Na última semana, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, divulgou as novas regras fiscais do governo – que deixaram de fora do "teto" os gastos com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O fundo é uma fonte de financiamento que contempla toda a Educação Básica, da creche ao Ensino Médio e o Ensino de Jovens e Adultos (EJA). Em nota, a Associação Brasileira de Livros e Conteúdos Educacionais (Abrelivros), a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) elogiaram a decisão do Governo Federal. “Dificuldades na liberação de recursos destinados a políticas públicas voltadas para a educação provocaram, nos últimos anos, sobressaltos na execução de importantes iniciativas que beneficiam dezenas de milhões de crianças e jovens de escolas públicas de todo o país”, diz o comunicado. As entidades reforçam ainda a importância de não se esquecer dos projetos de lei que mexem com o mercado do livro, como por exemplo, a CBS (Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços). Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Ano após ano, estou entre os últimos a entregar a declaração de Imposto de Renda. Dizem que cada dia é único e imprevisível, que ninguém conhece o futuro, mas posso prever alguns acontecimentos. Em dezembro, teremos o especial de fim de ano do Roberto Carlos, que será igual a todos os outros, mas a família vai assistir e dizer que foi mágico e único. Em outubro, algum jogador europeu será anunciado como o ganhador da Bola de Ouro, e os comentaristas esportivos irão rever as jogadas de Ronaldo, Ronaldinho e Kaká e mencionar nossas duas décadas sem Copa. Em maio, faltando apenas 24 horas para o fim do prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda, os portais de notícias anunciarão que 100 mil pessoas deixaram para a última hora. Eu estarei entre elas. Não fosse por mim, os jornalistas anunciariam que 99.999 pessoas ainda não entregaram a declaração. O curioso é que estou sempre entre os últimos, mas não assumo. Faltando uma hora para o prazo se encerrar, lá estou eu procurando o recibo do dentista, o CNPJ da escola das crianças, o nome completo do pediatra. Critico o banco, por não ter me enviado um saldo, e o plano de previdência, por ser confuso. Entregar a declaração de imposto de renda é como cortar o fio que desliga a bomba nos filmes de ação. Faltam dez minutos, cinco minutos, poucos segundos e lá estou eu, fio vermelho ou fio azul?, fio vermelho ou fio azul?, decidindo entre a declaração completa ou a simplificada. No fim, sempre dá tempo, e é por isso que sigo nessa vida. Dá certo! Ao respirar aliviado, contudo, prometo para mim mesmo que foi a última vez que entrei em tal desespero. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta coluna.

Nos dias 14 e 15 de abril (sexta e sábado), o IMS Paulista (Avenida Paulista, 2424, São Paulo / SP) será palco da sexta edição do Festival serrote, organizado pela revista de ensaios do Instituto Moreira Salles. O evento reunirá escritores, pesquisadores, jornalistas e artistas para apresentações e debates sobre política, cultura e sociedade. Na ocasião, também será lançada a 43ª edição da serrote. Todas as atividades são gratuitas e abertas ao público. Entre os debatedores, estão convidadas como Djaimilia Pereira de Almeida, escritora e ensaísta, autora dos romances: Luanda, Lisboa, Paraíso (Companhia das Letras) e A visão das plantas (Todavia), vencedores das edições de 2019 e 2020 do Prêmio Oceanos; Ana Mumbuca, quilombola e doutoranda em direitos humanos e cidadania na UnB; Jaqueline Gomes de Jesus, professora de psicologia do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e a primeira gestora do Sistema de Cotas para Negras e Negros da UnB; e o artista Jonathas de Andrade, entre outros. A 43a edição da revista de ensaios do Instituto Moreira Salles será lançada durante o festival. A seção especial “Instigar a luta” abre esta edição, com textos de três intelectuais para apresentar ideias contra a acomodação na retomada da democracia, após as eleições de 2022. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Catapulta Editores abriu uma vaga para auxiliar de vendas. Entre as principais atribuições do cargo estão o contato por telefone, e-mail, WhatsApp com clientes e atendimento em geral; e o suporte operacional a equipe comercial, digitação de pedidos, gestão de estoques, administração de vendas (acompanhamento e emissão de NFs, acertos de consignação, entregas, contato com transportadora). É preciso ter boa escolaridade; domínio dos programas do Office – Word, Excel; conhecimento de programas e sistemas, preferencialmente Winbooks; e experiência no ramo editorial. Interessados devem enviar currículos para infobr@catapulta.net até 12 de abril.

