No dia 2 de agosto, a Bienal Internacional do Livro de São Paulo (03 a 12/08), evento realizado pela CBL, vai reunir as melhores cabeças da indústria editorial na terceira edição do InterLivro: Encontro Internacional de Profissionais do Livro. Com curadoria do PublishNews, o evento vai debater assuntos relevantes para o setor como metadados, audiolivros, acessibilidade e novas formas de se vender livros. Entre os convidados internacionais estão Ronald Schild, CEO da alemã MVB, plataforma de gestão de metadados irmã da Feira do Livro de Frankfurt, e Larissa Drumond, gerente de marketing do Sweek, aplicativo de escrita criado na Holanda e que já conquistou mais de 100 mil usuários no Brasil. O InterLivro acontece no Holiday Inn, hotel do Anhembi, das 09h às 17h e antecede a abertura oficial da Bienal, marcada para as 19h. Clique no Leia Mais para conferir detalhes da programação e se inscrever gratuitamente.

Na última semana, o importante prêmio oferecido nos EUA, o NSK Neustadt 2019 para Literatura Infantil anunciou seus finalistas. Um júri internacional composto por nove membros, entre escritores e ilustradores, escolheu a lista tendo como critério a realização significativa do escritor ou ilustrador ao longo da vida ou em uma única obra e seu impacto na literatura infantil. Dentre os finalistas está Ana Maria Machado representando o Brasil. Com mais de 100 livros publicados, a escritora ocupa a cadeira número 1 da Academia Brasileira de Letras, já recebeu mais de 10 prêmios e participa sempre de festas literárias pelo país, sendo a homenageada deste ano do Fliaraxá e presença confirmada na Bienal de SP (3 a 12/08). Junto com Ana Maria, concorrem ao NSK Neustadt, mais quatro escritoras dos EUA (Jeanette Winter, Renée Watson, Yuyi Morales e Margarita Engle), uma do Reino Unido (Hilary McKay), África do Sul (Beverley Naidoo), Portugal (Isabel Minhós Martins), e o único homem, René Colato Laínez, do El Salvador. O vencedor do prêmio concedido pela Universidade de Oklahoma e pela revista World Literature Today será anunciado no dia 9 de outubro, noite de abertura do Neustadt Lit Fest, que acontece até 11 de outubro, e além de um certificado e um medalhão de prata, levará para casa US$ 25 mil.

Em 2016, a jornalista e editora Martha Batalha lançou a obra A vida invisível de Eurídice Gusmão, publicada por aqui pela Companhia das Letras. O livro que conta a história das irmãs Guida e Eurídice e aborda temas como violência, marginalização e injustiça foi finalista do prêmio São Paulo de Literatura e semifinalista do Oceanos, além de ter os direitos vendidos para mais de oito países e para o cinema. Agora, o livro teve seus direitos vendidos para a editora árabe Dar Al Adab, para a croata Naklada Ljevak e para a chinesa Dook em negócios intermediados pela agência Villas-Boas & Moss. Martha também é autora da obra Nunca houve um castelo, lançada este ano também pela Companhia.

A Amazon e Nova Fronteira anunciam hoje o lançamento da 3ª edição do Prêmio Kindle de Literatura. Considerando as duas primeiras edições, o prêmio já atraiu mais de 3.500 livros de mais de 2.900 autores publicados pelo Kindle Direct Publishing (KDP), e reconhecerá mais uma vez o trabalho de autores independentes no país. Para participar do prêmio deste ano, escritores devem inscrever gratuitamente seus livros inéditos em português por meio do KDP, do dia 15 de agosto até 15 de outubro. Os autores devem colocar o termo #PremioKindle no campo de palavras-chave durante o processo de publicação e se registrarem sob a categoria Ficção. Os títulos enviados precisam ser romances originais em português, não publicados anteriormente, exclusivos para o Kindle durante o período da premiação com a inscrição dos mesmos no KDP Select. Os livros serão avaliados por um painel de especialistas editoriais selecionados pela Nova Fronteira e pela Amazon, incluindo o poeta e crítico literário, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Antônio Carlos Secchin. O autor da obra vencedora receberá um prêmio em dinheiro de R$ 30 mil e um contrato de publicação com a Nova Fronteira para uma versão impressa do livro. Os termos e condições do Prêmio podem ser vistos clicando aqui.

