No episódio desta semana do Podcast do PublishNews, a equipe recebeu alguns convidados direto da Itália, logo após o término da feira mais importante para o segmento infantil e juvenil do mundo editorial: a Feira do Livro de Bolonha. A editora executiva do selo Galera Record, Rafaella Machado, compartilhou um pouco sobre a sua visão e sua experiência da feira. Julio Silveira, editor, escritor e curador, contou como foi sua primeira vez em Bolonha. Durante a semana, Júlio também compartilhou sua visão através dos Diários de Bolonha, publicados no site do PublishNews, e adiantou o plano de ter uma editora infantil – com previsão de lançamento para o segundo semestre. Em seguida, Dolores Prades, fundadora, diretora e publisher do Instituto Emília, já veterana na feira, falou sobre retornar ao evento depois dos anos de pandemia, sobre a participação do Instituto Emília no evento, do seu papel como consultora para a América Latina na Feira de Bolonha, a participação brasileira, e ainda sobre tendências relacionadas aos livros, temas e mercado de livros infantis. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet, e da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube. Clique no Leia Mais para ler a íntegra desta nota.

O Funktoon, nova plataforma de webtoons dedicada às HQs nacionais, já está disponível para download nos celulares Android e IOS. O aplicativo, que é uma parceria entre a Editora Guará e a produtora Media Bridge, visa aumentar o acesso e a publicação de obras de quadrinhos brasileiros, atingindo um público amplo e interessado no setor. Parte dos gibis disponibilizados no Funktoon terão uma degustação gratuita, mas o acesso completo será liberado por meio de uma assinatura mensal de R$9,90. Para baixar, clique aqui. Em desenvolvimento há mais de um ano, o Funktoon pretende ser a referência de webtoons no mercado nacional. O modo de leitura é de scroll vertical para webtoons, ou seja, é preciso descer a tela para continuar a leitura, ao invés de clicar para mudar a página ou dar zoom nos quadrinhos. Com três eixos de publicação, o app terá material original do Universo Guará; as seleções, de curadoria de editoras e grandes nomes do quadrinho nacional; e os independentes, com títulos de nomes novos no mercado editorial. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

O final de semana veio com uma notícia de mudança nos planos do Ministério da Cultura na Folha. O secretário escolhido para assumir o cargo na Secretaria de Cidadania e Diversidade Cultural, o arquiteto Edvaldo Mendes Araújo, conhecido como Zulu Araújo, recebeu uma punição por improbidade administrativa da Controladoria-Geral da União (CGU) em 2015 e deve ser impedido de assumir o cargo. A Feira do Livro Infantil de Bolonha, que aconteceu na semana passada na Itália, reuniu mais de 28 mil visitantes nos dias de evento e abriu, novamente, discussões sobre democracia, literatura, liberdade de expressão e banimento de livros no mundo livreiro. Na cobertura do Estadão, foram citadas as histórias de Roald Dahl, Beatrice Alemagna e Axel Scheffler, recentes casos de edição das obras. Em entrevista ao Poder360, o dono da Livraria Leitura e presidente da Associação Nacional de Livrarias (ANL), Marcus Teles, disse que as livrarias tradicionais enfrentam crises agudas por conta da concorrência com quem vende livros com prejuízo. A colunista Mônica Bergamo noticiou que a Todavia vai lançar um selo dedicado a livros infantis, sob o comando da editora Mell Brites. Clique no Leia mais e confira outros destaques do fim de semana.

Uma das instituições mais tradicionais do mercado livreiro e a maior do mercado da venda direta de livros, a Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) comemora neste ano 20 anos do tradicional Salão de Negócios, na cidade de Foz do Iguaçu (PR). O evento começa nesta segunda-feira (13) e vai até o sábado (18). Em 2023, o Salão completa duas décadas, e nesse período se consolidou como espaço em que editores e distribuidores fecharam parcerias e negócios do setor de venda direta de livros. “O sucesso do Salão de Negócio é reflexo de toda dedicação dos associados em difundir a cultura literária em todas as regiões do nosso país, novos negócios e ações estão sendo desenvolvidas o que certamente refletirá em um crescimento do setor neste ano.”, reforça Márcio Tupinambá, presidente da entidade, em nota. Em 2023, o evento ocorre pela segunda vez na cidade de Foz do Iguaçu, Paraná, entre os dias 13 e 18 de março, no Hotel Golden Park Internacional Foz. Entre os convidados desta edição, estão o médico e escritor Jô Furlan e o diretor de negócios da Bookinfo, Eduardo Cunha. Outras mesas do evento debatem questões sobre o mercado do crediário e suas oportunidades, e os patrocínios privados para eventos literários. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O escritor japonês Kenzaburo Oe morreu aos 88 anos no dia 3 de março de 2023, informou a editora japonesa Kodansha nesta segunda-feira (13). "Ele morreu de velhice na madrugada de 3 de março", disse a editora em um comunicado. O funeral já foi realizado pela família. Conhecido pela postura pacifista e antinuclear, Oe fez parte de uma geração de escritores "profundamente feridos" pela Segunda Guerra Mundial, "mas cheios de esperança de um renascimento", de acordo com a AFP. Ele foi vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1994. Oe nasceu em 1935, no vilarejo de Ose, no Japão. Seu pai morreria poucos anos depois, na Guerra. De acordo com a editora Estação Liberdade – que recentemente publicou Adeus, meu livro! no Brasil – uma de suas avós era contadora de histórias e carregava assim os mitos e as tradições do clã Oe, impactando o jovem Kenzaburo. No Brasil, já foram publicadas as obras Uma questão pessoal (2003), Jovens de um tempo novo, despertai (2006), 14 contos de Kenzaburo Oe (2011) e Morte na água (2021), todas pela Companhia das Letras, e A substituição ou As regras do Tagame (2022), pela Estação Liberdade. Ele recebeu também os mais importantes prêmios literários do Japão, incluindo o Akutagawa, o Tanizaki e o Yomiuri. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

