos tristes sem motivo? Por que brigamos tanto com o espelho? Por que não nos achamos bonitas “o suficiente”? Por que não conseguimos largar o trabalho com que não nos identificamos mais? Por que a vida do outro parece tão mais interessante do que a nossa? Por que a grama do vizinho é sempre mais verde? Em Manual do amor-próprio (Benvirá / Somos, 184 pp, R$ 24,90), Mica Rocha, autora de Manual da fossa e Amor(ex), aborda um tema presente na vida de muitas de nós: a baixa autoestima, ou falta de amor-próprio, que pode impactar em diversas áreas de nossa vida. Mica usa sua própria história como fio condutor para falar sobre assuntos delicados, como bullying, relacionamentos tóxicos, insatisfação com a vida profissional, e, com a ajuda de uma psicóloga, oferece ferramentas para que a leitora aprenda a se amar e, consequentemente, a ser mais feliz.

O mal do século XIX era físico, ainda que muitos poetas e escritores o tenham romantizado. Era a tuberculose. Não tinha cura, na maior parte dos casos só restava esperar por um fim lento e doloroso. Algumas dessas mortes foram retratadas em romances e poesias de grande aceitação. Sofrer do mal do século, para alguns era uma glória. Passadas várias décadas, outros tipos de enfermidades e transtornos, erroneamente diagnosticados como de fundo puramente emocional, como a depressão, pouco têm de “glamorosos”. Sidarta, recém-iluminado, livre da própria depressão, dedicou o resto de seus dias a ensinar como dominar as causas do sofrimento. O sofrimento é opcional (Bella Editora, 112 pp, R$ 45), de Monja Coen, conta de uma forma simples, agradável e cativante quais foram os passos que levaram a autora ao domínio da depressão.

Você se considera realmente livre? O que é a verdadeira liberdade? Tem pensamentos e “crenças” que limitam seus passos na vida? Emoções negativas e “pesadas” tiram diariamente sua alegria de viver e sua espontaneidade? Em Liberte-se da sua mente (Boa Nova), o terapeuta transpessoal e psicopedagogo, Rossano Sobrinho, apresenta uma mensagem sobre a importância do conhecimento de si mesmo. O leitor poderá desfrutar de orientações que facilitam o roteiro que possivelmente o levará a conhecer a& sua própria intimidade, a perceber o comodismo existencial dentro de uma vida ilusória de valores e grandezas vazias, que podem fazer parte de sua trajetória. A intenção destes ensinamentos é a libertação de qualquer processo que atrase a evolução do indivíduo, principalmente quando estes empecilhos vêm da própria mente. Rossano Sobrinho relata na obra, a necessidade das pessoas em entenderem a geografia interior, mapear os pensamentos, ações, emoções e sentimentos.

Ao contrário do que diz o senso comum, os narcisistas não amam a si mesmos nem a mais ninguém. Eles não conseguem se aceitar; ao contrário, constroem uma máscara rígida para ocultar suas emoções. Influenciados pela nossa cultura e predispostos por fatores ligados à personalidade humana, os narcisistas costumam preocupar-se mais em parecer felizes do que em sê-lo. Sedutores e manipuladores, estão sempre em busca de poder e controle, deixando de lado os verdadeiros valores do self – autoexpressão, autodomínio, dignidade e integridade. Narcisismo (Summus Editorial, 208 pp, R$ 58,90), Alexander Lowen usa sua ampla experiência clínica para mostrar que os narcisistas podem recuperar os sentimentos suprimidos e reaver sua humanidade. Por meio da terapia bioenergética, tanto os narcisistas quanto aqueles que convivem com eles encontrarão o caminho para uma existência plena e verdadeira.