Em mais uma edição sem patrocinadores, nem divulgação na grande mídia, o 20º Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens (27/06 a 5/07) persistiu em sua missão de promover o livro de literatura infantil com o apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Municipal de Educação, e das 34 editoras presentes ao evento. A Secretaria Educação foi responsável pela presença de cinco mil alunos de 216 escolas e pela verba para compra de livros por professores no evento. O Salão FNLIJ também recebeu 1.075 alunos de outras escolas e ONG’s, além de famílias que somaram um total de 11.600 visitantes. O primeiro dia, como em todas edições, foi dedicado aos professores e 220 deles participaram de conversas sobre literatura e fizeram uma visita guiada para conhecer as editoras e sua produção. A programação infantil reuniu 61 autores, contou com 25 lançamentos e 16 performances com ilustradores. Já na programação adulta, o 20º Seminário FNLIJ Bartolomeu Campos de Queirós e os Encontros Paralelos ofereceram uma programação voltada para a formação de educadores no evento, com a presença de especialistas, autores e acadêmicos. Nos Encontros Paralelos aconteceram mesas em torno dos títulos vencedores do Prêmio FNLIJ 2018, com a presença de autores e editores e por fim, tradição desde a terceira edição do Salão FNLIJ, todas as crianças e jovens receberam um livro de presente, escolhendo dentre os títulos selecionados pela FNLIJ com a colaboração das editoras.

As inscrições para a 11ª edição do Prêmio São Paulo de Literatura foram prorrogadas até esta sexta (20). Criado em 2008 pelo Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura do Estado, a edição de 2018 premiará romances de ficção em duas categorias: Melhor Livro do Ano de 2017 e Melhor Livro do Ano de 2017– Autor Estreante – esta última dividida nas modalidades Autores com Mais de 40 Anos de Idade e Autores com Menos de 40 Anos de Idade. Somente podem se inscrever obras cuja primeira edição, impressão e comercialização mundial ocorreu no Brasil no período entre 1º de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2017. O prêmio é o maior do país em valor de premiação individual (R$ 200 mil para o Melhor Livro do Ano e R$ 100 mil para cada autor estreante nas modalidades +40 e -40) e, além de incentivar a leitura, visa promover a produção literária de qualidade e apoiar novos autores e editoras independentes. O edital completo você confere clicando aqui.

Sancionado na última sexta (13), a PNLE (Política Nacional de Leitura e Escrita), já conhecida como Lei Castilho, institui uma estratégia para promover o livro, a leitura, a escrita, a literatura e as bibliotecas de acesso público no Brasil. Para discutir os próximos passos necessários, agora que o texto foi sancionado, a Flip (25 a 29/07) terá uma mesa dedicada ao tema no dia 28, às 17h, na Casa Libre & Nuvem de Livros (Rua da Lapa, 8), com o título Marcos legais: como garantir o direito à literatura para todos os brasileiros. Entre os participantes, estará José Castilho Marques Netto, que dá nome à lei e é ex-secretário do PNLL; Renata Costa, atual secretária do PNLL; Marcos Pereira, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL); Guilherme Relvas, diretor do Livro e Leitura do Ministério da Cultura (MinC); Luís Antônio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro (CBL); e Raquel Menezes, presidente da Liga Brasileira de Editoras (Libre). O encontro será mediado por Volnei Canônica, diretor do Centro de Leitura Quindim, ex-secretário do Ministério da Cultura e colunista do PublishNews.

Este mês, de 24 a 27, a Universidade do Livro (Praça da Sé, 108 – São Paulo / SP) realiza o curso presencial inédito Do livro ao leitor: comunicação para o mercado editorial, ministrado por Kim Doria, coordenador de comunicação e eventos da editora Boitempo. Durante os encontros serão abordados assuntos relacionados ao papel da comunicação no cenário atual do mercado editorial. Como se relacionar com os formadores de opinião, as principais atribuições do trabalho de comunicação em uma editora de livros, como funciona um anúncio publicitário de uma obra literária e a comunicação entre os departamentos de uma editora serão alguns dos temas tratados. O curso é voltado para profissionais da comunicação social e do mercado editorial, estudantes de comunicação e áreas afins e interessados em geral. As aulas acontecem das 18h30 às 21h30 e o investimento é de R$ 500.

Cartas da prisão de Nelson Mandela (Todavia, 656 pp, R$ 84,90) é uma obra histórica: a primeira – e única – coleção autorizada de correspondências que abarca os 27 anos em que o líder sul-africano esteve encarcerado. Lançada simultaneamente em diversos países, a publicação celebra o centenário de Mandela e é um retrato íntimo de um ativista político que também era marido devoto, pai afetuoso, aluno dedicado (estudando atrás das grades para se formar em direito) e fiel amigo. Pai de cinco crianças quando condenado à prisão perpétua, suas cartas para a família se tornaram a única forma de criar seus filhos – principalmente pelo fato de que lhe eram negadas visitas até que seus filhos atingissem os dezesseis anos. Comoventes, fervorosas, arrebatadoras e sempre inspiradoras, as mais de 200 cartas – muitas das quais nunca vistas pelo público – foram reunidas a partir de coleções públicas e privadas. O livro inclui um prefácio escrito por Zamaswazi Dlamini-Mandela, neta do grande líder.

