Na última segunda-feira (28), a Câmara Brasileira do Livro (CBL) expediu um ofício a Antonio Idilvan de Lima Alencar, presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), externando a sua preocupação e indignação com a inadimplência do Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE Temático). No documento, Luís Antonio Torelli, presidente da CBL, diz que as 36 editoras que aceitaram participar do programa têm procurado a entidade em busca de soluções para a falta de pagamento. No documento enviado ontem ao FNDE, Torelli lembra que a autarquia procurou a CBL para ajudar a agilizar o contato com as editoras e informá-las sobre as condições comerciais para a compra das obras. "No ofício [enviado em outubro à CBL], afirma-se que há ‘orçamento disponível’, em função do qual ‘os valores já negociados serão mantidos’. Ora, não existem, então, razões plausíveis para o não pagamento, em especial se considerarmos que as editoras aceitaram as condições, produziram os livros e os entregaram no prazo”, argumenta Torelli no ofício ao qual o PublishNews teve acesso com exclusividade. Clique no Leia Mais, veja detalhes do documento enviado ontem ao FNDE e relembre os principais capítulos da novela do PNBE Temático.

Desde o fim do ano passado, Marisa Moura tem contado a história de uma misteriosa funcionária de uma agência literária. Por telefone, ela já falou com um aspirante a autor que pretendia escrever uma novela cujo protagonista é um vampiro de uma tribo indígena cujos moradores são loiros dos olhos azuis. Depois, uma nova ligação. Do outro lado, uma autora cujos escritos tinham uma forte pegada cinematográfica. “E toca o telefone” novamente. Quem está do outro lado da linha está muito preocupado com o que leu no contrato que a agente preparou. Mas as perguntas continuam: quem é a misteriosa funcionária? Como ela pode dar dicas tão pertinentes? Clique aqui para ler as histórias anteriores e no Leia Mais para o novo capítulo dessa saga.

Há três anos aproximadamente me encontrei no centro de Campinas, no interior de São Paulo, Aldo Bocchini Neto, o fundador da Livraria da Vila, que hoje vive tranquilamente com seu sebo virtual na cidade. Nesse papo falamos das mudanças do mercado como um todo, da tendência das livrarias mais tradicionais a se transformarem em redes, das fragilidades do mercado. Em dado momento perguntei se com toda a experiência adquirida e conhecimento do mercado abriria uma livraria novamente, sem pestanejar respondeu prontamente “uma livraria geral com certeza NÃO”. E completou o raciocínio, “hoje não há mais lugar para uma livraria geral com início heroico, virou briga de cachorro grande, ou começa com muito dinheiro, o que pouca gente tem, e provavelmente quem tem não vai investir numa livraria, ou abre uma livraria segmentada muito boa em acervo e serviços”. O que ele disse na ocasião a cada dia é mais presente na realidade do mercado editorial. Acredito que esse caminho agora seja sem volta: criar uma livraria independente hoje passa obrigatoriamente pela segmentação, além de primar pela competência de atendimento. Clique no Leia Mais e veja a íntegra do artigo de Carlos Ferreira.

Em 2014, em meio às comemorações do centenário de nascimento do escritor argentino Julio Cortázar, a Civilização Brasileira relança a obra do autor, com projeto gráfico e capas renovados. Entre os títulos estão Diário de Andrés Fava (128 pp.; R$ 29,90 – Trad. de Mario Pontes), escrito em 1950, e 62: modelo para armar (256 pp.; R$ 47,90 Trad.: Glória Rodríguez), obra publicada originalmente em 1968. No título, Cortázar apresenta um desdobramento da narrativa do capítulo 62 de O jogo da amarelinha, seu romance mais famoso. Publicado originalmente em 1968, a trama do livro passeia por diferentes cidades e pula de um personagem a outro, questionando as estranhas leis que regem coincidências e causalidades. Já Diário de Andrés Fava foi concebido como parte da obra El examen, que tem Andrés Fava como um dos protagonistas. O Diário foi excluído do corpo do romance, mas conservado pelo autor e depois publicado separadamente.