As inscrições para o 5ª Prêmio Literário AFEIGRAF estão abertas e vão até dia 30 de junho. A categoria de poesia tem tema livre e será aceita a participação de maiores de 16 anos, com apenas um autor por poesia, que deve ser inédita. Para se inscrever, clique aqui. O prêmio tem por objetivo prestigiar a literatura brasileira e descobrir novos talentos com a publicação em antologia dos trabalhos selecionados por uma comissão julgadora. A Scortecci Editora – responsável pela organização do prêmio – escolherá esse grupo de avaliadores. Autores brasileiros, residentes no exterior, deverão preencher o formulário de inscrição com um endereço do Brasil. Não haverá por parte dos participantes nenhuma despesa ou taxa e todos os custos, inclusive de edição e impressão da obra, serão pagos pela promotora. Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

A morte de Paulo Caruso, há uma semana, fez com que seus colegas do humor gráfico o homenageassem naturalmente nas redes sociais. O presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil (ACB), JAL (José Alberto Lovetro), que sempre organiza exposições coletivas, logo reuniu caricaturas e cartuns para uma exposição virtual que pode ser acessada no Blog HQMIX. É uma exposição aberta e, portanto, sempre terão novos cartuns publicados. Neste momento são mais de 60 trabalhos. "Paulo Caruso foi enfeitar o céu com aquarelas que veremos ao pôr do sol todos os dias", escreveu JAL sobre a exposição. "Um cartunista que deixa saudades porque soube como nunca mostrar o Brasil visto de dentro do povo. Músico, adorava as noites do bairro da Vila Madalena, em sampa, tocando piano com um copo de whisky por perto. Desenhava caricaturas ao vivo com uma rapidez como se elas já estivessem ali no papel branco esperando o toque da caneta. Paulo Caruso é uma referência importante para todos os cartunistas porque tinha uma noção da história política do Brasil como poucos. Agora é pensar nele como uma caricatura feita pelos seus pares nesta exposição. Desculpe, Chico Caruso, mas nas caricaturas somos todos gêmeos do Paulo. E de você. Aqui, uma singela homenagem de quem tem o Paulo como inspirador de sonhos. Ele vive em nós."

As Bibliotecas das Fábricas de Cultura entraram no mundo dos podcasts em 2019, com a produção do programa Podtudo!Podtudo?. Atualmente, ainda investindo nas discussões de universos literários, assuntos da pauta LGBTQIA+ e feminista por meio dos livros da biblioteca, a instituição está com inscrições abertas para artistas e produtores de áudio trabalharem nas gravações e produções. O podcast já está em seu 33º episódio, como parte do programa Fábricas de Cultura, da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo e gerenciado pela Poiesis. Atualmente, as Fábricas de Cultura contam com um acervo de aproximadamente 45 mil livros distribuídos entre as oito unidades gerenciadas pela Poiesis, espalhadas pelas periferias das zonas norte e sul de São Paulo, de Diadema, Osasco e Iguape. Além do empréstimo de obras, os espaços das bibliotecas oferecem laboratório multimídia com acesso à internet; 110 exemplares em braille (livros e audiobooks), além de impressoras braille e leitor de audiobooks; acesso à rede Wi-Fi; e programação cultural, como contação de histórias e exibições de filmes. Para fazer a inscrição na Biblioteca basta comparecer em uma unidade com RG e comprovante de residência (menores de idade precisam estar acompanhados do responsável). Clique no Leia mais e confira a nota na íntegra.

