Na Lista dos Livros Mais Vendidos do PublishNews desta semana, a grande surpresa é Arquiteto empreendedor (Gente Autoridade), que estreia já na primeira colocação, tanto na lista Geral como na categoria Negócios. Uma entrada retumbante para o livro de Fábio Ordones, Lucas Almeida e Pedro Greghi, que vendeu 3.500 exemplares. Mas parece impossível ficar indiferente ao fenômeno Heartstopper, da autora inglesa Alice Oseman. Dois dos livros de quadrinhos editados pela Seguinte que contam a história de amor entre dois garotos, Charlie Spring e Nick Nelson, estão na segunda e terceira colocações da lista Geral: Heartstopper: Dois garotos um encontro, com 2.998 cópias vendidas, e Heartstopper: Minha pessoa favorita, com 2.070 exemplares. Esse bom desempenho em conjunto dos livros de Oseman é certamente resultado na enorme audiência que a série baseada nos livros [foto] está alcançando logo após estrear na Netflix. A semana teve um aumento de 14% nas vendas. É o segundo período seguido de alta, depois de ter registrado 13% na semana passada. O crescimento foi puxado por Negócios, com aumento de 39%, e Infantojuvenil, com 30%. Os livros de Não Ficção venderam 8% a mais, enquanto os de Ficção subiram 7%. A única categoria em declínio é Autoajuda, com redução de 5%. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Na próxima quarta (11), o Fliaraxá inicia a sua 10ª edição com o tema Abolição, independência e literatura. Idealizado por Afonso Borges, o festival literário acontecerá até 15 de maio em formato híbrido e a programação será descentralizada, com transmissões a partir de diversos lugares da cidade: Grande Hotel Termas de Araxá, Teatro Municipal Maximiliano Rocha, Parque do Cristo e Fundação Cultural Calmon Barreto. Na curadoria desta edição, junta-se a Afonso Borges o escritor e jornalista Tom Farias, biógrafo de Carolina Maria de Jesus. A patrona escolhida foi a escritora maranhense Maria Firmina dos Reis; o escritor homenageado será o baiano Itamar Vieira Jr; e a autora local homenageada, Vilma Cunha Duarte. Respeitando protocolos sanitários, os autores estarão presentes em alguns locais com audiência reduzida e em outros farão lives sem a presença do público. Parte da programação ocorrerá por transmissão digital, nas redes do @Fliaraxa. O evento contará ainda com programação infantil, prêmio de redação, exposição artística e uma novidade: uma imensa livraria com espaço gastronômico. Entre os nomes convidados estão Eliana Alves Cruz, Geni Guimarães, Éle Semog, Valéria Lourenço, Muniz Sodré, Paulo Scott, Flávia Martins, Ungulani Ba Ka Khosa, Edimilson de Almeida Pereira, Laurentino Gomes, Tom Farias, Conceição Evaristo, entre outros, que discutirão temas como: a literatura negra hoje; escravidão política e jornalismo; abolicionismo; ética e subjetividade; literatura e protagonismo feminino; literatura e resistência. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

No Estadão, os 85 anos da escritora Nélida Piñon [foto], comemorados na última terça-feira (03), motivam a publicação de uma lista de cinco obras fundamentais da autora. São elas: Guia-mapa de Gabriel Arcanjo (1961), O calor das coisas (1980), A república dos sonhos (1984), A doce canção de Caetana (1987) e Uma furtiva lágrima (2019), os quatro últimos no catálogo da Record. O Globo entrevistou com Andrea Abreu, escritora espanhola que tem lançado no Brasil Pança de burro (Companhia das Letras), comparado aobras da best-seller misteriosa Elena Ferrante. Na Folha, a semana foi marcada pelo caderno especial “Conheça 200 importantes livros para entender o Brasil". O jornal pediu a 169 intelectuais sugestões de obras que formaram um ranking, encabeçado por Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus. O Valor traz análise do livro da portuguesa Teolinda Gersão, que lança O regresso de Júlia Mann a Paraty (Oficina Raquel). Sob uma ótica psicanalítica, a obra fala da mãe brasileira do escritor alemão Thomas Mann (1875-1955). Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Bruno Mendes (PublishNews, #coisadelivreiro e Distribuidora Saudade) e André Palme (Storytel Brasil) lançam este mês um novo curso, o id.empreendedor. O projeto tem como objetivo potencializar a profissionalização de pessoas que já trabalham no mercado editorial e auxiliá-las a empreender no mercado livreiro. Em duas aulas dinâmicas, que serão realizadas ao vivo e disponibilizadas on demand, os alunos aprenderão, de forma prática, o funcionamento do mercado, técnicas sobre empreendedorismo e ainda desenvolverão o mapeamento de tendências e oportunidades, em oito horas de estudo, revisitando cases de sucessos de dois dos maiores profissionais do mercado editorial. “O curso visa ajudar empreendedores e potenciais empreendedores a enxergar tendências deste mercado e fazer uma análise consciente e amparada em dados, para tomar boas decisões na hora de implementar seus projetos”, complementa Bruno. As aulas on-line serão realizadas via Zoom, nos dias 28 e 29 de maio, com matrícula por R$ 990, podendo ser parcelada em até 10x sem juros no cartão de crédito. Outras formas de pagamento também são aceitas, como boleto e PIX. As inscrições podem ser feitas clicando aqui até 26 de maio. No dia 15, o id.empreendedor ainda vai oferecer um aulão inaugural gratuito com uma introdução aos assuntos que serão abordados no treinamento e uma aula bônus com Bruno e André para os primeiros 50 inscritos no curso. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Rocco lançou a edição limitada do Box Todos (2.240 pp, R$ 319,90), de Calrice Lispector, que conta com três livros em capa dura: Todos os Contos, Todas as Crônicas e Todas as Cartas – especialmente para o Dia das Mães. Na coletânea Todos os contos, organizada pelo biógrafo Benjamin Moser, é possível conhecer Clarice por inteiro, desde os primeiros escritos, ainda na adolescência, até as últimas linhas. Essencial para estudantes e pesquisadores, para fãs de Clarice Lispector e iniciantes na obra da escritora, Todos os contos foi lançado nos EUA em 2015, figurando na lista de livros mais importantes do ano do jornal The New York Times e colecionando prêmios. Todas as crônicas apresenta mais de uma centena de textos inéditos, e Todas as cartas reúne correspondências escritas por Clarice Lispector ao longo de sua vida. A seleção de cartas, das quais cerca de meia centena é inédita para o público, configura um acervo fundamental para compreender a trajetória literária da escritora.

