A história da Oyster, uma das primeiras plataformas de subscrição de livros do mundo, parece perto de um turning point. A companhia anunciou, nesta terça-feira (22), que encerrará, nos próximos meses, as suas operações. Nos últimos dois anos, o “Netflix dos livros” oferecia um catálogo de mais de um milhão de títulos por US$ 9,95 mensais. O curioso dessa história é que, segundo apurações do nosso parceiro Publishers Weekly, boa parte do staff da Oyster – incluindo o seu CEO Eric Stromberg e os cofundadores Andrew Brown e Willem Van Lancker -- está migrando para o Google Play Books. Não se sabe, no entanto, se o Google comprou a plataforma ou se vai investir em um serviço de subscrição de e-books, nos modelos da Oyster. Mas no Brasil? A quantas andam as experiências de subscrição de livros? Clique no Leia Mais e saiba.

Em 2014, quando a Feira do Livro de Buenos Aires homenageou a cidade de São Paulo, a Biblioteca Mário de Andrade, responsável pela programação, tomou uma atitude: apresentar São Paulo pelo viés de sua periferia. Sobretudo pela ótica dos saraus literários que acontecem nos bairros mais afastados do centro da capital paulista. Daí, mais uma centena de escritores e agitadores culturais de 16 coletivos embarcaram para Buenos Aires onde fizeram um barulho nunca visto na feira portenha. [Para lembrar como foi, clique aqui e leia o artigo que as curadoras da participação paulistana fizeram para o PublishNews] Os ecos dessa movimentação ainda são escutados por Buenos Aires. Prova disso é o livro Saraus que acaba de sair pela editora Tinta Limón Ediciones. A edição bilíngue espanhol/português foi organizada por Lucía Tennina, tradutora, uma das curadoras da programação paulistana na feira e professora de Literatura Brasileira na Universidade de Buenos Aires. O livro reúne textos de expoentes da literatura marginal paulistana como Sérgio Vaz, Binho, Elizandra Souza, Ferréz, Buzo, Marco Pezao, Rodrigo Ciríaco, Zinho Trinidade e Fernando Ferrari. O lançamento na Argentina foi viabilizado pelo Programa de Apoio à Tradução da Fundação Biblioteca Nacional.

Até o dia 30 de setembro o PublishNews oferece descontos especiais para os cursos que promove na Casa Educação (Rua Paulistânia, 551, São Paulo/SP). O curso Best-sellers: Como ler tendências, antecipar temas (7 e 8/10), passou de R$ 490 para R$ 390. O time de professores é de primeira: Alessandra Ruiz e Pedro Almeida, que vão mostrar como selecionar originais altamente comerciais. Outro curso que também tem R$ 100 de desconto até o dia 30 é Visão 360º : Livros Técnicos, Jurídicos, Didáticos e EAD (27 a 30/10), com Maria Rocha, Fernando Alves, Henderson Fürst e curadoria do nosso colunista Pedro Almeida. Em novembro, outros dois cursos (também com descontos especiais para inscritos até 30/09): Novos selos editoriais: do zero ao infinito (20 e 21/11), com Mariana Rolier e Editorial Jurídico: Imersão e Aperfeiçoamento (27 e 28/11), com o nosso colunista Henderson Fürst, que inclusive gravou um vídeo falando sobre o curso (clique aqui para conferir). Para saber horários, valores e efetuar a sua inscrição, clique nos links dos cursos ou acesse o site da Casa Educação.

