A Saraiva reuniu, na manhã desta quinta-feira, seus acionistas e investidores para mostrar como está se preparando para se tornar uma empresa 100% de varejo. Com a venda dos ativos editoriais da companhia para a Somos Educação (que deve ser concluída ainda esse ano), a Saraiva enfrenta agora o desafio de criar um novo posicionamento. Para combater esse cenário mais “desafiador” de 2015, a Saraiva resolveu cortar despesas. “Temos que cortar despesas como se corta as unhas. Se não cortar todos os dias, elas voltam a crescer”, disse Jorge Saraiva Neto, diretor-presidente da casa. Para isso, já simplificou a sua estrutura organizacional (em 12 meses reduziu sete diretorias e três gerências), criou um conjunto de ações para aumentar a produtividade em lojas e tem renegociado com mais firmeza contratos. A multicanalidade foi apresentada como uma das fortalezas e um dos pilares de diferenciação da empresa. Os representantes da empresa falaram ainda sobre a relação com editores, a performance do digital e do e-commerce dentro da estrutura da companhia. Além disso, traçaram um perfil dos consumidores da varejista. Clique no Leia Mais e veja a íntegra dessa matéria.

Há muita coisa neste post que antecipa conversas que teremos na Digital Book World 2016, que vai acontecer de 7-9 de março no Hilton de Nova York. “Transformação” será um tema importante nesse evento e nada significa mais “transformação” que fontes de receita que não se costumava ter. Foi realmente há 20 anos que pensei pela primeira vez que o “marketing de conteúdo” iria, pelo menos em parte, substituir “o conteúdo de marketing”. Ou, pelo menos em parte, substituir a venda de conteúdo. Mas a maneira como isso funcionou, graças a uma Amazon muito mais poderosa do que podia ser previsto na década de 1990, é que as editoras não vendem, na verdade, diretamente seu conteúdo aos consumidores com muita frequência. O trabalho principal delas é fazer com que o conteúdo seja vendido por qualquer meio possível. Editoras aprenderam que tentar tirar as vendas da Amazon para vender diretamente custa muito mais em vendas perdidas do que é possível ganhar, mesmo com margens muito melhores.

O escritor japonês Haruki Murakami, autor de Norwegian Wood, entre outros, ganhou nesta terça-feira, 17, o prêmio Hans Christian Andersen por sua “prosa fabulosa” de alcance global. “Sua capacidade de mesclar de forma ousada a narrativa clássica com a cultura pop, a tradição japonesa, o realismo mágico e a discussão filosófica eleva a herança artística de Andersen”, diz o comunicado de entrega do prêmio, oferecido por uma fundação privada em parceria com a cidade de Odense, na Dinamarca. A cerimônia de entrega do prêmio, no valor de 500 mil coroas dinamarquesas (US$ 71.600), será no ano que vem em Odense, cidade natal do autor de Patinho feio e Soldadinho de chumbo. Criado em 2007 e entregue a cada dois anos, o Prêmio Hans Christian Andersen é o de maior valor na Dinamarca e já foi entregue a Paulo Coelho, J.K. Rowling, Salman Rushdie e Isabel Allende.

Céu azul, carimbado com nuvens brancas. Cena rara em Seattle, famosa pelo clima chuvoso e dias cinzentos. Na semana passada, com um sol suave batendo no rosto, o tempo convidava para uma caminhada pelas ruas frias até a livraria da Amazon, instalada em um pequeno shopping horizontal ao lado da University of Washington. A loja, aberta há duas semanas, é o mais novo projeto-piloto da maior varejista de livros on-line do mundo. Parece uma livraria tradicional, mas não é. A loja, pequena para padrões americanos, é acolhedora. Todos os livros são exibidos de frente, em vez de mostrar a lombada, para que o consumidor veja a capa do livro, que vem acompanhado de uma etiqueta, preta escrita em branco, com dados sobre a obra. O acervo, de apenas uns 5 mil livros - uma fração do portfólio vendido pela Amazon na internet - pode decepcionar o leitor acostumado a frequentar livrarias de grande porte como as americanas Barnes & Noble e Strand ou mesmo as brasileiras Cultura e Livraria da Vila. Mesmo com um acervo que lembra o de uma livraria de aeroporto, ainda que mais parrudo, a loja tem atraído gente e a atenção da mídia. Quando foi aberta, formou-se longa fila na porta e foi assunto discutido por jornais e revistas nos EUA e em outras partes do mundo.