Estão abertas até este domingo (08) as inscrições para o projeto “Capacitação de escritores no interior de São Paulo e publicação de antologia”. Quem promove é a escritora Samanta Holtz [foto], em parceria com o Projeto Culturando. A participação é aberta a escritores ou aspirantes, nascidos ou residentes em cidades do interior do estado de São Paulo. Não é obrigatório ter obras publicadas. De 14 a 30 de junho, serão ministradas aulas virtuais ao vivo, com especialistas do mercado, abordando os temas: Técnicas de escrita, Mercado editorial, Guia para a publicação independente, Divulgação e Técnicas de vendas. Os workshops são ministrados em plataforma virtual, em dias de semana pré-agendados, e no período da noite. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A maternidade é uma experiência marcante na vida da mulher que encara o desafio de se tornar mãe – independente se é por gestação ou adoção. Quando nasce um filho, nasce também uma mãe – e com ela muitas inseguranças. Afinal, o que é ser mãe? Como saber o melhor para o seu filho diante de tantas opiniões e formas diferentes de se educar? A partir da experiência da personagem Mariana, jovem que engravidou aos 19 anos e se viu perdida diante de tamanha responsabilidade, a obra Mães: para ver, sentir e ouvir (Autografia, 60 pp, R$ 36), da autora Dayane Guedes, mostra que, por mais que existam mil manuais sobre a maternidade, cada mãe e cada filho são únicos. Toda mãe tem seu próprio manual. O livro relata momentos da relação com a filha desde que descobriu a gravidez até a chegada da temida adolescência. Para Dayane, o livro é um convite a todos, especialmente às mães de primeira viagem, desenvolverem seus “poderes” e se sentirem empoderadas para seguirem o que o coração materno mandar.

A obra Código-mãe (Planeta Minotauro, 288 pp, R$ 61,90), de Carole Stivers, se passa em 2049. O governo de uma grande nação mundial decide disparar uma arma biológica capaz de matar terroristas mesmo dentro dos mais inacessíveis esconderijos. Porém, nem tudo sai conforme os planos militares, e uma pandemia mortal se espalha pelo planeta. O destino parece certo: a total aniquilação da humanidade. E não resta muito tempo para que isso aconteça. Como último recurso a fim de garantir um futuro à espécie humana, cientistas e engenheiros se juntam para criar as Mães: enormes robôs, construídos para gerar em seus ventres crianças imunes ao agente mortal. Um código especial permitiria, além disso, que cada robô fosse único, singular, desempenhando o verdadeiro papel de mãe da criança sob sua responsabilidade. Anos depois, chega o momento de reunir as crianças sobreviventes. Mas, à medida que elas atingem a idade programada, suas mães também se transformam -- de maneiras imprevisíveis e aparentemente perigosas. Agora, cada uma dessas crianças deverá fazer uma escolha difícil: quebrar o vínculo partilhado com suas mães robóticas ou lutar com todas as forças para salvá-las?

Às margens das insuficientes vagas de creches e escolas fundamentais disponibilizadas pelo poder público, há um sem número de mães que precisam deixar seus filhos com alguém para poderem trabalhar. Esse quadro gera, em especial nas favelas, estereótipos aplicados as mulheres pobres e que são relatados na obra Figuras da causação: As novinhas, as mães nervosas & mães que abandonam os filhos (Telha, 314 pp, R$ 65), de autoria da antropóloga Camila Fernandes. A obra abre um debate sobre temas como gravidez planejada, planejamento familiar, culpabilização da mulher, sexualidade desviante e noções de cuidado e negligência. Camila conseguiu, através do acompanhamento dessas mulheres e de suas histórias, e por meio de uma descrição e análise visceral, transportar para as páginas de Figuras da causação como as relações tensas em mundos marcados pela precariedade, desigualdade e expectativas de gênero se combinam com visões racistas sobre os pobres e seus territórios. O livro procura mostrar o ponto de vista de mulheres retratadas como “desviantes” das expectativas de gênero consideradas positivas em nossa sociedade, a saber: sexualidade planejada e um modelo de maternidade dócil, pacificado e compulsório.