A ressaca de início de ano ainda continua na lista. Na comparação com a semana passada (que já teve queda de 32% na relação com a anterior), os números gerais da lista caíram 8%. A queda foi especialmente sentida em Não Ficção (-20%) e Infantojuvenil (-19%). O Ranking Geral segue liderado pelo campeão de vendas de 2019, A sutil arte de ligar o foda-se (Intrínseca). Foram 5.017 cópias vendidas no período. Como fazer amigos e influenciar pessoas (Companhia Editora Nacional) conquistou a prata, com 3.497, e Do mil ao milhão (HarperCollins), o bronze, com 2.950. A novidade mais volumosa da semana apareceu em Negócios: Negocie como se a sua vida dependesse disso (Sextante), de Chris Voss e participação de Tahl Raz. Foram vendidos 700 exemplares, o que colocou o estreante na 12ª posição da categoria. No livro, Voss, ex-negociador do FBI, revela técnicas da agência federal norte-americana para convencer pessoas. Clique no Leia Mais e conheça as outras quatro novidades da semana.

A Editora Gente, localizada na Vila Madalena, em São Paulo, abriu uma vaga para o cargo de assistente editorial. Os candidatos devem ter curso superior completo ou em conclusão em Letras, Jornalismo, Produção Editorial ou similares; inglês avançado e conhecimento básico em pacote Adobe, principalmente Indesign. Ter espanhol é um diferencial. O selecionado ficará responsável, por exemplo, pela gestão do processo editorial para obras nacionais e internacionais; revisão de textos; aprovação de provas gráficas; contratação de prestadores de serviço e análise de originais. Interessados enviar currículo para editorial@editoragente.com.br até o dia 22 de janeiro. No e-mail é preciso usar “Assistente Editorial” na linha de assunto.

A Editora do Brasil, especializada na publicação de livros didáticos e educacionais, abriu uma vaga para assistente editorial – Matemática. Os candidatos devem ter experiência anterior em materiais didáticos e curso superior (completo ou cursando) em Matemática, Física ou áreas correlatas. O selecionado vai dar assistência ao superior imediato na edição de conteúdos impressos e digitais, procurando auxiliá-los na organização e operacionalização de todos os processos necessários. Vai também auxiliar na pesquisa e análise do mercado em relação aos concorrentes e conteúdos pedagógicos, contribuindo para melhorar a qualidade do projeto editorial. Os interessados devem enviar currículo para o e-mail selecao.rh@editoradobrasil.com.br até o dia 31 de janeiro de 2020.

Morreu, nesta quinta-feira, Christopher Tolkien. Filho mais novo de J.R.R Tolkien, ele foi o primeiro leitor do clássico O Hobbit. Depois da morte do pai, em 1973, ele assumiu a obra, encontrou e editou inéditos, como O Silmarillion e Beren e Lúthien. Christopher tinha 95 anos e a causa da morte não foi divulgada.

A guerra comercial entre EUA e China, os conflitos nas ruas do Chile, a desigualdade social crescente em quase todo o planeta, o fluxo migratório global, a desindustrialização brasileira, as mudanças climáticas e a chamada 4ª revolução industrial. Qual fenômeno percorre todos esses eventos e os influencia? O envelhecimento populacional. A dinâmica demográfica, inédita na história do capitalismo, está construindo uma nova geopolítica. Essa é a tese principal do livro Economia da longevidade (Editora 106, 132 pp, R$ 39,90), do jornalista e professor da Universidade de São Paulo Jorge Félix. Segundo o auto, o que está em discussão não é o fato de o Brasil envelhecer antes de ficar rico, como sempre é repetido no debate público, mas sim, em qual economia os países ricos envelheceram e em qual economia os países pobres estão envelhecendo. Para ele, a concorrência global se transforma em uma “corrida populacional”, assim, pela primeira vez na história, está em disputa “quem vai pagar pelo envelhecimento de quem” e a economia e a política sofrem esses efeitos perenes da demografia.

Tudo o que você precisou desaprender para virar um idiota (Planeta, 288 pp, R$ 46,90), desvenda algumas das principais teorias conspiratórias que andam definindo os rumos das políticas públicas no Brasil. A obra foi escrita pelo jornalista Álvaro Borba e pela professora e acadêmica da área de comunicação Ana Lesnovski, dupla responsável pelo canal Meteoro Brasil , no qual apresentam análises de diversos temas com um pano de fundo filosófico, contemplativo e político. No decorrer da obra, os autores apresentam 24 das principais teorias conspiratórias que estão tomando conta do debate público e de discussões privadas, apontando, com a mesma clareza e didática dos seus vídeos, as ficções e as realidades por trás delas. Dentre os temas apresentados estão kit gay, marxismo cultural, gramscismo, Lei Rolante, globalismo e vacinas. Além disso, a dupla mostra que, por mais mentiras que possam conter, as teorias conspiratórias são invariavelmente irrefutáveis - justamente porque são questões de crença e não argumentações ancoradas na realidade.

Quem se importa com um criminoso na cadeia? No imaginário popular, as penitenciárias se resumem ao conhecimento de senso comum: um local isolado, vigiado e lotado de bandidos. Em sua pesquisa, o sociólogo Eduardo Matos de Alencar vai além da superfície de rebeliões, incêndios e execuções cruéis a que estamos habituados nos noticiários. O livro De quem é o comando? (Record, 532 pp, R$ 69,90) investiga a relação de poder que há entre os detentos e o poder do Estado, o microcosmo político que se forma na organização das celas e pavilhões e a autonomia existente neste espaço político, porém abandonado pelas políticas públicas que deveriam dar conta de administrá-lo e zelar pela segurança e integridade daqueles que ali habitam. O livro tem origem em uma extensa pesquisa sobre uma das maiores prisões brasileiras, que tinha por objetivo fundamentar a tese de Alencar em sociologia. Então com quase sete mil detentos para cerca de 1.800 vagas, o Complexo do Curado, no Recife, Pernambuco, foi visitado por ele durante dois anos.

Em O Brasil e seu duplo (Todavia, 272 pp, R$ 79,90), Luiz Eduardo Soares discute os extremismos que marcam o momento político do país. Quando Lula foi preso, em 2018, abrindo caminho para o triunfo eleitoral de Bolsonaro, o país mudou: desfez-se o consenso em torno do pacto constitucional, de natureza social-democrata. Desde então, afirmou-se uma direita radical que se contrapõe aos liberais e às esquerdas não só em matéria de prioridades e políticas públicas, mas também no plano ideológico. Como chegamos à essa situação? Quais seus pressupostos históricos e estruturais? Neste livro, Soares, que é cientista político, antropólogo, professor da UERJ e ex-secretário nacional de Segurança Pública, enfrenta essas perguntas com sagacidade.