Passados o Natal e as compras de fim de ano, a lista de mais vendidos teve queda no número de unidades vendidas. Se na semana passada, foram vendidos 230.480 exemplares, nesta, foram 134.355. A maior queda foi apurada na lista Infantojuvenil, que vendeu 28.520 unidades a menos do que na semana anterior. No entanto, foi justamente nesta lista que apareceram mais novidades nessa primeira semana de 2017. Foram quatro novos títulos na lista, por coincidência (ou não), todos publicados por selos da Nobel, que encerrou 2016 liderando o ranking das editoras. Os quatro novos títulos foram: Construa seu robô (Quarto), que apareceu na 9ª posição ao vender 1.155 unidades; Filhotes do barulho (Tiger Tales), que vendeu 984 exemplares e fechou a semana na 13ª posição, Dinossauros do barulho (Tiger Tales), na 18ª com 860 exemplares vendidos, e Colorir & brincar: Noite Feliz (Yoyo Books), que ficou na 19ª posição, com 853 exemplares vendidos. A lista geral começou o ano encabeçada por Harry Potter e a criança amaldiçoada (Rocco), que vendeu 7.475 exemplares. Na sequência aparece um trio de brasileiros: Augusto Cury e o seu O homem mais inteligente da história (Sextante), com 7.218 unidades vendidas, seguido por Rita Lee – uma autobiografia (Globo Livros), 4.752, e Por que fazemos o que fazemos? (Planeta), de Mario Sergio Cortella, com 3.851 exemplares vendidos. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista de mais vendidos dessa primeira semana de 2017.

Há um ano o livro Mein Kampf, de Adolf Hitler, entrava em domínio público. Na Alemanha, preparativos vinham sendo feitos desde 2012 pelo Instituto de História Contemporânea de Munique (IfZ), um centro de pesquisas dedicado ao estudo do nacional-socialismo e da história da Alemanha a partir de 1918. Lançada em 8 de janeiro de 2016, ela entrou para a lista de best-sellers e já vendeu mais de 80 mil exemplares somente na Alemanha. Também no Brasil uma edição crítica foi preparada pela Geração Editorial. Seria a primeira versão comentada de Minha Luta no país. Seu editor, Luiz Fernando Emediato, arcou com uma nova tradução, guarneceu sua publicação com três apresentações e acrescentou mais de 400 páginas de comentários de historiadores e notas de tradução ao texto original de Hitler. A notícia de que a Geração Editorial preparava o relançamento de Minha Luta suscitou reações antagônicas: manifestações de apoio ressaltaram a importância histórica do livro e a necessidade de se discutir abertamente o libelo racista. Já as manifestações contrárias culminaram na proibição, em 6 de fevereiro passado, da comercialização, exposição e divulgação do livro. Neste 1º de janeiro de 2017, em que Mein Kampf completou um ano em domínio público, nos encontramos exatamente a um mês da única edição brasileira crítica e comentada do livro de Adolf Hitler estar há um ano sob intervenção. Não seria essa a ocasião propícia para o mercado editorial e os leitores brasileiros se perguntarem se queremos ser tutelados pelo Estado no que diz respeito ao que devemos ou não publicar e ler? Ou, ainda, se a ministra Carmem Lúcia (STF) estava enganada, e o “cala a boca não morreu”? Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra do artigo.

Em 2015, a escritora Colleen Houck fez barulho na Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro onde encerrou a sua turnê brasileira para divulgação do livro O despertar do príncipe, que iniciou a série Deuses do Egito, publicada no Brasil pela Arqueiro (Sextante). A editora agora fechou a compra dos direitos de mais dois títulos da autora. O terceiro e o quinto volumes da saga: Reunited e Reignited, respectivamente. Além dos dois livros, a editora comprou os direitos de outra obra da autora: Tiger’s dream, quinto livro da série Maldição do tigre.

A Rocco comprou os direitos de um livro bastante disputado por editoras mundo afora. Nevermoor: the death and life of Morrigan Crow, romance de estreia da autora australiana Jessica Townsend, foi arrematado por editoras em 20 países. A obra conta a história da jovem Morrigan Crow, que nasceu em Eventide. Ela está destinada a morrer em seu nono aniversário, mas é salva pelo estranho Júpiter e foge para a cidade de Nevermoor. Lá, Morrigan deve competir contra outras crianças com talentos especiais em quatro perigosas tarefas para ter um lugar na prestigiada sociedade da cidade. Os direitos cinematográficos foram comprados pela 20th Century Fox e os direitos do livro no Brasil foram intermediados pela agencia The Lennart Sane. A obra sairá pelo selo Rocco Jovens Leitores.