Lênin, um retrato íntimo (Globo Livros, 614 pp, R$ 74,90) é um livro a quem deseja conhecer os fatos da Revolução Russa de 1917. Das páginas desta biografia escrita por Victor Sebestyen emerge a persona do maior interesse: Vladymir Ilyich Ulyanov, político russo celebrado pelo nome revolucionário de Lênin. Lênin almejou o poder para mudar o mundo, mas sua entrega à causa revolucionária não foi só idealismo, foi também o desejo particular de vingança contra o regime czarista, que havia executado anos antes seu irmão mais velho. Esse lado terreno, sujeito às paixões, sempre foi desbordado pelos historiadores no longo período do mundo em que a ambos os lados só interessava Lênin herói ou Lênin vilão. Ao esmiuçar a vida pessoal de Vladimir Ilych Ulyanov, o livro apresenta outro lado das histórias.

Em 2018, Federer venceu seu 20º Grand Slam se tornando o esportista mais vitorioso da categoria na história – além de ser o jogador com mais Grand Slams em uma mesma temporada e ter o recorde de permanência no topo do ranking mundial. Em Federer (SportBook / Edipro, 352 pp, R$ 74,90), biografia oficial do esportista em versão atualizada com novos conteúdos, o jornalista esportivo Chris Bowers apresenta entrevistas com grandes personagens ao longo de sua carreira e permite uma visão mais humana do duro caminho que o suíço trilhou para alcançar seus grandes resultados. Bowers, que acompanha o circuito de tênis desde 1992 para veículos como o Times, o Observer, o Independent, a BBC e o Eurosport, oferece um panorama detalhado não apenas do jogador, mas também da personalidade de Federer.

Foi em uma tarde de primavera que Anne e Susan, filhas de Calvin Tomkins, se aventuraram pela propriedade vizinha e lá encontraram Gerald e Sara Murphy: eles já passavam dos 60, mas levavam uma vida alegre, com impressionante vigor e entusiasmo. Tomkins não imaginava, mas daquele pequeno encontro surgiria uma genuína amizade e, anos depois, um perfil para a revista The New Yorker de um dos mais emblemáticos casais da Paris dos anos 20, publicado em 28 de julho de 1962. Publicado originalmente nos EUA em 1974 e reeditado em 1998, Viver bem é a melhor vingança (Autêntica, 128 pp, R$ 39,80) estava fora de catálogo há anos no Brasil. Com tradução de Beatriz Horta e texto de apresentação do jornalista e escritor Sérgio Augusto, o livro traz “a mais enxuta e gratificante crônica sobre a Paris da Geração Perdida e seu mais glamoroso casal de expatriados”, sendo “uma leitura complementar perfeita para Paris é uma festa, de Hemingway”. Os Murphys chegaram à França após a Primeira Guerra Mundial, época em que uma leva de artistas e intelectuais americanos foram se estabelecer às margens do Sena. O casal vivia cercado de pintores, músicos e escritores. Fitzgerald, seu hóspede mais assíduo, inspirou-se em Gerald e Sara para compor os protagonistas de Suave é a noite.

Responsável por conduzir alguns dos principais presos da Operação Lava Jato, Newton Ishii se tornou conhecido em todo o país como “o Japonês da Federal”. Em O carcereiro (Rocco, 271 pp, R$ 34,90), o jornalista Luís Humberto Carrijo traça um perfil do agente federal recém-aposentado, além de trazer suas impressões sobre a operação e vários de seus personagens, dentro e fora das celas. Como chefe da carceragem por onde passaram nomes como Eduardo Cunha, Antonio Palocci, José Dirceu e Léo Pinheiro, Newton acumulou histórias que revelam a adaptação de antigos caciques políticos e megaempresários ao dia a dia atrás das grades, bem como suas confissões sobre as engrenagens das falcatruas no Brasil. A obra conta ainda com entrevistas exclusivas de quatro condenados pela Lava Jato, o empresário Adir Assad, o doleiro Alberto Youssef, o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, e um apêndice com dados como uma linha do tempo e os impressionantes números da investigação iniciada em 2014.