Um dos maiores fenômenos do empreendedorismo brasileiro nos últimos anos é a principal estreia na Lista dos Livros Mais Vendidos do PublishNews desta semana. Fora da Lata (Rocco) aparece na 14ª posição na Lista Geral e, um grande feito, entra em segundo lugar na lista de Não Ficção. Seu autor, Luiz Quinderé, começou a fazer brownies para vender aos 15 anos, com ajuda da empregada da família. Hoje, 16 anos depois, ele é o comandante do Brownie do Luiz, nome de uma rede de lojas próprias em grandes capitais e centenas de pontos de venda pelo país. Outro livro que assume pela primeira vez um lugar na lista é A hipótese da simulação (Citadel), no qual Riswan Virk discute a ideia de que a vida ao redor das pessoas pode ser uma projeção virtual em seus cérebros. É a ideia por trás dos filmes da franquia Matrix tratada a sério. Está em nono lugar na lista de Não Ficção. Depois de se manter estável na semana anterior, a lista teve aumento de 5% nas vendas. Sem livros novos entre os 20 mais vendidos, a categoria Ficção puxou o aumento geral, com elevação de 18%. Outro bom desempenho foi na lista de Infantojuvenil, com 15% de aumento. Não Ficção subiu 3%, enquanto Negócios não apresentou variação. A queda se deu em Autoajuda, vendendo 12% a menos do que no levantamento anterior. Clique no Leia Mais para acessar a íntegra desta nota e conferir mais novidades na lista.

O formato tradicional de um audiolivro é o de um narrador performando sozinho a narração de uma obra completa, inclusive se revezando entre vários personagens, no caso de títulos de ficção. O que podemos então concluir, quando nos Audie Awards - o evento de premiação mais importante do mercado de audiolivros americano, que por sua vez é maior do mundo - 36% das produções vencedoras contaram com mais de um narrador? Analisar os Audies é algo interessantíssimo não só pelo aspecto de deleite e apreciação artística de tantas produções diferentes, mas também pela quantidade de tendências e insights que podemos colher deles. No caso do exemplo acima, é demonstrada claramente uma maior diversificação nas modalidades das produções, sinalizando uma busca por diferenciação e inovação. Não que o formato tradicional (e mais popular) do narrador solo dando vida a uma obra esteja ameaçado, mas é possível que cada vez mais tenhamos experimentações diferentes nesta indústria que só cresce. Outro dado interessante, é que 24% das obras premiadas foram narradas pelos próprios autores, sendo uma delas, na voz do ex-presidente dos EUA, Barack Obama, que venceu justamente na categoria “Narração Pelo Próprio Autor”. Será que esta tendência, crescente ao longo dos anos, principalmente em segmentos como autobiografia, desenvolvimento pessoal e humor, deve ganhar mais espaço também? Clique no Leia Mais para conferir a análise completa de André sobre a premiação.

Maria Firmina dos Reis (1822-1917) fez história. Romancista, contista e professora, foi a primeira mulher negra a publicar um romance no Brasil e deixou marcas no pensamento e na literatura pré-abolicionista no país. O seu romance Úrsula é apontado como o primeiro romance brasileiro escrito por uma mulher e se tornou um expoente do romantismo nacional. Para comemorar os 200 anos de nascimento de Maria Firmina, o Itaú Cultural disponibiliza a partir desta sexta (11) um material especial em seu site. Nele, é revelada uma autora presente no imaginário e na voz de artistas de diferentes modalidades, com uma trajetória estendida para várias atividades e inédita no Brasil do século XIX, que vai além de Úrsula, seu romance de estreia. Quem tiver interesse em saber mais sobre a trajetória de Maria Firmina, verbetes sobre a escritora podem ser consultados na Enciclopédia Itaú Cultural e na seção Biografias e Trajetórias da plataforma Ancestralidades, que ao longo desse mês disponibilizará também,um texto a respeito da escritora. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

A AllBook, editora para publicações de autores nacionais e estrangeiros de ficção e não ficção, está à procura de um estagiário de marketing. É preciso estar cursando, preferencialmente, Comunicação Social, Marketing, Publicidade e Propaganda ou Jornalismo; conhecer o catálogo da editora; ter ótimo português; inglês intermediário; e conhecimentos básicos do Pacote Office, Photoshop e Adobe Reader. O contratado irá cuidar do SAC de redes sociais; do atendimento ao cliente; envios de livros e materiais para parceiros e imprensa; atualização de mailing; suporte na produção de eventos; criação e produção de planos de marketing para redes sociais e campanhas; e criação de materiais para produção gráfica (será considerado um diferencial). Interessados devem encaminhar currículos para trabalheconosco@allbookeditora.com.br.