A produção editorial latino-americana, medida pelo número de títulos com cadastro ISBN, caiu 2,8% em 2014, principalmente devido à redução de 8,8% no Brasil, o maior produtor da região, conforme informou o Centro Regional para o Fomento ao Livro na América Latina e Caribe. A América Latina registrou 188.607 títulos com ISBN em 2014, 2,8% a menos que em 2013. Do total da produção, 21,5%, 40.533 registros, 1,5% a mais que em 2013, correspondem ao formato digital. Além do Brasil, que registrou 78.288 títulos em 2014, 8,8% menos que em 2013, o que corresponde a 42% do total registrado, também houve descensos no Paraguai (-19,3%), Venezuela (-11,5%), Uruguai (-7,2%), Peru (-5,2%), Chile (-4,4%) e Nicarágua (-3%). Pelo contrário, houve aumentos no México (0,2%), Argentina (0,9%) e Colômbia (1,4%), que representam em conjunto 39% do total.

A editora Valentina adquiriu os direitos de A cor da coragem (The color of courage – A boy at war: The World War II diary of Julian Kulski ), registro da Segunda Guerra Mundial, compilado a partir do diário do ex-combatente polonês Julian Kulski. O autor alistou-se voluntariamente aos 10 anos de idade para combater os nazistas e participou de combates até os 16 anos. A obra é documentada com fotos e mapas, que apresentam detalhes sobre a destruição em massa e estratégias de guerrilha. Os negócios foram intermediados pela agência de Patricia Seibel. A previsão de publicação é 2016.

Em sua coluna, Sonia Racy noticiou que a Fundação Itaú Social lança, na sexta, coleção de livros infantis do projeto Leia para Uma Criança. Segundo Antonio Matias [vice-presidente da Fundação], desde 2005 foram distribuídos 40 milhões de exemplares. Os livros podem ser solicitados gratuitamente pelo site do Itaú.

Começa nesta quinta-feira, a Pauliceia Literária. O evento, organizado pela Associação dos Advogados de São Paulo (AASP), chega à sua segunda edição com um viés político mais forte, sem deixar de lado a literatura policial, a marca mais forte da sua primeira edição realizada no ano passado.. Entre os convidados, destacam-se os sempre presentes Leonardo Padurra, de Cuba, e o moçambicano Mia Couto, além da chilena Lina Meruane (Sangue no olho – Cosac Naify), do norte-americano Jeffery Deaver (Carte blanche e O colecionador de ossos – Record) e dos brasileiros Patrícia Melo e Luiz Alfredo Garcia Roza, que é o autor homenageado desta edição. Ao todo, serão 11 debates até o próximo sábado (26). Os ingressos para o festival estão à venda pelo site do Pauliceia Literária e os preços vão de R$ 15 a R$ 32.

A Tarrafa Literária, que acontece anualmente em Santos, apresenta uma novidade em sua 7ª edição. Pela primeira vez, levará dois eventos gratuitos para a capital paulista, que contarão com a presença de autores participantes da programação também no litoral. O português Afonso Cruz estará na sexta-feira (25), às 20h, no Quintal Amendola, no Alto de Pinheiros, para um bate-papo com o público. A mediação será feita por Julia Alquéres, jornalista, roteirista, escritora e professora. As inscrições podem ser feitas pelo site do Quintal Amendola. Uma vez efetuada a inscrição, eles informam o endereço do Quintal. Já o espanhol Miguelanxo Prado estará no domingo (27), às 12h, na Gibiteria (Praça Benedito Calixto, 158, Pinheiros), para uma conversa sobre HQs e o lançamento da obra Ardalén. Os encontros têm entrada franca. A Tarrafa Literária acontece entre hoje e domingo (27). Confira aqui a programação completa.

