O Podcast do PublishNews desta semana recebeu dois autores para falar sobre literatura de horror – ou insólita ou fantástica, como queiram os leitores. A escritora e editora Amanda Orlando lança agora pela Globo Livros seu livro de estreia, Predestinados, – e reunimos na mesa também o escritor e professor Cristhiano Aguiar, cujo livro mais recente, Gótico nordestino (Alfaguara), ganhou o Prêmio Clarice Lispector da Biblioteca Nacional. Eles falam sobre a escolha por este gênero para exercer a escrita, seu interesse e sua visão do gótico e do insólito, que apesar da longa tradição no Brasil, testumunha agora um retorno para um grande público e grandes editoras. O papo ainda passou por como a vida de Cristhiano, de crítico literário e acadêmico na literatura, influencia sua escrita – ou vice-versa. E também como Amanda concilia a carreira de 20 anos de mercado editorial, como editora de aquisição, com sua produção literária. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia mais para ouvir o episódio.

Um novo livro pretende contar com detalhes a história das Lojas Americanas, desde a sua fundação em 1929 até a fraude bilionária que é destaque no noticiário desde o início de 2023. Segundo a coluna de Ancelmo Gois, n'O Globo, a jornalista do Valor Econômico Talita Morais vai lançar o livro pela Globo Livros. O jornal carioca também reuniu em uma matéria livros e autores de literatura que discutem pela ficção as chamadas Jornadas de Junho de 2013, resenhou a nova edição da poesia de Lawrence Ferlinghetti publicada no Brasil pela Editora 34, e divulgou novidades sobre novas edições de obras de Gabriel García Márquez, Ariano Suassuna e Ziraldo. A coluna Painel das Letras, da Folha, trouxe a informação de que a Rocco vai repaginar livros de Clarissa Pinkola Estés. O jornal ainda resenhou livros de Gwendolyn Brooks, Patrick Modiano, Samuel Beckett e entrevistou a poeta Marilia Garcia. O Estadão elaborou uma lista com sete clubes de leitura que estão atraindo leitores de diferentes idades e origens para discutir literatura e livros de diferentes gêneros literários. O jornal também entrevistou especialistas para questioná-los: é mesmo tão difícil ler o Ulysses, de James Joyce? O Correio Braziliense chamou atenção para um novo trabalho do escritor e artista Hugo Barros, autor do projeto Livro de Rua, finalista do Prêmio PublishNews 2023 na categoria inovação. A Coluna Literária, do Jornal do Commercio, destacou iniciativas do mercado que pretendem também contribuir na luta contra os problemas estruturais do país quando o assunto é leitura, como o selo Besouros Abstêmios e o próprio Skeelo. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo (SisEB) e a SP Leituras – Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura realizam, de 26 a 30 de junho (segunda a sexta), o 14º Seminário Internacional Biblioteca Viva. O evento ocorre de forma on-line e a participação é gratuita. Interessados podem se inscrever clicando aqui. O Seminário é um dos mais importantes eventos da área em toda a América Latina. A programação do evento conta com a presença de palestrantes do Brasil, África do Sul, Holanda, Portugal e Ucrânia e é orientada pelo Manifesto da Biblioteca Pública IFLA-UNESCO 2022, com o objetivo de proporcionar reflexões sobre os desafios da atualidade, fomentar a troca de experiências com quem produz literatura e permitir a apresentação de ideias criativas e inovadoras para fortalecer as bibliotecas brasileiras. A programação inicia oficialmente às 15h20, no dia 26, com a mesa Democracia cultural e desenvolvimento sustentável, e que terá a participação de Marília Marton (Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo), Aline Torres (Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo) e Fabiano dos Santos Piúba (Ministério da Cultura), com mediação de Afonso Borges. Confira a programação completa clicando aqui. