A autobiografia da cantora Rita Lee (Globo) vendeu 3.246 exemplares e virou hit de sucesso na lista de não ficção. A eterna rainha do rock deixou para trás Novos caminhos, novas escolhas (Objetiva), que estava no topo há duas semanas, e o Tá gravando. E agora? (Paralela), que ficou nove semanas consecutivas em primeiro lugar na lista de não ficção. Nem precisa pedir desculpa pelo auê! Harry Potter e a criança amaldiçoada (Rocco) se manteve no primeiro lugar da lista geral, com 20.197 exemplares e já é o sexto livro mais vendido na lista infantojuvenil anual. No ranking das editoras, o Grupo Companhia das Letras voltou ao topo após sete semanas. Com 15 títulos, o grupo deixou a Intrínseca, com 13, e a Sextante, com 12, para trás. Clique no Leia Mais para conferir outros destaques da lista desta semana.

A Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, marcada para acontecer de 25 de abril a 15 de maio de 2017, terá pela segunda vez o NuevoBarrio, área que reúne editoras (argentinas ou não) estreantes no evento. O projeto tem como objetivo promover a bibliodiversidade e dar a novas editoras a chance de apresentar seus projetos e ideias para o mercado editorial latino-americano. A feira oferece gratuitamente o estande já montado e uma série de benefícios. Para fazer parte do NuevoBarrio, as editoras precisam estar no mercado há mais de três anos, ter mais de 15 títulos publicados e não ter participado como expositoras no ano anterior. As inscrições se encerram no dia 24 de novembro e qualquer dúvida pode ser esclarecida no e-mail profesionales@el-libro.org.ar.

Este ano, tive a oportunidade de representar o Brazilian Publishers no maior evento de literatura dos Emirados Árabes Unidos: a 35ª Feira Internacional do Livro de Sharjah. O evento, que aconteceu de 2 a 12 de novembro e recebeu mais de 2 milhões de visitantes, foi antecedido pela Jornada Profissional de Editores, da qual também participei. Embarquei para os Emirados Árabes com oito reuniões agendadas, todas com editoras interessadas em comprar direitos autorais das editoras presentes no catálogo do Brazilian Publishers. Compras que, se realizadas, contarão com o incentivo da Bolsa Tradução de U$ 350 mil oferecida pela Feira de Sharjah, exclusivamente para aqueles que participam da Jornada Profissional de Editores. Depois dos dias que passei em Sharjah, concluí que existe todo um novo mundo a ser descoberto pelas editoras brasileiras e que Sharjah talvez seja um interessante ponto de partida e de apoio para contar essa história. Seja indo até os Emirados Árabes Unidos, seja aproveitando a oportunidade de ter Sharjah como país homenageado na Bienal Internacional do Livro de São Paulo em 2018. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra do artigo.

Com o tema Eu quero liberdade, a quarta edição da FlinkSampa- Festa do Conhecimento, Literatura e Cultura Negra começa hoje e vai até amanhã (19) com uma programação que conta com debates literários e sociais, lançamentos de livros, mostra de cinema, entre outras atividades culturais, focando sempre em questões relacionadas aos direitos dos negros e a favor do fim do panorama de exclusão. O evento que acontece no Memorial da América Latina e nos Campi da UNINOVE e da Universidade Zumbi dos Palmares, em São Paulo, tem como homenageado deste ano o advogado abolicionista e poeta Luiz Gama; e como carro-chefe da programação, a Festa Literária que reunirá diversas atrações com foco na produção literária de autores negros. Entre os convidados estão escritores como Ana Paula Maia, Ferréz e Paulo Lins e convidados internacionais como Antônio Quino, Jesse Jackson, Carlos Moor, Teresa Cárdenas, entre outros. A programação completa da festa você confere clicando aqui.

A Escola do Livro e a CBL oferecem a palestra a distância Como obter sucesso nos eventos do mercado. Ministrada por Marcus Cacais, o objetivo é fazer com que o aluno entenda todo processo da organização de sessões de autógrafos e eventos de lançamento de livros. Desde a escolha do local e da data, bem como as estratégias mais adequadas de divulgação para cada formato. O conteúdo pode ser acessado no computador, tablet ou celular. Cada aluno recebe uma senha de acesso e tem um prazo de 30 dias para assistir à palestra, a partir do primeiro acesso. O custo é de R$ 50 para associados da CBL, R$ 80 para associados de entidades congêneres, professores e estudantes e R$ 100 para não associados. Para informações e inscrições é só mandar e-mail para escoladolivro@cbl.org.br.

