“Hoje é um dia histórico”, assim definiu Renata Costa, secretária-executiva do Plano Nacional do Livro e Leitura (PNLL). Isso porque o Diário Oficial da União trouxe, na sua edição desta sexta-feira (13), a publicação da sanção presidencial à Lei 13.696, que institui a Política Nacional de Leitura e Escrita (PNLE), conhecida como Lei Castilho, já que foi apresentada por José Castilho Marques Neto, antecessor de Costa no PNLL. A Lei estabelece estratégias que devem contribuir para a universalização do direito ao acesso ao livro, à leitura, à escrita, à literatura e às bibliotecas. Michel Temer sancionou a lei sem fazer vetos, ou seja, do jeito que saiu do Congresso Nacional passa a valer. “É sem dúvidas uma conquista, sobretudo nesse período em que a gente recebe tantas notícias de retrocessos”, disse Castilho em entrevista por telefone na manhã desta sexta-feira. Clique no Leia Mais, conheça melhor a Lei e veja a repercussão da sanção presidencial entre agentes do mercado.

Numa semana em que a lista de mais vendidos apresentou aumento de 9% nas vendas em comparação com a última semana, a categoria que mais se destacou foi Não Ficção, com um aumento de 43%. O mais interessante, no entanto, é o livro que ocupa o primeiro lugar dessa lista e 6º lugar da Lista Geral: um livro de colorir. Um jardim de cores (Gutenberg), de Sally Moret, apareceu pela primeira vez na lista de mais vendidos do PublishNews em maio de 2015 e esta semana, reapareceu ao vender 3.409 exemplares. Vale destacar também que a Coleção livros de colorir (Sextante) também se mantém na lista desde o começo de maio. A Lista Geral continua tendo o mesmo pódio: As aventuras na Netoland com Luccas Neto (Pixel) no primeiro lugar com 10.516 exemplares vendidos; seguido pel’A sutil arte de ligar o foda-se (Intrínseca), com 7.571 e pelo Combate Espiritual (Petra), do padre Reginaldo Manzotti, com 4.979 cópias vendidas. Clique no Leia Mais e confira mais detalhes da lista dos mais vendidos dessa semana.

Lembro de que já tive preconceito contra best-sellers. Até o fim da faculdade, eu nunca tinha pensado em trabalhar em editoras. Na verdade, eu nem imaginava qual era o trabalho do editor porque eu achava que o autor fazia tudo sozinho. Eu ainda não tinha notado, mas, quando alguém falava em “livros”, o que me vinha à mente eram livros de cânones da literatura. Para mim, naquela época uma jovem de uns 20 anos, a lista de livros mais vendidos era um lugar cultural e artisticamente árido. Estou falando da época em que Paulo Coelho estava bombando e sendo, em igual medida, desprezado pelos críticos. Eu ouvia falar de Brida ou Diário de um mago nas conversas com amigos, mas nunca trabalhamos esses livros em sala de aula. Isso não era compreendido como literatura, era produto. E era uma baixaria alguém misturar as duas coisas. Foi trabalhando em editoras, tempos depois, que vivi meu primeiro momento “poxa, seria tão bom se esse livro fosse lido por todo mundo!”. Do momento em que eu desejei estar envolvida com livros que estivessem na lista de mais vendidos até o momento em que eu passei a entendê-la como um objeto de estudo, passaram-se anos. No meio disso, eu continuei desprezando a relevância dela ao usá-la meramente como um termômetro de sucesso comercial. Hoje, acho que desconsiderar uma análise das informações codificadas contidas nessas listas, tanto por parte da academia como por parte do mercado, é um grande desperdício. [Nota do Editor: na sua coluna, Cindy Leopoldo faz uma breve, mas impressionante, análise daquilo que era sucesso nas livrarias nos últimos anos e conclui que a lista "contém dados atualizadíssimos sobre o que é a literatura brasileira e até mesmo o que é ser brasileiro hoje, por outro ela também expõe dados relevantes para tomada de decisões estratégicas que não estão em nenhum livro". Clique no Leia Mais para ler a íntegra do artigo].