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Três mulheres foram as vencedoras do 2º Concurso de Crônica do Museu do Futebol, realizado em parceria com a revista Placar e a ONU Mulheres. Os textos vencedores ofereceram abordagens diversificadas sobre a relação das mulheres com o futebol, seja a partir da relação entre mãe e filha atravessada pelo esporte; o fluxo de pensamentos de uma jogadora que se lesiona; uma homenagem às matriarcas das periferias brasileiras que organizam a relação das comunidades com o futebol. Em primeiro lugar, a crônica Mina boleira apresentada por Clélia Marques Gorski. Clélia vai receber prêmio de R$ 2.000 e terá seu texto publicado na edição impressa da Placar que chega às bancas em julho, temática da Copa do Mundo de Futebol Feminino da Austrália e Nova Zelândia. Em segundo lugar, ficaram Júlia Leite e a crônica Pênalti, e em terceiro lugar, a crônica Dona Ketu, onde é que a coruja dorme?, de Juliana Correia. Realizado pelo Museu do Futebol – instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo – o concurso teve total de 305 participações de todo o Brasil. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Clube dos Editores do RS está realizando uma série de ações relacionadas ao projeto Editoras Gaúchas pela Bibliodiversidade. Produzida em parceria com o Banco de Livros, a iniciativa tem como objetivo democratizar o acesso ao livro e à literatura gaúcha. A proposta consiste na compra e distribuição de 850 livros de editoras e autores gaúchos, além de atividades que visam aproximar os autores dos leitores. Com curadoria de Clô Barcellos em parceria com Neli Miotto e a equipe do Banco de Livros, a seleção dos títulos busca oferecer um catálogo mais diverso aos leitores, bem como valorizar a produção cultural gaúcha – o projeto envolve editoras e profissionais do livro, movimentando, assim, o mercado editorial e a economia local. Também estão previstos nove encontros com escritores em instituições atendidas pelo Banco de Livros, levando em conta o perfil da obra e o perfil de cada instituição. Para esta terça-feira (20), está programado um bate-papo virtual com o escritor Jandiro Adriano Koch, vencedor do Prêmio Açorianos de Literatura 2021 com o livro O crush de Álvares de Azevedo (Libretos Editora). Com mediação da editora Clô Barcellos, a transmissão ao vivo será no dia 20 de junho, às 19h, pelo canal do Clube dos Editores no Youtube e o público poderá participar fazendo perguntas pelo chat. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A editora Tabla, responsável pela publicação de livros do Oriente Médio e do Norte da África aqui no Brasil, terá mais um minicurso, organizado a partir de temas que atravessam os livros do seu catálogo. Desta vez, a Tabla realiza o minicurso Breve história do Iraque, no qual a proposta é investigar a rica tapeçaria de eventos históricos, culturas antigas e desafios contemporâneos do país. Serão três aulas, abordando três momentos históricos marcantes da região: a fundação de Bagdá, a ditadura de Saddam Hussein e a invasão militar estadunidense. O minicurso ocorre nos dias 20 e 27 de junho e 4 de julho, sempre às 19h30, com transmissão no YouTube da editora Tabla. O curso é gratuito com contribuição solidária. Para se inscrever é só clicar aqui. Os minicursos são voltados para professores, estudantes, pesquisadores, leitores, curiosos e qualquer um que esteja interessado em conhecer mais sobre as culturas e histórias do Oriente Médio e do Norte da África, e buscam aprofundar temas que giram em torno das obras publicadas pela casa, a fim de complementar e expandir a leitura. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Com o objetivo de difundir a obra de Gilda de Mello e Souza (1919-2005), ensaísta e professora emérita do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo, e enfim celebrar seu centenário, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc-SP recebe nos próximos dias 27 e 28 de junho o Colóquio Gilda de Mello e Souza. As inscrições estão abertas no site do Sesc. Organizado por Laura Escorel, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo (PGEHA-USP), o colóquio terá um ciclo de mesas-redondas com pesquisadores interessados na produção de Gilda. Cada mesa debate um dos livros da autora, relacionando-o a um tema mais amplo, o que permitirá aos participantes pensar a obra em sua relação com questões contemporâneas. Entre os convidados, estão nomes como Walnice Nogueira Galvão, José Miguel Wisnik, Heloisa Pontes, Augusto Massi, Flora Sussekind e Carlos Augusto Calil, entre outros. Clique no Leia mais para ver a programação completa.

