Um dos maiores nomes da história dos quadrinhos brasileiros, o cartunista e quadrinista Angeli, 65, vai deixar de desenhar. Em nota publicada hoje no Instagram da Folha de S.Paulo, o jornal anunciou que o artista recebeu diagnóstico de afasia, uma condição médica que pode evoluir e impedir a comunicação verbal e escrita do paciente. Angeli teve sua história ligada à Folha desde a década de 1970, quando começou a fazer cartuns e a organizar a participação de outros artistas de sua geração nas páginas do jornal. Além de criar uma tribo de personagens urbanos tipicamente paulistanos, que despejam humor ácido nas tiras e nas historinhas, Angeli também deu um grande passo para a consolidação dos quadrinhos no mercado, com livros e a revista Chiclete com Banana, fenômeno editorial nos anos 1980. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Quem quiser opinar na principal novidade do Prêmio Jabuti deste ano tem até o dia 27 de abril para participar da consulta pública para a indicação de jurados. Nomes podem ser indicados por meio de um formulário disponível no site do prêmio, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Principal referência em premiações no mercado editorial brasileiro desde sua criação, em 1958, o Jabuti quer, dessa forma, assimilar as mudanças na sociedade, incentivando a interação com o público leitor. Os nomes podem ser recomendados ou autoindicados para a composição do júri. Os indicados são verificados e validados pelo Conselho Curador do Jabuti. O prazo para inscrição de obras permanece até 26 de maio. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz essa semana dois editais visando aquisição de livros. Um deles tem pregão marcado para 28 de abril, às 10h. O valor estimado é de R$ 1.532.894,29. O segundo, que é destinado exclusivamente a microempresas e empresas de pequeno porte, será disputado em 2 de maio, às 9h. Para este, o valor estimado é de R$ 544.911,62. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

Nova editora no mercado brasileiro, a Peabiru chega com a proposta de se especializar em literatura latino-americana. O primeiro lançamento é Cerco Animal, obra de lirismo e violência da colombiana Vanessa Londoño [foto]. Ela conquistou o Prêmio Aura Estrada e o Prêmio Nuevas Plumas, da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México. A autora é advogada formada pela Universidad del Rosario, em Bogotá, Colômbia, e mestre em Escrita Criativa pela Universidade de Nova York. Cerco Animal é seu primeiro romance. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil (AEILIJ) divulgou os vencedores do quinto Prêmio AEILIJ de Literatura. A cerimônia de entrega do prêmio será presencial, em data a ser anunciada. Os vencedores são Carona (Companhia das Letrinhas), de Guilherme Karsten; Ainda assim te quero bem (Editora do Brasil), de Caio Riter, Penélope Martins e Talita Nozomi; A África que você fala (Globinho), Cláudio Fragata e Mauricio Negro; e A bela e a fera: um reconto (nVersinhos), de Sandra Trabucco Valenzuela e Gabriel Pacheco. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Editora Universo dos Livros está procurando dois promotores de livros. Uma vaga é em São Paulo, a outra, em Belo Horizonte. Entre os requisitos para seleção estão imprescindível experiência como promotor de livros e Ensino Superior. Domínio do inglês será um diferencial. Estas são algumas das atribuições do cargo: visitar os clientes a fim de impulsionar e melhorar o desempenho da marca executando as estratégias de marketing de vendas; promover produtos e organizar exposição e rotatividade em pontos de venda de acordo com layout estabelecido por cada cliente; repor os produtos nas prateleiras e negociar os pontos de destaque da mercadoria dentro da loja para o produto ter melhor exposição; abordar clientes, esclarecer dúvidas e distribuir panfletos ou amostra grátis; projetar e desenvolver estratégias de vendas, com o intuito de expandir a visibilidade da marca. Os interessados devem enviar os currículos para Priscilla Bortoletto, por e-mail, informando a pretensão salarial.

A Sociedade Secreta dos Heróis é uma série que vem mostrando um projeto bem diferente para os personagens da DC Comics. Batman, Superman e Mulher Maravilha nunca apareceram antes como adolescentes em uma high school . Detenção Fantasma (Sesi-SP, 176 pp, R$ 39,90 – Trad.: Zé Oliboni), terceiro lançamento da coleção, é escrito por Derek Fridolfs e desenhado por Dustin Nguyen. E esses dois artistas tiveram muita liberdade para subverter totalmente as aventuras tradicionais dos heróis. O roteirista jogou no lixo todas as biografias oficiais dos personagens e tratou de enturmá-los com as ansiedades e incertezas de todo adolescente, apesar de superpoderosos. Mas a grande sacada do projeto é o desenho de Nguyen, quase totalmente em preto e branco e com jeitão de rascunho. O resultado visual traz uma imperfeição e uma urgência que combinam com os hormônios em fúria dos jovens Bruce, Clark e Diana.

Um crítico já disse que Keanu Reeves é perfeito para interpretar super-heróis, com seu rosto impassível e voz grave, e que na tela do cinema só falta um balão de quadrinhos com suas falas. E o astro de ‘Matrix’ estreia agora como roteirista de HQ, no futurista e violento BRZRKR (Panini, 128 pp, R$ 49,90). O herói criado pelo ator e agora escritor é Berzerker, meio homem e meio deus, que foi amaldiçoado para viver cercado por violência extrema. Depois de vagar por séculos na Terra, ele começa a trabalhar para o governo americano. Qualquer ameaça, a mais perigosa possível, passa a ser alvo de sua fúria. O grande detalhe da coisa: o ilustrador Ron Garney tratou de desenhar o destruidor Berzerker com o visual de... Keanu Reeves! Este é o primeiro dos três volumes da série, e sua capa é desenhada pelo brasileiro Rafael Grampá.

A holandesa Aimée de Jongh é uma estrela em ascensão nos quadrinhos europeus. Sai agora no Brasil Táxi: histórias passageiras (Conrad, 96 pp, R$ 59,90), uma graphic novel desenhada em preto e branco, em que ela relembra corridas de táxi pelo mundo. Nessa viagem autobiográfica, ela pega táxis em Paris, em Jacarta, na Indonésia, e em duas grandes cidades americanas, Los Angeles e Washington. Em todos os trajetos, ela e o motorista começam a conversar e, aos poucos, vão abrindo um pouco de cada um para o outro, em histórias nas quais todo mundo é um tanto vulnerável, mas sempre demonstrando bom humor. É divertido para o leitor encontrar algumas semelhanças entre os taxistas de pontos diferentes do planeta.

Em nova edição, com prefácio de Reinaldo José Lopes e texto de Lillo Parra, La Dansarina (HarperCollins, 144 pp, R$ 59,90) tem o traço refinado de Jefferson Costa para contar um enredo ambientado há mais de cem anos, mas que não poderia ser mais atual. Essa ficção histórica se passa em 1918, durante a pandemia de gripe espanhola que assolou o Brasil e o mundo. O protagonista, Petro, recém-curado da enfermidade, assume a missão de dar um enterro digno para a mãe, morta pela mesma doença. Seu corpo foi esquecido pelas autoridades sanitárias. Os quadrinhos vão injetando reflexões sobre a fragilidade da vida nas angústias dos personagens, questionando humanidade e desumanidade. Não, esta HQ não explora premeditadamente o momento da Covid-19. Foi lançada originalmente em 2015, antes do coronavírus mudar a vida da população mundial.