O Prêmio Oceanos e o Centro Universitário Maria Antonia (Rua Maria Antonia, 294, Vila Buarque – São Paulo / SP) dão continuidade, na próxima segunda-feira (21), às 19h, à série de encontros com autores semifinalistas da premiação deste ano. Nesta mesa, com mediação do jornalista e crítico literário Manuel da Costa Pinto, curador do Oceanos, o escritor português Gonçalo M. Tavares e Nuno Ramos falam sobre suas trajetórias e, em especial, sobre os livros selecionados para o prêmio. No romance Uma menina está perdida no seu século à procura do pai (Companhia das Letras), Gonçalo M. Tavares faz do relato sobre uma garota deficiente que vaga pela Europa do pós-guerra uma imagem das aberrações de um século cujas ruínas encontram na poética de Sermões (Iluminuras), de Nuno Ramos, uma arqueologia de vivências e corpos danificados que se apropria da retórica da prédica para fazer uma exortação terminal ao obsceno.

O Sempre um Papo e o Sesc Bom Retiro recebem o escritor Eduardo Spohr para o debate e o lançamento do livro Filhos do Éden: Universo expandido (Verus / Record). Feito em parceria com o ilustrador Andrés Ramos, a enciclopédia ilustrada é um guia definitivo com detalhes sobre a saga, dicas para escrever uma fanfiction e um manual de RPG. O projeto, pioneiro na literatura nacional, complementa a tetralogia que já vendeu mais de 900 mil exemplares. A obra levou três anos para ficar pronta e se aprofunda na história dos personagens da tetralogia, apresenta as castas, amplia os cenários e cria uma cronologia com os principais acontecimentos da série. O evento gratuito acontece na próxima terça (22), às 19h30, no Sesc Bom Retiro (Al. Nothmann, 185, Bom Retiro - São Paulo / SP).

O dramaturgo e escritor Mário Bortolotto é o próximo convidado do projeto Um Escritor na Biblioteca. O encontro gratuito acontece no dia 23 de novembro, às 19h30, no auditório da Biblioteca Pública do Paraná (Rua Cândido Lopes, 133 - Curitiba / PR). Durante o bate-papo, Mário falará, entre outros assuntos, sobre sua carreira e relação com os livros e as bibliotecas. Nos anos 1980, o escritor fundou o grupo teatral Cemitério de Automóveis, em Londrina, sua cidade natal. Desde então, escreveu, dirigiu e atuou em dezenas de peças. Em 2000, recebeu o Prêmio APCA pelo conjunto da obra e o Prêmio Shell de Melhor Autor por Nossa vida não vale um Chevrolet — peça que em 2008 ganhou uma adaptação cinematográfica dirigida por Reinaldo Pinheiro. Bortolotto também tem uma produção extensa em outros gêneros da literatura, como poesia, conto e romance. Entre seus livros de ficção, destacam-se o romance Bagana na chuva e a coletânea de poemas Um bom lugar para morrer.

Logo mais, às 18h, o narrador esportivo Rogério Corrêa e o escritor José Santos lançam o livro infantojuvenil Uma história em jogo (SESI-SP Editora), na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP). O livro conta a história de dois professores e seus alunos que se unem contra o fechamento de uma escola e um vilão incansável que faz de tudo para atrapalhar. A narrativa leve e despojada promete agradar em cheio quem gosta de esportes e literatura.

Na próxima segunda (21), às 23h, o GNT estreia a minissérie Lúcia McCartney, dirigida por José Henrique Fonseca, e inspirada em um dos personagens mais marcantes do escritor Rubem Fonseca. Responsável por consagrar o autor como um dos renovadores do conto brasileiro, a história da sonhadora Lúcia, interpretada por Antônia Morais, será contada em oito episódios. Produzida pela Zola e com roteiro assinado por Gustavo Bragança e pelo próprio José Henrique, a ficção traz Eduardo Moscovis como José Roberto, o homem cheio de mistérios que vai mudar a vida da garota de programa. A obra foi consagrada com o Prêmio Jabuti na categoria Contos / Crônicas / Novelas em 1970 e apresenta uma história repleta de intrigas, romances e momentos inesperados que se passa no Rio de Janeiro, ano de 1969, ditadura militar.

O LabEmília, projeto encabeçado pela colunista do PublishNews Dolores Prades, lançou o Prêmio LabEmília, que quer escolher o melhor projeto de álbum ilustrado de 2016. Podem participar ilustradores em início de carreira, que tenham até três livros já publicados. Serão escolhidos três trabalhos inéditos e um deles ganhará o prêmio especial que dará uma ajuda de custo no valor de 800 euros para participar da Feira do Livro Infantil e Juvenil de Bolonha (3 a 6/04). O prêmio está condicionado à ida do ganhador para a feira. Os interessados devem fazer suas inscrições até o próximo dia 27. Acesse o site da LabEmília para mais informações.