Três capitais sul-americanas ficam integradas a partir desta quarta (23) por um evento literário. Trata-se do Filba (Festival Internacional de Literatura de Buenos Aires) que, em sua sétima edição, atravessa os Andes e cruza o Rio da Prata, levando sua programação de 18 escritores internacionais também a Santiago e Montevidéu. Integram o elenco deste ano o sul-africano J.M. Coetzee e a canadense Eleanor Catton, além de um reforçado time de mais de 50 autores locais, como Martín Kohan e Pablo Katchadjian. Do Brasil, comparece Ana Paula Maia. "Seguimos a tendência de festivais internacionais menores, que têm curadoria de nicho e estão ligados ao fortalecimento de editoras pequenas", diz a diretora do evento, Gabriela Adamo (ex-diretora da Feira do Livro de Buenos Aires). O fenômeno a que se refere começou após a crise econômica pela qual passou a Argentina em 2001. Um dos efeitos foi tornar os livros de editoras grandes, geralmente espanholas, caros e inacessíveis, por serem importados. Um grupo de editores, então, passou a se dedicar a lançar livros de tiragem baixa (de mil a 3 mil volumes) e com público específico, além de traduções de obras menos óbvias de autores célebres, portanto mais baratas. Logo, as pequenas editoras passaram a predominar. Hoje, só na Argentina, são mais de 400.

Desde o mês de julho, o Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/n, Centro, São Paulo/SP) está promovendo, sempre aos sábados, apresentações poéticas gratuitas no espaço da exposição Poesia Agora, que apresenta ao público uma coletânea da atual produção poética do Brasil e propõe uma participação ativa do público. Neste sábado (26), acontece mais uma edição, das 15h às 16h30. Dentro da mostra, em cartaz no primeiro andar do Museu, o evento receberá o Espaço Plástico Bolha, com coordenação de João Moura Fernandes, do Rio de Janeiro. No final, o público poderá recitar suas poesias. Os interessados deverão se inscrever 20 minutos antes da programação oficial, no local. A entrada no Museu da Língua Portuguesa aos sábados é gratuita.

Até a próxima sexta-feira (25), a Livraria Unesp Móvel está no campus da Unesp, na capital paulista (Rua Doutor Bento Teobaldo Ferraz, 271, Barra Funda), das 9h às 19h. A loja atende o público em geral, que pode comprar títulos com descontos. São cerca de seis mil volumes de gêneros variados, que incluem livros acadêmicos, paradidáticos, infantojuvenis, best-sellers e autoajuda. Além disso, sempre há promoção de títulos da Editora Unesp com oferta de livros a partir de R$ 5. Montada sobre um caminhão-baú e com área útil de 20 m², a Livraria Móvel foi concebida para circular por todo o país, levando livros, em especial, a cidades carentes de livrarias e bibliotecas.

Prestes a completar 70 anos - em março de 2016, a Fundação Dorina Nowill para Cegos acaba de lançar o Concurso Cultural 70 anos. Essa é uma das ações que antecipam as celebrações de aniversário da instituição. O objetivo da campanha é envolver pessoas de todo o Brasil na escolha de um slogan que será aplicado em toda a comunicação visual do ano comemorativo. As frases devem ser formadas por até oito palavras e enviadas até o dia 03/11 para o e-mail 70anos@fundacaodorina.org.br, com o assunto “Concurso Cultural 70 Anos”, ou por carta para Rua Doutor Diogo de Faria, 558 – Vila Clementino – CEP 04037-001 – São Paulo/SP. O vencedor será anunciado no dia 13 de dezembro e ganhará um smartphone. O regulamento pode ser consultado aqui.

Um especial sobre os 100 anos da publicação A metamorfose, clássico do tcheco Franz Kafka (1883-1924), ganha as páginas da edição 50 do Jornal Cândido. O periódico é publicado pela Biblioteca Pública do Paraná e distribuído gratuitamente em diversos pontos de cultura de Curitiba. Uma reportagem apresenta discussões sobre enredo e linguagem, o impacto da obra no imaginário mundial e o significado do adjetivo kafkiano. Outro texto jornalístico recupera o percurso da obra de Kafka no Brasil, as primeiras traduções, os principais estudos e o impacto que a obra do tcheco teve entre nossos escritores. Em um ensaio inédito, o professor da Universidade de Brasília (UnB) Flávio R. Kothe discute aquilo que, no entendimento dele, é o tema mais importante na produção de Franz Kafka: a culpa. É possível ler a versão online do jornal pelo site da Biblioteca Pública do Paraná.