Criada em 2015, a Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias (RNBC) vem incentivando os municípios que ainda não têm o Plano Municipal do Livro, Leitura e Bibliotecas a construírem seus planos com base no Plano Nacional da Leitura e Escrita (PNLE). “Agora em janeiro, entre os dias 19 e 23, a RNBC estará reunida em São Luís (MA), para traçar estratégias e ações focadas nessas mobilizações em incidência política na área do livro, leitura e bibliotecas, além de desenhar ações para o incentivo à leitura e a formação de leitores e metas de trabalho da Rede Nacional”, disse Luzia De Seta, integrante da RNBC, ao PublishNews. Clique no Leia Mais e conheça melhor a RNBC.

A Leiturinha, clube de assinaturas de livros infantis, elaborou uma lista com os 15 melhores livros infantis de 2016, de acordo com a preferência dos pequenos leitores do clube ao longo do ano. Em primeiro lugar na lista está O livro que lê gente (Cortez), de Alexandre de Castro Gomes, seguido de O ele falante (Elementar), de Bill Borges e Eu amo você, Corujinha (Ciranda Cultural), de Susie Brooks. Ainda fazem parte da lista O elefante caiu (Abacatte), Era uma vez o lobo Mingau (Saber e Ler), Quando a gente tem saudade (Cachecol), Bichológico (Piu), Zum Zum Zumbiiiiiii (Pallas Mini), Diversão em casa (Girassol), Caraminholas (Autêntica), O pinguim de mochila (Sá), A fada do dente banguela (Mil Caramiolas), O macaco tocador de violão (Carochinha), Minha mãe tem visão raio-x (DCL) e O artista que pintou um cavalo azul (Kalandraka).

A Caixa Cultural divulgou na virada do ano, o resultado da seleção dos projetos culturais a serem patrocinados em 2017. Serão investidos mais de R$ 55 milhões em projetos culturais da Caixa em todas as regiões do país que contemplam: Ocupação dos espaços da Caixa Cultural, Apoio a festivais de teatro e dança e Apoio ao Patrimônio Cultural Brasileiro. Dentre todos os projetos, foram selecionadas uma versão teatral de Vidas secas, de Graciliano Ramos que recebeu patrocínio de R$ 100 mil, e uma adaptação em forma de musical de A hora da estrela, obra de Clarice Lispector, que recebeu R$ 180 mil. Os dois espetáculos estão previstos para estrear em novembro: Vidas secas, no Rio de Janeiro, e A hora da estrela, em Fortaleza.

A Estação das Letras (Rua Marquês de Abrantes, 177 – Lojas 107/108 - Rio de Janeiro / RJ) oferece o curso O escritor e o mercado editorial – Caminhos para a publicação. Em três encontros, o curso vai ensinar ao aluno como funciona a indústria do livro e o mercado editorial, os diferentes papeis do autor, editor e indústria e suas divergências, além de mostrar os caminhos possíveis de trilhar para ter seu livro publicado e lido. As aulas serão ministradas pela editora do Grupo Autêntica, Maria Amélia Mello; a agente literária Valéria Martins e a editora da Foz, Isa Pessoa e é destinado a profissionais da indústria do livro e escritores que desejam ingressar no mercado e conhecer suas regras. As aulas acontecem do dia 9 a 11 de janeiro, das 19h às 21h e pode ser dividido em 2x de R$ 200, além da taxa de inscrição de R$ 50.

Uma oficina literária voltada para quem quer se iniciar na Criação Literária ou se tornar um leitor mais qualificado. Com esse propósito, o escritor Robertson Frizero estabeleceu, em 2011, sua Oficina de Iniciação à Criação Literária em Porto Alegre. Com a grande procura pelo curso, ele decidiu criar uma nova versão do curso na modalidade a distância. Com duração de 20 semanas, o curso será ministrado pelo professor, escritor que é tradutor e dramaturgo. O foco do curso é na prosa ficcional, mas outros gêneros são também debatidos. O workshop permitirá ao aluno expressar seus sentimentos, transmitir suas ideias e conduzir o leitor a repensar seu mundo, além de trazer atividades práticas livres para todo o conteúdo teórico apresentado. Para fazer a pré-inscrição ou obter mais informações, clique aqui.

Para comemorar o Dia do Leitor (7/01), a Amazon preparou para o final de semana, diversas ofertas em livros, e-books e e-readers. A partir de hoje (6), clientes poderão comprar os e-readers Kindle e Kindle Paperwhite Wi-Fi com R$ 80 de desconto e durante todo o fim de semana, acontecerão ofertas relâmpago com até 90% de desconto em centenas de livros impressos, além de mil e-books com até 80% de desconto. Todas as promoções podem ser conferidas clicando aqui. Além das promoções relâmpago, para promover ainda mais os livros digitais, os novos clientes que desejarem se inscrever no Kindle Unlimited poderão adquirir o plano de 6 meses com 20% de desconto. O programa permite aos clientes escolher e ler à vontade entre mais de 1,4 milhão de livros digitais, sendo mais de 39 mil deles em português.

