O Estadão trouxe, no blog da Coluna Babel, uma matéria em que afirma que a prefeitura de São Paulo prevê investir R$ 1 milhão na compra de livros para as suas bibliotecas. Ainda segundo a apuração do blog capitaneado por Maria Fernanda Rodrigues, em 2017 a prefeitura já investiu R$ 535 mil na compra de 23.266 exemplares. André Sturm (na foto ao lado), secretário da Cultura do município, disse à jornalista que a prefeitura alterou as políticas de compras, eliminando da negociação a figura dos distribuidores: “negociamos direto com as editoras (...) com isso, conseguimos reduzir muito o preço dos livros. Compramos melhor e mais. Foi condição para fecharmos negócio ter pelo menos 50% de desconto”. Esse modelo de negociação desagradou a muitos editores. Em maio passado, Rejane Dias, diretora da Autêntica, por exemplo, já tinha dito ao PublishNews que isso é um desrespeito à cadeia do livro. Aos descontentes, o secretário disse: “50% de desconto não é favor. Elas [as editoras] dão 50% sobre o preço de capa para todas as livrarias, até mais”. O secretário ainda questionou: “afinal de contas, a livraria, que é um lugar comercial, que objetiva o lucro, e eu não tenho nada contra, recebe esse desconto por que as bibliotecas públicas, um lugar que forma leitor, não poderiam receber o mesmo desconto praticado no mercado?”.

Quando Volnei Canônica aceitou o convite do PublishNews para integrar o nosso time de colunistas, ele chegou bem abusado e escreveu logo, de cara, na estreia, dois artigos: um intitulado O amanhã quando chega e outro Para onde vão as políticas do livro e da leitura no MinC?, ambos publicados no dia 26 de julho do ano passado e tratam de políticas públicas de leitura, tema recorrente na sua coluna. Volnei agora começa uma nova série de artigos, desta vez dedicados à literatura dedicada a crianças e jovens e, de novo, ele chega abusado, novamente com uma dobradinha. No primeiro dos artigos, Volnei faz uma reflexão sobre a evolução da literatura negra no Brasil, desde o lançamento de Úrsula, romance de Maria Firmina dos Reis até a produção recente de títulos, muitos deles estimulados pela da Lei nº 10.639/2003 que inclui no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira”. No outro artigo, Volnei fala sobre a "função da literatura", em especial daquela dedicada ao público infantil. Ele fala acreditar na "literatura do desserviço", que não tem uma função cerrada em si, nem é salvadora ou libertadora. "Aprendi aos nove anos, no ferro velho do meu pai, que o objeto livro tem dois valores: o literário e o do peso do papel. Quando eu recebo literatura, eu saio distribuindo literatura. Quando eu recebo livros que o único valor é o do peso do papel, eu jogo no lixo para ser reciclado. Mas essa decisão precisa ser minha como leitor. Como saber diferenciar? Tendo acesso aos dois!", defende no artigo. Para ler a íntegra do primeiro artigo, clique aqui. Para acessar o segundo, clique aqui.

A última edição da Festa Literária de Paraty (Flip) foi um sucesso de público e de crítica, apesar dos significativos cortes no orçamento, ao ponto de obrigar a organização a transferir a tradicional tenda dos autores para dentro da Igreja Matriz da cidade do litoral fluminense. Muito disso, do êxito, se deveu à curadoria, assinada pela jornalista Joselia Aguiar. Joselia conseguiu fazer uma Flip diferente de todas as outras edições, com uma gama de diversidade que suscitou críticas positivas, incluindo autores negros, balanceando a presença feminina e ainda a participação de editoras independentes. Diante disso, a organização do festival resolveu reconduzir a jornalista ao cargo e Joselia assinará a curadoria da próxima edição da Flip que está marcada para acontecer entre os dias 25 a 29 de julho. A curadora diz que, no seu segundo ano, fará a mesma “pesquisa ampla em busca de novas vozes, modos de ver e construir narrativas, combinar linguagens e inventar sentidos”. De novidade para 2018, pretende também “descobrir como contribuir para a formação de plateias para uma festa literária como a Flip, a formação de leitores capazes de compreender linguagens e sentidos”. Em dias conturbados como os de hoje, Joselia Aguiar ressalta que não se pode prescindir de abrir espaços para ver, ouvir e ler. “Mais do que nunca é preciso aproximar o leitor da literatura e da arte, para tornar nosso ar mais arejado, ampliar nosso horizonte e aprofundar o entendimento das pessoas e do mundo”, conclui.