Quando o assunto é moda, não importa em qual "plataforma" ele venha expresso. Daqui até o primeiro semestre do ano que vem, são vários os títulos nacionais que prometem somar história a dicas de estilo, comportamento a informações técnicas sobre esse mercado. Tudo para agradar o maior número de leitores, sejam eles "fashion addicts" ou simples curiosos. "A moda se democratizou", diz Kathia Castilho, fundadora e diretora da Estação das Letras e Cores, editora especializada em títulos de moda, comunicação e design. São da editora, por exemplo, os livros Dom Pedro II e a Moda Masculina na Época Vitoriana (Marcelo de Araujo) e O Estranho na Moda (Silvana Holzmeister). Para o início de 2016, estão programados os lançamentos de Moda e Direito (de Gilberto Mariot) e A oitava arte: a moda na sociedade contemporânea (de José Maria Paz Gago). De acordo com Kathia, a moda transcendeu o velho tema do "o que usar". Há um novo público sendo formado, são leitores que querem consumir informações sólidas sobre esse universo por meio de obras que façam um bom retrato desta e de épocas passadas.

O Diário de Anne Frank enfrenta uma disputa legal pelos direitos de edição do livro, que expiram em 2016. A atual lei dos Países Baixos prevê domínio público de uma obra após 70 anos de morte do autor. Anne Frank morreu em março de 1945, no campo de concentração alemão de Bergen-Belsen. Atual proprietário dos direitos de edição dos diários, o Fundo Anne Frank argumenta que o pai da menina, Otto Frank, que morreu em 1980, seria coautor dos escritos, o que daria à fundação o direito ao copyright até 2050.

O resultado de mais um projeto contemplado pelo Rumos Itaú Cultural será lançado nesta sexta-feira (20). Trata-se do projeto Quebras, que gerou um livro com mesmo nome, de Marcelino Freire. O lançamento acontece no Centro Cultural b_arco (R. Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, 426 - Pinheiros, São Paulo/SP), dentro da programação da Balada Literária. O Quebras foi realizado no período de um ano e visitou 15 capitais brasileiras fora do eixo Rio-São Paulo, com o intuito de conhecer e mostrar as diferentes literaturas, criações e artes feitas em estados mais afastados do centro cultural. Durante esse período, as experiências e conversas com os artistas foram registradas no blog do projeto, hospedado no site do instituto, com vídeos, fotos e textos. No dia do lançamento, Marcelino e Jorge Filholini, seu companheiro de viagem, recebem para uma conversa três poetas que conheceram pelo caminho: Carla Nobre, de Macapá; Débora Arruda, de Aracaju; e Walacy Neto, de Goiânia.

Nesta sexta-feira (20), Dia da Consciência Negra, a Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1943, São Paulo/SP) realiza o evento A Cultura Africana nas Américas, com o escritor uruguaio Fernando Villalba. O convidado tomará como ponto de partida o seu romance El pañuelo del mago, indicado ao Prêmio Planeta Espanha, para abordar temas relacionados à cultura africana reverberados nas Américas. Alguns desses temas ligam-se à música, à literatura, à religião e às figuras de artistas afrodescendentes como Nicolás Guillén, poeta cubano, e Rubén Rada, músico uruguaio. A entrada é franca e o encontro inicia às 16h.

A 61ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que encerrou no último domingo (15), superou as expectativas. Durante os 17 dias de evento foram comercializados cerca 445 mil exemplares, crescimentos de 11,25% em comparação a edição do ano passado. No período, cerca de 1,5 milhão de pessoas circularam pela Praça da Alfândega, aumento de 7%. Durante a edição, ainda foram autografados 741 títulos, em 631 sessões de autógrafos. Os números foram divulgados pela direção da Câmara Rio-Grandense do Livro. A programação com assuntos atuais, os preços convidativos e o tempo seco, que predominou em grande parte do período da feira, foram alguns dos principais fatores que contribuíram para elevar os números.

