O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), cujo orçamento ultrapassa a casa dos R$ 30 bilhões e que em 2015 gastou R$ 1.112.384.776,97 na compra de livros, tem um novo presidente. Trata-se de Gastão Vieira. Maranhense, o novo presidente é ligado ao Partido Republicano da Ordem Social (Pros), que tem seis deputados na Câmara dos Deputados, dois deles na Comissão Especial do Impeachment da presidente Dilma. Em entrevista ao jornal O Globo, Gastão negou que a nomeação foi estratégia do governo contra o impeachment. Gastão, que foi ministro do Turismo de Dilma entre 2011 e 2014, entra no FNDE no lugar de Antonio Idilvan Alencar, que estava no cargo desde fevereiro do ano passado.

Entrou em pré-venda na SP-Arte, feira de arte da América Latina que acontece em São Paulo até domingo (10), o livro Inquérito policial: família Tobias (Lote 42, R$ 49,90), do escritor Ricardo Lísias. No stand da Banca Tatuí no evento é possível manusear o boneco da obra e adquiri-la. O livro continua a série de e-books Delegado Tobias, publicados pela e-galáxia entre setembro e outubro de 2014. Os livros digitais expunham uma trama formada por colagens de texto, imagens, documentos, notícias sobre a própria obra e comentários de leitores. Alguns meses depois da conclusão da série, na vida real, o autor recebeu uma intimação para depor na Polícia Federal de São Paulo, em um inquérito aberto contra ele por “falsificação de documento público”. A acusação omitia que se tratava de uma obra literária. A obra segue a mesma estética do Delegado Tobias, unindo textos, imagens e documentos.

O livro do renomado crítico social, linguista, filósofo e historiador norte-americano Noam Chomsky, Who rules the world?, teve seus direitos comprados para a publicação no Brasil pelo selo Crítica, recém-lançado pela Planeta. A obra faz um panorama das ações globais dos EUA em relação a outros países como Cuba e China, e a partir disso inicia um debate acerca de quanto o discurso da liberdade e democracia feito pelos governantes americanos, é de fato coerente com as ações praticadas pelos mesmos. A assessoria de imprensa da editora confirmou que a publicação do livro no Brasil sairá até o fim do ano. Os direitos foram negociados pela Agência Riff.

O Comitê Rio 2016 e a Casa da Palavra, editora do grupo LeYa, vão lançar em junho cinco títulos oficias para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Os títulos são: Programa Oficial dos Jogos Olímpicos Rio 2016 e Guia Rio para o público em geral acompanhar o dia a dia dos Jogos e aproveitar melhor a cidade; Livro de Atividades e Livro dos Mascotes Vinicius e Tom para o público infantil; e a 3ª edição revista e ampliada do Almanaque Olímpico, de Marcelo Barreto e Armando Freitas, este último em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil.

Um grupo de jovens faz o que pode para sobreviver a um ataque de zumbis. O fim se aproxima e não há para onde fugir. Trancafiados em um reformatório para delinquentes, eles irão descobrir que a prisão pode ser o único lugar seguro na face da Terra em Fort of Apocalypse, ou Apocalypse no Toride, o oitavo mangá anunciado em 2016 pela JBC. Com um total de 10 volumes, publicados pela editora Kodansha, o livro foi publicado no Japão entre 2011 e 2015, com o traço de Kazu Inabe e roteiro de Yuu Kuraishi.

O escritor argentino Eduardo Sacheri venceu nesta terça-feira (5) o Prêmio Alfaguara de Romance 2016 com o livro La noche de la usina, anunciou a presidente do júri, a escritora espanhola Carme Riera, em Madri. Ele receberá 175.000 dólares, uma escultura de Martín Chirino e a publicação simultânea da obra na Espanha, América Latina e Estados Unidos. Sacheri narra no livro uma história situada em uma pequena localidade da província de Buenos Aires no início do nosso século, pouco antes do governo de Fernando de la Rua impor o 'corralito' financeiro".