Mantendo seu plano de expansão, o Grupo Livrarias Curitiba, líder em vendas no Sul do Brasil, abriu na última sexta, sua primeira loja na cidade de Taboão da Serra. Localizada no Shopping Taboão (Rod. Régis Bittencourt, 2643), a unidade é a 27ª da rede e a segunda do estado de São Paulo, com uma área total de 500 m² e que gerou 20 empregos diretos. Segundo informou a empresa, entre as negociações do espaço, instalações e acervo foram investidos R$ 3 milhões. A loja comercializará cerca de 50 mil itens entre livros, músicas e shows (CDs, DVDs, Blu-Ray e LPs), filmes e séries, games, itens de papelaria, tecnologia e presentes. Ao mesmo tempo, o ambiente será um ponto de encontro com espaço infantil e local para eventos culturais gratuitos. “A cidade integra uma região com boa densidade populacional, com elevadas taxas de crescimento anual, alto Índice de Desenvolvimento Humano, muitas empresas localizadas na região, importantes centros de ensino e está próxima à capital. Além disso, fizemos ótima parceria com o Shopping Taboão, o que contribuiu para nossa chegada”, explicou Marcos Pedri, diretor comercial da rede que tem sede em Curitiba (PR).

Na madrugada de 9 de novembro de 1997, a banda carioca Planet Hemp era presa após um show em Brasília (DF), acusada de fazer apologia ao uso de maconha. Para relembrar esse (e outros) momento marcante no debate sobre a legalização da cannabis e também sobre a liberdade de expressão, a editora Belas Letras prepara para 2018 o lançamento da biografia do Planet Hemp. Ainda sem título definido, a obra do jornalista e escritor Pedro de Luna vai percorrer a história completa do grupo. “O livro vem num momento apropriado, onde a caça às bruxas voltou, e os setores mais conservadores da sociedade tentam censurar a liberdade de expressão”, defende Pedro. Com depoimentos exclusivos dos integrantes e ex-integrantes, membros da equipe, músicos, profissionais do mercado e da imprensa, a biografia contará como tudo começou e como foram os cinco anos mais intensos da vida da banda, focando principalmente no período de 1995 a 2002. A obra também terá fotos e depoimentos inéditos da banda, além de cartazes, flyers, matérias de revistas e jornais, credenciais, colagens do Skunk (doadas pelo primeiro empresário), artes de discos oficiais e singles promocionais, além de material do fã clube oficial.

O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo / SP) realiza de hoje (21) a 14 de dezembro, a oficina Fruição e prática do poema clássico. Ministrada pelo poeta, professor e gestor cultural Frederico Barbosa, a oficina tem por objetivo estimular e aprimorar o processo criativo da escrita, por meio de uma análise minuciosa dos poetas do passado, buscando descobrir seus procedimentos e técnicas mais requintadas e, por vezes, escondidas cuidadosamente do leitor mais apressado. Serão abordados os seguintes poetas luso-brasileiros e suas respectivas obras: Martin Codax, Luís de Camões, Gregório de Matos, Gonçalves Dias, Olavo Bilac, Alphonsus de Guimaraens, Cruz e Souza e Augusto dos Anjos. As aulas irão acontecer as terças e quintas, sempre das 10h às 12h. O investimento é de R$ 60 e as inscrições podem ser feitas clicando aqui.

Interessados em conhecer estratégias para obtenção de patrocínio e apoios para projetos culturais podem se inscrever para o curso Captação de Recursos para projetos culturais, que o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (Rua Dr. Plínio Barreto, 285 – São Paulo / SP) realiza de 22 a 24 de novembro, das 14h às 18h. A prospecção e obtenção de recursos financeiros para viabilizar projetos é uma dificuldade permanente do setor cultural, resultando em uma grande parcela de projetos idealizados e aprovados em leis de incentivo, sem que consigam sair do papel. Nesse cenário, tornam-se fundamentais as habilidades e técnicas para o desenvolvimento de estratégias visando a captação de recursos, despertando o interesse das empresas pelo projeto e diversificando as fontes de financiamento, especialmente em momentos de crise econômica e redução de investimentos. O curso ministrado por Ana Ferguson e Solange Bighetti tem por objetivo estimular os participantes a identificarem os potenciais patrocinadores para seus projetos, fornecendo estratégias e ferramentas para maximizar esta ação. O curso apresenta ainda uma visão geral sobre os principais mecanismos de incentivo à cultura no Brasil e um panorama das maiores empresas patrocinadoras, detalhando as suas áreas de interesse e os recursos aplicados. As inscrições podem ser feitas pelo site do Sesc.

O escritor da Nicarágua Sergio Ramírez Mercado foi homenageado com o prêmio Cervantes, considerado o mais importante da literatura em língua espanhola, anunciou nesta quinta-feira o ministro da Educação, Cultura e Esporte da Espanha, Íñigo Méndez de Vigo. O prêmio, que inclui um pagamento de 125 mil euros e é concedido pelo governo espanhol todos os anos, tradicionalmente homenageia de forma alternada escritores espanhóis e latino-americanos, seguindo uma lei não escrita. O ganhador do Cervantes é escolhido por um júri formado por acadêmicos, ex-homenageados e membros da imprensa e reconhece o trabalho de um escritor que tenha contribuído para o enriquecimento do legado literário hispânico com o conjunto de sua obra. A cerimônia de entrega do prêmio será realizada na Universidade de Alcalá de Henares no dia 23 de abril, aniversário da morte de Miguel de Cervantes.