Estão abertas as inscrições para o curso Edição independente e formação de catálogo long-seller, que a Universidade do Livro (Praça da Sé, 108 - Centro, São Paulo/SP), realiza nos dias 12 e 13 de abril, das 18h30 às 21h30. No curso, Cide Piquet, que desde 1999 trabalha na Editora 34, vai mostrar um panorama da história e filosofia de trabalho na Editora 34, apresentando e comentando algumas de suas principais coleções e procedimentos internos, sobretudo em relação à formação de catálogo, relacionamento com autores e tradutores e as diversas etapas do trabalho textual. Para mais informações e inscrições, clique aqui.

O b_arco (Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426, São Paulo / SP) está com as inscrições abertas para o curso Como escrever um romance, com aulas entre 4 de abril e 20 de junho, às segundas-feiras, das 20h às 22h. A atividade, conduzida pela escritora Carola Saavedra, vai oferecer as ferramentas fundamentais para escrever um romance a partir das necessidades específicas de cada aluno. Durante os 12 encontros o participante poderá escrever o seu próprio romance, que será, em parte, lido e comentado em sala de aula. Clique aqui para mais informações e inscrição.

As etapas do processo de edição de livros e outros tipos de suportes de publicação, os bastidores do livro e os diferentes conteúdos editoriais estão no curso Produção e Tratamento de Texto: teoria, prática e capacitação que Michelle Strzoda, diretora editorial da Babilonia Cultura Editorial, vai ministrar na Estação das Letras (Rua Marquês de Abrantes, 177, Flamengo, Rio de Janeiro / RJ). Os encontros acontecem aos sábados, entre 02 de abril e 07 de maio, das 10h às 13h. As inscrições podem ser feitas pelo site da Estação das Letras.

Hoje, 29, quando completa um ano de vida, a Carambaia é que vai presentear os leitores. Para comemorar a data, a editora realiza uma promoção, oferecendo desconto de 20% em todos os livros de seu catálogo, durante 24 horas. Atualmente, o catálogo é formado pelos seguintes títulos: Soldados rasos, do australiano Frederic Manning, Juncos ao vento, da italiana Grazia Deledda, Homens em guerra, do húngaro Andreas Latzko, Salões de Paris, do francês Marcel Proust, O dia do gafanhoto e outros textos, do norte-americano Nathanael West, Memórias de um empregado, do italiano Federigo Tozzi, Coleção João do Rio, caixa com três volumes: Crônica, Teatro, Folhetim, Contos, do norte-americano O. Henry, e Caixa Korolenko, com dois livros do russo Vladimir Korolenko. O desconto é exclusivo para compras realizadas no site da Carambaia, das 0h às 23h59 de hoje.

Para quem não mora em São Paulo ou ainda não pôde conhecer a Casa Guilherme de Almeida (Rua Macapá, 187, Pacaembu, São Paulo / SP) agora há a possibilidade de fazer uma visita virtual ao museu por meio da plataforma digital Google Cultural Institute. O internauta poderá percorrer virtualmente todos os ambientes do museu. Também tem a opção de obter informações sobre a vida e obra do poeta modernista, além de ver itens de obras de arte do acervo da Casa em altíssima resolução, por meio da Art Câmera, que faz parte do Google Art Project – sistema que registra imagens de obras de arte em museus do todo o mundo. Para ver o acervo virtual da Casa Guilherme de Almeida no Google Cultural Institute, clique aqui.

A Fundação Dorina Nowill para Cegos apostou em uma campanha para comemorar os seus 70 anos, celebrados em 2016. Assinada pela agência nova/sb, a iniciativa revela um universo de possibilidades, sentimentos e sensações. “O mundo vai além do que você enxerga. Feche seus olhos”, é um convite trazido em cartazes, vídeos e spots que serão veiculados durante todo este ano, buscando sensibilizar a sociedade para aproximar realidades que fazem parte de um mesmo mundo, mas que ainda caminham para estar mais conectados. Durante todas essas décadas de atuação, a organização sem fins lucrativos e de caráter filantrópico produziu mais de seis mil títulos e dois milhões de volumes impressos em braille. Além disso, contribuíram com o acervo nacional produzindo mais de 2.700 obras em áudio e cerca de outros 900 títulos digitais acessíveis. São mais de 1.100 pessoas reabilitadas, por ano, e mais de 17 mil pessoas foram atendidas nos serviços de clínica de visão subnormal, reabilitação e educação especial da Fundação.