A JBC lançou seu primeiro mangá digital em capítulos semanais com publicação simultânea com o Japão e outros cinco países. A editora já disponibilizou mais de 150 volumes de títulos em e-book para Kindle, iBooks e Kobo e agora, com o lançamento da nova obra de Hiro Mashima, Edens Zero, inicia um novo capítulo de sua era digital. A cada semana, um capítulo da história será lançado na revista Weekly Shonen Magazine, da Editora Kodansha. Mas, desta vez, os capítulos também sairão em formato digital simultaneamente nos EUA, França, Coréia, Tailândia e China, e também no Brasil, todas as quartas-feiras. Edens Zero conta a história de Rebecca, que viaja mundo afora gravando vídeos para compartilhar no canal Aoneko, um tipo de YouTube existente no universo da história, e sua gata falante Happy. Um dia, a dupla vai para o Reino de Granbell, um abandonado parque de diversões habitado só por robôs e encontra um misterioso garoto que se apresenta como Shiki. Os e-books JBC, podem ser encontrados na Amazon, Kobo Rakuten, Kobo Livraria Cultura, iBooks e Google Play Books.

Esse ano, a Casa Libre Nuvem de Livros em Paraty (Rua da Lapa, 8) receberá uma novidade. Um slam de ilustração que terá a participação de Roger Mello, Luciana Grether e Patrícia Auerbach. A competição será animada por Volnei Canônica e terá a trilha sonora executada ao vivo por Liza K, da banda Mulheres de Chico. O evento acontece às 11h do domingo (29). Por falar nisso, a casa será palco de um show do projeto verSons, no sábado (28), a partir das 22h. O projeto mescla duas linguagens que dialogam perfeitamente: Literatura e Música. No violão, estará a própria Liza K e nos vocais, a escritora Anna Claudia Ramos.

Já pensou no que se passa na cabeça de um autor ao escrever seu livro? Como será que ele supera bloqueios criativos? Qual a sensação de enviar um livro a uma editora, acompanhar o processo de produção e, enfim, ver seu livro nas estantes de uma livraria? Para responder todas essas perguntas e mais algumas, a Casa do Saber (Rua Dr. Mario Ferraz, 414 – São Paulo / SP) em parceria com a Editora Labrador preparou mais uma edição de um bate-papo mediado por Daniel Pinsky, fundador da editora e com três autores que contarão sobre suas experiências ao escrever e publicar um livro. O encontro apresenta, de forma descontraída, os detalhes, desafios e surpresas de todos os processos de criação e divulgação da obra, da ideia ao leitor. O bate papo acontece no dia 21 de julho, às 11h e as inscrições gratuitas podem ser feitas clicando aqui.

A Federação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras) participará pela sexta vez Bienal Internacional do Livro de São Paulo (3 a 12/08). Em seu estande, as grandes invenções dos muçulmanos – que beneficiam, até hoje, toda a humanidade - serão celebradas em uma exposição. "Vamos mostrar, por exemplo, que no século X uma invenção árabe possibilitou a criação do que hoje conhecemos como GPS: o astrolábio”, explica o vice-presidente da Federação, Ali Hussein El Zoghbi. Além das áreas de astronomia e aviação, os visitantes conhecerão também as criações dos muçulmanos que impactaram campos como a Engenharia, Medicina, Navegação, Filosofia, Arquitetura e Matemática. Poderão, ainda, esclarecer dúvidas sobre o Islã – e levar para casa materiais esclarecedores como livros e materiais de apoio. No dia 8 de agosto, às 18h30, no espaço Arena Cultural, Ali Zoghbi também participa da mesa Religião e Contemporaneidade junto com a zen-budista Monja Coen; o rabino Nilton Bonder; o cientista religioso e sacerdote de Umbanda Alexandre Cumino; e o advogado católico Pedro Siqueira.

Em Ao pôr do sol (Bertrand, 462 pp, R$ 44,90), Nora Roberts mostra a sua versatilidade e mistura o romance com o suspense para escrever uma trama sobre família. Aos 18 anos Alice saiu de casa. Ela não queria ir para a faculdade, muito menos ter que trabalhar no rancho da família. Buscava liberdade e foi atrás disso. Saiu sem se despedir, aprendeu a viver por conta própria, mas agora chega. Depois de três anos na estrada, ela decide voltar. Pegando carona no caminho, como sempre fez, conseguiu chegar próximo de casa, a cerca de 20 quilômetros do rancho Bodine. Mas Alice acaba sequestrada antes que chegue ao local. A história então avança 25 anos. O rancho se transformou em um resort de luxo e Bodine Longbow, sobrinha de Alice, é a gerente dos negócios da família. As coisas começam a ficar estranhas quando duas mulheres são encontradas mortas não muito longe da propriedade de Bodine. É sinal de que um assassino está à solta na cidade. Porém, o maior impacto ainda estava por vir: Alice, até então tida como morta, consegue escapar do seu cativeiro e reencontra sua família.