A editora DBA realiza nesta quarta (21), às 19h, na Livraria gato sem rabo (Rua Amaral Gurgel, 352 – São Paulo / SP), o lançamento da biografia Bessie Smith, escrita pela poeta e romancista escocesa Jackie Kay. Na ocasião, a autora Jarid Arraes, a pesquisadora Carolina Ferreira e a curadora Nath Grillo conversam sobre a obra que narra a vida e história da imperatriz do Blues; sobre a autora, Jackie, fã desde pequena de Bessie; e sobre a influência da cantora que atravessou gerações. Filha adotiva de uma família de origem escocesa, Jackie dividia com o pai o fascínio pelo blues de Bessie, ao mesmo tempo em que a artista ocupava lugares de reconhecimento que desafiavam a figura materna branca; a cantora se tornou a heroína que a menina negra precisava para compreender seu lugar num mundo cheio de desencaixes. Mulher orgulhosa de sua pele escura e destemida quanto à sua bissexualidade, Bessie Smith se prova um ícone atemporal. Da voz poderosa à vida sexual livre: um espelho. Conhecer a trajetória de uma das maiores artistas do blues é um grande presente, sobretudo pela forma imaginativa e poética que costura os fatos nesta obra. Em Bessie Smith, Key escreve mais do que fatos sobre uma estrela, ela derrama seu coração em reverência a quem tornou a sua construção de si menos difícil.

Nesta terça-feira (20), o Provoca recebe o escritor Geovani Martins, autor do livro O sol na cabeça – finalista do Prêmio Jabuti – e do romance Via Ápia, ambos publicados pela Companhia das Letras. Em conversa com Marcelo Tas, ele dá detalhes de sua escrita e fala sobre sua infância e vivência na zona sul do Rio de Janeiro, entre outros assuntos. O programa inédito será exibido a partir das 22h, na TV Cultura. Sobre a escrita de O sol na cabeça, livro de contos sobre a realidade periférica carioca, Martins diz: “nesse momento eu ainda estava entendendo... Eu já sabia que estava fazendo um contraponto a várias coisas”, em relação às narrativas hegemônicas traçadas. E para explicar, exemplifica a escolha que fez na descrição dos personagens em contraponto ao que ocorre, segundo ele, em grandes clássicos da literatura brasileira.

O escritor, presidente do Instituto de Leitura Quindim e colunista do PN, Volnei Canônica, fará nesta segunda (19), às 19h30, a palestra on-line “Percursos entre Produção e Mediação da Obra Literária”, no canal do YouTube do Instituto de Leitura Quindim e da Universidade de Caxias do Sul (UCS). A atividade faz parte do curso de pós-graduação e especialização em Literatura Infantil e Juvenil: da Composição à Educação Literária, modalidade EaD, da UCS. A palestra tem como objetivo explorar aspectos inerentes à literatura desde à produção do livro literário até a leitura, apontando estratégias bem-sucedidas de mediação da literatura. Para os alunos da especialização a palestra equivale a 5 horas de atividades complementares. Para quem quiser receber certificado de participação será necessário efetuar uma inscrição até o dia 19/06 e pagar uma taxa no valor de R$ 20. Interessados podem se inscrever clicando aqui.

Com seis obras de Gonçalo M. Tavares já lançadas no Brasil, a Dublinense publica agora a edição de luxo de Dicionário de artistas. Assim como seus outros trabalhos, o novo livro do autor angolano foge às regras da forma literária. Ele é composto por 76 textos que, à primeira vista, parecem ser sobre artistas renomados, como Damien Hirst e Marina Abramović – mas que são em última instância muito mais do que qualquer definição ou didatismo. O resultado é um museu de reflexões textuais e visuais que surgem dos mais inusitados detalhes. Junto aos textos, encontram-se 76 fotografias autorais do coletivo Os Espacialistas, projeto laboral de investigação teórica e prática das ligações entre Arte e Arquitetura que inaugurou suas atividades em 2008. A edição de luxo foi impressa em capa dura utilizando técnica de gofragem com efeito texturizado, miolo em papel fotográfico (couchê) e acabamento com fitilho. O projeto gráfico foi desenvolvido por Luísa Zardo. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Diferentes histórias se intercalam em Torrente (Patuá, 224 pp, R$ 50), primeiro romance de Vanessa Malagó, agraciado com o ProAc 2022 – Programa de Ação Cultural da Secretaria de Cultura do Estado de SP – categoria Literatura. São relacionamentos que se desgastam com a rotina e com desavenças, que chegam ao fim, mas também aqueles que resistem e outros que se constroem fora dos rótulos. No eixo central da trama estão Laura e Marco, casados há muitos anos. Entre eles se interpõe Sofia, jovem mulher que se torna amiga de Laura, por quem passa a nutrir grande afeição. Como fagulha, sua entrada na vida do casal desordena seus afetos e acende sentimentos com os quais não sabem como lidar. Em paralelo se desenrolam as histórias de Paula e Felipe, às voltas com suas primeiras crises; Gabriela e Luiz, que decidem se separar, e Rogério, um sedutor, vivendo em trânsito entre um relacionamento e outro.