Para quem pensava que a Trilogia Cinquenta Tons de Cinza perdeu fôlego, engana-se. Nos EUA e no Reino Unido, apenas quatro dias depois de chegar às livrarias, a nova versão da autora britânica E L James vendeu 1,1 milhão de títulos. Em Grey: Cinquenta tons de cinza pelos olhos de Christian (Intrínseca; 528 pp; R$39,90; e-book R$ 24,90 – Trad. Adalgisa Campos da Silva, Julia Sobral Campos e Maria Carmelita Dias), o leitor tem acesso à trama pelo ponto de vista do milionário e enigmático empresário. Na voz de Christian Grey, e através de seus pensamentos, reflexões e sonhos, a escritora oferece uma nova perspectiva para o romance. A ideia de recontar a história sob o ponto de vista do personagem teria partido da demanda dos próprios fãs, que não paravam de escrever para a autora, ávidos por entender as motivações de Mr. Grey.

Lançado em 1989, volta às livrarias As idades de Lulu (Bertrand Brasil; 252 pp; R$ 35 - Trad.: Luís Carlos Cabral), livro de estreia da espanhola Almudena Grandes. Na trama de literatura erótica, Lulu, uma jovem de 15 anos, é seduzida por Pablo, amigo de seu irmão mais velho. Sem conseguir esquecer a intensidade daquela primeira experiência, ela aceita o desafio de prolongar indefinidamente, em seu relacionamento, as sensações de sua iniciação sexual. Assim se joga em um universo de desejos proibidos. Revisto pela autora, o livro traz um prólogo inédito, no qual Almudena recorda o início de sua carreira, o contexto em que criou Lulu e a recepção do texto quando de seu lançamento.

Val é uma jovem publicitária francesa, radicada em Barcelona, que busca no sexo sem compromisso o prazer. Troca de parceiro sexual como quem escolhe o drinque da moda ou quem faz e desfaz as malas. Aliás, é graças às viagens corporativas, como representante da agência para a qual trabalha, que ela coleciona aventuras com homens de todos os tipos, ao redor do mundo. Na trama de Diário de uma ninfomaníaca (Essência/Planeta; 280 pp; R$ 36,90), assinado por Valérie Tasso, tudo muda quando Val se apaixona. Antes de se recuperar, ela terá de descer ao inferno das relações humanas e só conseguirá se reerguer ao se dedicar à profissão mais antiga do mundo: de prostituta.

Amor amargo (Gutenberg; 256 pp.; R$ 39,90), segundo título publicado no Brasil por Jennifer Brown, mergulha no universo dos relacionamentos afetivos entre jovens cheio de marcas como violência, ciúme e controle abusivo. Alex está no seu último ano de colégio, e junto com seus melhores amigos, Bethany e Zach, planeja uma viagem para o Colorado. Apesar de carregar consigo a ausência de sua mãe que faleceu em um acidente, a adolescente não deixa de sonhar com a tão esperada formatura e o início de sua nova vida na universidade. O plano parece perfeito até Alex conhecer Cole: um rapaz atraente, gentil e atlético que demonstra estar interessado na garota desde o primeiro encontro. Eles se apaixonam e iniciam um namoro sustentado por um ciúme doentio que se torna cada vez mais grave.

Em Música da alma (Pandorga; 208 pp; R$ 34,90), terceiro volume da série Runaway train, da autora Katie Ashley, o casal Abby e Jake, após um longo noivado, troca alianças em uma praia paradisíaca do México, onde também vivem juntos sua lua de mel. Mas, com o fim dos passeios e composições musicais a dois, Abby se dá conta de que talvez não seja realmente o porto seguro de que Jake precisa. No título, as pressões do recente casamento colocarão o relacionamento de ambos à prova. A coleção Runaway Train começou com o título Música do coração, seguido de Batida do coração.