Para aqueles que conheciam Murilo Rubião, ler sua obra em formato ilustrado pode ser uma experiência nova e instigante. O edifício (Positivo, 48 pp, R$ 38), trabalho que remete ao mito Sísifo, é uma alegoria à condição humana e um conto angustiante no qual a vida parece suspensa. Segundo o escritor Nelson de Oliveira, que responde pelo prefácio da obra, a narrativa transparente, sem exageros retóricos, mostra que, para o autor, o enredo é tão importante quando a linguagem. “Essa é a história do maior arranha-céu do mundo, uma obra que sufoca os ânimos do engenheiro responsável, João Gaspar, e seus operários. Tanta força de trabalho e energia despendidas nas horas do dia, para uma obra de valor e finalidade duvidosos, faz nascer conflitos e desesperança. Afinal de contas, até onde se esperar chegar com esse edifício? Quem espera e pra quê? Quando a obra finalmente será concluída e, diante dessa conclusão, qual seria o destino de todos os envolvidos?”.

Originalmente publicada em 2011, a obra Sete minutos depois da meia-noite (Novo Conceito, 160 pp, R$ 29,90) -- inicialmente escrita por Siobhan Dowd, morta em 2007, e continuada por Patrick Ness -- narra a história de Conor O’Malley, um garoto de 13 anos que, apesar da pouca idade, está com muitos problemas na vida. A mãe dele está muito doente, passando por tratamentos rigorosos. Os colegas da escola agem como se ele fosse invisível, exceto Harry e seus amigos que o provocam diariamente. A avó de Conor, que não é como as outras avós, está chegando para uma longa estadia. E, além do pesadelo terrível que o faz acordar em desespero todas as noites, às 00h07 ele recebe a visita de um monstro que conta histórias sem sentido. O monstro vive na Terra há muito tempo, é grandioso e selvagem, mas Conor não teme a aparência dele. Na verdade, ele teme o que o monstro quer, uma coisa muito frágil e perigosa. O monstro quer a verdade. A adaptação cinematográfica estreou ontem (5) nos cinemas.

Um dos maiores fenômenos da cultura pop mundial, a franquia Star Wars faz parte do imaginário de várias gerações. É difícil encontrar alguém que, mesmo não tendo visto os filmes – ou não gostado deles – desconheça a existência de figuras como Darth Vader ou Yoda. Os motivos para o sucesso são vários; para além de uma boa obra de entretenimento, Star Wars pode ser observado sob as mais diversas perspectivas, que vão de política a religião, de capitalismo a conflitos familiares. Em O mundo segundo Star Wars (Record, 252 pp, R$ 39,90 – Trad.: Ricardo Donielli), o professor Cass R. Sunstein destrincha estas referências e possíveis leituras para os filmes. Como na saga, o livro é dividido em episódios. Nos três primeiros, Sunstein trata de detalhes e bastidores da produção dos primeiros filmes. Na segunda parte, Sunstein começa a mergulhar nos diversos possíveis significados que emergem dos filmes, e em alguns de seus temas mais importantes. A terceira parte expande essa investigação e detalha outros assuntos que geram reflexão a partir da saga: rebeliões, república, direito constitucional, economia e insurgência política.

Em 1898, a Inteligência Militar da Grã-Bretanha vitoriana convocou uma liga de indivíduos extraordinários, incluindo o velho explorador Allan Quatermain e o monstruoso Edward Hyde, para combater ameaças como a Invasão Marciana ocorrida naquela época. Esse grupo, entretanto, foi apenas um de muitos a servir secretamente o Império através dos séculos. Existem boatos de que os registros dessas diversas equipes foram reunidos em um só arquivo, o lendário Dossiê Negro, guardado a sete chaves no inexpugnável quartel-general do MI5 em Vauxhall Cross. A partir dessa história, Alan Moore (textos) e Kevin O´Neill (ilustrações) criaram o livro Dossiê Negro (Devir, 208 pp, R$ 179), volume que reúne quadrinhos, documentos, fac-símiles, fotos, mapas e outros itens especiais produzidos exclusivamente para os fãs brasileiros.

Retratar a vida nua e crua, e não como um conto de fadas. Essa é a proposta do livro Caçada Russa & outros relatos (Penalux, 108 pp, R$ 32), do escritor e jornalista baiano Flávio VM Costa. A obra ficcional apresenta ao leitor a vida de pessoas comuns que precisam enfrentar seus dilemas pessoais e frustrações cotidianas. O livro reúne 15 contos ambientados, em sua maioria, na cidade de Salvador. Os personagens são pessoas comuns que enfrentam o peso das obrigações cotidianas, da família, do trabalho, da escola, da religião e da ordem social. Os relatos retratam uma realidade bem conhecida daqueles que sobrevivem nos centros urbanos: a violência brutal usualmente propagada e agravada por crises econômicas e desigualdades sociais. A origem do título deriva de uma carta do escritor russo Anton Tchekhóv (1860-1904), mestre do conto moderno. Nela, é descrita uma caçada frustrada, na qual é morto, gratuitamente, um pássaro belo.