A edição de 2016 da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, que acontece entre 21 de abril e 9 de maio, já tem alguns nomes confirmados na sua programação. Paolo Giordano, Antonio Escohotado, Sergio Ramírez, Carlos Franz, Rick Yancey, Gemma Lluch, Pablo Montoya, Piedad Bonnet, Andrés Neuman, Leonardo Patrignani e Vicente Cervera Salinas figuram entre os convidados. A edição ainda traz como novidade o primeiro Encontro Internacional de Booktubers, com a participação de jovens leitores de países como Chile, Peru, Colômbia, México, Argentina e de outros países que falam o espanhol. Ainda haverá um espaço para celebrar os autores clássicos, entre 23 e 25 de abril, através de um programa de atividades especiais em homenagem a Cervantes e a Shakespeare. A programação da Feira já pode ser conferida aqui.

Em parceria com a Companhia das Letras, o Sesc Pompeia (Rua Clélia, 93, São Paulo/SP) recebe, na próxima quarta-feira (25), o lançamento de Mulheres de cinzas, do escritor moçambicano Mia Couto. O autor convida o escritor brasileiro Milton Hatoum para lerem trechos da obra e, posteriormente, seguirem com a sessão de autógrafos. O evento tem início às 20h. Primeiro livro da trilogia As areias do imperador, Mulheres de cinzas é um romance histórico sobre a época em que o sul de Moçambique era governado por Ngungunyane, o último grande líder do Estado de Gaza.

A Biblioteca Parque Estadual (BPE), em parceria com o portal Boletim Leituras, realiza seleção de até sete autores para participarem da Central de Lançamentos Literários - Especial Contos. O bate-papo interativo com o público acontecerá no dia 5 de dezembro, às 15h, no Café Literário da BPE (Av. Presidente Vargas 1261, Centro, Rio de Janeiro/RJ). Para participar da seleção, os autores devem ter, ao menos, um livro de contos, de qualquer editora, com até um ano de publicação. As inscrições podem ser feitas até hoje (19), clicando aqui. Durante o evento, que terá entrada gratuita, os livros selecionados serão vendidos com descontos de até 30%. Após o bate-papo os autores também participarão de uma sessão de autógrafos. O resultado dos autores selecionados será divulgado no dia 25 de novembro.

O poeta José Santos e o ilustrador e quadrinista Eloar Guazzelli são os convidados do Sempre um Papo na próxima terça-feira (24). Os convidados participam, no Sesc Vila Mariana (Rua Pelotas, 141, Vila Mariana, São Paulo/SP) de um debate sobre o tema “Poesia, Quadrinhos e Adaptação de Clássicos” e lançamento do livro A divina jogada (Editora Nós), de autoria de ambos. A obra faz uma releitura de A Divina Comédia, de Dante Alighieri. A dupla, que trabalha junta a quase dez anos com livros infantojuvenis, evoca neste livro o estilo do poeta italiano e a estrutura do clássico para contar uma história um tanto quanto diferente aos leitores, mas da qual participam conhecidos personagens, como o próprio Dante. O evento inicia às 20h, com entrada franca.

A Livraria Unesp Móvel vai até a Faculdade de Ciências e Letras da Unesp no campus paulista de Assis (Av. Dom Antonio, 2100, Parque Universitário, Assis/SP), a partir da próxima segunda-feira (23). O caminhão permanece estacionada no Vão Livre do Prédio I até a sexta-feira (27), durante o XIII Encontro da Pós-Graduação em Psicologia: Diálogos com Graduação. A loja atende o público em geral, que poderá comprar títulos com descontos expressivos. São cerca de seis mil volumes de gêneros variados, que incluem livros acadêmicos, paradidáticos, infantojuvenis, bestsellers e autoajuda. Além disso, sempre há promoção de títulos da Editora Unesp com oferta de livros a partir de R$ 5.