A editora Summus está à procura de um assistente de marketing e eventos com formação superior ou cursando graduação na área de comunicação e que tenha experiência recente mínima de um ano no mercado editorial na área comercial ou marketing. É preciso ainda ter domínio do Pacote Office; excelente comunicação verbal e escrita; saber trabalhar em equipe; disponibilidade para participação em eventos; e ter experiência com redes sociais. Desejável ainda conhecimento em programas de criação de arte e peças promocionais. As funções do cargo incluem auxiliar no planejamento, execução e controle de ações de marketing para divulgação institucional e dos livros; controle de mailing e envio de e-mail marketing; auxiliar no planejamento e organização de eventos; manter contato com autores para planejamento de sessões de autógrafo e outras ações; apoiar a administração, gestão e produção de conteúdo das redes sociais da editora; elaborar e produzir releases comerciais, entre outras atividades. O trabalho é híbrido e os interessados devem enviar currículos com pretensão salarial para o e-mail rh@gruposummus.com.br, colocando no assunto “Assistente de Marketing e Eventos 2023”.

A editora Atheneu está contratando um assistente de marketing digital. São requisitos ter graduação completa em Marketing, Publicidade, Jornalismo ou área relacionada; experiência em divulgação de livros; conhecimento em tratamento de imagens no Photoshop e Illustrator; conhecimento de Gestão de Mídia; experiência com Inbound Marketing e ferramentas de automação de marketing; familiaridade com ferramentas de programação e monitoramento de mídias sociais; e edição de imagens e vídeos. A pessoa contratada será responsável, dentre outras atividades, pelas redes sociais da empresa; por interagir com os leitores; manter contato com criadores de conteúdo/Influencers Digitais; programação de postagens; planejamento, coordenação e execução de estratégias de divulgação digital; fomentar parcerias com perfis de redes sociais que possam trazer novos seguidores; e fazer report com relatório de ações e performance semanais / quinzenais. O tipo de contratação é PJ e interessados devem entrar em contato pelo e-mail atheneu@atheneu.com.br até 30 de abril, com o assunto Assistente de Marketing Digital, informando no corpo a pretensão salarial.

O BibliON, biblioteca digital do Estado de São Paulo, oferecerá um Bate-Papo Literário com o autor Daniel Munduruku, que tem mais de 57 obras publicadas e recebeu vários prêmios nacionais e internacionais, dentre eles o Jabuti, o Prêmio da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Érico Vanucci. O evento acontecerá no próximo dia 17, uma segunda-feira, às 19h e a discussão será mediada por Carli Cordeiro. Para se inscrever gratuitamente, clique aqui. Além de ativista do movimento indígena, Daniel Munduruku é graduado em Filosofia e tem licenciatura em História e Psicologia. Tem mestrado e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado em Linguística pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Também é membro-fundador da Academia de Letras de Lorena. Foi cofundador da primeira livraria online especializada em livros de autores indígenas e promove há 18 anos o Encontro de Escritores e Artistas Indígenas no Rio de Janeiro em parceria com a FNLIJ. Carli Cordeiro é formada em Biblioteconomia pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (USP), especialista em História da Arte pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em Gestão de Negócios pelo Instituto Paulista de Ensino e Pesquisa, coordenadora de Laboratório de Leitura pela Casa Arca e pós-graduanda em Cultura e Literatura (FAEL). Clique no Leia mais e saiba como se inscrever gratuitamente.

A Casa das Rosas, a Casa Mário de Andrade e a Casa Guilherme de Almeida anunciaram suas programações para o mês de abril, em uma agenda que inclui passeios, sessões de cinema, sarau e contação de histórias. As instituições integram a Rede de Museus-Casas Literários de São Paulo, equipamento da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciada pela Poiesis. O Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida realizará no dia 13 de abril, das 19h às 21h, a palestra Tradutores Recomendam, com Paulo Henriques Britto, escritor, tradutor e professor de Tradução, Literatura e Criação Literária da PUC-Rio. A fim de apresentar aspectos pouco debatidos relacionados à Semana de Arte Moderna de 1922, como a representação da Música Popular Brasileira, do cinema e do teatro que não foram incluídos no evento, o museu Casa Mário de Andrade realizará a palestra "Um Balanço da Semana de Arte Moderna de 1922", com Jason Tércio, escritor e jornalista com mestrado em literatura brasileira, biógrafo de Mário de Andrade. A atividade acontecerá no dia 11 de abril. O Clube de Leitura Casa Mário de Andrade, que vem trabalhando desde janeiro com a temática de cordel, está caminhando para o último encontro, no dia 29 de abril, das 16h30 às 18h. Clique no Leia mais para conferir a nota na íntegra.

Estreia nesta sexta-feira (31), no Prime Video, O poder, nova série de suspense adaptada da obra de Naomi Alderman, um best-seller indicado pelo The New York Times como um dos 10 melhores livros de 2017 e que também apareceu na lista dos melhores do ano divulgada pelo ex-presidente americano Barack Obama. Lançada no Brasil pela coleção Planeta Minotauro, a obra apresenta uma narrativa sobre o empoderamento feminino. A obra, que fez de Naomi Alderman vencedora do Baileys, um dos mais aclamados prêmios literários do Planeta, se passa em um futuro próximo no qual as mulheres descobrem que seus corpos são capazes de produzir poderes de eletrocutar outras pessoas até a morte. De repente, a estrutura da civilização é abalada e os homens se dão conta de que não estão mais no controle. Clique no Leia mais e confira o trailer da nova série.