Numa cidade não nomeada, os jovens Saeed e Nadia iniciam um romance constrangido pelas pressões religiosas e sacudido pela crescente violência de uma guerra civil. Quando ouvem rumores da existência de portais clandestinos que levam a outros países, eles resolvem se arriscar numa aventura sem volta. Ao lado dos protagonistas, o leitor é levado aos mais diversos cenários geográficos e humanos, numa jornada vertiginosa e cheia de surpresas. “Uma visão mágica da crise dos refugiados” é como o jornal britânico The Guardian definiu Passagem para o Ocidente (Companhia das Letras, 176 pp, R$ 42,90), de Mohsin Hamid. Por sua mistura singular de realismo e fantasia, bem como por sua prosa precisa e contundente, o livro foi um dos finalistas do Man Booker Prize e considerado um dos melhores de 2017 por publicações como o jornal The New York Times e a revista Time.

Em Dança da Escuridão (Faro Editorial, 256 pp, R$ 44,90), sequência de Horror na Colina de Darrington, escrita por Marcus Barcelos, Ben Simons desperta abruptamente e se vê amarrado a uma cadeira de metal, imerso no breu de um local desconhecido. A voz que grita é a de um homem misterioso e sem escrúpulos, que não poupará esforços para extrair de seu interior a obscura confirmação que tanto deseja... o mal presente na sua origem. Agora, para entender o que aquilo significa, o que o colocou na situação de alvo da seita, e tentar salvar todos que estão em perigo por sua causa, ele precisará remontar seus passos desde muito antes da fuga do sanatório ou do episódio na Colina de Darrington e confrontar os tentáculos da aterrorizante organização, que se mostram cada vez mais presentes em todos os lugares. O livro é um retrato das terríveis e solitárias batalhas que muitas vezes travamos dentro de nossas mentes.

O enigma de Andrômeda (Aleph, 304 pp, R$ 49,90) narra a tragédia de Piedmont, um munícipio no deserto do Arizona que teve a população dizimada, após um satélite militar contaminado cair na região. Mas em vez de armas apontadas para seres a la O Enigma de Outro Mundo, é por um microscópio que a ameaça é revelada. A partir daí, um grupo de cientistas do governo entra em cena, buscando por respostas que significam a salvação da própria raça humana. E um idoso alcoólatra e um bebê recém-nascido, sobreviventes do massacre, podem ser a solução do enigma. Influenciado pela formação médica de Michael Crichton, o livro explora conceitos verossímeis para construir sua própria ciência – o que torna o micro-organismo espacial mais real que o próprio ar que respiramos. Além disso, na tentativa de decifrar os mistérios que envolvem o desconhecido, a obra associa o seu suspense a elementos que também a tornam uma espécie de diário de bordo científico. Por outro lado, ao mesmo tempo que submerge para um universo aparentemente complexo com suas fórmulas e dados genéticos, Crichton constrói uma história acessível, que atrai o leitor para um universo intrigante e volátil, em que cada etapa no processo de descoberta desencadeia novas possibilidades.

Mentes sombrias (Intrínseca, 384 pp, R$ 49,90 – Trad.: Viviane Diniz), livro de Alexandra Bracken, retrata o mundo assolado por uma epidemia. Do dia para a noite, crianças começam a morrer de um misterioso mal súbito. Em pouco tempo, a doença se espalha e os que sobrevivem a ela desenvolvem habilidades psíquicas assustadoras. Uma delas é Ruby. Na manhã do seu décimo aniversário, um acontecimento aterrador faz com que seus pais a tranquem na garagem e chamem a polícia. A menina é então levada para Thurmond, um acampamento que segue as diretrizes brutais do governo vigente. Seis anos depois, ela se torna uma das jovens mais perigosas de Thurmond, embora tenha que esconder isso a todo custo para a própria segurança. Quando a verdade vem à tona, Ruby desperta o interesse de muitas pessoas e precisa escapar às pressas. Fora dali, ela se alia a fugitivos de outros acampamentos e conhece Liam, que lidera uma fuga em direção ao único refúgio para adolescentes como eles. Por mais que queira fazer amigos e ter uma vida normal, Ruby sabe que isso não vai ser possível, porque nenhum lugar é seguro, e ela não pode confiar em ninguém — nem em si mesma.