Jornalista e autora best-seller argentina, Florencia Etcheves estreia no Brasil com a obra A cozinheira de Frida (Planeta, 496 pp, R$ 109,90 – Trad.: Marianna Muzzi). Na trama, Paloma Cruz embarca em uma aventura para descobrir quem é o autor de um desconhecido quadro que encontra e que retrata a própria avó. O que intriga é que a obra de arte condiz com a época em que a anciã trabalhava como cozinheira de Frida Kahlo. O livro teve seus direitos vendidos e será adaptado para um filme. A cozinheira de Frida é um romance histórico sobre amizade e destino. Quando o caminho de Frida Kahlo e Nayeli Cruz se cruzam, ambas estavam em momentos difíceis da vida: Frida estava isolada por causa do terrível acidente que a deixou paraplégica e Nayeli, uma jovem tehauna, tinha acabado de fugir da casa dos pais e buscava formas de sobreviver na cidade do México. Por obra do destino, a jovem se torna cozinheira na famosa Casa Azul e desenvolve uma amizade para além das barreiras sociais, com a pintora mexicana mais famosa de todos os tempos. Nesta obra, Florencia mergulha nas tradições tehuanas e na fascinante cultura do Dia dos Mortos, além de mostrar as dores e as paixões que acompanham uma revolução e os personagens que nela permeiam.

Em meados de 1840, na cidade de Londres, a jovem governanta Evangeline engravida ao ser seduzida pelo filho de seu empregador. Com a descoberta da gravidez, ela é acusada injustamente de roubo e sentenciada ao exílio na terra “além dos mares”, a colônia penal Terra de Van Diemen, na Austrália recém-colonizada. Então, Evangeline embarca no navio Medeia, onde faz amizade com Hazel, uma parteira e herbalista condenada a sete anos de prisão por roubar uma colher de prata. Enquanto isso, em Hobart Town, na Australia, centenas de povos aborígenes são forçados a se realocarem das terras milenares de suas comunidades com a chegada dos colonos. Mathinna é uma delas, filha do chefe da aldeia Lowreenne, e que acaba por ser retirada de seu lar contra a vontade e adotada pelo governador da Terra de Van Diemen. E o caminho dessas mulheres se cruza com o da menina aborígene Mathinna, cuja comunidade fora expulsa de seu território pelos colonos britânicos. Escrito por Christina Baker Kline, Exílio (HarperCollins, 304 pp, R$ 54,90 – Trad.: Isabella Pacheco) é uma envolvente história que narra a devastação de toda uma terra e o nascimento de uma amizade entre mulheres vítimas de um sistema impiedoso. Mas, em meio às mudanças, nem todas serão capazes de encontrar a liberdade e um espaço seguro para si no outro lado do mundo.

Emma (Landmark, 568 pp, R$ 79 – Trad.: Doris Goettems) é um dos grandes romances de Jane Austen, publicado pela primeira vez em 1815, quando a autora já desfrutava de relativa fama literária, sendo que este romance foi dedicado ao Regente da Inglaterra, mais tarde George IV. A protagonista da história, Emma Woodhouse, é a primeira heroína criada por Jane Austen sem problemas financeiros, sendo essa uma das razões de ela não se preocupar em se casar. Assim como em seus outros romances, Austen relata as dificuldades das mulheres no início do século XIX, criando através dos seus personagens uma deliciosa comédia de costumes. Emma Woodhouse é uma mulher linda, intelectual e de espírito elevado. Sua mãe faleceu quando ela ainda era muito jovem e ela assumiu o papel da administradora da casa, já que sua irmã mais velha havia se casado. De certa forma, ela é muito madura, apesar de cometer sérios erros: mesmo jurando que nunca se casaria, encontra diversão em arrumar casamentos para outros; aparentemente incapaz de se apaixonar, é através do ciúme que ela descobre seu amor por Mr. Knightley.