Cidinha da Silva, premiada escritora mineira, ministrará o aulão ‘Vozes Independentes no Mercado Editorial’, evento que será promovido pela Balada Literária no próximo dia 1ª de abril, sábado, das 10h às 13h, via Zoom. No encontro, serão discutidos todo o processo de editoração do livro, como preparação, revisão, tiragem, venda, participação em clubes de leitura, coletivos, festas e feiras literárias, relação do autor e da autora com gráficas e editoras, entre outros. Para participar, é necessária inscrição no valor de R$ 125. Segundo Cidinha “Nessa edição do Vozes Independentes no Mercado Editorial faremos muitas perguntas que nos ajudem a nos situarmos nesse ecossistema. Pretendemos construir juntes as respostas”. Cidinha acrescentou: “Abordaremos, ainda, o perfil das editoras: nano, micro, pequenas, médias, aspirantes a grandes, grandes e conglomerados. A participação de diferentes perfis de autoras e autores em feiras e festas, concursos e prêmios literários. A atuação de agentes, crítica e imprensa literária”. Clique no Leia mais e saiba onde se inscrever.

Em O filho eterno (Record, 224 pp, R$64,90), romance de Cristovão Tezza, o nascimento de uma criança com síndrome de Down coincide com um momento de ruptura na vida dos pais. Um filho desejado, mas diferente: nas palavras do pai, na tímida tentativa de explicar para os conhecidos, nos primeiros meses, uma criança com “um pequeno problema”. De início, tudo é estranhamento, e o pai assume que a urgência não é resolver o tal problema do menino — haveria algo a ser resolvido? —, mas o espaço que o filho ocupará, para sempre, na vida do casal. Pai de um filho com síndrome de Down, com o mesmo nome do personagem do livro, Tezza expõe as dificuldades, inúmeras, e as saborosas pequenas vitórias na criação de Felipe. Com o passar do tempo e uma série de pequenas conquistas — os primeiros passos, a ida à escola —, o pequeno vai conquistando o seu lugar de filho. O filho eterno obteve enorme sucesso de público e de crítica: ganhou todos os mais importantes prêmios literários brasileiros e já foi traduzido em uma dezena de países. A nova edição tem prefácio do escritor Sérgio Rodrigues.

Vencedor do Prêmio Autores / SPA (Melhor Livro de Ficção de 2013), Para onde vão os guarda-chuvas (Dublinense, 544 pp, R$ 119,90), celebrada obra do português Afonso Cruz, se passa em um Oriente ficcional. Lá circulam vários personagens fascinantes: o pragmático dono de uma fábrica de tapetes, sua esposa herege, uma mulher que sonha em se casar, um hindu que deseja ser o seu marido, um poeta mudo, uma criança perdida e outra encontrada. Cada um deles carrega características notáveis ― uma marca dos romances de Afonso Cruz ― e suas trajetórias falam aos leitores de perda, solidão, amor e religiosidade. Uma narrativa tocante e inventiva, que ultrapassa as diferenças entre Oriente e Ocidente para falar sobre como, onde quer que estejamos, nunca estamos absolutamente sós. Afinal, tudo está entrelaçado como na tapeçaria, onde “o primeiro ponto não está separado do último e, se alguém mexer num deles, mexe inevitavelmente nos outros”.

Pedra, papel, tesoura (Roça Nova, 192 pp, R$ 62 - Trad.: Laura Jahn Scotte), obra da escritora argentina Inés Garland, apresenta um testemunho íntimo, narrado em primeira pessoa, sobre a transição entre infância, adolescência e idade adulta, tendo como pano de fundo o período da ditadura militar argentina, instaurada em 1976 e que duraria sete anos no país, até o ano de 1983. A tratativa do regime militar, no entanto, é feita de forma indireta. Este é um romance sobre descobertas — da amizade, do amor, do sexo — e sobre perdas. Nele, o leitor acompanha os embates da protagonista, Alma, uma menina nascida e criada na elite bonaerense, dividida entre a rígida educação católica da escola particular, a expectativa de seus pais conservadores e a paixão secreta por uma rapaz de outra classe social. Alma vê esses universos perderem o contorno e se fundirem ao passo que começa sua trajetória de amadurecimento e a ver o mundo para além do seu entorno.

Autumn consegue imaginar em detalhes a noite do acidente — a chuva enlameando o asfalto, a discussão entre Finny e a namorada dele, Sylvie, o carro vermelho deslizando pela estrada. Mas nada disso é tão claro para Autumn quanto a certeza de que se ele estivesse com ela, tudo teria sido diferente. Desde que nasceram, Autumn e Finny eram inseparáveis. Além de terem nascido com poucos dias de diferença, suas mães são melhores amigas e moram uma do lado da outra. Só que isso era antes… A chegada do ensino médio os levou a mundos opostos: Autumn passou a fazer parte do grupo de excluídos e Finny se tornou aquele garoto que todo mundo quer estar por perto. Mas o que fez tudo mudar de forma tão drástica? E como as coisas poderiam ter sido diferentes se eles nunca tivessem se distanciado? Da autora best-seller do New York Times Laura Nowlin, Se ele estivesse comigo (HarperCollins, 352 pp, R$ 59,90 – Trad.: Isadora Sinay) é um doloroso, autêntico e brutal retrato de amor, de arrependimento e dos impactos que as escolhas têm nas relações que mantemos.