No fim da tarde desta quinta-feira (28), a Saraiva divulgou os resultados do quatro trimestre de 2018 (4T2018) e com eles vieram os números consolidados do ano passado. No período, a receita bruta desabou, alcançando R$ 220,8 milhões ante os R$ 524,2 milhões apurados em 2017. Isso representa queda de 58,3%. No acumulado do ano, a perda foi de 17,5%, caindo de R$ 1,88 bilhão, em 2017, para R$ R$ 1,55 bi, em 2018. A queda foi sentida tanto no canal de lojas físicas (-17,7%) quanto no e-commerce (-17,1%). Se em 2017, a Saraiva teve um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) positivo de R$ 14,1 milhões, em 2018, esse índice despencou e fechou negativo em R$ 168 milhões. No quarto trimestre, o Ebitda ficou negativo em R$ 113,6 milhões, sendo que no ano anterior, ele era positivo em R$ 22,3 milhões. Tudo isso impactou o lucro líquido que fechou o 4T2018 negativo em R$ 198,8 milhões e o ano em -R$ 301,7 milhões. Clique no Leia Mais e confira a íntegra desta nota.

Há exatamente dois anos, quem liderava a Lista Geral dos mais vendidos do PublishNews era o padre Reginaldo Manzotti com seu primeiro livro, Batalha espiritual (Petra / Ediouro). A obra terminou aquele 2017 como o livro mais vendido do ano, com 138.156 exemplares. No ano seguinte ele lançou o Combate espiritual, que também passou meses na lista e fechou o ano no quinto lugar do ranking geral de 2018, com mais de 148 mil exemplares vendidos. Agora, em 2019, a história se repete e o terceiro livro de Manzotti já reivindicou seu lugar na lista. O poder oculto (Petra) estreou na lista na semana passada, no 12º lugar do ranking geral e já na sua segunda semana, assumiu o primeiro lugar do pódio com 12.821 cópias vendidas. Na nova obra, o padre vendedor de livros conduz o leitor a uma jornada de descoberta interior para que ao final do processo, ele possa encontrar a felicidade. Com O poder oculto no primeiro lugar, A sutil arte de ligar o foda-se (Intrínseca) ficou com a prata, com 7.955 cópias vendidas e O poder da manhã (BestSeller / Record) ficou com o bronze, com 6.338. Clique no Leia Mais para conferir outros detalhes da lista dessa semana.

A Noeses, editora jurídica sediada em São Paulo, abriu uma vaga para vendedor. O contratado será responsável pelo planejamento, gestão, controle das operações comerciais de vendas e divulgação. Atuará também na venda de livros para livrarias, distribuidoras, escritórios de advocacia e universidades, na captação de novos clientes e participará de eventos e feiras literárias. A editora pede que os candidatos tenham superior completo em administração, marketing ou gestão comercial, tenha experiência com estratégia comercial e tenha flexibilidade de horários. Os benefícios incluem vale alimentação, transporte, ajuda de custo e seguro saúde e odontológico. Os interessados devem enviar currículo para o e-mail rh@editoranoeses.com.br.

A Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros) realiza, na próxima quarta (3), um seminário para debater as tendências da acessibilidade no Brasil e no mundo. No encontro, Pedro Milliet, membro do grupo de especialistas do AccessibleBooks Consortium e do Consórcio Daisy, relatará as novidades e os avanços da tecnologia para acessibilidade, e Nadja Cezar Ianzer Rodrigues, coordenadora-geral substituta dos Programas do Livro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), falará sobre a acessibilidade nos programas oficiais de aquisição de livros escolares do MEC. O evento acontecerá na Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2.500 – São Paulo / SP), das 14h15 às 17h. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo e-mail aline@abrelivros.org.br.

Já em sua terceira edição, a Ler – Salão Carioca do Livro decidiu, mais uma vez, mudar sua data. Programada inicialmente para acontecer em maio, assim como na última edição, o Salão agora acontecerá em novembro, de 20 a 24. Com um dia a mais, a Ler continuará na missão de ser o maior evento aberto do livro do Rio de Janeiro, com mesas, oficinas, peças, exposições e venda de livros. Em 2018, o evento reuniu na Biblioteca Parque Estadual, mais de 100 mil pessoas, mais de 400 escritores e ofereceu centenas de atividades aos visitantes. Para este ano, os organizadores, a Base Eventos, em consulta aos curadores (entre eles Julio Silveira, Volnei Canônica - ambos colunistas do PublishNews - e Verônica Lessa) e os demais parceiros, consideraram que a nova edição, que já está garantida em seu projeto básico, precisa ser ainda maior do que a anterior, e por isso precisa de mais tempo para garantir mais apoios. “É isso que a Ler pretende com a mudança para o fim do ano: ficar mais forte para ajudar a fortalecer o livro e as ideias no Brasil”, resumiu Julio Silveira, um dos idealizadores do evento.

Em Minha irmã, a serial killer (Kapulana, 184 pp, R$ 44,90 - Trad.: Carolina Kuhn Facchin), a nigeriana Oyinkan Braithwaite conta uma história ao mesmo tempo bem-humorada e assustadora sobre duas irmãs com temperamentos e atitudes bem diferentes uma da outra: Korede e Ayoola. Korede é amargurada, mas pragmática. Sua irmã mais nova, Ayoola, é a filha favorita, a mais bonita, e, possivelmente, com sérios distúrbios comportamentais. Seus três últimos namorados aparecerem mortos. Korede é pragmática, o que é uma benção para a irmã Ayoola, pois consegue manter a cabeça fria enquanto limpa cômodos ensanguentados, enfia corpos no porta-malas do carro e os joga de pontes no mar. Ayoola, por outro lado, mesmo sob suspeita, não consegue deixar de postar em suas redes sociais, aparentando muito mais felicidade do que deveria.

O humor e estilo únicos e originais de Kurt Vonnegut o fizeram um dos escritores mais importantes da literatura norte-americana. Sarcástico, ele foi capaz de escrever sobre a brutal destruição da cidade de Dresden, na Alemanha, durante a Segunda Guerra Mundial. Em vez disso, criou uma história imaginativa, muitas vezes engraçada e quase psicodélica. Assim como Billy Pilgrim, o protagonista de Matadouro-Cinco (Intrínseca, 288 pp, R$44,90 – Trad.: Daniel Pellizzari), Vonnegut testemunhou como prisioneiro de guerra, em 1945, a morte de milhares de civis, a maior parte deles por queimaduras e asfixia, no bombardeio que destruiu a cidade alemã. Billy tinha sido capturado e destacado para fazer suplementos vitamínicos em um depósito de carnes subterrâneo, onde os prisioneiros se refugiaram do ataque dos Aliados. Salvo pelo trabalho, Billy volta à vida de consumo norte-americana e relata sua pacata biografia, intercalando sua trajetória aparentemente comum com episódios fantásticos de viagens no tempo e no espaço. Ao combinar uma escrita cotidiana, ficção científica, piadas e filosofia, o autor também fala das banalidades da cultura do consumismo, da maldade humana e da nossa capacidade de nos acostumarmos com tudo.