A Casa do Saber Rio O Globo (Av. Epitácio Pessoa, 1.164, Lagoa, Rio de Janeiro/RJ) realiza no dia 27 de abril o curso De Gutenberg ao e-book - Uma discussão contemporânea sobre a produção editorial. A atividade vai abordar como as leis vêm acompanhando as mudanças na produção e consumo dos livros, quais os papéis, os direitos e as obrigações de autores, editores e leitores e como fica a questão da herança de licença no caso dos livros eletrônicos. O encontro inicia às 20h, com condução do nosso colunista Gustavo, Martins de Almeida.

Estão abertas até o dia 20 de maio as inscrições de trabalhos para o 7ª Seminário de Literatura Infantil e Juvenil e II Seminário Internacional de Literatura Infantil e Juvenil e Práticas de Mediação Literária - Linguagens Poéticas pelas Frestas do Contemporâneo, que acontece na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. Os eventos acontecem de 26 a 28 de setembro deste ano. O participante deverá escolher um dos Simpósios Temáticos para a modalidade Comunicação Oral. Cada um deles receberá o mínimo de oito trabalhos e o máximo de 16. O trabalho na íntegra deverá ser enviado somente após o recebimento da Carta de Aceite, assim como o pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 50 para cada autor do trabalho. Para conferir as normas para a submissão de trabalhos, clique aqui.´Dúvidas são esclarecidas pelo e-mail contato@slij.com.br.

Dentro da programação da Bienal do Livro de Minas (15 a 24/04), acontece o 10º Seminário Beagalê: leitura e literatura na primeira infância. O objetivo da iniciativa é contribuir para a capacitação de bibliotecários, professores e mediadores da literatura no desenvolvimento de ações que estimulem o hábito da leitura e abrir um espaço para reflexão sobre leitura, literatura, livro e bibliotecas. O Beagalê acontece nos dias 18 e 19 de abril, no Expominas (Av. Amazonas, 6200, Gameleira, Belo Horizonte/MG). Para mais informações e inscrições, clique aqui.

Seguem abertas as inscrições para a Oficina de narrativas de suspense e terror, que a Estação das Letras (Rua Marquês de Abrantes, 177, Flamengo, Rio de Janeiro/RJ) realiza de 16 de abril a 11 de junho, quinzenalmente, sempre aos sábados, das 10h às 13h. A proposta é mostrar alguns exemplos de narrativas na literatura e no cinema, o que Poe, Lovecraft, King e outros mestres têm em comum, a regra básica de Hitchcock, a criação da situação inicial do texto, estrutura e desenvolvimento. Os encontros serão conduzidos pela jornalista, escritora e editora, professora Rosa Amanda Strausz.

Com o aumento da concorrência no setor de educação e a deterioração na economia, os grandes grupos de ensino estão de olho em um novo segmento: a consultoria e prestação de serviços para escolas menores, sem gestão profissionalizada. A Somos Educação, por exemplo, quer deixar de ser uma fornecedora de conteúdo e se transformar em um grupo de serviços educacionais. A recente aquisição da editora Saraiva chamou atenção porque pareceu ir contra a tendência de redução do mercado de livros didáticos, mas foi planejada sob essa nova estratégia da companhia. A ideia é que a escola adquira o portfólio de livros da Somos e tenha acesso a serviços como compra conjunta de materiais, capacitação de professores, ações para captação e retenção de matrículas e ofertas de cursos no contra-turno. "O conteúdo didático já está disponível na internet. O diferencial daqui para a frente é a forma de aprendizado e os processos de gestão", destaca Eduardo Mufarej, presidente da Somos Educação.

