Sancionada em 1991, a Lei Rouanet foi criada com a finalidade de captar e canalizar recursos privados, via renúncia fiscal, para projetos culturais. É pela lei que são viabilizados não só eventos como as Bienais ou a Flip, mas também a publicação de livros. Na última terça-feira (21), o ministro Roberto Freire (na foto ao lado), da Cultura, anunciou mudanças na lei. Entre as principais mudanças que poderiam afetar a realidade sobretudo de eventos literários está o teto de até R$ 10 milhões por projeto. Para as bienais (tanto de São Paulo quanto a do Rio), essa mudança não deverá ter efeito imediato. “Historicamente, a captação fica abaixo desse teto. Ele está, portanto, de acordo com o nosso porte”, apontou Fernanda Gomes Garcia, diretora executiva da Câmara Brasileira do Livro (CBL), entidade que realiza a Bienal de São Paulo. Na última edição, realizada em 2016, a CBL captou R$ 3,9 milhões. Para a próxima edição da Bienal do Rio, marcada para acontecer entre agosto e setembro deste ano, o MinC autorizou a captação de cerca de R$ 5 milhões, portanto, também abaixo do teto. Outra mudança que pode atingir a indústria do livro é o novo valor médio máximo de R$ 150 para os produtos culturais subsidiados pela Lei, o que vale tanto para ingressos quanto para livros, por exemplo. Essa novidade pode não afetar as bienais, mas atinge a produção de livros de arte, cujos valores podem ultrapassar esse limite. “Em geral, os livros subsidiados já são vendidos a um preço menor do que eles custariam. Nossos livros, em média, não ultrapassam esse valor. Mas aqueles que ultrapassarem, vamos ter que estudar”, disse ao PublishNews Valeria Pergentino, diretora da editora baiana Solisluna, que faz muitos livros via leis de incentivo. Clique no Leia Mais e veja outras mudanças.

Está chegando! Na próxima quarta-feira (29), acontece a cerimônia de entrega do Prêmio Avena PublishNews. Ao todo, serão entregues 15 troféus aos três primeiros colocados em cada uma das cinco categorias da Lista dos Mais Vendidos do PublishNews em 2016 e quatro prêmios especiais: para o livro mais vendido do ano, para a editora que mais emplacou títulos na Lista; para um dos cinco finalistas do Prêmio Profissionais de Marketing e Vendas do Ano e um quarto prêmio especial para uma personalidade que se destaca pela sua contribuição ao mercado editorial. Mas antes da entrega dos prêmios, nós estamos preparando um Happy Hour super especial para os nossos convidados e uma mesa de debates sobre como profissionais de marketing e de vendas podem colaborar para o sucesso de um livro. Para o debate, foram convidados Bruno Zolotar (Grupo Editorial Record), Gerson Ramos (Planeta) e Luciana Borges (Companhia das Letras). Eles serão entrevistados por Leonardo Neto, editor do PublishNews. O evento acontece a partir das 19h, na Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500 - São Paulo / SP). Interessados em participar da festa ainda podem se inscrever clicando aqui.

A Alta Books, a editora que absorveu parte do catálogo de livros profissionais e de referência da Elsevier, acaba de anunciar a chegada de grandes autores na casa. José Salibi, Sandro Magaldi, Sofia Esteves, Danilca Galdini, Renata Magliocca e Richard Barret são alguns nomes de peso e contam com títulos de sucesso no mercado editorial como Movidos por ideias, Carreira: você está cuidado da sua? e A organização dirigida por valores. A previsão da Alta Books é que o quadro de novos autores nacionais aumente até o final do ano em 70% em relação ao ano passado. Para ajudar a chegar lá, a casa anunciou, em fevereiro, o retorno de J.A. Rugeri, que reassumiu a área de novas aquisições.