Pedro Jaime aborda, no livro Executivos negros (Edusp, 658 pp, R$ 50), a inclusão do negro na sociedade brasileira a partir da investigação do racismo e da diversidade no contexto empresarial paulistano, dando espaço, nesta obra, para as vozes de uma categoria social que denomina de “executivos negros”. Além de apresentar um levantamento numérico e qualitativo destes indivíduos e do cargo que ocupam, o autor também recorre à etnografia e à reconstrução de narrativas biográficas para mapear a trajetória profissional de duas gerações de executivos negros em São Paulo, nas quais baseia seu estudo. Deste modo a obra capta o quadro de mobilidade desse grupo e o conjunto de fatores que a determinam, deixando em evidência as grandes mudanças na construção destes percursos profissionais entre 1970 e o começo do século XXI.O lançamento do livro acontece neste domingo (20), das 11h30 às 14h30, na Livraria da Vila (Rua Fradique Coutinho, 915 – São Paulo / SP).

O livro dos negros (Primavera Editorial, 408 pp, R$ 39,90), de Lawrence Hill, conta a história de Aminata Diallo, uma das personagens femininas mais fortes e marcantes da ficção contemporânea. Aminata foi sequestrada, ainda criança, na África, e vendida como escrava na Carolina do Sul. Após a Revolução Americana, ela foge para o Canadá e escapa da vida de escrava para tentar uma nova vida em liberdade. O nome O livro dos negros se deu devido ao documento histórico, mantido por oficiais navais britânicos, ao fim da Revolução Americana. O documento oficializou os negros que serviram ao rei na Guerra e fugiram para Manhattan, no Canadá, em 1783. Apenas os negros que estivessem no Livro dos Negros poderiam escapar e conseguir sua liberdade. Aminata Diallo percorre toda uma longa trajetória com a finalidade de conseguir entrar no livro dos negros e conquistar sua liberdade.

E se a cura para a sua doença estiver bem longe de uma prateleira de farmácia? Esqueça os comprimidos e xaropes. A botica de Ella Berthoud e Susan Elderkin, autoras de Farmácia literária (Verus / Record, 376 pp, R$ 44,90 – Trad.: Cecília Camargo Bartalotti) está cheia de livros. Nesta bula literária, não há contraindicações e o prontuário médico não faz distinção entre dor física ou emocional. Seja qual for a sua necessidade, um livro (talvez dois, ou três) pode ser o elixir perfeito. Em casos de coração partido, por exemplo, Jane Eye, de Charlotte Brontë. Se o problema é medo de envelhecer, nada como O perfume de Jitterbug, de Tom Robbins para dar aquela receita da juventude. Se é preciso curar o mau humor, A ilha do dr. Moreau, de H.G. Wells, pode deixar tudo mais tranquilo. Mas se o problema for o desemprego, Crônica do pássaro da corda, do romancista japonês Haruk Murakami, é capaz de trazer um ânimo extra.

Contextualizando a importância da evolução e da variedade e ecossistemas de seres, idiomas, culturas e sociedades para salvar o planeta e a espécie humana, o autor Pascal Picq dividiu o livro A diversidade em perigo – De Darwin a Lévi-Strauss (Valentina, 272 pp, R$ 44,90) em três partes. Na primeira, o leitor embarca com Charles Darwin e Claude Lévi-Strauss na descoberta da diversidade natural e cultural, selvagem e doméstica. Na segunda, segue os caminhos da evolução e os cruza com os mecanismos da coevolução na origem da biodiversidade de ontem e de hoje. E, na terceira, aborda como a erosão que sofre a diversidade doméstica, criada pelos agricultores há dez mil anos, sob o efeito dos choques culturais e de novas práticas agrícolas impostas por grandes empresas, ou pelas políticas de agências internacionais em nome do desenvolvimento tornou-se insuportável.

Em A sociedade feudal (Edipro, 464 pp, R$ 119 – Trad.: Laurent de Saes), Marc Bloch – um dos mais renomados historiadores do século XX – extrapola os limites alcançados pelos estudos medievalistas e desvenda o que está além das instituições e dos poderes político, jurídico e religioso: o feudalismo como força viva; o homem, a partir de seu modo de viver e de pensar; os principais traços da civilização europeia entre a metade do século IX e o início do século XIII. Adotando um enfoque interdisciplinar, o autor supera os limites das abordagens restritas ao estudo técnico e cumpre seu objetivo de decompor a estrutura da sociedade feudal – desde as origens e a natureza do feudo, passando pelas relações familiares e as relações de dependência, seus rituais, hábitos e costumes sociais – e desnudar o percurso que conduziu as sociedades feudais ao que viriam a se tornar os Estados-nação. Nesta obra, expressa com clareza o teor de sua contribuição para a história medieval, a variedade de fontes empregada em seus estudos e o rigor de sua análise.