A vida da mulher que deixou uma marca profunda na história da humanidade é explorada na obra Joana D'arc (Minotauro, 384 pp, R$ 69,90 – Trad.: Flávia Souto Maior), da autora Katherine J. Chen. Desconstruindo a imagem canonizada e humanizando Joana, a narrativa perpassa toda a vida da heroína: desde sua infância, repleta de alegria e violência, até a ascensão meteórica ao posto de líder do exército francês no fim da Guerra dos Cem Anos. Katherine se debruçou em biografias e documentos históricos ao longo de quatro anos, vasculhando a vida de Joana, para recriar não uma mulher santa, mas uma jovem imperfeita e mais real. Segundo Chen, a versão que decidiu retratar não é visitada por alucinações na adolescência, tampouco tem visões do arcanjo Miguel e das santas Margarida de Antioquia e Catarina de Alexandria, que, de acordo com relatos históricos, diziam para ela tomar parte na guerra e garantir a coroação do delfim Carlos VII. Nesta releitura, Joana é retirada do altar e despida da imagem de donzela piedosa para se tornar uma guerreira obstinada, estrategista e brilhante.

Depois de cortar laços com a inteligência israelense, Gabriel Allon encontra refúgio em Veneza com a esposa Chiara e os dois filhos. Até que é arrastado de volta à antiga vida quando o negociante de arte Julian Isherwood surge com um curioso caso: a obra Retrato de uma mulher desconhecida, pintada no século XVII por Anthony van Dyck, foi falsificada e vendida por milhões. Ninguém sabe quem está por trás das fraudes, mas sabem que a única pessoa capaz de descobrir essa informação é Gabriel Allon. E, para isso, ele precisará se igualar ao criminoso, tornando-se um dos maiores falsificadores de arte que o mundo já viu. Instigante e sofisticado, Retrato de uma mulher desconhecida (HarperCollins, 434 pp, R$ 69,90 - Trad.: Laura Folgueira) narra o retorno de um dos mais amados espiões do mundo. Em uma narrativa intensa, com novos cenários e esperados reencontros, Daniel Silva leva Allon a investigar fraudes milionárias e a explorar o submundo da arte.

Hadley Matthews e Lizzie Griffiths. Um policial experiente e uma novata na polícia metropolitana de Londres. A dupla está cumprindo sua rotina em um chamado doméstico aparentemente sem muita importância, um simples desentendimento entre vizinhos. É impossível prever o desastre que está prestes a acontecer. A única certeza é que, a partir deste momento, o rumo de diversas vidas mudará para sempre. Agora, Lizzie está na cobertura da Portland Tower, um prédio localizado em uma área tradicional da cidade. Ela tenta amparar o menino Ben, de cinco anos. Ele está aterrorizado após presenciar a cena devastadora que certamente vai ecoar em sua memória por muito tempo: a queda e a morte de sua irmã, Farah, junto com o policial Hadley. A detetive Sarah Collins recebe a missão de descobrir a verdade por trás deste caso. O problema é que a única testemunha ― a policial Lizzie ― simplesmente desapareceu. Afinal, o que pode estar acontecendo? Kate London constrói em A causa da morte (Trama, 360 pp, R$ 64,90 – Trad.: Alves Calado) um thriller trazendo reflexões sobre o comportamento, o preconceito e os meandros da polícia. A narrativa detalhada reflete a experiência da autora como detetive na Polícia Metropolitana de Londres, oferecendo ao leitor o ponto de vista inédito de quem conhece a corporação por dentro.

Em Animais submersos (Quelônio, R$ 56), a partir de múltiplas vozes, as narrativas flagram encontros entre pessoas de diferentes idades e classes sociais. São criaturas sempre inapropriadas, que não correspondem aos anseios normativos das convenções sociais. Isso resulta em duelos inusitados, por vezes incômodos, cheios de contrastes. A presença de animais é outra característica que permeia os contos. O volume traz narrativas como as de uma septuagenária que se relaciona com um garoto de programa, uma mulher que procura o lugar ideal para se matar e também uma jovem que busca trabalho como garçonete, mas se vê empregada num restaurante exótico que explora a beleza das meninas por uma via singular. A escritora, dramaturga, roteirista e professora Priscila Gontijo, autora dos romances Peixe cego (finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2017) e O Som dos anéis de saturno (semifinalista do Prêmio Oceanos em 2021), lança seu primeiro livro de contos, Animais submersos, no dia 18 de abril, terça-feira, 19h, na Livraria da Travessa de Pinheiros (Rua dos Pinheiros, 513 – São Paulo / SP); e, no Rio de Janeiro, na Livraria da Travessa de Ipanema (Rua Visconde de Pirajá, 572 – Rio de Janeiro / RJ) no dia 27 de abril, quinta-feira, 19h. O projeto do livro foi contemplado pelo ProAC - Programa de Ação Cultural nº 19/2021.