A Estação das Letras comemora -- em evento nesta quarta (23), a partir das 16h30, na Fundação Casa de Rui Barbosa (Rua São Clemente, 134, Botafogo - Rio de Janeiro / RJ) -- 21 anos como o abrigo da literatura nacional na Zona Sul do Rio de Janeiro e recebe, como mestre da cerimônia gratuita, o escritor Cristóvão Tezza para falar sobre os Universos da Criação Literária. Na mesma tarde, também lança o Instituto Estação das Letras (IEL), para democratizar ainda mais o acesso à leitura e à escrita. O IEL funcionará com um colegiado de alunos, professores e escritores e tem a finalidade de ampliar projetos que já existiram, entre eles a Estação Pensamento & Arte, Rodas de Leitura e Caravana de Escritores, e investir em muitos outros através de apoio de leis federais, estaduais e municipais de incentivo à cultura. A Estação acumula em sua trajetória mais de quatro mil eventos, cursos e oficinas realizadas, com programações culturais e aulas de criação literária em gêneros diversos, bem como de formação de mão de obra para o mercado editorial. Outra iniciativa da Estação é o cadastro nacional de escritores, que estará disponível on-line no portal do IEL no dia da festa de aniversário. Ao trazer informações e contatos de autores, o cadastro vai funcionar como fonte de pesquisa para interessados em literatura brasileira. Os autores poderão se cadastrar, mas haverá um trabalho de curadoria da equipe do instituto. A base deve servir de referência, por exemplo, para organizadores de feiras literárias em todo o país.

Em março, a Carambaia completa dois anos de seu primeiro livro publicado. Para celebrar a data, a editora fará uma promoção oferecendo desconto de 20% em todos os livros de seu catálogo. A editora se lançou no mercado em 2015, com a proposta de publicar livros com textos literários de qualidade, de autores nacionais e estrangeiros, inéditos ou esgotados há tempos no Brasil. Os volumes são bem cuidados graficamente e têm tiragem limitada. Designers, tradutores, organizadores e ensaístas participam de todo o processo de produção, discutindo as particularidades do autor e da obra, para que o livro apresente um projeto gráfico que dialogue com seu conteúdo. Todos os títulos do catálogo têm tiragem única de mil exemplares e cada volume é numerado manualmente. Em seu terceiro ano, a Carambaia irá lançar, entre outros, os seguintes títulos: Uma gozação bem-sucedida, de Italo Svevo; caixa H.G. Wells, com os livros O dorminhoco e A Guerra no Ar; Imodéstia, Capricho, Inclinações, de Ronald Firbank; O testamento de um excêntrico, de Jules Verne; e Novelas trágicas, de Marquês de Sade.

A poeta paulistana Eunice Arruda faleceu nesta terça (21), no Dia Mundial da Poesia, aos 77 anos. Eunice fez parte da Coleção Novíssimos, organizada pelo editor Massao Ohno e que deu visibilidade a importantes poetas dos anos 1960. Além da coleção, Eunice publicou ao todo, 12 livros, entre eles É tempo de noite, O chão batido, Há estações e Poesia reunida. Seus versos saíram em antologias em outros países, como França, Estados Unidos e Itália. Em 1974, venceu o Concurso de Poesia Pablo Neruda e em 1997 recebeu o Mérito Cultural, dado pela União Brasileira de Escritores do Rio de Janeiro.

O Skoob, rede social dos leitores, divulgou a lista dos livros mais resenhados de fevereiro na plataforma. Ao todo, foram cadastradas no site quase 10 mil resenhas e o livro que aparece no topo da lista é A invenção de Hugo Cabret (SM), com 45 resenhas, o segundo lugar ficou com Caixa de pássaros (Intrínseca), com 42, e o terceiro com O diário de Zlata (Seguinte / Companhia das Letras), com 38 resenhas. Ainda figuram a lista O Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares (LeYa), Escândalos na primavera (Arqueiro), Harry Potter e a criança amaldiçoada (Rocco), Extraordinário (Intrínseca), Como eu era antes de você (Intrínseca), Os 13 porquês (Ática) e Diário de uma escrava (DarkSide).

A Comissão Consultiva da Universidade do Livro (Unil), braço educacional e de formação da Fundação Editora da Unesp, ganhou novo membro este ano: Ibraíma Dafonte Tavares, profissional que atua no mercado editorial desde 1988, como revisora, tradutora, preparadora de texto e editora. Nos últimos anos, tem se dedicado à paixão pela docência. Na Universidade do Livro, ministra cursos presenciais e on-line. Agora, Ibraíma integra a equipe encarregada da definição de diretrizes gerais e específicas da Unil, além do planejamento mensal dos cursos e da indicação de palestrantes e temas, de acordo com as necessidades do mercado editorial. A Comissão Consultiva é também integrada pelos profissionais do mercado editorial Cristiana Negrão e Jiro Takahashi, além Jézio Gutierre, diretor-presidente da Fundação Editora da Unesp, e Daura Kanotami, gerente de cursos e formação.