O Grupo Editorial Pensamento abriu uma vaga para assistente de marketing. São requisitos ter curso superior completo, preferencialmente nas áreas de Comunicação, Marketing ou Marketing Digital; ser heavy user nas redes sociais e atento às tendências digitais; é fundamental ter experiência com foco em mídias digitais e marketing digital; proativo, comunicativo e saber trabalhar em equipe. Conhecimentos em programas de edição de imagem e vídeo e inglês intermediário são considerados diferenciais. A pessoa contratada irá planejar e criar conteúdo de mídias sociais; gerir as redes sociais da editora; elaborar relatórios de métricas e tendências; planejar e executar de ações com influenciadores digitais; apoiar no planejamento e execução de ações de marketing on-line ou presenciais de lançamentos de livros; elaborar briefings para artes de mídias sociais; organizar envios de livros e kits para influenciadores e parceiros; organizar ações dos parceiros da editora, fazendo toda a comunicação com os mesmos; e apoiar a coordenação de marketing. Interessados devem encaminhar currículos para vagas@grupopensamento.com.br.

Tendo como pano de fundo a ditadura argentina, a obra Os afogados (72 pp, R$ 59,90) – uma coedição do Selo Emília e Solisluna Editora – coloca os leitores diante da cruel questão do desaparecimento forçado de pessoas. Informa apenas em faíscas sobre os antecedentes da situação, ao mesmo tempo que instala em uma atmosfera nebulosa, pontilhada de evocações de dias mais calmos. Ao longo do livro, é possível acompanhar um jovem casal, com seu bebê, em seu desenraizamento de espaços e de afetos e na sua angústia ao descobrir que poderia ter o mesmo fim brutal de outros que também se opuseram ao regime. Com ilustrações que vão para além do texto de María Teresa Andruetto, Daniel Rabanal cria uma atmosfera carregada de peso e densidade. A escritora brasileira Marina Colasanti, que assina a tradução, falou sobre a obra em uma crônica, enquanto ainda trabalhava no texto: "A publicação do livro de Andruetto torna-se extremamente oportuna neste momento, para lembrar aos mais jovens, que não viveram tempos obscuros, o risco de morte, metafórico e físico, que uma sociedade enfrenta quando debaixo do tacão de uma ditadura”. Os Afogados foi originalmente editado pela colombiana Babel Libros e faz parte da coleção Fronteira Ilustrada, com obras para leitores adolescentes e jovens.

No ano do centenário do autor português José Saramago (1922-2010), chega às livrarias uma edição com novas ilustrações e um novo projeto gráfico de O silêncio da água (Companhia das Letrinhas, 32 pp, R$ 49,90). A história narra o dia em que o menino Saramago vai pescar e trava uma verdadeira batalha com um peixe. O texto ganha agora ilustrações de Yolanda Mosquera. Esse episódio da infância do escritor não foi escrito originalmente para o público infantil. Um dos maiores nomes da literatura portuguesa, Saramago costumava dizer que não sabia escrever para crianças. A aventura narrada em O silêncio da água foi extraída do livro As pequenas memórias, dirigido a leitores adultos. Ao sair para pescar, o menino tenta fisgar uma peixe que, para ele, parece monstruoso. Único escritor de língua portuguesa a ganhar o Nobel, em 1998, Saramago usa a história para mostrar o que há de mágico e assombroso na realidade vista pelos olhos das crianças. Para elas, o lúdico e o fantástico não são desvinculados da experiência real cotidiana.

O livro Teresa tem uma tartaruga (Quatro Cantos, 36 pp, R$ 46), de Clara Galivan, foi especialmente pensado para crianças pequenas. A narrativa é simples e ambientada no lar da menina Teresa, que também é uma criança pequena. As ilustrações retratam locais diferentes como o quintal, onde a tartaruga de Teresa bota seus ovos, a garagem, o jardim, a cozinha, ambientes conhecidos e que podem ser paralelos aos dos lares dos pequenos leitores, gerando familiaridade. Logo na abertura Teresa e sua tartaruga, a Tatá, são apresentadas. Não é por acaso que o nome do bichinho tem fonemas repetidos com a primeira vogal do alfabeto combinada com a letra T. Os ovinhos eclodem e vão aparecendo os filhotes de Tatá, um em cada dia da semana e em lugares diferentes da casa. Na segunda-feira vem a primeira tartaruguinha, achada pela menina na garagem e por ela nomeada “Tetê”. Então começa a progressão dos dias da semana, dos nomes formados por fonemas, e da evolução numérica dos bichinhos. O texto ressalta o número total de tartarugas formado a cada aparição, e as ilustrações representam os animais para que possam ser contados pelas crianças.

Florinda é uma vaca descolada que não passa muito tempo no pasto sem pensar em alguma coisa diferente, alguma diversão. Em Florinda (Aletria, 36 pp, R$ 33), a personagem criada por Cândice Felippi resolve alçar voo quando arruma a mala e parte para uma viagem longe da fazenda. O texto de Cândice Felippi ganha ilustrações de Sabrina Mascarenhas, e o livro resulta ágil e movimentado, como um desenho animado. O problema da viagem de Florinda é a tristeza de seu melhor amigo, Rafa. Ele sente muita falta dela e começa a questionar se a vaquinha irá mesmo voltar. Além da diversão, a proposta do livro é discutir a amizade e o aprendizado de lidar com a espera e a saudade.