A cidade catarinense de Joinville se prepara para receber a 13ª Feira do Livro. O evento começa no dia 1ª de abril e segue até o dia 10 do mesmo mês. Na programação, além da feira de livros, haverá encontro com autores, bate-papos, horas de conto, recitais e espetáculos. A programação completa pode ser acessada aqui

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (Puc-SP) receberá entre os dias 28 e 30 de abril a 16ª edição do Congresso Brasileiro de Língua Portuguesa. Com o tema Língua Portuguesa: história, memória e intersecções lusófonas, o evento será realizado pelo Instituto de Pesquisas Linguísticas Sedes Sapientiae para Estudos de Português (IP-PUC/SP). Para informações e inscrições, clique aqui.

O ganhador do Nobel de literatura, Mario Vargas Llosa dedica o livro O barco das crianças (Alfaguara; 112 pp; R$ 49,90) ao público mais jovem. Na trama, diariamente, ao se preparar para ir à escola, Fonchito vê de sua casa um homem sentado no banco do parque, contemplando o mar. Intrigado, resolve ir ao seu encontro e perguntar o que ele procura ali. O velhinho, com um sorriso nos lábios, decide compartilhar com Fonchito uma história muito antiga. Assim, sempre antes de o ônibus da escola chegar, Fonchito ouve um novo capítulo das aventuras de um barco cheio de crianças que, desde a época das Cruzadas, singra os mares do mundo. Llosa foi inspirado pelo conto A cruzada das crianças, de Marcel Schwob (1867-1905). O livro traz ilustrações de Zuzanna Celej.

Abaixo do paraíso (Rocco; 256 pp., R$ 29,50), mais recente romance de André de Leones, acompanha as fugas e as tentativas do personagem Cristiano de situar-se no mundo e, sobretudo, de encontrar-se consigo mesmo. Ele é um foragido. Dá a impressão que nem mesmo sabe de quem ou do quê. Quando a ação se inicia, está de volta a Goiânia, mochila a tiracolo, de ressaca, depois de passar cinco meses viajando sem rumo. Procura o melhor amigo e, sem outra opção, volta a trabalhar no que fazia antes. É um trabalho escuso e, quase sempre, ilícito. Cristiano é um faz-tudo do esquema político local. O autor reúne na trama uma mistura de fúria, sexo brutal, ódio incontido e denúncia de uma sociedade que aniquila os indivíduos.

Sozinho em pleno voo, enquanto viaja entre dois continentes, um jornalista carioca se ocupa de escrever uma carta. A destinatária é Eloísa, ex-namorada e ex-chefe, poderosa assessora política. Enquanto desbrava a personalidade e a trajetória da mulher, o protagonista de Uma selfie com Lenin (Record, 112 pp.; R$ 29,90) passa em revista a própria jornada, desde que era um repórter mal remunerado até se converter em redator a serviço de políticos de caráter duvidoso. Na missiva, há espaço ainda para ecos de notícias do Brasil, como as manifestações de 2013 e 2014 e o desencanto com o projeto de esquerda para o país. O título assinado pelo escritor Fernando Molica será lançado no dia 5 de abril na Livraria da Travessa de Botafogo (Rua Voluntários da Pátria, 97, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ), às 19h.

Um reflexo na escuridão (Aleph; 352 pp; R$ 44 – Trad. Daniel Lühmann), livro escrito por Philip K. Dick que serviu de base para o roteiro do filme Scanner darkly, ou O homem duplo, volta às livrarias em uma nova edição. Escrito originalmente na década de 1970, o romance se passa na Orange County do futuro. A história gira em torno do agente Fred, policial escalado para obter informações sobre a origem de uma droga chamada Substância D. Sob o nome de Bob Arctor e com um disfarce que muda até sua fisionomia, ele é infiltrado em um grupo de usuários e se vê obrigado a tomar grandes quantidades da droga para manter sua identidade em segredo. No entanto, o policial logo começa a duvidar de sua própria consciência e não sabe mais quem é de fato: um honesto policial se passando por usuário de drogas ou um viciado que, para obter acesso mais fácil às substâncias ilícitas, finge ser policial. O livro possui diversos elementos autobiográficos, tirados da experiência do autor em meio à cultura das drogas.