A Edição definitiva de uma obra-prima do terror. Duzentos anos após sua criação, Frankenstein continua vivo – e mais atual do que nunca. Frankenstein – ou o Prometeu moderno (DarkSide, 304 pp, R$ 59,90 – Trad.: Márcia Xavier de Brito), conta a história original, com toda a sensibilidade e o terror que o cinema nunca conseguiu mostrar. Um cientista obcecado que desafia as leis da natureza e põe em risco a vida daqueles que ama. Uma criatura quase humana que deseja ser um de nós, mas só encontra medo, ódio e morte pelo caminho. A obra-prima de Mary Shelley que deu origem ao terror moderno está de volta, numa edição com capa dura, ilustrações inéditas do artista brasileiro Pedro Franz, além de quatro contos extras que versam sobre o mesmo tema do romance. É uma edição para se guardar para sempre. Frankenstein é um dos primeiros títulos da coleção Medo Clássico, sempre com texto integral, extras, notas e ilustrações exclusivas de renomados artistas brasileiros.

A obra Fragmentados, primeiro volume da saga homônima, apresenta uma sociedade pós-guerra onde é proibido abortar. Em contrapartida, a lei garante aos pais de jovens entre 13 e 17 anos considerados desajustados o direito de fazer um “aborto retroativo”, enviando seus filhos a um processo que consiste na retirada de todos os órgãos de um adolescente para ser transplantado para outra pessoa, chamado “fragmentação’’. Em Desintegrados (Novo Conceito, 416 pp, R$ 39,90), continuação do primeiro volume, a fragmentação torna-se um grande negócio para poderosos com interesses políticos e corporativos. O governo não quer apenas manter esse sistema, mas também expandi-lo. Na obra, após os acontecimentos do livro anterior, os leitores reencontram os protagonistas Conor, Lev e Risa, cada um seguindo seu próprio caminho. Mas, uma traição e as ações de um sádico caçador de recompensas ligará o destino de um deles ao de Cam, um garoto que foi inteiramente feito com as melhores partes de fragmentados e luta para encontrar seu lugar no mundo.

A história de um menino que viveu até os 11 anos de idade em uma prisão e fez dela o seu lar é o ponto de partida do livro Todos de pé para Perry Cook (HarperCollins Brasil, 288 pp, R$ 34,90) de Leslie Connor. Perry nasceu e foi criado no Instituto Penal Misto Blue River, uma prisão de segurança mínima na cidadezinha de Surprise, no Nebraska. Quando nasceu, o menino recebeu o direito de crescer ao lado da mãe, a detenta Jessica. O livro mostra como Perry conquistou os outros presos e os funcionários da penitenciária com seu jeito doce e gentil. Diariamente, ele fazia o seu despertar diário, o famoso “Perry no nascer do sol”, e acordava todos os detentos de um jeito animado e carismático. A vida do menino muda quando Thomas VanLeer, o novo promotor público da cidade e pai de uma colega de sua escola, descobre onde ele mora. A partir daí, Perry é forçado a morar com a família de VanLeer. Desesperado para reencontrar a mãe e viver com ela, Perry tenta desvendar os segredos que estão por trás da prisão de Jessica. No caminho, ele vai mergulhar em uma jornada emocionante e divertida, além de enfrentar muitos obstáculos.

O enigma de Blackthorn (LeYa, 352 pp, R$ 44,90), é uma história cheia de suspense, mistério e personagens inesquecíveis. Após uma série de assassinatos, um aprendiz de boticário precisa solucionar enigmas e decifrar códigos na busca por um segredo que pode destruir o mundo. Poções, quebra-cabeças e uma ou outra explosão. Tudo isso pode acontecer em um dia normal de trabalho do jovem Christopher Rowe, aprendiz de boticário. Mas o que ele não sabe, e logo vai perceber, é que este é um péssimo momento para ser assistente de Benedict Blackthorn. Uma série de assassinatos abala Londres, e Christopher está na mira. Seus únicos aliados são seus melhores amigos. Suas únicas pistas são uma mensagem codificada sobre o projeto mais perigoso de seu mestre, e um aviso criptografado: “Não conte a ninguém!”. Agora, resta a ele desvendar o código e descobrir o segredo que pode destruir a humanidade. Ou se tornar a próxima vítima.