Entre em um bom colégio. Tire boas notas. Escolha, ainda adolescente, a profissão que te definirá pelo resto da vida. Estagie em alguma multinacional de nome reconhecido pelos seus familiares. Trabalhe 12 horas por dia e fique exausto até o limite de suas forças. Segundo o empresário da noite paulistana Facundo Guerra, todas essas são armadilhas das quais temos que escapar e que ele prova em Empreendedorismo para subversivos (Planeta Estratégia, 240 pp, R$ 41,90). Ao longo da obra, Facundo mostra, de modo descontraído e totalmente informal, como ser um empreendedor sem gravata e sem clichês e como encontrar o seu próprio caminho. Os primeiros capítulos são destinados a discutir se empreender é mesmo uma boa ideia – e o que deve ser considerado antes de abrir o próprio negócio. Para ele, antes de tudo, é preciso empreender pelas razões certas, e não apenas pelo dinheiro. Em seguida, ele conta como a própria experiência em São Paulo pode servir de exemplo e como jovens empreendedores podem aprender com os erros que cometeu ao longo de sua trajetória. Já as últimas páginas funcionam como um guia resumido sobre a ciência do empreender, com dicas e lições para quem quer se aventurar nesse mundo.

Quem tem mais dinheiro é mais feliz? O amor tem um preço? Por que a opinião dos outros é tão importante? Como as emoções afetam as tomadas de decisões? Talvez essas não pareçam perguntas que interessem a um economista, mas Samy Dana e Sergio Almeida vão muito além do cálculo de juros, inflação e crescimento do PIB. A economia também é a ciência que estuda como os seres humanos tomam decisões - em muitas das escolhas que fazemos, há um lado oculto que tem muito a ver com economia. Usando como base dezenas de estudos e artigos científicos, Pode não ser o que parece (Objetiva / Companhia das Letras, 176 pp, R$ 39,90) foge do senso comum e responde às dúvidas que afligem a todos.

Seja foda! (Buzz, 208 pp, R$ 39,90), livro do empreendedor Caio Carneiro, pretende ensinar ao leitor comportamentos e atitudes necessários para conquistar, em todos os aspectos da sua vida, resultados incríveis. A intenção é fazer algo diferente que Caio chama de “a intenção de ser F.O.D.A.” – isto é: Feliz, Otimista, Determinado e Abundante. Se o leitor tem alguma inquietação ou insatisfação e acha que poderia obter mais da vida do que tem agora, então o livro poderá ajudá-lo a procurar por mudanças. Seja foda! oferece os principais passos para fazer acontecer: ajuda o leitor a entender qual a sua intenção, sua inspiração produtiva, a importância da autoanálise, a identificar as crenças e hábitos inadequados para avançar na vida, dentre outros aspectos, para que ao final do livro, o leitor possa se tornar “imortal”.

A eficiência operacional e a busca de resultados econômicos crescentes e sustentáveis trouxeram a necessidade imperativa de gerir a execução e ao mesmo tempo desenvolver um time que tenha o senso de propriedade como mola mestra de seu trabalho. Liderando para alta performance (Vozes, 224 pp, R$ 29,90) abrange exatamente o caminho para desenvolver pessoa a pessoa, de forma individualizada, no sentido de amadurecer cada liderado para o autogerenciamento. Mas, além de desenvolver um a um, é extremamente necessário um esforço ainda maior em amadurecer cada equipe como um todo. Por isso, os autores Pedro Mandelli e Antônio Loriggio procuraram inserir no livro suas histórias, conceitos já conhecidos e atuais e o “como fazer” para ajudar qualquer pessoa a crescer na sua empresa.

Ryam Holiday sempre foi considerado um menino prodígio. Abandonou a faculdade aos 19 anos para aproveitar algumas oportunidades profissionais e logo viu sua carreira decolar. Ainda bem jovem, ele ajudou várias bandas a assinar contratos, atuou como consultor de livros que se tornaram best-sellers e criou sua própria agência, a Braas Check. Mas não demorou muito também a presenciar o declínio de grandes empresas, a testemunhar a ruína de alguns de seus mentores e a se ver, ele mesmo, em meio a um colapso. Notou então que por trás de tudo isso havia um vilão comum: o ego. Em O ego é seu inimigo (Intrínseca, 272 pp, R$ 39,90 – Trad.: Andrea Gottlieb), Holiday mostra como “uma crença doentia na própria importância” pode distorcer a realidade e criar cenários nada promissores para qualquer um.