Foi com Nélida Piñon que Ignácio de Loyola Brandão aprendeu a usar uma roupa nova ao começar um romance, ou um artigo importante. “Ela quer ser digna do texto que vai escrever. Achei isso muito bonito”, conta. E assim começa sua primeira crônica para o Caderno 2: “Vesti roupa nova antes de me sentar e escrever este texto. É bom. Uma roupa simples, confortável”. O autor de Zero e Não verás país nenhum já era cronista do Estado desde setembro de 1993, mas em Cidades. Em 22 de dezembro de 2000, com Tantas boas festas. Quantas de coração?, ele passaria a ocupar o espaço que mantém até hoje, às sextas-feiras. Quase metade do tempo de vida do Caderno 2, que celebrou 30 anos nesta quarta-feira (6). Há mais tempo que ele, só Luis Fernando Verissimo, que chegou em 1989. Na grade de cronistas, ainda, Milton Hatoum, Vanessa Barbara, Humberto Werneck, Marcelo Rubens Paiva, Sérgio Augusto, Lúcia Guimarães, Roberto DaMatta e Fábio Porchat. Para celebrar o aniversário do seu caderno de cultura, o Estadão convidou esses cronistas para relembrarem suas primeiras crônicas. Veja o resultado clicando aqui.

Truman Capote sempre quis ser escritor. Certa vez declarou que aos 11 anos já tentava, de forma obsessiva, aperfeiçoar suas habilidades literárias. Primeiros contos de Truman Capote (José Olympio, 160 pp; R$ 32,90 - Trad. Clóvis Marques) reúne 14 textos produzidos pelo autor em sua adolescência e juventude – bem antes de sucessos como A sangue frio e Bonequinha de luxo. Descobertos em 2013 nos arquivos da Biblioteca Pública de Nova York, os textos antecipam alguns dos temas favoritos do autor: a vida nas pequenas cidades norte-americanas, os tipos do sul do país e as experiências de personagens outsiders. Alguns deles foram veiculados originalmente pela revista da escola que Capote frequentava; outros nunca chegaram a ser publicados.

Em O escritor proibido (Global Editora, 96 pp., R$ 35), Orígenes Lessa traz contos que rendem histórias surpreendentes, irônicas e bem-humoradas. O ponto de partida revela a história de um autor imoral, de livros indecentes, que se revela um tímido ao ser abordado por uma garota mais atirada, ou um aprendiz de repórter, num jornal suburbano, humilhado por colegas, que fez carreira brilhante longe da redação que o desprezou. A edição reúne dois importantes textos da fortuna crítica do autor, ambos inéditos em livro até o momento: o primeiro deles é a resenha profética de recepção de O escritor proibido, assinada por Medeiros e Albuquerque no Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, em 1929, e o segundo, a íntegra da nota crítica publicada no mesmo ano pelo Jornal do Brasil, de João Ribeiro. O escritor proibido é o livro de estreia de Orígenes Lessa, que lhe abriu uma carreira de 60 anos de intensa produção.

Uma estranha na cidade (Dublinense; 144 pp.; R$ 36,90) marca a estreia da autora Carol Bensimon no terreno da não ficção. Agora ela aborda as peculiaridades e as angústias de uma geração que, enquanto aprende a decodificar o mundo, tenta ser compreendida pela que a antecedeu. Aqui estão reunidas crônicas publicadas no jornal, reflexões veiculadas em blogs e ainda um ensaio inédito sobre a busca pelo genuíno em uma cidade-fantasma dos Estados Unidos. As pautas são múltiplas: planejamento urbano e o espaço das pessoas nas cidades, viagens, tecnologia e sua interferência no cotidiano, novos paradigmas do consumo e até mesmo as maneiras contemporâneas de expressão sentimental e sexual.

O escritor peruano Julio Ramón Ribeyro é reconhecido como um grande pensador. Prosas apátridas (Rocco; 160 pp.; R$ 34,50 - Trad.: Gustavo Pacheco), que integra a coleção Otra Língua, é prova disso. A edição, a definitiva, de 1982, reúne 200 fragmentos curtos, a maioria não ocupando mais de uma página. Muitas das notas nascem da observação de vizinhos (estranhamente, quase todos calvos) e de viagens no metrô parisiense. Leitor de Balzac e Montaigne, fumante inveterado, apreciador do vinho francês, o peruano morreu em 1994, dias depois de receber o Prêmio Juan Rulfo pelo conjunto da obra. Em seu túmulo, em Lima, está reproduzida a última destas “Prosas apátridas”: “A única maneira de continuar vivendo é manter serena a corda de nosso espírito, tenso o arco, apontando em direção ao futuro”.