“Você sabe o que é uma rima? Veja essa explicação que deu Bela, minha prima. Não é estranho. É juntar fome com inhame. O importante no jogo é não dar vexame”. Com esse jogo de palavras começa Caderno de rimas do João (Pallas Editora; 40 pp; R$ 35), livro infantil de Lázaro Ramos, com ilustrações de Mauricio Negro. Inspirado no filho João, o ator, diretor, apresentador e autor descobriu que, assim como as crianças, as palavras têm grande vontade de se divertir. Ramos brinca com o significado das palavras, construindo um dicionário intuitivo de João. A obra mescla temas importantes para a infância, como família, valores, vida e morte, e temas cotidianos e contemporâneos. A partir do que as palavras lhe sugerem, João descreve – e depois descobre – o que é sotaque, o que é saudade. Mas não ficam de fora o candidato e a sonegação, pois como ele mesmo disse, João não está de brincadeira não.

Conhecido pelo clássico O carteiro e o poeta, que ganhou adaptação para o cinema, o escritor chileno Antonio Skármeta tem uma extensa produção voltada para as crianças, a exemplo de Faísca (Galera Júnior, 48 pp., R$ 38 - Trad.: Leo Cunha), que acaba de ser lançado. Na trama, Faísca é um menino pobre, porém inquieto, feliz e animado. Diariamente, faz algumas tarefas para Castillo, um escritor da cidade, que lhe recompensa com uma gorjeta. É este dinheiro que sustenta a casa em que Faísca mora com seu pai. Desempregado, o homem passa seus dias procurando trabalho. Já o menino acaba sempre procurando aventuras. Na trama, o autor fala sobre política, família, arte e amor. As ilustrações são assinadas pelo chileno Cárcamo.

À noite, mesmo depois de colocar o pijama, escovar os dentes e ir para cama, as crianças costumam continuar cheias de energia para brincar e conversar. O sono não vem e a paciência dos pais se vai. Com o norte-americano Grant Maxwell, Ph.D. em Língua Inglesa e pai de um menino muito ativo, não era diferente. A partir dessa experiência pessoal e depois de estudar sobre desenvolvimento infantil e psicologia, Maxwell escreveu A caminhada (Coquetel, 32 pp; R$ 14,90), lançado em 2013 e que acaba de chegar ao Brasil. Além da narrativa, o autor dá dicas aos pais de como fazer a leitura para embalar o sono das crianças, como deitá-las para relaxar o corpo e como pronunciar as palavras de maneira segura e suave, inclusive bocejando de vez em quando. Ao longo do texto, o autor dá dicas sobre qual é o melhor momento para se usar diferentes técnicas com os pequenos durante a leitura.

Poluição, enchentes, desperdício de dinheiro. Através da narração de Dime, uma barata geneticamente modificada pelo lixo tóxico, Vamos cuidar do nosso planeta (Scortecci Editora, 32 pp; R$ 36) traz ideias divertidas sobre a transformação de material descartável em arte. Com artes e texto de Romeu Rodrigues e colaboração pedagógica de Walter Martins o livro é indicado para crianças, pais e professores e propõe inúmeras atividades, como teatro, leitura dramatizada, oficina de brinquedos, criação de poesias, pinturas e criação de outros textos. Toda a renda do livro será revertida para o projeto Causa Nobre, que se tornou uma plataforma onde, além de divulgar as palestras do autor e seu grupo em escolas públicas, também tem a filosofia de divulgar pessoas que fazem trabalhos sociais em vários segmentos.

Com poesias e ilustrações, o Cordel do Chico Rei (Zit Editora; 32 pp; R$ 26,90) conta a história do soberano africano Galanga, que foi trazido para o Brasil como escravo, mas que não se abala e se mostra muito engenhoso para conseguir a alforria de sua tribo. No livro, os versos da escritora Sandra Lopes e as ilustrações de Luciana Grether Carvalho fazem o leitor entrar no mundo dos cordéis. Na história, Galanga, o Rei do Congo, é aprisionado junto com seu povo e trazido por um navio negreiro para nosso país onde começa a trabalhar em uma mina de ouro. Com estratégia, ele forja um plano para libertar todo seu povo. O livro reflete sobre a liberdade através da escravidão dos africanos.